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AUSTRÁLIA - Robert e Anne Margaret Geeves, ambos com 64 anos, foram considerados inocentes do assassinato de Amber Haigh, uma adolescente de 19 anos que desapareceu em 2002, em New South Wales (NSW), na Austrália. O casal tinha sido acusado há dois anos de matar a jovem para poder ficar com a guarda do seu filho, de apenas cinco meses, fruto de um caso com o acusado.

O casal esteve preso durante mais de dois anos e o julgamento decorreu ao longo de nove semanas no Supremo Tribunal de NSW. A jovem, que tinha uma deficiência intelectual, tinha 19 anos quando desapareceu de New South Wales Riverina em junho de 2002. Segundo o tribunal, deixou para trás o seu filho de cinco meses que adorava e "nunca perdia de vista".

Desde as acusações de que tinham matado Haigh para ficar com o bebê, Robert e Anne negaram ter ligação com o desaparecimento da jovem. Contaram que a última vez que a viram foi na noite de 5 junho, quando a levaram até à estação ferroviária de Campbelltown para ir visitar o pai, e que a jovem tinha deixado o bebê com eles de forma voluntária.

Esta segunda-feira, a juíza Julia Lonergan considerou que "o Sr. e a Sra. Geeves não são culpados e devem ser libertados do banco dos réus".

Para a juíza, a vida de Amber Haigh foi "marcada por perturbações e desvantagens", tendo sido "atacada fisicamente e maltratada" por pessoas em quem confiava. "Amber andou para trás e para a frente entre lugares e pessoas, à procura de amor e consolo. Nunca o encontrou. Ainda estava à procura disso quando desapareceu", acrescentou.

Após o veredito, segundo o The Guardian, uma pessoa que acompanhava a audiência saiu do tribunal aos gritos e os familiares de Amber Haigh foram vistos em lágrimas.

 

 

POR RAFAEL DAMAS

AUSTRÁLIA - O governo australiano anunciou hoje um pacote de assistência militar para a Ucrânia no valor de aproximadamente 250 milhões de dólares australianos (925 milhões de reais para ajudar na resistência à invasão russa.

Esta ajuda, a maior contribuição individual da Austrália desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, inclui mísseis de defesa ar-terra e ar-ar, conforme declarado pelo ministro da Defesa australiano, Richard Marles, que está atualmente em Washington para a cúpula da NATO.

Além dos mísseis, a assistência australiana também envolve armamento antitanque, munições de artilharia, morteiros, canhões, armas leves e um carregamento de botas para as forças armadas ucranianas.

"O fornecimento de capacidades de defesa aérea avançada e munições de precisão ar-terra representa o maior pacote de apoio já oferecido pela Austrália à Ucrânia e contribuirá significativamente para os esforços para resolver o conflito em seus próprios termos", afirmou Marles.

Ele também condenou a invasão russa como "ilegal e imoral", um ataque ao direito internacional e à ordem baseada em regras, reafirmando o apoio da Austrália à NATO na defesa contra a agressão russa à Ucrânia.

Durante sua estadia em Washington, Marles se encontrou com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e com os membros do grupo IP4, composto por Austrália, Nova Zelândia, Coreia do Sul e Japão, todos parceiros importantes da NATO na região estratégica do Indo-Pacífico.

Além disso, Marles assinou um memorando de entendimento para facilitar a entrega de um milhão de drones a Kiev, destacando que a Austrália já havia prometido 30 milhões de dólares australianos (111 milhões de reais) para esta causa.

A Austrália, juntamente com o Japão, é um dos maiores contribuintes não membros da NATO para a Ucrânia, tendo atribuído um total de 1,3 bilhão de dólares australianos (3,85 bilhões de reais), principalmente em assistência militar.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

AUSTRÁLIA - A Autoridade do Parque Marinho da Grande Barreira de Coral, no nordeste da Austrália, divulgou hoje que o ecossistema está enfrentando o pior episódio de branqueamento já registrado.

