Jornalista/Radialista
COLÔMBIA - O Presidente da Colômbia, Gustavo Petro, disse domingo que está disposto a encontrar-se com antigos líderes paramilitares para discutir o processo de paz.
Petro disse que os antigos líderes militares que cumpriram as suas penas e que manifestaram publicamente a sua vontade de se reunirem deveriam explicar "em que medida" o "processo de paz foi truncado ou se pode ser concluído e finalizado".
Vi com preocupação quantas das haciendas que os paramilitares tinham em (a região de) Urabá estão agora ocupadas por homens da frente ou pelo clã do Golfo. Daí a necessidade de uma força policial especializada para cuidar destes bens e uma revisão da fase final da lei de Justiça e Paz", disse ele.
Assim, a ideia proposta pelo presidente durante a Comemoração do Dia Nacional da Memória e Solidariedade é fazer um inventário dos bens pela Agência Nacional de Terras para a reforma agrária, a fim de "aumentar o ritmo" de recolha e indemnização das vítimas.
Salientou também que houve uma re-vicalização por parte do Estado e que a corrupção, que proporcionou benefícios a alguns ex-funcionários públicos, foi um fator determinante na incapacidade de reparar as vítimas.
Neste sentido, convidou as vítimas a juntarem-se a um movimento social pela paz. Se estes milhões de pessoas se pudessem organizar, poderíamos ter o primeiro movimento social na Colômbia, cujo objetivo é alcançar a paz", disse ele.
Parece-me fundamental que as organizações de vítimas, de todos os tipos, de qualquer origem, se tornem um Movimento Social para a Paz", disse, indicando que o centro de memória deveria "acelerar tanto quanto possível os processos de restituição de terras, os processos de indemnização das vítimas e mesmo os processos judiciais que têm a ver com a verdade".
Fonte: (EUROPA PRESS)
por Pedro Santos / NEWS 360
SÃO PAULO/SP - Depois de abrir 2023 com a primeira alta em dez meses, a taxa de desemprego no Brasil voltou a subir e atingia 8,6% dos trabalhadores no trimestre encerrado em fevereiro. Apesar da oscilação positiva, o percentual corresponde à menor taxa para o período desde 2015 (7,5%).
Com o movimento, a quantidade de profissionais ainda fora da força de trabalho equivale a 9,2 milhões de pessoas, segundo números apresentados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O aumento de 5,5% no número de desocupados representa um acréscimo de 483 mil pessoas à procura por trabalho no Brasil.
Adriana Beringuy, coordenadora de trabalho e rendimento do IBGE, afirma que o aumento da desocupação ocorreu após seis trimestres de quedas significativas seguidas. Ela reforça que a melhora do mercado de trabalho foi muito influenciada pela recuperação no período pós-pandemia.
"Voltar a ter crescimento da desocupação nesse período pode sinalizar o retorno à sazonalidade característica do mercado de trabalho. Se olharmos retrospectivamente, na série histórica da pesquisa, todos os trimestres móveis encerrados em fevereiro são marcados pela expansão da desocupação, com exceção de 2022”, explica ela.
O trimestre compreendido entre os meses de dezembro e fevereiro também foi marcado pela queda em 1,6%, o equivalente a 1,6 milhão de pessoas, do quadro de profissionais no mercado de trabalho. Com a variação, o nível de ocupação, percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, chegou a 56,4%, queda de 1 ponto percentual na comparação com os três meses anteriores.
“A população ocupada tem um comportamento que é o inverso da trajetória da população desocupada. Nos primeiros meses do ano, há um movimento praticamente conjugado, de retração da população ocupada e a expansão da desocupação. Isso é ligado tanto às dispensas dos trabalhadores temporários que costumam ser contratados no fim do ano quanto à maior pressão do mercado de trabalho após o período de festas", analisa Adriana.
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O empregado sem carteira no setor público (-14,6% ou menos 457 mil), o empregado sem carteira assinada no setor privado (-2,6% ou menos 349 mil pessoas) e o trabalhador por conta própria com CNPJ (-4,8% ou menos 330 mil) foram as categorias que mais perderam postos no trimestre encerrado em fevereiro.
O número de empregados com carteira assinada no setor privado, por sua vez, ficou estável após seis trimestres consecutivos de crescimento significativo. O número vai em linha com os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que mostra um saldo positivo de contratações formais no início deste ano.
Ainda na comparação com o trimestre anterior, houve redução de 206 mil pessoas na categoria dos empregadores, que agora soma 4,1 milhões de pessoas. Já o número de trabalhadores domésticos ficou estável e é estimado em 5,8 milhões. A taxa de informalidade também ficou estável no trimestre (38,9%).
