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SÃO PAULO/SP - O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse na noite de quarta-feira, 12, que o Estado vai editar um decreto para “regular o seu próprio programa de escolas cívico-militares e ampliar unidades de ensino com este formato”. A manifestação ocorre após a gestão do presidente Lula (PT) anunciar o término do o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim).

O anúncio de Tarcísio ocorreu por meio do Twitter. Ele destacou que foi aluno de colégio militar. “Sei da importância de um ensino de qualidade e como é preciso que a escola transmita valores corretos para os nossos jovens”, escreveu.

Após o anúncio do governo federal, a Secretaria de Educação do Estado chegou a dizer às 16h33 desta quarta que “não faz parte do projeto da atual gestão a expansão das escolas cívico-militares”.

Em novo posicionamento, às 19h38, essa informação foi removida para dizer somente que “esse modelo funciona em uma unidade de ensino vinculada à secretaria, em Guarujá”. A maioria das unidades que aderiram ao programa em São Paulo são de redes municipais, como em Taubaté (foto abaixo). A secretaria do Estado afirmou ainda que “a decisão do MEC de descontinuar o programa não altera o conteúdo pedagógico oferecido aos estudantes”.

As escolas cívico-militares têm a administração compartilhada entre militares e civis. São diferentes dos colégios militares, mantidos com verbas do Ministério da Defesa ou da Polícia Militar local e com autonomia para montar currículo e estrutura pedagógica. Os colégios militares também costumam ter professores com salários mais altos e fazem seleção de alunos.

Segundo especialistas ouvidos pelo Estadão, o formato cívico-militar é pouco efetivo do ponto de vista pedagógico e tem alcance limitado a poucas escolas (o programa federal atinge menos de 0,1% das unidades de ensino básico do País). “Não se constrói educação de qualidade simplesmente respeitando normas militares”, disse a ex-diretora de Educação do Banco Mundial Claudia Costin. Já as famílias dos alunos temem que a interrupção do modelo resulte em salas de aula mais inseguras e problemáticas. “A questão é a disciplina”, diz o tio de dois alunos.

Criado em 2019, o programa federal tem 202 escolas, com aproximadamente 120 mil alunos. Segundo informações do ministério de dezembro, 1,5 mil militares atuavam no projeto.

As unidades não serão fechadas, mas reintegradas à rede regular de ensino. A suspensão anunciada pelo Ministério da Educação nesta semana não impede que Estados e municípios deem continuidade ao programa por conta própria, sem verba federal.

A decisão de Tarcísio vai na linha do que já foi anunciado por outros Estados, que decidiram manter o modelo por conta própria. A rede do Paraná, por exemplo, tem 194 colégios cívico-militares mantidos pelo próprio Estado e 12 em parceria com o ministério. A secretaria disse que trabalha para migrar esses 12 colégios do modelo federal para o estadual.

“Havia fake news de que o militar intervia na parte pedagógica, mas isso não acontece. O militar tem caráter de organizar a entrada e saída de estudantes, o recreio, formar filas. O professor é autônomo na sala de aula”, diz o secretário do Paraná, Roni Miranda

A secretaria de Santa Catarina também prevê um programa específico para absorver as unidades antes incentivadas pelo MEC.

 

 

por Paula Ferreira e Marco Antônio Carvalho / ESTADÃO

SÃO PAULO/SP - O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou ontem, um “story” em sua conta no Instagram marcando o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Na publicação, Bolsonaro relembra as obras de duplicação da BR-386/RS conduzidas pelo antigo Ministério da Infraestrutura, pasta comandada por Tarcísio na época. No registro, os dois aparecem se abraçando e, em destaque, há um texto com os dizeres “nossa gestão”, enaltecendo a obra. O ex-presidente marcou o perfil do governador de São Paulo, mas não teve a divulgação repostada.

A publicação na rede social ocorre em meio a um contexto de desgaste entre as duas lideranças da oposição, após o vazamento do vídeo interno que revelou o racha entre membros do PL, Bolsonaro e Tarcísio quanto à defesa da reforma tributária.

A postagem de Bolsonaro surge horas depois de o governador negar qualquer tensão entre os dois. Durante uma cerimônia em comemoração à Revolução Constitucionalista de 1932, neste domingo, Tarcísio afirmou sua lealdade e gratidão ao ex-presidente. “Sempre serei leal e terei gratidão a ele. Se estou aqui, devo a ele”, disse o governador de São Paulo.

