ALEMANHA - A Autoeuropa fez saber que vai retomar a produção no início de outubro depois de ter garantido o fornecimento de uma peça fundamental para o Volksawgen T-Roc junto de uma empresa espanhola e outra chinesa.
De acordo com a agência Lusa, a informação foi comunicada aos trabalhadores numa nota interna da administração da Autoeuropa que informa que foi possível encontrar outros fornecedores da peça em falta que tinha obrigado a empresa a anunciar uma paragem de produção de 11 de setembro a 12 de novembro.
“A direção da fábrica informa que desde a interrupção do fornecimento de uma peça fundamental na construção dos motores que equipam o T-Roc – entre outros modelos do Grupo Volkswagen – os departamentos de logística e de compras do grupo têm vindo a trabalhar de forma intensa no sentido de mitigar este impacto”, adianta a comunicação interna da fábrica da Autoeuropa.
“Subfornecedores existentes no portfólio do Grupo Volkswagen, entre os quais uma empresa chinesa e outra espanhola, serão responsáveis por assegurar o fornecimento parcial das peças”, acrescenta o documento.
BRASÍLIA/DF - As vendas de automóveis registram alta de 9,22% no acumulado de janeiro a agosto em comparação com o mesmo período de 2022. Segundo balanço da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) divulgado na segunda-feira (4), em São Paulo, os emplacamentos este ano somam 1,063 milhão de carros, contra 973 mil nos primeiros oito meses do ano passado.
Na comparação entre agosto deste ano e agosto de 2022, houve retração de 1,1%, com a venda de 153,4 mil automóveis.
O presidente da Fenabrave, Andreta Jr, diz que a queda no mês acontece devido ao fim das medidas provisórias que ofereciam descontos na compra de veículos.
“As ações do governo federal permitiram o acesso do consumidor, que havia perdido poder de compra, aos veículos de entrada, o que demonstrou que o fator preço influencia na escala necessária para a recuperação do setor. As medidas provisórias foram muito importantes para aquecer, momentaneamente, o mercado”, analisou o executivo.
Porém, além do fim da vigência das medidas, Andreta disse que há dificuldades na liberação de crédito, o que tem impactado negativamente o setor. “Notamos que, nas últimas semanas, houve uma deterioração acentuada na liberação de crédito, com um aumento de cerca de 20% nas recusas de fichas de financiamento por parte das instituições financeiras. O crédito está restrito e isso afeta muito o mercado”, acrescentou.
Motos
No acumulado de janeiro a agosto, as motocicletas registram alta de 21,17% nas vendas, com o emplacamento de 1,045 milhão de unidades. Em agosto, os veículos de duas rodas tiveram expansão nas vendas de 20,38%, com a comercialização de 142,7 mil motos.
Apesar dos bons números, Andreta explicou que o segmento também enfrenta dificuldades com a liberação de empréstimos. “O consumidor tem buscado alternativas de crédito para a compra de motocicletas, especialmente, as de até 250 cilindradas, e o consórcio surge como opção consolidada. Além disso, notamos uma boa participação nas vendas à vista”, salientou.
Caminhões
O segmento de caminhões tem queda de 16,66% no acumulado dos primeiros oito meses do ano, registrando a venda de 67,4 mil unidades. Em agosto, os emplacamentos de caminhões caíram 27% em relação ao mesmo mês de 2022, com a venda de nove mil unidades.
“O mercado está se ajustando em relação aos valores dos veículos e, em agosto, 77% dos caminhões emplacados foram com a tecnologia Euro 6 [regra que restringe a emissão de poluentes para veículos a diesel]”, comentou o presidente da Fenabrave. Para ele, o setor deverá ser beneficiado pelos programas de financiamento anunciados recentemente pelo governo federal.
Por Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil
ITIRAPINA/SP - No mês de outubro (dias 14 e 15), Itirapina proporcionará mais uma viagem no tempo com o 2º Encontro Anual de Carros Antigos e Motos, que ocorrerá na Praça da Matriz, no centro da cidade.
De acordo com o secretário de Turismo e Meio Ambiente, Gilberto Júnior, as pessoas que tiverem veículos (acima de 30 anos) e desejarem participar da exposição, devem entrar em contato através do (19) 9 8441-9035 e fazer a doação de 2 quilos de alimento por veículo que for exposto.