No mesmo período, não houve crescimento de ocupação em nenhum dos setores pesquisados. Quatro deles tiveram retração no período: administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (-2,7%, ou menos 471 mil pessoas), indústria geral (-2,7%, ou menos 343 mil pessoas), agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-2,3%, ou menos 202 mil pessoas) e outros serviços (-3,2%, ou menos 171 mil pessoas).
Adriana avalia que o movimento do setor da administração pública tem razões sazonais. “A retração tem relação com os setores de saúde e, principalmente, de educação. É possível observar, ao longo da série histórica, que no início de cada ano, há dispensa especialmente dos trabalhadores sem carteira contratados pela administração pública de forma temporária”, destaca ela.
Do R7
SÃO PAULO/SP - O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) tem sua gestão no estado de São Paulo avaliada como ótima ou boa por 44% da população e como regular por 39%, enquanto 11% consideram seu desempenho ruim ou péssimo, de acordo com pesquisa Datafolha feita após três meses de mandato.
O levantamento traz também resultados menos confortáveis para o carioca que chegou ao Palácio dos Bandeirantes com o apoio do então presidente Jair Bolsonaro (PL), quebrando a hegemonia de quase 30 anos do PSDB no comando estadual, e que é apontado como presidenciável para 2026.
Uma parcela de 45% dos paulistas acha que Tarcísio fez pelo estado menos do que eles esperavam. O grupo é maior do que o de entrevistados que pensam que ele realizou exatamente o que era previsto nesse período (37%). Para 12%, o chefe do Executivo superou expectativas e fez mais do que o esperado.
O instituto ouviu 1.806 pessoas de 16 anos ou mais, em 65 municípios paulistas. Foram entrevistas presenciais, na semana passada, de segunda (3) a quarta-feira (5). A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Tarcísio, que venceu as eleições no segundo turno com 55,2% dos votos válidos, ante 44,7% do adversário Fernando Haddad (PT), preservou o capital político no interior, onde superou o aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Já na região metropolitana da capital, foi Haddad quem venceu.
De acordo com o Datafolha, a aprovação no interior chega a 47%, enquanto na área metropolitana fica em 41%. As taxas dos que veem o governo como regular são de 36% e 42%, respectivamente. A reprovação ficou parecida (12% na capital e entorno e 11% no restante do estado).
O interior representa 54% do total da amostra da pesquisa e a região metropolitana corresponde a 46%.
Buscando se firmar como um representante da direita moderada, com esforços para se distanciar do extremismo bolsonarista, Tarcísio chega aos cem dias de governo nesta segunda-feira (10).
Nesse período, tentou se equilibrar com acenos à base conservadora que o elegeu e evitou atritos com a esquerda, conquistando certa trégua ao abrir diálogo com Lula e pregar uma relação republicana.
O governo do presidente foi avaliado como ótimo/bom por 38% dos brasileiros, regular por 30% e ruim/péssimo por 29% na pesquisa nacional feita pelo Datafolha na semana anterior, após três meses de mandato.
Mesmo entre eleitores paulistas que declaram ter votado no segundo turno em Haddad, o atual ministro da Fazenda de Lula, 33% reconhecem a gestão de Tarcísio como ótima ou boa (17% a julgam como ruim ou péssima, e 45% a veem como regular).
Embora metade (53%) dos que votaram no petista achem que o governador fez pelo estado menos do que o esperado, 31% pensam que os gestos dele correspondem à expectativa que tinham. Outros 9% dão o braço a torcer e dizem que o candidato rival no pleito de 2022 fez mais do que esperavam.
O otimismo, naturalmente, tem taxas superiores entre os que preferiram nas urnas o ex-ministro da Infraestrutura de Bolsonaro. No grupo de simpatizantes, o índice dos que reputam o governo como ótimo/bom bate 60%. Outros 31% o consideram regular, e 6% o classificam como ruim/péssimo.
O Datafolha também comparou o desempenho de Tarcísio com o de outros governadores que foram tema de pesquisa do instituto após duração semelhante de mandato. A mais recente foi em 2011, sobre o trabalho de Geraldo Alckmin, à época no PSDB e ainda longe de migrar para o PSB e virar vice de Lula.
Com seus 44% de ótimo/bom, o atual titular do Bandeirantes tem patamar inferior ao de Alckmin (48%), mas superior aos 39% obtidos por José Serra (PSDB) em 2007.