Segundo eles, o impacto acumulado neste verão superou os anos anteriores.

Este é o quinto episódio de branqueamento maciço nos últimos oito anos, atribuído ao aumento da temperatura da água devido às mudanças climáticas.

Estendendo-se por mais de 2.300 quilômetros ao longo da costa de Queensland, a Grande Barreira de Coral é considerada a maior estrutura viva do mundo, abrigando uma diversidade biológica incrível, com mais de 600 espécies de corais e 1.625 espécies de peixes.

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Observações aéreas revelaram que aproximadamente 730 dos mais de mil recifes observados estão sofrendo branqueamento.

Esse fenômeno ocorre quando a temperatura da água aumenta, expulsando as algas simbióticas que dão aos corais sua coloração vibrante. Se as temperaturas altas persistirem, os corais ficam brancos e morrem.

A Autoridade destacou que, em várias áreas do Parque Marinho, os corais têm sido expostos a níveis recordes de calor.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

AUSTRÁLIA - Os moradores de uma residência em Queensland, na Austrália, foram surpreendidos ao descobrir um par de cobras altamente venenosas tendo um "encontro amoroso" à sua porta.

Os especialistas em répteis da Sunshine Coast Snake Catchers 24/7, chamados ao local, enviaram Stuart McKenzie para lidar com a situação. Ao chegar, McKenzie deparou-se com as cobras emaranhadas, realizando sua atividade reprodutiva comum.

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Um vídeo compartilhado mostra o especialista cuidadosamente removendo as cobras entrelaçadas pelas caudas e as colocando em um saco. As cobras castanhas orientais, uma das espécies mais venenosas do mundo, foram devolvidas à vida selvagem.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

AUSTRÁLIA - Gabriel Medina deu show na estreia em Bells Beach, a quinta parada do Circuito Mundial da WSL. Nesta segunda, na abertura da janela, o paulista venceu a sua bateria com direito a melhor nota do dia (9.00). O triunfo diante de Liam O'Brien e Cole Houshmand faz o tricampeão mundial avançar direto ao round 3. Mesma situação viveu Miguel Pupo, Yago Dora e Italo Ferreira, que também se classificaram sem precisar disputar o round 2. Já Caio Ibelli, Samuel Pupo e Deivid Silva terão de passar pela repescagem.

Após o round 1 masculino, a WSL colocou as mulheres na água. A repesagem masculina acontece na sequência.

Medina dá show

A primeira onda da bateria foi um 6.50 de Liam O'Brien. Gabriel, por sua vez, tratou de responder com uma bela onda de nota 8.00. O australiano não deixou por menos. Minutos depois, ele surfou para um 7.50, assumindo a liderança com 14.00. Pressionado, Cole Houshmand só foi pontuar quase na metade da bateria ao conseguir um modesto 2.00. Naquele momento, Medina já tinha 9.80 de somatório graças a um 1.80 surfado minutos antes.

Mas o show ainda estava por vir. A 10 minutos do fim, Gabriel Medina pegou a melhor onda do dia, levantando o público em Bells Beach. A nota foi um 9.00, que levou o tricampeão mundial à liderança com 17.33 de pontuação. Com 14.00 de somatório, Liam tratou de administrar a vantagem para Cole, que não passou de 5.67 pontos. Com isso, o brasileiro e o australiano avançaram direto ao round 3, empurrando o americano à repescagem.

Miguel Pupo avança

Miguel Pupo não teve muita dificuldade para avançar direto ao round 3. Competindo na bateria 2, o brasileiro conseguiu ondas de 6.67 e 3.43 (total de 10.10 pontos), vencendo o confronto com Barron Mamiya e Deivid Silva. Com apenas de 7.03, o paulista terminou em terceiro e foi mandado para a repescagem. Já o surfista do Havaí somou 7.74 e avançou em segundo.