PROGRAMAÇÃO - No sábado, os apaixonados por carros poderão apreciar a exposição gratuitamente das 18h às 23h00, com apresentação de bandas a partir das 20h00. No domingo, a exposição continua das 9h às 22h, com apresentação de várias bandas a partir do meio-dia. Participe!
PMI
INGLATERRA - Um acervo impressionante que faz o amante do automobilismo se sentir numa verdadeira cápsula do tempo da história da Fórmula 1. A primeira visão das instalações da Mercedes é de modelos icônicos que deixaram sua marca no esporte. Os carros memoráveis de pilotos do passado e do presente - como Lewis Hamilton e George Russell, Nico Rosberg e Valtteri Bottas - estão lado a lado. A evolução da F1 é tão rápida que, quando um carro completa sua última volta na temporada, ele já vira uma herança, integrando o acervo da equipe. Algumas peças ainda ajudam em futuros projetos e montagens na fábrica, enquanto outras podem acabar com parceiros ou serem exibidas.
Do chassi aos parafusos
Todas as peças vão para sistema de patrimônio, onde é verificado se os carros mais antigos podem usar essas peças, se elas podem ser usadas para desenvolvimento futuro ou se não são mais necessárias. Do chassi aos parafusos, tudo o que chega ao patrimônio é registrado, catalogado e armazenado em um local para facilitar a recuperação.
Todos os carros do acervo são ligados todos os anos. É um serviço anual detalhado, usando os mesmos processos de pista semana após semana para garantir que tudo permaneça em condições de pilotagem. Pode parecer um carro de dez anos em exibição para a posteridade, mas na verdade é um carro de dez anos pronto para entrar na pista em 2023.
Um presente e tanto
Outro destino possível para um carro de F1 após o fim da temporada é a coleção pessoal dos pilotos. Por vezes, equipes dão o monoposto de presente a quem o guiou após temporadas ou corridas memoráveis. Fernando Alonso, por exemplo, recebeu da Renault (atual Alpine) o R25, carro campeão do mundo em 2005.
Há dois anos, Charles Leclerc ganhou da Ferrari o SF90, com que venceu os GPs da Itália e da Bélgica de 2019 - mas emprestou o carro à coleção do príncipe Albert de Mônaco.
É um presente e tanto, e o desejo de tê-lo pode motivar até cláusulas no contrato e uma ação judicial. Jenson Button processou a Mercedes - que comprou a Brawn GP - após a equipe inicialmente negar a entrega do carro campeão de 2009; o presente estava previsto no vínculo do britânico em caso de título.
Exibições em festivais
Em 2023, no Festival de Velocidade de Goodwood, que é realizado anualmente no Reino Unido, Mick Schumacher pilotou a Mercedes W02 que seu pai usou na temporada de 2011 da categoria. Além disso, ele também utilizou uniforme e capacete de Michael Schumacher, que está guardado desde 2013 após acidente enquanto esquiava nos alpes e do qual nunca se recuperou.
História e carros memoráveis
As instalações do departamento de herança abrigam atualmente mais de um milhão de peças automotivas. Aberto pela primeira vez em 2016, o programa da Mercedes abriga todos os carros de F1 anteriores a 2010, de W01 a W13, e é um tesouro de momentos significativos da história recente e da F1.
Lá se encontram os modelos vencedores de Nico Rosberg da China 2012, Lewis Hamilton na Hungria 2013, Valtteri Bottas na Rússia 2017 e George Russell no Brasil 2022. O W03 pilotado em Valência por Michael Schumacher em seu último pódio na F1 em 2012 também está orgulhosamente exposto na coleção. São considerados clássicos entre a comunidade do automobilismo.
Não é apenas sobre os carros e as peças, mas sim memórias e conquistas de cada época. No acervo estão troféus, trajes de corrida, capacetes e até mesmo material de arquivo, como desenhos e folhas de configuração de cada corrida. Confira abaixo mais fotos incríveis do acervo.
Por Redação do ge
BERLIM - A expansão da fábrica da Tesla no Estado alemão de Brandemburgo pode torná-la a maior fábrica de automóveis da Alemanha. O objetivo é produzir até um milhão de carros elétricos por ano.
