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Henrique Stefane

Henrique Stefane

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MUNDO - Estados Unidos e China, as duas superpotências do século XXI, estão definitivamente mergulhadas em um cenário de uma nova guerra fria, com sanções, restrições, acusações, confrontos comerciais, diplomáticos e tecnológicos cada vez mais acirrados, com consequências ainda incertas para o mundo.

Em janeiro deste ano, as duas superpotências mundiais assinaram um acordo na Casa Branca, tratado como uma etapa importante para colocar um ponto final no clima constante de guerra comercial e de desavenças. Tudo parecia ir bem, até a chegada da pandemia, que fez o ambiente voltar a ser carregado, com tensões e desconfianças ideológicas, inclusive a respeito da origem do vírus, que permanece ativo em todo o planeta.

A crise teve um avanço significativo a partir de 2018 e a forte disputa por hegemonia mundial – em campos como corrida tecnológica e espacial, poderio militar, domínio geopolítico e comercial e agora também na busca da primeira vacina para a Covid-19, deve ter impactos imprevisíveis, que devem definir o futuro da Globalização.

 

Fechamento de consulados e proibição do TikTok

Os últimos capítulos dessa novela foram os fechamentos do Consulado chinês em Houston (EUA) e do consulado americano em Chengdu (China) e o anúncio, feito pelo presidente Donald Trump, de que irá proibir a rede social chinesa TikTok nos Estados Unidos, alegando que a plataforma pode estar a serviço de espionagem por parte do setor de inteligência chinês.

Especialista em direito internacional, o professor Acácio Miranda avalia que a ação retaliatória de fechamento dos consulados não representa riscos reais nas relações, mas aponta que existem divergências. “Formalmente, os consulados são representações comerciais, razão pela qual não há riscos para as relações entre as duas nações, pelo menos nesse atual momento. Apesar disso, é um indicativo de que uma série de problemas entre as duas superpotências devem ser superados”, opina.

O professor acredita que esse cenário de confronto constante pode sofrer uma virada de rumo, caso o atual presidente Donald Trump não ganhe as eleições americanas, previstas para ocorrerem em setembro.  “Se o cenário de favoritismo do candidato democrata Joe Biden for confirmado, a política externa americana deverá ser abruptamente alterada, voltando a um paradigma conciliatório, em consonância aos oito anos de Barack Obama”, espera Acácio.

 

Nova potência Mundial

Na área econômica e comercial, o ímpeto chinês em tomar a dianteira mundial e a dependência que países de todo o globo possuem do gigante asiático chamam a atenção de especialistas. Economista e advogado, o professor Alessandro Azzoni cita o fato de que, com a crise da Covid-19, várias indústrias mundiais foram afetadas pela falta de componentes internos e matéria prima oriunda da China. “O mundo criou uma dependência dos produtos chineses e o governo Trump, que é extremamente nacionalista, percebeu essa dependência”, explica o professor.

Ele acredita ser inevitável que a China assuma o protagonismo e seja a grande potência mundial a partir de 2030, acima dos EUA. “A política expansionista comercial dos chineses é absurda e isso inclui a criação de novas rotas de comércio em todo o continente asiático, avançando para Europa, além de rotas marítimas para outros mercados mundiais”, aponta Azzoni.  

 

PERFIL DAS FONTES

Alessandro Azzoni é advogado e economista, especialista em direito ambiental, com atuação nas áreas do Civil, Trabalhista e Tributário. É mestre em Direito da Universidade Nove de Julho, especializado em Direito Ambiental Empresarial pela Faculdade Metropolitanas Unidas (FMU). Graduado em direito pela FMU. Bacharel em Ciências Econômicas pela FMU.  Professor de Direito na Universidade Nove de Julho (Uninove). É Conselheiro Deliberativo da ACSP - Associação Comercial de São Paulo; Coordenador do NESA –Núcleo de Estudos Socioambientais – ACSP - Associação Comercial de São Paulo; Conselheiro membro do conselho de Política Urbana - ACSP - Associação Comercial de São Paulo; Membro da Comissão de Direito Ambiental OAB/SP.

