Jornalista/Radialista
MUNDO - Kevin Benavides venceu na sexta-feira (15) o Rally Dakar entre os competidores das motos. O argentino, piloto da Honda, completou a última especial da prova, realizada entre Yanbu e Jedá, na segunda posição, e capitalizou sua primeira conquista na mais importante prova fora de estrada do planeta.
Benavides venceu apenas duas das 12 especiais do Dakar deste ano, a sexta, quando virou líder da prova pela primeira vez, e a nona, realizada já nesta semana. O argentino, porém, só assumiu a liderança do Dakar na quarta-feira, quando José “Nacho” Cornejo abandonou a disputa. A partir daí, o piloto da Honda apenas controlou a prova para faturar a vitória.
Na especial desta sexta-feira, a vitória ficou com Ricky Brabec, que completou os 200 quilômetros do percurso em 2h17min02s. Benavides foi o segundo colocado do dia, 2min17s atrás do vencedor. O grupo dos cinco primeiros foi completado por outros três pilotos da KTM: Matthias Walkner, Skyler Howes e Daniel Sanders.
Lorenzo Santolino ficou com a sexta posição da especial com uma moto da Sherco, sendo seguido por Joan Pedrero García, sétimo com uma KTM. Joaquim Rodrigues, com uma Hero, ficou com a oitava posição, enquanto Jaume Betriu, também da KTM, acabou a especial em nono. Sebastian Bühler, da Hero, foi o décimo melhor do dia.
Após o complemento das 12 especiais, Benavides completou o Dakar com um tempo acumulado de 47h18min14s. A segunda posição ficou com Brabec, que tomou o segundo lugar de Sam Sunderland e chegou apenas 4min56s atrasado para o campeão. Sunderland, com uma KTM, foi o terceiro, seguido por Sanders e Howes, que fecharam o top-5.
*Por: Leonardo Marson / RACING
MUNDO - O Facebook Inc. disse na sexta-feira que estava bloqueando a criação de quaisquer novos eventos do Facebook nas proximidades de lugares como a Casa Branca e o Capitólio dos Estados Unidos em Washington, bem como edifícios do capitólio estadual, durante o dia da posse em 20 de janeiro.
Em uma postagem de blog na sexta-feira, a empresa de mídia social também disse que faria uma revisão de todos os eventos do Facebook relacionados à inauguração e removeria os eventos que violassem suas regras.
A ação segue a violência em Washington, DC, na última quarta-feira, quando partidários do presidente dos EUA, Donald Trump, invadiram o Capitólio dos EUA após semanas de retórica violenta e organização em sites de mídia social.
O FBI alertou sobre os protestos armados que estão sendo planejados para Washington e todas as 50 capitais estaduais na corrida para 20 de janeiro.
O Facebook também disse que estava impondo algumas outras restrições, como bloquear certas contas de criar vídeos ao vivo, criar eventos ou ser uma página ou administrador de grupo, “com base em sinais como violações repetidas de nossas políticas”.
*Reportagem de Elizabeth Culliford / REUTERS
MUNDO - Os preços do petróleo caíram mais de 2% na sexta-feira (15), com ambos os contratos acumulando perdas na semana, à medida que preocupações com a imposição de lockdowns em cidades da China por causa de surtos de coronavírus ofuscaram um rali guiado por fortes dados de importação do país.
O petróleo Brent fechou em queda de 1,32 dólares, ou 2,3%, a 55,10 dólares por barril, enquanto o petróleo dos Estados Unidos (WTI) recuou 1,21 dólar, ou 2,3%, para 52,36 dólares o barril.
Ambas as referências, que chegaram a atingir os maiores patamares em quase um ano no começo da semana, registraram suas primeiras perdas semanais em três semanas, com o Brent cedendo 1,6% e o WTI recuando cerca de 0,4% no período.
Embora os produtores enfrentem desafios sem precedentes para equilibrar as equações de oferta e demanda, com cálculos envolvendo programas de vacinação e lockdowns, os contratos têm sido impulsionados pelas altas dos mercados acionários e pela desvalorização do dólar, que torna o petróleo mais barato, além da forte demanda chinesa.
Mas esses pontos positivos foram colocados em dúvida nesta sexta-feira, diante da alta do dólar e da intensificação de medidas de lockdown pela China.
Um pacote de alívio de quase 2 trilhões de dólares anunciado pelo presidente eleito dos EUA, Joe Biden, pode aumentar a demanda por petróleo no maior consumidor global da commodity. Ainda assim, alguns analistas afirmam que o movimento pode não ser suficiente para alimentar a demanda.
"Em termos de demanda, a Ásia tem sido o único ponto positivo", disse John Kilduff, sócio da Again Capital Management em Nova York. "Esse novo lockdown está atingindo o coração da demanda na Ásia. É um problema."
*Por Jessica Resnick-Ault / REUTERS
(Reportagem adicional de Noah Browning e Aaron Sheldrick)
BRASÍLIA/DF - A montadora norte-americana Ford anunciou nesta semana que vai deixar de fabricar veículos no Brasil. Há um mês, a gigante alemã Mercedes-Benz também informou a saída do país. Os motivos são parecidos. A crise da covid-19, a desvalorização do real e a reestruturação global das companhias.
A norte-americana fechará 3 fábricas: em Camaçari (BA), em Taubaté (SP) e da Troller (Horizonte, CE). A alemã acabará com a única, em Iracemápolis, no interior de São Paulo. Ao menos 5.370 empregos serão dizimados até dezembro de 2021 – sem contar o efeito cascata em fornecedores da cadeia produtiva.
fornecido PODER360
Nas contas da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), para cada emprego fechado numa montadora, outros 5 são perdidos indiretamente.