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Caio Ibelli vai à repescagem

Assim como Deivid Silva, Caio Ibelli também terá de passar pela repescagem. Competindo na bateria 7, o paulista ficou em terceiro em confronto vencido pelo sul-africano Jordy Smith. O havaiano Ian Gentil, que terminou em segundo, também avançou direto ao round 3. Enfrentando dois adversários difíceis, Caio teve como melhores ondas um 6.07 e um 5.23, totalizando 11.30. O somatório não foi suficiente para superar Jordy (15.94) e Ian (12.06).

Samuel Pupo também perde

Duas baterias depois, foi a vez de Samuel Pupo também ser mandado para a repescagem. Enfrentando o japonês Connor O'Leary e o australiano Ryan Callinan, o brasileiro ficou em terceiro com 5.10 (4.33 e 0.77). O vencedor foi o surfista da Austrália, que fez 13.67 (7.17 + 6.50), seguido por Connor O'Leary, com 11.66 (5.83 + 5.83).

Yago e Italo avançam

No último confronto do round 1, Yago Dora e Italo Ferreira fizeram bonito, avançando juntos ao round 3. Yago venceu a bateria com 10.23 (5.33 + 4.87). Italo passou em segundo com 10.00 de somatório (6.00 + 4.00). Quem terá de disputar repescagem será o português Frederico Morais, que ficou em terceiro com 9.33 (5.33 + 4.00).

Resultados do round 1

  1. Kanoa Igarashi (JAP) 10.50 x Ramzi Boukhiam (MAR) 11.84 x Kade Matson (EUA) 4.80
  2. Barron Mamiya (HAV) 7.74 x Miguel Pupo (BRA) 10.10 x Deivid Silva (BRA) 7.03
  3. John John Florence (HAV) 10.84 x Seth Moniz (HAV) 5.00 x Kelly Slater (EUA) 11.67
  4. Jack Robinson (AUS) 12.33 x Rio Waida (IND) 10.50 x Morgan Cibilic (AUS) 12.17
  5. Ethan Ewing (AUS) 9.90 x Matthew McGillivary (AFS) 9.57 x George Pittar (AUS) 8.10
  6. Griffin Colapinto (EUA) 12.00 x Jacob Wilcox (AUS) 10.40 x Tully Wylie (AUS) 10.33
  7. Jordy Smith (AUS) 15.84 x Ian Gentil (HAV) 12.06 x Caio Ibelli (BRA) 11.30
  8. Leonardo Fioravanti (ITA) 12.00 x Imaikalani deVault (HAV) 10.07 x Eli Hanneman (HAV) 9.90
  9. Connor O'Leary (JAP) 11.66 x Ryan Callinan (AUS) 13.67 x Samuel Pupo (BRA) 5.10
  10. Gabriel Medina (BRA) 17.33 x Liam O'Brien (AUS) 14.00 x Cole Houshmand (EUA) 8.00
  11. Jake Marshall (EUA) 10.90 x Crosby Colapinto (EUA) 11.33 x Callum Robson (AUS) 6.97
  12. Italo Ferreira (BRA) 10.00 x Yago Dora (BRA) 10.20 x Frederico Morais (PRT) 9.33

 

 

Por Redação do ge

HAVAÍ - A Austrália dominou a segunda etapa do Circuito Mundial de Surfe, disputada em Sunset Beach, praia que fica na costa norte da ilha de Oahu, no Havaí. Molly Picklum e Jack Robinson brilharam na decisão da competição, disputada na noite da última quarta-feira (21). Entre os brasileiros os destaques foram Italo Ferreira, que parou nas quartas de final na disputa masculina, e Tatiana Weston-Webb e Luana Silva, que alcançaram as oitavas no feminino.

Molly Picklum, que fez a final da etapa com a havaiana Bettylou Sakura Johnson, afirmou que a confiança foi fundamental para garantir o título: “O mar hoje esteve em sintonia comigo e estou muito, muito feliz por isso. Cada evento o sentimento é diferente, então estou apenas aceitando o que realmente acontece e tentando encontrar pequenos momentos divertidos nisso tudo. Definitivamente, eu não estava tão confiante neste evento. Mas sempre mantive a confiança e acho que esse é um dos meus pontos fortes”.