Acácio Miranda da Silva Filho é Doutorando em Direito Constitucional pelo IDP/DF. Mestre em Direito Penal Internacional pela Universidade de Granada/Espanha. Cursou pós-graduação lato sensu em Processo Penal na Escola Paulista da Magistratura e em Direito Penal na Escola Superior do Ministério Público de São Paulo. É especialista em Teoria do Delito na Universidade de Salamanca/Espanha, em Direito Penal Econômico na Universidade de Coimbra/IBCCRIM e em Direito Penal Econômico na Universidade Castilha - La Mancha/Espanha. Tem extensão em Ciências Criminais, ministrada pela Escola Alemã de Ciências criminais da Universidade de Gottingen, e em Direito Penal pela Universidade Pompeu Fabra.

Usina Santa Cruz, unidade da São Martinho, já abastece três caminhões com o gás natural fornecido diretamente via rede de distribuição  

 

AMÉRICO BRASILIENSE/SP - A Usina Santa Cruz, unidade da São Martinho, localizada em Américo Brasiliense, é a primeira usina de açúcar e etanol do Brasil a ser interligada à rede de distribuição de gás natural. A ligação, realizada pela GasBrasiliano, ocorreu na última terça-feira, 11/08.

“Esse é um marco histórico no setor sucroenergético e na indústria do gás. Estamos muito felizes com este importante passo que comprova a viabilidade, a eficiência e a economia do gás natural em veículos pesados”, afirma o diretor presidente da GasBrasiliano, Alex Sandro Gasparetto.

O projeto contou com investimento de aproximadamente R$ 500 mil, que incluiu uma travessia de rodovia para construção de 300 metros de rede em aço instalada sob a SP 255. O abastecimento dos veículos na Santa Cruz será feito em local específico para o gás natural veicular (GNV), com estrutura e equipamentos de compressão e dispenser de abastecimento instalados pela usina.

Em um primeiro momento serão abastecidos três caminhões, sendo dois Mercedes-Benz Axor 440 com a tecnologia diesel-gás e uma Scania R410 com motor 100% GNV. A previsão de consumo é de aproximadamente 12 mil m³/mês de gás natural, que substituirão cerca de 12 mil litros de diesel. A tarifa do GNV Frotas, que será a praticada com a ligação da Santa Cruz, também será mais vantajosa em comparação com o custo do diesel.

“É parte de nossa rotina buscar a inovação em nossos processos produtivos de maneira sustentável. A possibilidade da utilização do GNV em nossos caminhões está alinhada com nossa estratégia de estar atentos a alternativas sustentáveis no campo, permitindo à Companhia avaliar alternativas mais limpas com combustíveis renováveis nos próximos anos”, observa Walter Maccheroni, gestor de inovação da São Martinho.

Negociações 

O início das conversas entre as empresas se deu em julho de 2016 e de lá pra cá diversas ações foram realizadas a fim de analisar a viabilidade do projeto. Uma das primeiras, ainda em 2016, foi a instalação de kits para utilização do GNV em dois caminhões da Santa Cruz, que passaram a utilizar o combustível por meio do abastecimento em um posto de combustível localizado em Araraquara (SP).

No ano seguinte, durante a 25ª Feira Internacional de Tecnologia Sucroenergética (Fenasucro), em Sertãozinho, foi assinado um protocolo de intenções que envolveu a GasBrasiliano, a São Martinho e diversos órgãos e empresas do setor de energia para avaliar a tecnologia diesel-gás em veículos pesados utilizados em usinas de cana-de-açúcar. Os resultados foram apresentados na edição do evento de 2018, que demonstraram menor impacto ambiental, com redução de emissão de gás carbônico (CO2) em cerca de 10%, e melhor desempenho energético, com economia de aproximadamente 13% de combustível em comparação ao diesel, na época.

Em continuidade às tratativas, outras evoluções ocorreram, como a instalação do ponto de abastecimento na própria usina em 2018 e, em 2019, a definição pelo fornecimento do gás natural via rede de distribuição e a realização de testes no caminhão Scania 100% GNV.

Marco de expansão do gás natural

A primeira ligação de rede de gás natural em uma usina de açúcar e etanol do Brasil significa muito para a GasBrasiliano. Paulo Lucena, diretor técnico-comercial da GasBrasiliano, afirma que o setor sucroenergético é fundamental para alavancar a expansão do gás natural, já que a região Noroeste do estado é conhecida por reunir uma grande quantidade de usinas de açúcar e etanol. “Por meio de ações em parceria com estas usinas, permitindo ancorar volumes em diversas regiões da área de concessão, poderemos alavancar a universalização do gás natural no Oeste de São Paulo”, diz.