Quanto à reforma tributária, o governador de São Paulo afirmou que o texto aprovado foi o “texto possível” e que o próximo passo é acompanhar as mudanças que devem ser propostas no Senado.

Discutida há anos como necessária para aprimorar o sistema de impostos brasileiro, a reforma tributária entrou na mira do bolsonarismo para aquecer os embates entre o governo e a oposição. Bolsonaro chamou a medida de “soco no estômago dos mais pobres” nas redes sociais e antecipou que aconselharia os deputados de seu partido a votar contra.

Ele chegou a dizer que estava ‘chateado’ com a postura de seu ex-ministro em favor da aprovação da medida. Em reunião do PL, enquanto Tarcísio explicava seus argumentos em prol da reforma, foi interrompido mais de uma vez pelo ex-presidente que falou: “Pessoal, se o PL estiver unido, não apoia nada”. A emenda à Constituição teve o apoio de 20 deputados do PL.

 

 

por Jorge Barbosa / ESTADÃO

SÃO PAULO/SP - O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) tem sua gestão no estado de São Paulo avaliada como ótima ou boa por 44% da população e como regular por 39%, enquanto 11% consideram seu desempenho ruim ou péssimo, de acordo com pesquisa Datafolha feita após três meses de mandato.

O levantamento traz também resultados menos confortáveis para o carioca que chegou ao Palácio dos Bandeirantes com o apoio do então presidente Jair Bolsonaro (PL), quebrando a hegemonia de quase 30 anos do PSDB no comando estadual, e que é apontado como presidenciável para 2026.

Uma parcela de 45% dos paulistas acha que Tarcísio fez pelo estado menos do que eles esperavam. O grupo é maior do que o de entrevistados que pensam que ele realizou exatamente o que era previsto nesse período (37%). Para 12%, o chefe do Executivo superou expectativas e fez mais do que o esperado.

O instituto ouviu 1.806 pessoas de 16 anos ou mais, em 65 municípios paulistas. Foram entrevistas presenciais, na semana passada, de segunda (3) a quarta-feira (5). A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Tarcísio, que venceu as eleições no segundo turno com 55,2% dos votos válidos, ante 44,7% do adversário Fernando Haddad (PT), preservou o capital político no interior, onde superou o aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Já na região metropolitana da capital, foi Haddad quem venceu.

De acordo com o Datafolha, a aprovação no interior chega a 47%, enquanto na área metropolitana fica em 41%. As taxas dos que veem o governo como regular são de 36% e 42%, respectivamente. A reprovação ficou parecida (12% na capital e entorno e 11% no restante do estado).

O interior representa 54% do total da amostra da pesquisa e a região metropolitana corresponde a 46%.

Buscando se firmar como um representante da direita moderada, com esforços para se distanciar do extremismo bolsonarista, Tarcísio chega aos cem dias de governo nesta segunda-feira (10).

Nesse período, tentou se equilibrar com acenos à base conservadora que o elegeu e evitou atritos com a esquerda, conquistando certa trégua ao abrir diálogo com Lula e pregar uma relação republicana.

O governo do presidente foi avaliado como ótimo/bom por 38% dos brasileiros, regular por 30% e ruim/péssimo por 29% na pesquisa nacional feita pelo Datafolha na semana anterior, após três meses de mandato.

Mesmo entre eleitores paulistas que declaram ter votado no segundo turno em Haddad, o atual ministro da Fazenda de Lula, 33% reconhecem a gestão de Tarcísio como ótima ou boa (17% a julgam como ruim ou péssima, e 45% a veem como regular).

Embora metade (53%) dos que votaram no petista achem que o governador fez pelo estado menos do que o esperado, 31% pensam que os gestos dele correspondem à expectativa que tinham. Outros 9% dão o braço a torcer e dizem que o candidato rival no pleito de 2022 fez mais do que esperavam.

O otimismo, naturalmente, tem taxas superiores entre os que preferiram nas urnas o ex-ministro da Infraestrutura de Bolsonaro. No grupo de simpatizantes, o índice dos que reputam o governo como ótimo/bom bate 60%. Outros 31% o consideram regular, e 6% o classificam como ruim/péssimo.