Tarcísio, com 11%, possui nível de ruim/péssimo similar ao da lista de antecessores, que inclui ainda Mario Covas (PSDB). O já falecido tucano, que assumiu o estado em 1995, marcou 16% de reprovação na pesquisa da época. Serra também teve 16%, e Alckmin registrou 14%.
Os 39% de avaliação regular do atual governador estão acima dos 29% de Alckmin e mais próximos dos números de Serra (37%) e Covas (40%). No geral, portanto, os índices do primeiro eleito desde 1994 que não é filiado ao PSDB demonstram aceitação à linha de mudança sem grandes rupturas.
O antecessor João Doria, que em 2022 renunciou e foi substituído pelo então vice Rodrigo Garcia, não teve a gestão escrutinada pelo Datafolha no primeiro trimestre de 2019.
Distante do estilo pirotécnico de Doria, Tarcísio manteve no cargo postura comedida. O momento de maior visibilidade talvez tenha sido durante o socorro ao litoral norte após as tempestades que deixaram 65 mortos, em dobradinha com Lula na articulação de medidas emergenciais.
Com colete e pé na lama, despachando de São Sebastião, o governador ganhou exposição que foi diagnosticada por assessores e conselheiros como positiva para sua imagem.
Ele também ganhou projeção ao dar marteladas no leilão do trecho norte do Rodoanel, licitação tratada pelo governo como um de seus principais feitos até aqui. Na internet, após viralizar, a cena dividiu opiniões, com detratores classificando o vigoroso gesto como sinal de desequilíbrio.
Afora escorregões verbais, como a afirmação equivocada de que o autismo em crianças pode passar com o tempo o que motivou uma retratação, o chefe do Executivo passou ao largo de polêmicas mais danosas.
Também driblou crises que poderiam desgastá-lo, a exemplo da proposta de retirar câmeras dos uniformes dos policiais, tema que o pressionou na campanha e entrou em banho-maria diante das evidências de que a iniciativa é mais benéfica do que prejudicial.
Na análise da pesquisa por segmentos, as taxas de aprovação a Tarcísio se destacam em estratos que tendem a apoiar o governador e seu padrinho político. No segundo turno, Bolsonaro obteve no estado de São Paulo os mesmos 55% de votos colhidos por seu ex-auxiliar, o que indica voto casado.
Com 44% de ótimo/bom na média, o governador tem 46% entre homens, 53% entre pessoas com 45 anos ou mais, 56% entre pessoas com renda familiar acima de dez salários mínimos, 67% entre empresários e 86% entre simpatizantes do PL, partido de Bolsonaro e que compõe sua base no estado.
Por outro lado, a taxa de reprovação 11% no geral é mais elevada entre jovens de 16 a 24 anos (16%), funcionários públicos (17%), os que têm preferência pelo PT (18%) e os autodeclarados pretos (14%).
No recorte religioso, os percentuais de avaliação estão equilibrados entre católicos (que equivalem a 38% da amostra) e evangélicos (29% do universo pesquisado).
A opinião de que o governo é ótimo ou bom é compartilhada por 50% dos católicos e 45% dos evangélicos. A classificação como regular é feita por 34% e 39%, respectivamente. E a sensação de que é ruim ou péssimo afeta a mesma proporção dentro das duas vertentes: 10%.
Católico, Tarcísio se aproximou do público evangélico na campanha, fazendo o périplo por templos e cultos comum aos candidatos em busca de votos. Já no cargo, prestigiou o segmento com a nomeação de auxiliares influentes entre os irmãos de fé, como os secretários Sonaira Fernandes (Políticas para a Mulher), Gilberto Nascimento Jr. (Desenvolvimento Social) e Roberto de Lucena (Turismo).
Além disso, o governador sancionou um projeto de lei que transformou a Marcha para Jesus, maior evento no calendário evangélico do continente, em patrimônio cultural imaterial do estado.
por JOELMIR TAVARES / FOLHA de S.PAULO
SÃO PAULO/SP - O Palmeiras é campeão paulista pela 25ª vez. Na tarde deste domingo, o Verdão reverteu o placar do jogo de ida e venceu o Água Santa por 3 a 0 para ficar com o título estadual pelo segundo ano consecutivo. Com recorde de público no Allianz Parque, a equipe de Abel Ferreira contou com os gols de Gabriel Menino, Endrick e José López para garantir o triunfo.
Depois de perderem por 2 a 1 no jogo de ida, disputado na Arena Barueri na semana passada, os palmeirenses se recuperaram de forma incontestável. Com três gols anotados ainda na etapa inicial, o Verdão controlou o jogo do início ao fim e garantiu o título com uma campanha de 11 vitórias, dois empates e apenas uma derrota em 14 partidas.