Já Jack Robinson garantiu o lugar mais alto do pódio na disputa masculina ao superar o japonês Kanoa Igarashi. A próxima etapa do Circuito Mundial terá como palco a praia dos Supertubos, em Peniche (Portugal), entre os dias 6 e 16 de março.

 

 

AGÊNCIA BRASIL

AUSTRÁLIA - Ninguém conseguiu viajar no tempo, mas a sua capacidade teórica ainda é um tema instigante para cientistas de todo o mundo. Esta noção, popularizada por filmes como “O Exterminador do Futuro” e “De Volta para o Futuro”, levanta questões fundamentais sobre as leis do Universo.

Germain Tobar, estudante de física da Universidade de Queensland, na Austrália, fez um avanço há alguns anos. Ele conseguiu formular uma solução que concilia a viagem no tempo com a ausência de paradoxos.

A perspectiva de Tobar em relação à dinâmica clássica sugere que a compreensão do estado de um sistema em um determinado momento pode revelar toda a sua trajetória. No entanto, isto contrasta com a relatividade geral de Einstein, que permite a possibilidade de loops temporais, alterando fundamentalmente o estudo da dinâmica.

A viagem no tempo sem paradoxos

Os cálculos de Tobar indicam que o espaço-tempo poderia se adaptar para evitar paradoxos. Se, por exemplo, um viajante do tempo previne uma doença no passado, a doença ainda pode se propagar por outra via, o que resolveria o paradoxo.

A pesquisa de Tobar examina processos determinísticos em diferentes áreas do espaço-tempo, sugerindo que os loops temporais podem existir com o livre arbítrio e os princípios da física clássica. Fabio Costa, físico da Universidade de Queensland e supervisor de pesquisa de Tobar, destaca a importância dessas descobertas.

A sua investigação sugere que, embora a viagem no tempo possa permitir a manipulação de acontecimentos passados, o Universo se autocorrigiria para evitar paradoxos. Esta hipótese indica que a viagem no tempo, embora permita liberdade de ação, impede inerentemente a criação de paradoxos.

Embora a base matemática para a viagem no tempo pareça sólida, os aspectos práticos de dobrar o espaço e o tempo continuam a ser um desafio. Os modelos científicos atuais de máquinas do tempo existem apenas em cálculos teóricos.

A possibilidade de viajar no tempo atual, uma noção que até Stephen Hawking considerou viável, implica um futuro onde poderíamos interagir com o passado sem medo de criar inconsistências.

Costa destaca que qualquer tentativa de criar um paradoxo nas viagens no tempo seria naturalmente resolvida pelo Universo, mantendo a consistência. A descoberta abre novos caminhos para a compreensão da viabilidade lógica da viagem no tempo no nosso Universo sem paradoxos.

A pesquisa, publicada na revista Classical and Quantum Gravity, baseia-se numa versão anterior de setembro de 2020, marcando um marco significativo na física teórica e na nossa compreensão do tempo.

 

 

Júlia Mazuco (Via N-Experts)

TecMundo

AUSTRÁLIA - Desde meados de 2018, a União Europeia (UE) e a Austrália negociavam um acordo para facilitar e aumentar o comércio entre eles. O fim repentino das negociações, no fim de outubro, pegou a UE de surpresa.

Um funcionário da UE descreveu a situação como "estado de choque", em declarações ao diário alemão Handelsblatt. O ministro alemão das Finanças, Christian Lindner, reclamou: "É preocupante quando não conseguimos avançar nem com a Austrália, uma democracia ancorada no Ocidente global".

Os europeus tinham depositado grandes esperanças num acordo com a Austrália. Num mundo cada vez mais marcado por conflitos, distanciamento e protecionismo, um acordo de livre comércio é sempre um sinal de que as coisas podem ser diferentes.