A fabricante aguarda a conclusão definitiva de um estudo de impacto ambiental que terá a colaboração dos cidadãos locais por meio de um aplicativo. Uma audiência pública pode ocorrer em outubro para discutir as questões levantadas.
A construção da fábrica da Tesla foi desacelerada devido a conflitos com grupos ambientalistas quanto ao potencial impacto da usina nas florestas e na vida selvagem, bem como a quantidade de água que a instalação drenaria de fontes locais.
A Tesla começou a produzir seu Modelo Y — SUV totalmente elétrico — no início do ano passado. Em março, a produção havia atingido 5 mil veículos por dia.
Embora ainda ofuscada pelas grandes marcas de automóveis da Alemanha em vendas gerais, os modelos Y e 3 foram os veículos totalmente elétricos mais vendidos na Europa no primeiro trimestre, ultrapassando o ID.3 e ID.4 da Volkswagen, segundo o Jato Dynamics, um grupo de pesquisa do consumidor.
O mercado europeu de veículos elétricos desacelerou, mas as vendas seguem crescendo. Durante os primeiros cinco meses deste ano, as vendas de veículos totalmente elétricos aumentaram 42,3%, para 730.137 veículos na União Europeia, Associação Europeia de Comércio Livre e Reino Unido, segundo dados da European Automobile Associação de Fabricantes.
Neste período, a Tesla vendeu 138.294 carros, aumentando sua participação nas vendas de veículos novos na região para 2,6%, deixando-a à frente de fabricantes estabelecidos, como Nissan e Volvo.
Com o crescimento da Tesla, o sindicato IG Metall da Alemanha saudou a perspectiva de empregos adicionais na fábrica da Tesla em Grünheide. No entanto, observou que a empresa demitiu cerca de 200 funcionários e trabalhadores terceirizados. / Dow Jones Newswires
CHINA - A produção da Tesla na China aumentou quase 20% em junho, contribuindo para as vendas trimestrais recorde da empresa. Os dados preliminares da Associação de Automóveis de Passageiros da China (PCA), divulgados na última terça-feira, 4, mostraram que a fabricante de veículos elétricos dos EUA, liderada por Elon Musk, enviou um total de 93.680 carros de sua fábrica em Xangai no mês passado. No mesmo mês em 2022, foram 78.906 unidades enviadas.
Embora a associação chinesa não tenha separado as entregas locais e as exportações, a Tesla normalmente se concentra mais no mercado doméstico no último mês de cada trimestre. O fabricante de carros elétricos ganhou impulso no início do ano quando reduziu os preços de seus sedãs Model 3 e utilitários esportivos Model Y produzidos localmente - concorrentes locais também responderam com descontos.
Após uma “guerra de preços” antes do Salão do Automóvel de Xangai em abril, as entregas começaram a se recuperar e o mercado geral de veículos de nova energia permaneceu forte. As vendas totais de veículos de passageiros de nova energia para concessionárias na China em junho aumentaram aproximadamente 30% em relação ao ano anterior e subiram 10% em relação a maio, totalizando 740 mil unidades, informou a associação chinesa.
O governo da China anunciou no mês passado a prorrogação de incentivos fiscais para consumidores que comprarem carros elétricos até 2027, sua última medida para impulsionar as vendas e a produção no maior mercado de veículos elétricos do mundo./WP Bloomberg
BRASÍLIA/DF - Com a aproximação do fim dos recursos inicialmente previstos, o programa do governo federal para incentivo à compra de veículos terá uma ampliação, que deve atender também às demandas das locadoras do setor. Apesar de a medida ter sido confirmada na quarta-feira (28), o coordenador dos cursos automotivos da Fundação Getulio Vargas (FGV), Antonio Jorge Martins, diz que o foco do programa é a curto prazo e talvez não resolva os estoques acumulados de automóveis.
O especialista explica que um dos motivos pelos quais pátios de montadoras e concessionárias têm ficado lotados é o encolhimento do poder de compra dos brasileiros ao longo dos anos e o paralelo avanço da tecnologia automotiva, com consequente encarecimento do produto..
Ao passo que os veículos foram ganhando cada vez mais artefatos tecnológicos, os preços subiram e a parcela da população com condições de comprá-los diminuiu, uma vez que os salários, mesmo sob reajuste, não acompanharam as altas cifras deixadas nas concessionárias. Essa tendência de aprimoramento tecnológico seguido de encarecimento não é uma exclusividade do mundo dos veículos, ressalta Martins.
