BRASÍLIA/DF - Termômetro do Banco Central usado para medir como está a atividade econômica no país, o IBC-Br aponta uma recuperação da economia. Após um segundo trimestre de grandes impactos, com queda de 10,94% devido às necessárias medidas de distanciamento social para tentar evitar a proliferação do novo coronavírus, o trimestre entre julho e setembro apresentou reação. Segundo o BC, houve crescimento de 9,47% no período.
A alta entre julho e setembro foi verificado na comparação com o segundo trimestre do ano. O valor foi calculado após ajuste sazonal, uma “compensação” para comparar períodos diferentes de um ano. Conhecido como a prévia do Produto Interno Bruto (PIB), o IBC-Br avalia mensalmente evolução da economia com informações sobre o nível de atividade dos setores de indústria, comércio, serviços e agropecuária, além do volume de impostos. Em setembro, o índice de atividade subiu 1,29%, quinto mês seguido de alta. Os números do IBC-Br confirmam a reação vista em outros indicadores oficiais, com alta no comércio, indústria e serviços. A recomposição de renda trazida pelo auxílio emergencial, junto com a reabertura das atividades, tem ajudado na reação dos números.
Caso a reação do terceiro trimestre se confirme, o Brasil conseguirá sair da recessão técnica, período que se caracteriza pelo recuo da economia em dois trimestres consecutivos. Nos três primeiros meses do ano, o PIB recuou 1,5%, segundo o IBGE e, nos três seguintes, -9,7%. Para efeito de comparação, no primeiro trimestre, o IBC-Br registrou queda de 1,95% e no 2º, -10,94%. O resultado do terceiro tri será divulgado em 3 de dezembro. A expectativa do mercado financeiro, segundo o Boletim Focus, é de queda de 4,80% no PIB deste ano.
Divulgado mensalmente, o IBC-Br é considerado um termômetro do Produto Interno Bruto (PIB), que é divulgado trimestralmente pelo IBGE. A divulgação oficial do sobre o desenvolvimento da economia no segundo trimestre será divulgada no início de setembro. Por ter formas diferentes de calcular a evolução da economia, nem sempre o IBC-Br e o PIB vêm com resultados semelhantes. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. O IBC-Br usa estimativa das áreas e também dos impostos.
*Por: Larissa Quintino / VEJA