Ambas instituições compartilharam experiências de diversos pontos de interesse policial visando reforçar a integração para aprimorar o enfrentamento à criminalidade

CAMPINAS/SP - As polícias Militar e Técnico-Científica de Campinas participaram, ao longo de quarta-feira (10), de uma instrução conjunta envolvendo tratamento de explosivos, segurança e preservação de local de crime. O minicurso foi proposto pelas próprias polícias e aconteceu na sede do Comando de Policiamento do Interior 2 (CPI-2), responsável pelo patrulhamento na região. Cerca de 150 policiais participaram do encontro.

A iniciativa vai ao encontro das expectativas do secretário da Segurança Pública, general João Camilo Pires de Campos, que desde o início da gestão defende a união de esforços para combater o crime. “Não há mais espaço para operações singulares”, afirmou o titular da pasta durante a abertura dos trabalhos. “Quando há integração, não há solução que não seja construída conjuntamente”.

Logo pela manhã, os militares do 1º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) realizaram instruções aos policias da Equipe de Perícias Criminais (EPC) local sobre segurança pessoal no local de crime. Em seguida, o 4º Batalhão de Polícia de Choque (BPChq) trouxe conhecimentos acerca da localização, isolamento e neutralização de artefatos explosivos, trabalhando com estudo do recente caso da ocorrência de roubo a banco na cidade de Araçatuba.

“Esse é um encontro de nivelamento técnico integrado para difusão de conhecimento, entre a Polícia Militar e a Superintendência de Técnico-Científica. É uma importante oportunidade de aproveitar do engajamento e experiência para minimizar risco e garantir o melhor atendimento no bem-servir à sociedade paulista”, afirmou o capitão Edi Carlos Ferreira Pinto, porta-voz do CPI-2.

Já os peritos do Instituto de Criminalística de Campinas ministraram aos militares do CPI, do Baep, dos Comandos de Grupo de Patrulha (CGP), do Curso de Formação de Praças (CFP) e aos oficiais da Escola de Polícia Judiciária Militar sobre preservação de local de crime e cadeia de custódia [objetos apreendidos na cena de crime], com apresentações teóricas, exemplos de situações reais e demonstrações práticas de coleta de impressões digitais e materiais genéticos.

“Hoje dentro dos nossos exames periciais buscamos com muito mais afinco a materialidade e autoria, que são pilares de uma futura condenação criminal dentro do processo. Nesse sentido, precisamos de aprimoramento e isso está sendo buscado em diversas áreas, inclusive com a troca de experiências para elevar o nível dos profissionais envolvidos”, afirmou Flávio Yoshida, perito assistente do Núcleo da Polícia-Científica de Campinas.