A exposição, que já passou por galerias em cidades como São Paulo, Sorocaba e Tóquio, no Japão, reúne 24 fotos ampliadas dos registros de viagens realizadas em 2007 por Ferragi, que atuou voluntariamente como professor de Inglês no Myanmar (país do Sudeste Asiático, também conhecido como Birmânia), local em que conheceu e se aproximou de monges budistas que viviam em monastérios.
De acordo com o docente, esse contato amigável lhe permitiu visitar alguns monastérios e conversar com monges. "Eles têm muitas questões e curiosidades sobre o 'mundo lá de fora', incluindo o Brasil. Querem saber sobre nosso estilo de vida, nossos sonhos e nossas esperanças. Já a exposição lança uma provocação sobre como o aprendizado [compartilhado pelos monges] poderia ser aplicado aqui, na realidade brasileira e paulista", afirma Ferragi.
Em sua vivência, Ferragi constatou também que os monges desempenham papel de liderança não apenas espiritual, mas também política no país asiático. Segundo o docente, "os monges são as 'vozes que escutam caladas', porque eles têm uma posição de aprendizado e ensino, escutam, estudam muito e ajudam as pessoas, que confiam neles".
A mostra é gratuita, aberta ao público e pode ser visitada no saguão da B-Ar, de segunda a quinta-feira, das 10 às 21 horas, e de sexta-feira, das 10 às 19 horas.