De acordo com Lucena, a experiência bem-sucedida da Santa Cruz mostra como é viável o uso do gás natural para abastecimento de frotas pesadas, o que deve gerar interesse de outras usinas, ajudando assim a acelerar o processo de utilização desta fonte de energia nas frotas pesadas tanto de usinas como de outros tipos de empresa. Além disso, o diretor técnico-comercial da GasBrasiliano ressalta que o uso do gás natural em frotas pesadas é apenas um dos pilares do tripé dos projetos de expansão na área de concessão da empresa baseados nas parcerias com o setor sucroenergético. “Os outros envolvem a usina híbrida, que utiliza a biomassa da cana-de-açúcar associada ao gás natural para geração de energia, e o biometano, gás gerado a partir do processamento de resíduos da cana-de-açúcar como a vinhaça e que pode ser distribuído via redes de distribuição da GasBrasiliano, que tem como papel fomentar o desenvolvimento deste mercado e prover a infraestrutura de escoamento que irá conectar os produtores aos consumidores, viabilizando assim uma nova opção energética para o Noroeste Paulista”, complementa.

Ashley Madison revela as principais cidades brasileiras para traição online

 

SÃO PAULO/SP - Em meio à atual pandemia global, o mundo desacelerou e as pessoas estão em casa para impedir a propagação. Para muitos, isso significa ficar em casa 24 horas por dia com seu cônjuge. Alguns podem aproveitar isso como uma oportunidade de cooperar com o parceiro e, junto dele, passar pela pandemia como uma equipe. Outros podem estar sujeitos a tensão amplificada e optar por procurar saídas para ajudá-los a passar pelo período. A Ashley Madison, plataforma líder em relacionamentos extraconjugais, é um desses métodos - e um modo bastante popular. Para os brasileiros que procuram um novo romance ou alguns encontros virtuais cheios de vapor, a empresa divulgou uma lista das principais cidades do país para casos extraconjugais cibernéticos durante a quarentena e Brasília conquistou o primeiro lugar.

Esta lista das TOP 20 Cidades baseia-se em inscrições na Ashley Madison de 21 de março a 1 de julho de 2020 em uma base per capita. O estado de São Paulo, o estado mais rico e populoso do país, também é a região mais infiel, com cinco cidades na lista, incluindo São Paulo, Guarulhos e Campinas entre as 10 principais. Liderando o caminho como o primeiro lugar para trair durante a quarentena, no entanto, é a capital federal, Brasília. A capital é o centro da política do país, e a pressão nesta vertente aumentou de maneira compreensível nos últimos meses. Com a pressão vem a necessidade de lidar com ela, e muitos descobriram que a infidelidade é uma maneira eficaz de fazê-lo.

As TOP 20 cidades para casos virtuais durante o isolamento social

  1.   Brasília, DF
  2.   Manaus, AM
  3.   São Paulo, SP
  4.   Goiânia, GO
  5.   Campo Grande, MS
  6.   Curitiba, PR
  7.   Guarulhos, SP
  8.   Campinas, SP
  9.   Rio de Janeiro, RJ
  10. Belo Horizonte, MG
  11. Porto Alegre, RS
  12. João Pessoa, PB
  13. São Bernardo do Campo, SP
  14. São Luís, MA
  15. Salvador, BA
  16. Santo André, SP
  17. Duque de Caxias, RJ
  18. Recife, PE
  19. Teresina, PI
  20. Natal, RN

"Esses casos extraconjugais virtuais servem como uma válvula de escape para indivíduos que lidam com pressões crescentes no casamento e na vida doméstica", aponta Paul Keable, diretor de estratégia da Ashley Madison. "Com o aumento das taxas de divórcio nos países que iniciaram a reabertura, oferecemos um caminho alternativo para ajudar as pessoas a lidar e, finalmente, ajudar os casais a preservar o casamento depois que a poeira baixar".

O encontro pessoalmente pode ser impossível no momento, mas isso não impediu os usuários da plataforma de dar uma escapadinha do casamento. De qualquer forma, esses relacionamentos extraconjugais servem como uma fuga para indivíduos em situações difíceis em casa.

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AshleyMadison.com é o destino original de encontros extraconjugais e o líder global em casos com mais de 65 milhões de usuários em todo o mundo desde 2002.