Claro que também havia objetivos mais palpáveis: a UE está interessada nas matérias-primas da Austrália, como terras raras (para reduzir a dependência da China), mas também hidrogênio verde, como combustível.

Além disso, as montadoras europeias esperavam vender mais carros no mercado australiano.

A Austrália esperava da UE sobretudo acesso ao mercado europeu para seus produtos agrícolas. O país é um grande exportador de cereais e carne bovina.

A UE é, depois da China e do Japão, o terceiro maior parceiro comercial da Austrália. Já, para a UE, a Austrália desempenha um papel menor, sendo apenas a 18ª na lista de parceiros comerciais. O comércio entre os dois parceiros chega a 56 bilhões de euros em produtos e 26 bilhões de euros em serviços, com um superávit para a UE em ambos os casos.

 

Divergências nos produtos agrícolas

O que levou ao fracasso das negociações foi sobretudo o setor agrícola. A última oferta da UE à Austrália foi de um volume anual de exportações agrícolas de cerca de 600 milhões de euros. Os australianos consideraram isso muito pouco. E com razão, diz o especialista em comércio exterior Holger Görg, do instituto econômico alemão IfW.

"Em 2022, a UE importou produtos agrícolas no valor total de cerca de 200 bilhões de euros – a oferta feita à Austrália corresponde a 0,3% do total dessas importações", observa. Equivale também apenas à metade do percentual de todas as importações da Austrália, de 0,6% no total na UE.

Outro ponto de divergência foram as indicações de origem para produtos alimentícios, como presunto de parma, champagne ou prosecco. Na UE essas designações são protegidas, já na Austrália a legislação é menos rigorosa, e há muitos produtos australianos alternativos com nomes semelhantes aos europeus.

A Austrália não quis mudar isso. Os produtores australianos consideram injusta a posição da UE sobre designações como feta e prosecco. "Na Austrália, o uso desses nomes é visto mais como um sinal da contínua popularidade de produtos que foram introduzidos por agricultores oriundos da Europa", diz o professor de relações internacionais Evgeny Postnikov, da Universidade de Melbourne.

Ao contrário do que ocorre na UE, os produtores agrícolas australianos recebem poucos subsídios estatais. Eles são considerados competitivos internacionalmente e vendem seus produtos também em grandes mercados, como a China. "Para eles, um acordo com a UE seria um bônus, mas não vital", observa Postnikov. A Austrália está, portanto, numa posição confortável para negociar.

 

Pressão do setor agrícola

Num ponto, porém, os agricultores europeus e australianos são semelhantes: a forte influência sobre governos e legisladores. "Os lobbies agrícolas na Austrália e na UE são poderosos e não queriam ceder", diz o especialista em direito econômico Markus Wagner, da Universidade de Wollongong, na Austrália.

"O lobby dos combustíveis verdes não teve força suficiente para quebrar essa resistência, mesmo que isso teria sido de grande valor estratégico", afirma Wagner.

A tudo isso somaram-se ainda ponderações eleitorais, tanto em Canberra como em Bruxelas. O governo australiano vinha de uma derrota num referendo proposto por ele – e isso também por causa do setor rural. "O governo do Partido Trabalhista não quer nem pode continuar batendo de frente com esse eleitorado, pois em 2025 haverá eleições", diz Wagner.

E em Bruxelas e nas demais capitais europeias, está bem claro que partidos nacionalistas podem se aproveitar da insatisfação com grandes concessões em questões de comércio internacional.

 

Mau sinal para o livre comércio

A UE conseguiu concluir, em 2023, um acordo de livre comércio com a Nova Zelândia. O fracasso das negociações com a Austrália é um retrocesso para o livre comércio regulamentado, que tanto UE como Austrália pretendiam fomentar, argumenta Postnikov.

"Se essas duas potências comerciais não conseguem chegar a um acordo, então isso é um sinal para o mundo de que talvez já tenhamos alcançado o ápice da liberalização comercial", diz. Outros países acompanham esses desenvolvimentos com atenção.

