De acordo com a pesquisadora, os estudos realizados até o momento investigaram a diferença entre a progestina, chamada de drospirenona, e outros tipos de progestinas na retenção hídrica e outros hormônios relacionados com a retenção hídrica, como por exemplo, a aldosterona. "Nosso objetivo é afunilar mais ainda nessa questão, especificamente avaliando o músculo esquelético", explica Dias.
A ideia é investigar o impacto de apenas dois tipos de contraceptivos orais no músculo esquelético, uma vez que os estudos que olharam para esse desfecho normalmente combinam diversas marcas de contraceptivos orais, o que gera uma confusão nos resultados.
A pesquisadora relata que o estudo é importante para entender se diferentes marcas de contraceptivos orais podem acarretar alterações no tecido muscular. "Este estudo poderá ser aplicado visando uma maior inclusão de mulheres que tomam contraceptivos orais nos estudos, visto que esta ainda é uma temática que causa alguns conflitos aos pesquisadores, justamente por não existir um corpo suficiente de evidências", relata a doutoranda.
A partir do volume de dados alcançados nessa primeira etapa, o próximo passo é realizar a pesquisa e as avaliações diretamente com as mulheres.
Neste momento, mulheres que tenham entre 18 e 35 anos e moram em São Carlos podem colaborar com o estudo respondendo o questionário online, acessível no link https://bit.ly/3PKLXi3. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 40156120.3.0000.5504).