A saída da Ford e da Mercedes reduzirá a capacidade de produção da indústria automotiva brasileira em até 10%, para 4,5 milhões de veículos ao ano.
“A situação econômica no Brasil tem sido difícil por muitos anos e se agravou devido à pandemia”, informou a Mercedes. “Estamos mudando para um modelo de negócios enxuto e com poucos ativos, encerrando a produção no Brasil”, disse o presidente-executivo da Ford, Jim Farley.
No caso da montadora norte- americana, a saída reflete os problemas da própria companhia. Ela já foi uma das maiores no país. Hoje está em 6º lugar em vendas com 7,4% do mercado de automóveis. Vendeu 119,4 mil carros ano passado. Perde para General Motors, com 18,9% do setor, Volkswagen (17,7%), Fiat (10,3%), Hyundai (10,1%) e Renault (7,4%).
A repercussão da saída da Ford foi imediata, e negativa. A montadora teve que montar uma operação nas redes sociais para responder aos consumidores receosos sobre reposição de peças e assistência técnica. Está patrocinando as buscas no Google para uma página aparecer em 1º lugar. Chamada de “Ford Não Vai Sair do Brasil“, detalha a reestruturação da empresa na América do Sul.
Todas as montadoras tiveram quedas nas vendas em 2020. Os licenciamentos de carros caíram 28,6%, na comparação com 2019. Entre aquelas com maior participação no mercado, a maior redução foi a da Renault, de 44,8%. Na Ford, a perda foi de 39%. Na Mercedes, 32,2%.
Antes da pandemia, o Brasil já vinha convivendo com uma capacidade ociosa de produção de carros. “O governo foi pego de surpresa porque quis. Em 2019, a Ford fechou a sua grande montadora de São Bernardo. Não custava nada ter feito o acompanhamento da vida econômica da empresa”, afirmou o presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Ricardo Patah.
O setor automotivo não anda bem das pernas há tempos. A montagem de carros (sobretudo a combustão) é algo que agrega pouco à cadeia produtiva neste século 21.
Há uma disputa no mundo para a criação de um modelo mais sustentável, como carros elétricos. As montadoras estão investindo bilhões em pesquisa. Os recursos das holdings (empresas controladoras) estão sendo destinados para os países em que há maior possibilidade de inovação e competitividade. O Brasil tem ficado fora dessa rota. Segundo estudo elaborado pela PwC, de 2019, produzir carros aqui é 18% mais caro do que no México.
Bolsonaro disse que a Ford está indo embora porque ele não quer dar subsídios a outros governos. Segundo dados da Receita Federal, o setor automotivo acumula mais de R$ 50 bilhões em subsídios desde 2002.
O presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, discorda. “Não quero politizar o assunto, mas crise expôs o Custo Brasil”, disse ele em entrevista à imprensa, na 4ª feira. Moraes alega que os incentivos fiscais são uma forma de corrigir distorções do sistema tributário brasileiro. Na avaliação dele, eventuais “subsídios” apenas trazem os tributos para uma taxa mais adequada. Comparou os incentivos à estratégia de algumas varejistas na Black Friday: elevar preços na véspera para oferecer grandes descontos na promoção.
Segundo Moraes, uma reforma tributária ampla poderia mudar essa situação. A Anfavea vem apresentando propostas ao Ministério da Economia há 2 anos. Reuniões são realizadas a cada 15 dias com o setor. Mas reformas patinam no Congresso.
A saída da Ford expôs os problemas do setor. “Quando a água desce, os esqueletos e as carcaças aparecem”, disse o presidente da associação de montadoras. “Governadores, prefeitos mostraram preocupação legítima. Mas não deveríamos discutir quem é o culpado, mas como resolver o problema“.
Montadoras consultadas pelo Poder360 informaram que mantêm seus planos de atuar no país, como a Nissan, Renault, Peugeot e Citröen.
A norte-americana Chevrolet disse que irá investir R$ 10 bilhões nos próximos anos.
A japonesa Honda inaugurou recentemente sua 2ª fábrica no Brasil, onde investiu R$ 1 bilhão. Fica na cidade de Itirapina, em São Paulo. Além disso, a marca lançou no último ano o WR-V 2021, além de atualização na linha 2021 dos modelos HR-V, City e Civic.
A alemã Volkswagen afirmou que está operando normalmente nas 4 fábricas brasileiras. A empresas acabou de renovar toda a linha de produtos
A japonesa Toyota disse que mantém seus planos. Em breve anunciará o novo veículo para o qual destinou R$ 1 bilhão. “Temos cuidado diligentemente de todos os fatores internos que nos permitem melhor competitividade e, ao mesmo tempo, temos conversado com o governo sobre reformas que permitam que o setor como um todo possa crescer, gerar empregos e distribuir valor”, afirmou.
A Audi está tentando viabilizar a fabricação de um novo carro no Brasil. Mas há entraves. A companhia disse que não tem mais como pedir à matriz autorização para investir num país onde o governo lhes deve dinheiro (créditos tributários de IPI acumulados durante os anos de Inovar-Auto). Ou seja, a fábrica compartilha com a Volkswagen no Paraná por ficar parcialmente ociosa neste início de 2021.
*Por: Douglas Rodrigues / PODER360
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