É pouco provável que as negociações sejam retomadas antes de 2025, disse o ministro australiano da Agricultura, Murray Watt. Até lá vai o mandato do Partido Trabalhista.

 

Repensar as prioridades

O setor agrícola também desempenha um papel decisivo no planejado acordo de livre comércio entre a EU e o Mercosul. As negociações se arrastam há décadas, e a atual meta é chegar a um acordo até o fim deste ano.

Claro que a agricultura e a segurança alimentar são fatores importantes em todas as economias do mundo, observa Görg. Mas, na atual situação de mudanças no comércio para diminuir a dependência de certas matérias-primas, as prioridades em acordos de livre comércio também deveriam mudar, acrescenta.

Na União Europeia, o setor agrícola corresponde a apenas 1% ou 2% da economia. "Deveríamos considerar se esse setor não deveria ser mais liberalizado para, em troca, obter vantagens em outros setores, especialmente na importação de matérias-primas."

Wagner concorda, de olho nas negociações com o Mercosul. Para ele, diante de uma situação geopolítica complicada, a UE deveria estar em condições de olhar além dos interesses puramente econômicos de alguns setores.

 

 

Autor: Andreas Becker / DW BRASIL

AUSTRÁLIA - O PIB australiano subiu 0,4% no segundo trimestre em relação ao ano anterior devido a um aumento nos investimentos de capital e um aumento nas exportações de serviços, enquanto o consumo interno continua a esfriar,o Australian Bureau of Statistics disse na quarta-feira.

O crescimento do PIB ficou em linha com as estimativas dos economistas numa pesquisa da Bloomberg News, enquanto os analistas numa pesquisa da Reuters esperavam um crescimento do PIB de 0,3%. Ambas as pesquisas foram divulgadas hoje, quarta-feira.

Numa base de 12 meses, o PIB subiu 2,1%, acima dos 1,8% previstos numa pesquisa da Reuters.

“Este foi o sétimo aumento consecutivo no PIB trimestral, e o crescimento anual permaneceu acima da tendência, refletindo a ausência de perturbações significativas da COVID-19, como bloqueios, em 2022-23”, disse Katherine Keenan, chefe de contas nacionais do ABS.

O PIB foi impulsionado pelo aumento dos investimentos públicos e privados, com a formação bruta total de capital fixo a subir 2,4% devido, em parte, ao aumento das despesas com infra-estruturas de saúde e transportes e com a defesa.

Um maior investimento em maquinaria e equipamento de transporte por parte do sector privado também contribuiu para o aumento.

As exportações de serviços aumentaram 12,1%, à medida que os serviços de viagens para turistas e estudantes internacionais recuperaram após a pandemia da COVID-19.

A redução dos estrangulamentos da cadeia de abastecimento global contribuiu para um aumento de 2,5% nas exportações, especialmente em matérias-primas mineiras, à medida que os stocks das empresas eram eliminados e os envios aumentavam.

Contudo, os preços de exportação caíram 8,2% durante o trimestre, para o seu ponto mais baixo desde o segundo trimestre de 2009, liderados pela queda dos preços do carvão e dos combustíveis minerais. Os preços de importação caíram 0,3%, enquanto os termos de troca caíram 7,9% durante o trimestre relatado.

Os gastos das famílias continuaram a ser subtis, aumentando 0,1%, à medida que os consumidores se concentravam em bens e serviços essenciais em vez de bens discricionários. A única exceção são as vendas de veículos, que aumentaram 5,8% com o aumento da oferta.

O rácio das famílias em relação à poupança caiu para 3,2%, o valor mais baixo desde o segundo trimestre de 2008.

“A queda no rácio de poupança das famílias foi impulsionada pelo aumento dos juros a pagar sobre as habitações, do imposto sobre o rendimento a pagar e do aumento dos gastos das famílias devido às pressões crescentes do custo de vida”, acrescentou Keenan.