"Em nível de mercado brasileiro, por exemplo, as televisões. À medida que vão aumentando seu poderio tecnológico, ficam cada vez mais caras", diz o especialista. "Existe, hoje, uma diferença entre o que as pessoas podem comprar e aquilo que está sendo oferecido. Então, por que hoje não se chama mais de carros populares? Porque os carros populares que existiam nos anos 90 eram carros desprovidos de segurança e conectividade. Era outro tipo de produto, que hoje não existe mais", pontua o especialista.
"Houve também uma mudança do próprio perfil de consumo da sociedade. Um exemplo prático: se nós oferecermos aquele celular tijolão, dificilmente teremos compradores. A realidade hoje do mercado é que, realmente, todo mundo tende a aspirar àquilo que tem mais tecnologia e, no caso do veículo, isso também se faz presente", acrescenta.
Martins, que entende que questões estruturais exigem soluções mais complexas, destaca ainda que não foi somente no Brasil que se constatou uma alta significativa de preços, com a pandemia de covid-19. Os acréscimos, explica o coordenador da FGV, foram uma forma de a indústria lidar com "novos desafios".
"Na realidade, houve uma disruptura total do setor automotivo, entre o modo como ele funcionou ao longo dos últimos 100 anos e como passou a funcionar a partir dos anos 2000. Qual a grande diferença? Tenho um grande número de companhias que efetivamente possuem uma cultura analógica e outra que, de forma geral, já nasceram sob a ótica digital. Estas que nasceram sob a ótica digital têm muitas dificuldades culturais de se adaptarem a uma nova realidade de mercado, que é o fato de que, hoje, o setor se torna muito mais dinâmico do que era há 100 anos ou do que vem sendo. Esse dinamismo se dá, principalmente, pela inovação constante de tecnologia. Produtos que realmente requerem tecnologia crescem em preço", argumenta o educador.
"Isso está bem localizado em cima de algumas montadoras, que efetivamente estavam voltadas ao volume de produção e não à venda de produtos com maior conteúdo tecnológico e que efetivamente apresentam maior lucratividade, mas um menor volume", esclarece, adicionando que a condição de que o comprador de caminhão deixe um para desmanche, ao adquirir um novo, por meio programa, pode ser um obstáculo.
O que se estabeleceu é que, para compras de carros, os descontos irão variar de R$ 2 mil a R$ 8 mil. No caso de ônibus e caminhões, o desconto vai ficar entre R$ 36 mil e R$ 99 mil. Tudo vai depender do tamanho do veículo e grau de poluição.
Em entrevista à Agência Brasil, o presidente da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla), Marco Aurélio Nazaré, elogiou a iniciativa do governo, mas fez algumas ressalvas. Ele reafirmou o que a entidade já havia argumentado em nota do último dia 9, em relação à ordem da fila do programa, com priorização de vendas para pessoas físicas, em um primeiro momento. O acesso aos descontos vindo depois foi, portanto, um dos alvos de críticas, por parte da associação, que também considerou o teto de R$ 500 milhões baixo. Nazaré, contudo, aprovou o anúncio da ampliação do aporte, que imagina que permitirá aquisições às locadoras.
De acordo com levantamento divulgado pela Abla, ao final de março, as locadoras de veículos responderam por 30,1% das compras de 2022. A proporção equivale a 590.520 unidades. O investimento em frota foi de R$ 55,2 bilhões e a média de valor gasto com cada veículo foi de R$ 93,6 mil.
"O que nós tentamos dizer no comunicado é que o que seria vendido para pessoas físicas é menor do que a pessoa jurídica compra. Conclusão: como foi anunciado o programa, nós paralisamos as compras, aguardando uma oportunidade de compra", afirma.
O presidente da Abla diz também que o cenário de conjuntura explica muito do que acontece no setor atualmente. "Nós temos um endividamento muito alto da classe C para baixo, uma perda de poder aquisitivo, uma incapacidade de absorção de parcelas de financiamento, assim como uma taxa de juros extremamente alta. Porque um carro financiado em 36 vezes dobra de preço", diz.
