A apresentação acontece no teatro do Sesc no dia 18 de julho, quinta-feira, às 20h com venda de ingressos
O espetáculo
Cordas do Coração acontece por meio de um diálogo entre a música de Bach, a música caipira e o toque de viola. Além de homenagear nossas raízes profundas, o Stagium segue em sua busca por uma brasilidade, ultrapassando rótulos e modismos.
Tem inspiração na trilha sonora criada por Albert Schweitzer que mescla músicas de Johann Sebastian Bach com músicas africanas. Albert Schweitzer (1875-1965) foi um teólogo, filósofo, médico e músico alemão, ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 1952. O cerne de sua filosofia está num grande diálogo entre os seres vivos e o mundo, para ele cada ser humano deve considerar sagrada toda e qualquer vida.
A obra amplia o diálogo por meio dos versos de Rolando Bondrin, um dos maiores divulgadores da autêntica música brasileira e grande contador de “causos” destas terras, trazendo também músicas antológicas como “Tristeza do Jeca”, de Angelino de Oliveira, que em 2018 completou cem anos; e “Viola Quebrada”, de Mario Andrade, cujos versos nos transportam para a alma do artista.
“A transversalidade de ‘Cordas do Coração’ no impulsiona para a compreensão das nossas relações criando eixos geradores de saberes e emoções”, comenta Décio Otero.
Sobre o Stagium
A filosofia principal é divulgar a dança pelo Brasil. Suas origens datam de 1971, quando o teatro, o cinema e a música popular eram controlados pela Ditadura Militar. Naquele contexto, o Stagium rejeitou o colonialismo e a alienação da época.
Seguindo nos passos do Teatro Oficina e do Cinema Novo, que não podiam se manifestar, tomou um rumo diferente daquele para o qual a dança no Brasil havia sido designada. As criações da companhia combinam tendências universais a aspectos tipicamente brasileiros, o que rapidamente cativou um grande público pelo país.
As produções do Stagium sempre foram adaptadas para todo o tipo de localidade, o que permitiu que seus espetáculos fossem levados a pátios de escolas públicas, periferias, cinemas, praças, blocos de carnaval, igrejas, praias, hospitais, estações de metrô, a um palco flutuante no Lago do Ibirapuera, ao solo do Alto e do Baixo Xingu e até mesmo ao deck de um barco que percorreu o Rio São Francisco.
A companhia seguiu pesquisando um programa de ballet clássico, moderno e folclórico, estendendo convites a artistas de diferentes partes do Brasil, em uma expansão contínua de possibilidades criativas. Os trabalhos passaram a incluir, além das trilhas de compositores brasileiros, produções de todos os gêneros musicais. A companhia ampliou o público interessando em dança, conquistando estudantes, operários e intelectuais que não se interessavam por ballet. Sem negar nenhum tipo de influência, o Stagium abrange, sem preconceito, tudo que o permita recriar uma dança sul-americana
Companhia de Dança
Seus diretores Marika Gidali e Décio Otero trabalharam entre 1974 e 2021 em um grande estúdio na rua Augusta, em São Paulo, desenvolvendo um programa de pesquisas em várias linguagens de dança. Desde 2022, a sede da companhia está localizada no Complexo Cultural Funarte SP.
O Ballet Stagium foi a primeira companhia nacional a utilizar trilhas sonoras da MPB, usando músicas de Pixinguinha, Waldir Azevedo, Geraldo Vandré, Chico Buarque, Lamartine Babo, Ari Barroso, Lina Pesce, Cartola e muitos outros. Vários outros compositores criaram partituras originais para a companhia, entre eles grandes personalidades como Milton Nascimento, (Missa dos Quilombos), Egberto Gismonti (Pantanal), Wiliam Sena (O Homem do Madeiro), Aylton Escobar (Quebradas do Mundaréu), André Abujamra (Shamain) e Marcelo Petragli (Luminescência).
Assista ao documentário sobre o Stagium que a TV Cultura produziu em 2016, quando a companhia tinha completado 45 anos de existência:
https://www.youtube.com/watch?v=GU50j1TDgx4&t=7s
Ficha técnica:
Ideia e coreografia: Décio Otero
Direção teatral: Marika Gidali
Músicas: Mário de Andrade, Angelino de Oliveira e Johann Sebastian Bach
Texto: Rolando Boldrin
Desenho de luz: Décio Otero
Iluminação: Fernanda Guedelha
Produção: Marika Gidali, Antonio Marcos Palmeira e Fabio Villardi
Serviço:
Data: dia 18 de julho, quinta-feira.
Horário: 20h.
Ingressos: R$ 40,00 inteira / R$ 20,00 meia entrada / R$ 12,00 Credencial Plena. Lugares Limitados. 10 anos.
Local: Unidade São Carlos – Av. Comendador Alfredo Maffei, 700 – Jd. Gibertoni – São Carlos – SP
Mais informações pelo telefone: 3373-2333