Os preços internos subiram 1,2% devido ao aumento dos aluguéis, bem como ao aumento dos preços dos bens de capital que foram afetados pela depreciação do dólar australiano.

O PIB nominal, que não é ajustado pela inflação, caiu 1,2% no segundo trimestre EM RELAÇÃO AO TRIMESTRE ATRÁS, mas saltou 9,7% ano a ano.

 

 

por Repórter ADVFN

AUSTRÁLIA - A Austrália anunciou na segunda-feira (13) que irá comprar dos Estados Unidos três submarinos de propulsão nuclear e, possivelmente, outros dois, e irá fabricar um novo modelo, com tecnologia americana e britânica, em um projeto ambicioso para fortalecer o Ocidente na região Ásia-Pacífico. China alerta que projeto pode desencadear corrida armamentista.

O presidente norte-americano, Joe Biden, recebeu os primeiros-ministros da Austrália e do Reino Unido, Anthony Albanese e Rishi Sunak, respectivamente, em uma base naval de San Diego, Califórnia, para anunciar o projeto. Com um submarino nuclear americano classe 'Virginia' como pano de fundo, Biden disse que os Estados Unidos "salvaguardarão a estabilidade na região Ásia-Pacífico por décadas" e que a aliança fortaleceria "as expectativas de paz pelas próximas décadas".

Conhecida por seu acrônimo em inglês, Aukus, a associação entre Austrália, Reino Unido e Estados Unidos permitirá a Canberra substituir sua frota de submarinos por uma de propulsão nuclear, que agregará uma força substancial à aliança ocidental, que busca conter a expansão militar da China.

Essa parceria levou Canberra a cancelar um contrato de compra de submarinos franceses em 2021, desencadeando uma reação indignada de Paris.

O governo australiano calcula que o projeto, de várias décadas, custará quase US$ 40 bilhões nos primeiros 10 anos e criará quase 20.000 empregos.

Albanese, por sua vez, disse que se trata "do maior investimento individual na capacidade de defesa da Austrália", e destacou que os três países estão "unidos, acima de tudo, por um mundo onde a paz, estabilidade e segurança garantam uma prosperidade maior".

O assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, disse que o projeto ilustra o compromisso a longo prazo de Washington de proteger "a paz e estabilidade" na região Ásia-Pacífico. A associação com a Austrália, que envolve o compartilhamento de tecnologia nuclear secreta anteriormente concedida apenas ao Reino Unido, é "um compromisso de décadas, talvez de um século", declarou.

O governo australiano comprará os submarinos 'Virgínia' de propulsão nuclear e armados convencionalmente "ao longo da década de 2030", com "a possibilidade de aumentar até cinco, se necessário", disse Sullivan.

O novo modelo, também de propulsão nuclear e com armas convencionais, é um projeto de mais longo prazo, e irá se chamar SSN-Aukus, acrescentou o assessor, detalhando que ele será fabricado com base em um projeto britânico, com tecnologia americana e "investimentos significativos nas três bases industriais".

 

Combater a China

Embora a Austrália tenha descartado a implantação de armas atômicas, o projeto submarino marca uma nova e significativa etapa da tentativa liderada pelos Estados Unidos de combater o poderio militar crescente de Pequim.

Diante do desafio chinês, que inclui a construção de uma frota naval sofisticada e a conversão de ilhas artificiais em bases em alto-mar, e da invasão russa à Ucrânia, o Reino Unido também busca reforçar sua capacidade militar, informou hoje o gabinete de Sunak.

A China advertiu que o Aukus ameaça desencadear uma corrida armamentista, e acusou os três países de atrasarem os esforços de não proliferação nuclear. "Pedimos a Estados Unidos, Reino Unido e Austrália que abandonem a mentalidade da Guerra Fria, cumpram as obrigações internacionais de boa-fé e façam mais coisas que levem à paz e estabilidade regionais", declarou em Pequim a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning.

 

 

por RFI

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