Então, fica impossível de se absorver no orçamento a parcela, mesmo que seja parte do valor do carro, mesmo que se dê um valor de entrada, para a compra de um carro por pessoa física. Tanto que foi a classe média que comprou os carros que foram destinados nesse programa do governo e não a classe que, de fato, deveria comprar e que é o que o governo gostaria que comprasse", finaliza.
Por Letycia Bond - Repórter da Agência Brasil
BRASÍLIA/DF - O governo federal anunciou na quinta-feira (25) a redução de impostos com o objetivo de diminuir o valor final de carros novos no Brasil. A medida será possível com a redução das alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Programa de Integração Social e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins) para a indústria automotiva.
Os descontos que incidirão sobre o valor dos veículos irão de 1,5% a 10,96%, de acordo com critérios de preço, eficiência energética e densidade industrial no país. A medida vale para carros de até R$ 120 mil.
Contudo, ainda não há definição de qual será o nível de redução das alíquotas e como o governo compensará o benefício. A medida está em discussão no Ministério da Fazenda, que terá 15 dias para apresentar os parâmetros que serão usados na edição de um decreto (para reduzir o IPI) e de uma medida provisória (MP) (para reduzir PIS/Confins) que será encaminhada para aprovação do Congresso Nacional.
As informações foram dadas pelo vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, após reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com representantes de entidades de trabalhadores e fabricantes do setor automotivo, no Palácio do Planalto, em Brasília.
No encontro, Lula e Alckmin discutiram medidas de curto prazo para ampliar o acesso da população a carros novos e alavancar a cadeia produtiva ligada ao setor automotivo brasileiro, visando à renovação da frota no país. Segundo o vice-presidente, os benefícios serão temporários, para este momento de ociosidade da indústria.
De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o preço final ao consumidor pode cair para menos de R$ 60 mil, conforme a política de cada montadora. Atualmente, não é possível comprar um carro popular por menos de R$ 68 mil. O presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, explicou que é importante que o benefício seja de pelo menos 12 meses, para melhor planejamento e investimentos da indústria.
Segundo Leite, os descontos serão imediatos após a publicação da MP e do decreto e incidirão, inclusive, sobre os veículos que já estão nos pátios das montadoras.
Alckmin explicou que haverá uma metodologia para aplicação dos descontos, que levarão em conta três critérios. O primeiro é a questão social, do preço do carro. “Hoje o carro mais barato é quase R$ 70 mil. Então, queremos reduzir esse valor”, disse. “O carro, quanto menor, mais acessível, maior será o desconto do IPI e PIS/Cofins. Então, o primeiro item é social, é você atender mais essa população que está precisando mais.”
O segundo critério é a eficiência energética, “é quem polui menos”. “Então, você premia e estimula a eficiência energética, carros que poluem menos, com menor emissão de CO2 [gás carbônico, gases de efeito estufa]”, disse.
Para Márcio de Lima Leite, da Anfavea, de modo geral, com a renovação da frota, já haverá ganhos ambientais para o país, uma vez que um veículo usado pode emitir 23 vezes mais gases de efeito estufa que um carro novo.
E, por fim, o critério da densidade industrial. “O mundo inteiro, hoje, procura fortalecer a sua indústria. Então, se eu tenho uma indústria [em] que 50% do carro é de peças [fabricadas no Brasil] e feito no Brasil e o outro é 90%, isso vai ser levado em consideração”, explicou Alckmin.
Segundo o vice-presidente, o Brasil vem sofrendo um processo de desindustrialização e, por isso, o poder público deve fazer um esforço de recuperação para aumentar a competitividade e reduzir o Custo Brasil. “É o que chamamos de neoindustrialização”, disse.
Custo Brasil é um termo que descreve o conjunto de dificuldades estruturais, burocráticas e econômicas que encarecem e comprometem novos investimentos pelas empresas e pioram o ambiente de negócios no país. Ou seja, é a despesa adicional que as empresas brasileira têm de desembolsar para produzir no Brasil, em comparação com os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Em estudo realizado pelo governo federal em parceria com o Movimento Brasil Competitivo, em 2019, o Custo Brasil foi estimado em R$ 1,5 trilhão, ou 22% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país).
Entre outras medidas, o governo aposta na reforma tributária, em discussão no Congresso Nacional, para redução desse custo.