O Datafolha também comparou o desempenho de Tarcísio com o de outros governadores que foram tema de pesquisa do instituto após duração semelhante de mandato. A mais recente foi em 2011, sobre o trabalho de Geraldo Alckmin, à época no PSDB e ainda longe de migrar para o PSB e virar vice de Lula.

Com seus 44% de ótimo/bom, o atual titular do Bandeirantes tem patamar inferior ao de Alckmin (48%), mas superior aos 39% obtidos por José Serra (PSDB) em 2007.

Tarcísio, com 11%, possui nível de ruim/péssimo similar ao da lista de antecessores, que inclui ainda Mario Covas (PSDB). O já falecido tucano, que assumiu o estado em 1995, marcou 16% de reprovação na pesquisa da época. Serra também teve 16%, e Alckmin registrou 14%.

Os 39% de avaliação regular do atual governador estão acima dos 29% de Alckmin e mais próximos dos números de Serra (37%) e Covas (40%). No geral, portanto, os índices do primeiro eleito desde 1994 que não é filiado ao PSDB demonstram aceitação à linha de mudança sem grandes rupturas.

O antecessor João Doria, que em 2022 renunciou e foi substituído pelo então vice Rodrigo Garcia, não teve a gestão escrutinada pelo Datafolha no primeiro trimestre de 2019.

Distante do estilo pirotécnico de Doria, Tarcísio manteve no cargo postura comedida. O momento de maior visibilidade talvez tenha sido durante o socorro ao litoral norte após as tempestades que deixaram 65 mortos, em dobradinha com Lula na articulação de medidas emergenciais.

Com colete e pé na lama, despachando de São Sebastião, o governador ganhou exposição que foi diagnosticada por assessores e conselheiros como positiva para sua imagem.

Ele também ganhou projeção ao dar marteladas no leilão do trecho norte do Rodoanel, licitação tratada pelo governo como um de seus principais feitos até aqui. Na internet, após viralizar, a cena dividiu opiniões, com detratores classificando o vigoroso gesto como sinal de desequilíbrio.

Afora escorregões verbais, como a afirmação equivocada de que o autismo em crianças pode passar com o tempo —o que motivou uma retratação—, o chefe do Executivo passou ao largo de polêmicas mais danosas.

Também driblou crises que poderiam desgastá-lo, a exemplo da proposta de retirar câmeras dos uniformes dos policiais, tema que o pressionou na campanha e entrou em banho-maria diante das evidências de que a iniciativa é mais benéfica do que prejudicial.

Na análise da pesquisa por segmentos, as taxas de aprovação a Tarcísio se destacam em estratos que tendem a apoiar o governador e seu padrinho político. No segundo turno, Bolsonaro obteve no estado de São Paulo os mesmos 55% de votos colhidos por seu ex-auxiliar, o que indica voto casado.

Com 44% de ótimo/bom na média, o governador tem 46% entre homens, 53% entre pessoas com 45 anos ou mais, 56% entre pessoas com renda familiar acima de dez salários mínimos, 67% entre empresários e 86% entre simpatizantes do PL, partido de Bolsonaro e que compõe sua base no estado.

Por outro lado, a taxa de reprovação 11% no geral— é mais elevada entre jovens de 16 a 24 anos (16%), funcionários públicos (17%), os que têm preferência pelo PT (18%) e os autodeclarados pretos (14%).

No recorte religioso, os percentuais de avaliação estão equilibrados entre católicos (que equivalem a 38% da amostra) e evangélicos (29% do universo pesquisado).

A opinião de que o governo é ótimo ou bom é compartilhada por 50% dos católicos e 45% dos evangélicos. A classificação como regular é feita por 34% e 39%, respectivamente. E a sensação de que é ruim ou péssimo afeta a mesma proporção dentro das duas vertentes: 10%.

Católico, Tarcísio se aproximou do público evangélico na campanha, fazendo o périplo por templos e cultos comum aos candidatos em busca de votos. Já no cargo, prestigiou o segmento com a nomeação de auxiliares influentes entre os irmãos de fé, como os secretários Sonaira Fernandes (Políticas para a Mulher), Gilberto Nascimento Jr. (Desenvolvimento Social) e Roberto de Lucena (Turismo).

Além disso, o governador sancionou um projeto de lei que transformou a Marcha para Jesus, maior evento no calendário evangélico do continente, em patrimônio cultural imaterial do estado.