SÃO PAULO/SP - Sabemos que o mercado imobiliário vive de ciclos. Considerando que períodos de crise e recessão econômica são comuns e, às vezes, imprevisíveis no Brasil, como projetar cenários de longo prazo para investir em imóveis comerciais voltados para renda?

Os imóveis para renda, como escritórios corporativos, galpões logísticos e lajes comerciais fazem parte de um segmento em que as decisões de investimento costumam olhar para trás. Isto é, ao avaliar a possibilidade de investimento, os dados considerados envolvem basicamente questões como estoque disponível, valores praticados e taxas de vacância. As fontes também costumam ser as mesmas: corretores, projetistas e operadores que já são donos dos edifícios de escritórios e galpões.

Podemos considerar como exemplo um investidor que planeja adquirir ou construir um imóvel comercial na avenida Paulista. Ao analisar a região constata que o número de escritórios vagos é grande, portanto, desiste do investimento. Em outra situação temos um investidor que considere adquirir um galpão logístico no eixo da Rodovia dos Bandeirantes, no Estado de São Paulo, e, após constatar que existem muitos galpões ocupados, baixa vacância e valor por metro quadrado alto, decide prosseguir com o investimento. Ambas as decisões são baseadas apenas numa ‘fotografia’ da situação atual e deixam de considerar diversos fatores, se tornando extremamente arriscadas.

Longo Prazo

Não basta olhar só para a localização, vacância e valores praticados para se investir com segurança. Esse é um olhar de momento, de curto prazo. Projetos dessa natureza envolvem investimentos vultuosos com necessidade de longo prazo para dar retorno obtido pelas receitas de aluguel, em média, de 20 anos. Por isso, não é prudente utilizar uma análise de momento para validar esse investimento.

Para analisar a viabilidade do investimento e elaborar uma projeção a longo prazo, outros dados, além dos já conhecidos do mercado imobiliário, devem ser utilizados com o objetivo de dimensionar riscos e criar uma métrica para ser monitorada com inteligência. Ou seja, além de analisar e estudar o passado, o olhar deve ser para o futuro, para os próximos 20 ou 30 anos.

Projetar para um futuro relativamente distante não é fácil e no mínimo devem ser consideradas variáveis relativas à oferta e demanda. É preciso considerar a tendência de crescimento da demanda por exemplo, número de empresas e de empregos por perfil, por faixa salarial, por tipo de produção, dados sobre comércio exterior (o que se importa e o que se exporta por região), volume de exportação/importação em toneladas ou em valores, por exemplo.

Uma outra fonte interessante a ser considerada nessa análise são os investimentos em mobilidade e transporte na região pretendida, como portos, aeroportos, rodovias, terminais alfandegários, metrô, anéis viários, entre outros fatores de infraestrutura que tendem a modificar a logística e o fluxo das pessoas e mercadorias naquele local.

Crises sem precedentes

Como já foi dito, dimensionar o que acontecerá nas décadas seguintes é muito difícil, mas com a utilização de bons indicadores e variáveis, é possível  traçar cenários e tendências que mostram caminhos para agir diante de momentos de crise como estamos vivenciando agora com os impactos do novo coronavírus (COVID-19) na economia mundial.

Se imaginarmos uma projeção ou um gráfico que apresente uma linha crescente e relativamente constante, quando acontece uma catástrofe ou uma crise de proporções mundiais como a atual, obviamente essa linha será interrompida. É preciso entender que: por mais que essa linha crescente e constante seja interrompida, existe a tendência futura de que essa constância seja retomada. O momento futuro é incerto, mas podemos estimar cenários, calcular hipóteses e principalmente, ter uma ferramenta para tomar decisão agora com possibilidade de monitorar passo a passo a evolução, nos permitindo corrigir o rumo antes que o navio encontre um iceberg fatal sem margem para manobras.

Ou seja, tomar decisões baseadas no momento atípico que vivenciamos, sem método e indicadores para prever o panorama futuro, pode trazer consequências graves. Essa interrupção pela quarentena provocará um hiato negativo no mercado, quanto melhor nossa modelagem e apoiados em bons indicadores, maiores as chances de projetar o cenário pós crise com eficiência, tomar decisões com mais segurança e entender quais e quando as oportunidades podem surgir.

Conteúdo publicado na edição 49 da Revista Buildings.

Quer ver discutido em nosso blog algum assunto? Acesse nosso formulário e faça sua sugestão.

 

*Por: Paulo Takito, sócio diretor da Urban Systems

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