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JAPÃO - Já existem diversos relatos de micróbios capazes de degradar plástico. A primeira descoberta aconteceu no Japão, onde cientistas observaram que esses microrganismos usavam o material das garrafas PET para se alimentar.

Foi relatado que essas bactérias passam por um processo de evolução em resposta ao aumento da poluição de plástico do mundo. A evolução fez com que os microrganismos criassem enzimas que reduziam o plástico PET em materiais ambientalmente benignos.

Inicialmente, a descoberta fez com que cientistas tentassem replicar essas enzimas para conseguir ajudar a reduzir a poluição por plástico.

Em 2018, por exemplo, um laboratório nos Estados Unidos conseguiu criar uma enzima capaz de consumir plástico com até 20% de eficiência. Depois disso, em 2020, eles criaram um novo modelo de super-enzima que consegue digerir o material a uma velocidade seis vezes maior.

Embora promissor, mesmo com a aparição de mais bactérias capazes de fazer o mesmo, seriam necessários micróbios mais eficientes para acabar com o problema da poluição.

A produção de plástico teve um aumento de 79% desde 2000 e 2015. Além disso, acredita-se que a massa total do material, por exemplo, seja de duas vezes a massa de todos os mamíferos presentes no planeta. Cerca de 80% de todos os plásticos que já foram produzidos no planeta ainda estão presentes no meio ambiente. Ainda assim, especialistas acreditam que a sua confecção pode aumentar.

Desde a primeira descoberta, mais de 300 mil espécies de enzimas com habilidades similares às que foram observadas no Japão. Essas enzimas são capazes de degradar pelo menos dez tipos de plástico. Outros estudos também mostram que áreas onde a poluição por plástico é mais vasta carregam mais tipos desses microrganismos como o Mar Mediterrâneo e o Oceano Pacífico do sul.

De acordo com um estudo realizado na Universidade de Tecnologia Chalmers da Suécia, as enzimas são distribuídas tanto nos oceanos quanto em locais terrestres. A maioria desses organismos, contudo, foi encontrada no fundo do oceano, onde há uma maior concentração de microplásticos.

Lançamento terá a exibição do documentário "A História do Plástico" e debate abertos ao público

 

SÃO CARLOS/SP - A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), por meio da sua Secretaria de Gestão Ambiental e Sustentabilidade (SGAS), em colaboração com o Programa de Educação Tutorial da Biologia (PET-Bio) e o Grupo de Incentivo à Redução Reutilização e Reciclagem (GIRe3), está lançando o Movimento Plástico Zero UFSCar (PlaZU). O propósito é promover a sensibilização da comunidade para a necessidade de banir o consumo de descartáveis plásticos na Universidade (e além dela) e assim contribuir de forma efetiva para a redução da poluição plástica no mundo. O Movimento está articulado e conta com apoio da organização internacional "Break Free from Plastic" (BFFP), com sede nas Filipinas, através do Programa "Plastic Free Campus" (PFC).

Para o lançamento do PlaZU, será realizada a exibição do documentário "A História do Plástico", seguida de debate, no dia 9 de junho, às 19 horas, pelo canal da SGAS no YouTube (https://bit.ly/3wHYyWX). Dirigido por Deia Schlosberg, o documentário foi produzido em 2019 e apresenta as origens da poluição plástica no mundo e atitudes que têm feito a diferença no combate ao problema.

Na ocasião, os debatedores serão Felipe Torres, representante da BFFP na América Latina e que desenvolve projeto correlato na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da Universidade de São Paulo (USP); Amadeu Logarezzi, professor aposentado da UFSCar e coordenador do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação Ambiental (Gepea); Maria Vitória Baptista, representante da Associação de Proteção Ambiental de São Carlos (Apasc) e formanda em Gestão e Análise Ambiental pela UFSCar; e Liane Biehl Printes, bióloga do Departamento de Apoio à Educação Ambiental (DeAEA) da SGAS.

O documentário será disponibilizado por meio de um link específico para as pessoas que se inscreverem, que ficará aberto entre os dias 2 e 9 de junho. No dia 9/6, às 19 horas, o debate acontece no canal da SGAS no YouTube (https://bit.ly/3wHYyWX). Podem participar membros da comunidade da UFSCar e do público externo. As pessoas interessadas devem fazer inscrição neste link (https://bit.ly/3bZZMER).

O evento marca a Semana do Meio Ambiente de 2021 e conta com a coparticipação da Apasc. Mais informações pelo Facebook (https://bit.ly/3wETkew) ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

RIO DE JANEIRO/RJ - Pesquisa da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) mostra que o plástico é responsável por 70% dos resíduos encontrados nos mares brasileiros. Segundo o estudo, realizado durante 2020, o isopor é o segundo resíduo mais presente, com participação de 10%.

Os dados, divulgados no último dia 25, são do projeto Lixo Fora D’Água, da Abrelpe, iniciado em 2018. De acordo com o levantamento, os resíduos coletados nas orlas das praias têm cerca de 10% de sua origem in loco, ou seja, nas próprias praias. O restante (90%) é proveniente de outras áreas urbanas.

“Constatamos que os resíduos no mar são predominantemente itens de consumo domiciliar. E os fragmentos de plástico e isopor deteriorados, por exemplo, indicam origem distante da praia”, destaca o diretor presidente da Abrelpe, Carlos Silva Filho.

Segundo a pesquisa, em 2020 houve uma queda drástica da presença no mar de itens como bitucas de cigarro, canudos e copos descartáveis. Em contrapartida, itens como tampinhas e lacres de garrafas plásticas continuaram a ser encontrados com frequência. Outros materiais também chamaram atenção, como sacolas plásticas de comércios e supermercados, hastes flexíveis, garrafas PETs, isopor, calçados e até assentos de vaso sanitário.

 

 

Bruno Bocchini - Agência Brasil

*PLANETA

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