Pitt também elogiou os planos da Austrália de manter a mineração de carvão "muito além de 2030", enquanto grande parte do mundo desenvolvido já começou a eliminar o poluente combustível fóssil.
A Austrália é hoje o maior exportador de carvão mineral do mundo, um produto altamente poluente e que ao ser queimado para a produção de energia elétrica gera emissões de gases do efeito estufa.
O setor emprega ao menos 40.000 australianos e que movimentou, só em 2020, 40 bilhões de dólares. As cifras movimentadas dão a esse segmento forte poder de lobby junto ao governo. O principal destino do produto australiano é a China.
O Reino Unido também foi criticado por aceitar as condições da Austrália no acordo bilateral.
Houve, inclusive, conversas dentro do governo do primeiro-ministro britânico Boris Johnson para que fosse negado à Austrália uma oportunidade de falar num encontro climático realizado em 2020. O que acabou, no fim, não acontecendo.
*Por: Ernesto Neves / VEJA.com