 

 

por JOELMIR TAVARES / FOLHA de S.PAULO

SÃO PAULO/SP - O governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse na segunda-feira, 20, que o governo federal não tem “excelência técnica”, afirmou que o PT não possui maioria política a nível nacional e “está desestruturado”. Para o chefe do Executivo paulista, que é afilhado político do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a “lua de mel” do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai acabar.

Questionado em entrevista à rádio Jovem Pan, sobre o que o apresentador chamou de “inexistência de uma excelência técnica no governo do PT”, Tarcísio defendeu que “além de não ter excelência técnica”, Lula não tem maioria política.

“Porque você fez uma grande distribuição de cargos, distribuiu um monte de ministério, tem 37 ministérios criados e você não tem maioria, não aprova uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição). Está confuso, está desestruturado. Eu vejo um cenário de dificuldade para aprovar reformas importantes, para mediar conflitos com o Congresso, e entregar resultados que vão ser importantes”, justificou.

“A gente obviamente vê um cenário de um presidente (Lula) muito mais preso a essa ala radical, que de certa forma não é um presidente que teve lá atrás uma postura de mais pragmatismo. Eu vejo um presidente mais ideológico, mais impaciente”, disse. “O governo vai ficar cada vez mais ansioso. Essa lua de mel tem dia e hora para acabar”, completou.

Apesar das críticas, Tarcísio argumentou que quer manter uma boa relação com o governo federal, de modo a conquistar cooperação nas áreas da habitação, saúde e segurança pública.

No caso da defesa pela privatização do Porto de Santos, em que diverge da posição do Planalto, o governador disse que Lula se mostrou disponível a ouvir os argumentos pela desestatização da autoridade portuária.

Sobre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Tarcísio disse que seu ex-adversário ao governo de São Paulo “está tentando fazer o correto” na pasta. “Há de se ver com o tempo até que ponto ele vai ter autonomia e caneta para fazer o que é correto. Está tentando acertar. Eu faço votos para que acerte mesmo”, afirmou.

Ainda defendeu que os ministros do Supremo Tribunal Federal são sensíveis a ouvir argumentos em votação caras ao cenário de investimentos no País. “Tenho relação muito boa (com ministros do STF), sempre que precisei recorrer ao Supremo fui bem atendido. Eu vejo razoabilidade dos ministros ao argumento.”

Tarcísio voltou a elogiar Jair Bolsonaro e apostou que o ex-presidente deve retornar ao Brasil. “A paixão que as pessoas nutrem por ele é gigantesca. Isso não morreu. Se engana quem pensa que isso morreu. A grande liderança de direita no Brasil é Jair Bolsonaro. Em breve deve voltar dos Estados Unidos com capital político gigantesco”, defendeu.

 

Porto de Santos

O governador de São Paulo voltou a defender a privatização do Porto de Santos e disse que o porto se tornou o “maior ponto de exportação de drogas do planeta”.

“Quando eu falo de Santos, eu não estou preocupado com a panaceia da privatização. Eu estou preocupado com 60 mil empregos, gerar perspectiva para uma região que está empobrecendo e, pior, está sendo tomada pelo crime organizado”, disse.

“O Porto de Santos virou o maior exportador de drogas do planeta. Se a gente não fizer nada, a gente perde a guerra para o crime, jovens vão perder suas vidas para o crime”, completou.

O Porto de Santos foi listado em 2022 pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime como um dos pontos de maior trânsito de entorpecentes e substâncias ilícitas da América Latina, ao lado de Buenaventura, Cartagena (Colômbia) e Guaiaquil (Equador). O mesmo relatório também indica que o Brasil é o maior exportador de cocaína do mundo.

 

 

ESTADÃO

SÃO PAULO/SP - Os atrasos constantes em obras de metrô durante os governos tucanos em São Paulo vão gerar uma herança inédita para o governador eleito, Tarcísio de Freitas (Republicanos): a possibilidade de inaugurar cerca de 37 km de trilhos nos próximos quatro anos. A conta é da gestão João Doria/Rodrigo Garcia (PSDB), que pouco avançou na ampliação da rede, marcada mais recentemente por problemas operacionais do que avanços, mas que deixa 34 estações em andamento.