Com a 25ª conquista do Paulistão, o Palmeiras diminuiu para cinco a distância para o Corinthians, que é o maior campeão estadual, com 30 títulos do torneio. O Verdão é o segundo na lista, seguido por Santos e São Paulo, que estão empatados com 22.
A equipe de Abel Ferreira tem poucos dias para festejar o título, já que volta a campo já nesta quarta-feira. Às 20 horas (de Brasília), o Palmeiras encara o Tombense no Allianz Parque, pelo jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil.
O jogo
O Palmeiras começou o jogo em ritmo forte e teve a primeira boa chance aos três minutos, quando Dudu cruzou na medida para Murilo, que cabeceou por cima do gol. Pouco depois, em nova jogada pelos lados aos 7, o zagueiro palmeirense recebeu nova chance dentro da área após passe de Rony, e dessa vez finalizou para a defesa de Ygor Vinhas.
Com a vantagem do jogo de ida, o Água Santa também tratou de aparecer no ataque e respondeu aos dez minutos, quando Gabriel Inocêncio recebeu na entrada da área e arriscou bom chute, obrigando Weverton a espalmar para escanteio.
Apesar do susto, o Palmeiras seguiu dominante na partida e não demorou para abrir o placar. Aos 15 minutos, Gabriel Menino cobrou a falta na barreira, mas esteve atento no rebote e acertou um belo arremate para mandar no cantinho de Ygor Vinhas e colocar o Verdão em vantagem no Allianz Parque.
Com o placar agregado igualado, o Palmeiras seguiu em cima para fazer valer a superioridade técnica. E assim, o Verdão chegou ao segundo gol aos 26 minutos. Depois de linda jogada pelo lado direito, Dudu cruzou na segunda trave, e Gabriel Menino apareceu nas costas da zaga para completar de cabeça e balançar a rede novamente.
Embalado com a festa da torcida, o Palmeiras tratou de encaminhar o título e anotar o terceiro gol logo aos 33 minutos, com outra Cria da Academia. Desta vez, Gabriel Menino acionou Rony, que chutou rasteiro para a defesa de Ygor Vinhas. No rebote, Endrick apareceu livre dentro da área e só empurrou para a rede.
O jogo estava controlado pelo lado do Verdão, mas o clima esquentou em uma dividida entre Dudu e Didi. O camisa 7 levou amarelo pela falta cometida, mas uma confusão se instaurou. No meio do bolo, Luan Dias também acabou advertido por um empurrão em Raphael Veiga. Depois disso, os ânimos se acalmaram, e as oportunidades diminuíram. Assim, as equipes desceram para o vestiário com o 3 a 0 no placar.
Sim, o #TimeDaVirada é CAMPEÃO mais uma vez! ?#AvantiPalestra pic.twitter.com/8KfbYHeEVi
— SE Palmeiras (@Palmeiras) April 9, 2023
Segundo tempo
Depois de uma primeira etapa intensa, o segundo tempo começou em ritmo mais calmo depois do intervalo. As equipes travaram disputas no meio de campo, mas foram poucas oportunidades nos minutos iniciais. Aos poucos, porém, quem cresceu no jogo foi o Água Santa, que circulou a área palmeirense tentando descontar o placar. Por pouco, aos 13, Junior Todinho não alcançou a bola após cruzamento pelo lado esquerdo e levou perigo.
Rapidamente, porém, o Palmeiras fez ajustes e igualou as disputas para evitar novos sustos. Com uma vantagem confortável no placar, Abel Ferreira ainda sacou Endrick, Raphael Veiga e Dudu para as entradas de Garcia, Fabinho e López. E a entrada do atacante argentino no jogo fez bem ao Verdão, que transformou a vitória em goleada.
Aos 27, López aproveitou a falha adversária, conduziu sozinho e tabelou com Rony dentro da área antes de tirar da marcação e finalizar cruzado, de canhota, para ampliar o marcador. Com o 4 a 0 no placar, tudo ficou favorável para o Palmeiras conduzir o jogo de maneira tranquila.
O Água Santa até foi valente, em busca de ao menos um gol de honra, mas o Verdão continuou seguro no sistema defensivo. Com gritos de "olé" e de "é campeão", o Palmeiras controlou a partida nos minutos finais até garantir o título paulista pelo segundo ano consecutivo.
Guilherme Goya / GAZETA ESPORTIVA
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