Ao assumir o governo em janeiro e o comando do transporte metropolitano paulista, Tarcísio poderá visitar canteiros de cinco linhas há tempos aguardadas pelos paulistanos, como a 6-Laranja, a 15-Prata e a 17-Ouro – monotriho da zona sul que deveria ter sido entregue a tempo da Copa do Mundo de 2014. Atrasados por motivos variados, os três projetos têm potencial para, juntamente com as extensões das linhas 2-Verde e 9-Esmeralda, ampliar a malha atual em 40%.

Antes de colocar o capacete e faturar politicamente com a herança, no entanto, Tarcísio terá de se posicionar rapidamente sobre o que se tornou hoje o maior problema do transporte sobre trilhos no Estado: a concessão das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, da CPTM. Após sucessivas falhas técnicas e transtornos causados aos usuários, o Ministério Público do Estado sugeriu ao governo Garcia suspender o contrato de concessão homologado em junho de 2021 pela gestão Doria.

Com validade de 30 anos, o negócio rendeu o pagamento de R$ 980 milhões em outorga ao Estado, que ao repassar a operação das linhas à concessionária ViaMobilidade viu o índice de insatisfação explodir. Segundo o MPE, o consórcio vencedor da licitação não dispõe de pessoal especializado para o serviço assumido, assim como materiais e equipamentos básicos.

Parcerias

Defensor de parcerias com a iniciativa privada, Tarcísio foi eleito com a promessa de conceder ou privatizar até mesmo serviços essenciais, como distribuição de água e coleta de esgoto, a partir da venda do controle acionário da Sabesp. Mas terá sua disposição colocada à prova de acordo com a solução que dará ao problema que se tornou a desestatização de parte da CPTM.

Na Secretaria de Transportes Metropolitanos, Tarcísio indicou a permanência do atual secretário, Marco Assalve. O governador eleito tem afirmado a intenção de reavaliar o contrato e até mesmo extingui-lo, mas não sem antes usar de todos os mecanismos à sua disposição, como a imposição de multas pesadas. Ao mesmo tempo, sugeriu, durante a campanha eleitoral, a possibilidade de promover outras ampliações a partir de novas concessões.

Para o consultor em mobilidade urbana Sergio Avelleda, que já presidiu o Metrô e a CPTM, as expansões na rede vão exigir do governo Tarcísio um planejamento financeiro para não apenas dar celeridade às obras, mas assegurar os recursos necessários para subsidiar o sistema.

“Quanto maior e com mais integrações a malha, menor é a sua eficiência financeira”, alerta Avelleda ao explicar que passageiros farão mais viagens pagando uma única passagem. “É assim em todas as capitais do mundo, o sistema precisa ser subsidiado.”

No plano apresentado por Tarcísio à Justiça Eleitoral não há dados sobre financiamento do transporte nem detalhes sobre as linhas que pretende iniciar ou expandir a partir de novos projetos. Durante a campanha, no entanto, o agora governador eleito se comprometeu a levar o metrô a cidades da Região Metropolitana, como Cotia, por meio de uma futura expansão da Linha 4-Amarela, ramal operado hoje pela iniciativa privada, mas construído pelo Estado.

Para o cientista político Humberto Dantas, diretor do Movimento Voto Consciente, levar o metrô para fora da capital seria um ganho político talvez maior que inaugurar novas estações em São Paulo. “Todos os últimos governadores prometeram e não cumpriram. O impacto seria bastante importante”, afirmou.

Segundo Dantas, a disposição de Tarcísio em manter boa parte da equipe hoje em atividade no governo – sem rifar quadros tucanos – pode ajudar na tarefa de finalizar obras de infraestrutura comumente impactadas por mudanças de projetos, problemas financeiros e até mesmo acidentes. “Ao final, se der certo, ele pode dizer que mudou tudo sem mudar nada. Isso dá celeridade.”

 

 

por Adriana Ferraz / ESTADÃO

SÃO PAULO/SP - Nesta sexta-feira, 21, o Instituto de Pesquisa Paraná divulgou mais um levantamento sobre o segundo turno para a corrida pelo Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo.

De acordo com o Instituto, Tarcísio de Freitas (Republicanos), aparece na frente com 51% das intenções de voto, já o seu oponente Fernando Haddad (PT) está com 37,7%. Brancos e nulos representam 6,4% e indecisos, 5%.

No levantamento do último dia 14 de outubro, o Paraná Pesquisas mostrou o pupilo do presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) com 49,9%, contra 39,2% de Fernando Haddad.

Se pegarmos apenas os votos válidos, que são o que realmente conta na hora da soma dos votos, o ex-ministro da Infraestrutura tem 57,5% e o ex-prefeito de São Paulo, 42,5%.

O levantamento da Paraná Pesquisas entrevistou 1.810 pessoas de forma presencial entre 16 e 20 de outubro. A margem de erro é de 2,4 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.

A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo SP-01846/2022 e foi contratada pela corretora Tullett Prebon Brasil Corretora de Valores e Câmbio por R$ 126.000,00.

SÃO PAULO/SP - No primeiro debate entre candidatos ao governo de São Paulo na Band, ontem, 10, entre Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Fernando Haddad (PT), o que mais se falou foi sobre seus padrinhos políticos, Bolsonaro e Lula.

Tudo o que era preguntado, tanto entre confrontos, quanto por jornalistas, as respostas se direcionavam nacionalmente. Haddad fala da época de Lula e Tarcísio defendia o atual governo Bolsonaro.

O grande exemplo foi sobre segurança pública, o candidato Tarcísio citou a declaração de Lula (PT) de que “Bolsonaro não gosta de gente, gosta de policial. Acho triste que o ex-presidente veja aqueles que arriscam sua vida diariamente dessa forma” afirmou o ex-ministro de infraestrutura.

Haddad ao responder disse: “O presidente Lula já se desculpou por essa frase e explicou que ele quis dizer na verdade que ele não gosta de gente porque gosta de milícia, ele queria usar a palavra milícia.”

Tarcísio prometeu que, além de manter a redução do ICMS sobre os combustíveis, promoveria outros cortes na carga tributária. "Porque isso vai gerar emprego. E a gente quer os pais de família trabalhando, a gente quer fazer a diferença. Então, parabéns ao governo Bolsonaro por essa importante iniciativa", relatou.

Já Haddad afirmou que, além de manter a alíquota do ICMS no nível em que está, lutará para que Lula, caso seja eleito presidente, "enfrente o lobby" dos acionistas estrangeiros da Petrobras. "Eles não podem ter mais de R$ 100 bilhões de lucros às custas do consumidor brasileiro.".

O petista defendeu a instalação de câmeras nas fardas de PMs, já Tarcísio, afirmou que, se eleito, irá revogar a medida adotada durante o governo de João Doria (PSDB), alegando que ela não reduziu a criminalidade e que está “fazendo mal para os policiais”.

 

 

IMPRENSA BRASIL

SÃO PAULO/SP - Fernando Haddad (PT), lidera a disputa para o governo do estado de São Paulo, de acordo com a pesquisa Ipec ex-Ibope, encomendada pela Globo, nesta terça-feira, 20.

De acordo com o levantamento Haddad está com 34% das intenções de voto, seguido por Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 22%, e o atual governador e candidato a reeleição Rodrigo Garcia (PSDB), aparece com 18%.

O petista segue na liderança e oscilou para baixo, mas dentro da margem de erro em relação à pesquisa anterior, de 6 de setembro. Já o candidato do presidente Jair Bolsonaro (Tarcísio), oscilou de 21% para 22%, e está agora tecnicamente empatado com o governador Rodrigo Garcia, cujas intenções de voto variaram de 14% para 18%. Brancos e nulos são 10%, já os que não souberam responder são 10%.

OUTROS CANDIDATOS

  • Vinicius Poit (Novo): 1% (1% na pesquisa anterior)
  • Gabriel Colombo (PCB): 1% (1% na pesquisa anterior)
  • Antonio Jorge (DC): 1% (1% na pesquisa anterior)
  • Elvis Cezar (PDT): 1% (1% na pesquisa anterior)
  • Carol Vigliar (Unidade Popular): 1% (1% na pesquisa anterior)
  • Altino Júnior (PSTU): 1% (1% na pesquisa anterior)
  • Edson Dorta (PCO): 0% (1% na pesquisa anterior)

A pesquisa ouviu 2.000 pessoas entre os dias 17 e 19 de setembro em 84 municípios do estado de São Paulo. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número SP-05582/2022.

 

 

IMPRENSA BRASIL

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