De acordo com Márcio de Lima Leite, o setor automotivo trabalha hoje com 50% da sua capacidade instalada “É um dos menores números e um dos piores meses da indústria automotiva, mercado que representa 20% do PIB industrial.
A produção de veículos aumentou 8% no primeiro trimestre do ano em comparação com o mesmo período de 2022. Segundo balanço divulgado em abril pela Anfavea, foram fabricadas 496,1 mil unidades nos primeiros três meses deste ano.
Apesar de o número representar alta em relação ao ano passado, na ocasião, Leite lembrou que o primeiro trimestre de 2022 foi o pior resultado da indústria automobilística desde 2004. “Nós estamos repetindo em 2023 o pior trimestre desde 2004”, disse, ao comparar os dados da produção em 2022 e em 2023.
Hoje, o presidente da Anfavea destacou que, neste ano, houve 14 momentos de paralisação de fábricas, em razão da falta de semicondutores (insumo importante para o setor) e do problema de oferta que ainda vem da crise provocada pela pandemia de covid-19.
“Nesse momento, as montadoras têm reafirmado a crença no Brasil, e nós estamos investindo R$ 50 bilhões, um dos maiores ciclos de investimento da indústria automotiva. Nós acreditamos na competitividade e estamos fazendo um trabalho, junto com o governo, para retomada, para que o mercado tenha um aquecimento”, disse, em conversa com jornalistas, após a reunião no Palácio do Planalto, citando ainda a retomada da oferta de empregos no setor.
Outra medida que deve beneficiar o setor automotivo foi anunciada hoje pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante. O banco abrirá uma linha de crédito de R$ 2 bilhões só para produtos de exportação, financiados em dólar.
Mais R$ 2 bilhões estarão disponíveis para que empresas exportadoras realizem investimentos na modernização da sua linha de produção.
“Isso é uma medida extremamente urgente, relevante e que o setor tem visto com bons olhos”, disse o presidente da Anfavea.
Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil
SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos entregou, na manhã desta terça-feira (04/04), dois veículos modelo Citroën C3 que serão utilizados pela Secretaria Municipal Especial da Infância e Juventude (SMEIJ). A cerimônia de entrega dos automóveis, que totalizam um investimento de R$ 157.700,00, aconteceu no Paço Municipal e faz parte do processo de renovação da frota do município.
Os veículos foram custeados de três formas: por meio de emenda parlamentar do vereador licenciado Paraná Filho, em 2022, ocasião em que foram destinados R$ 63 mil; via saldo residual do programa Recriart, da Secretaria Municipal Especial de Infância e Juventude, com valor de R$ 62.325,48; e mais R$ 32.374,52 provenientes de recursos da própria pasta (Fonte 1).
Conforme a secretária municipal de Infância e Juventude, Ana Paula Vaz, os veículos fazem parte de uma reestruturação e que atende diversas necessidades. “Esses veículos complementam o elenco de conquistas que a SMEIJ tem obtido e um destes será utilizado pelo Conselho Tutelar, enquanto o outro auxiliará nos deslocamentos pertinentes às atividades administrativas da Secretaria e do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA). Estas aquisições, além de proporcionar melhores condições de trabalho aos servidores e usuários, são importantes para a renovação da frota, gerando menor gasto com manutenções corretivas em relação aos veículos mais antigos”, destaca a secretária, lembrando que os veículos já possuem seguro.
Presente na ocasião, o vereador licenciado e atual secretário municipal de Agricultura e Abastecimento, Paraná Filho, recordou da destinação da emenda parlamentar que resultou na compra de um dos veículos. “Fomos procurados pela conselheira tutelar Ariane Fondanto solicitando auxílio com emenda parlamentar para a aquisição de veículo e então pudemos destinar recurso para a compra de um dos automóveis. Aproveitando o ensejo, a Secretaria Municipal Especial de Infância e Juventude tinha outro recurso que poderia ser utilizado e oportunamente se abriu uma licitação para comprar os dois veículos. O Conselho Tutelar tem um papel fundamental no nosso município e nós precisamos dar condições adequadas a estes homens e mulheres que atuam frente a esta causa", ressalta Paraná.
Já o secretário municipal de Governo, Netto Donato, enalteceu as melhorias trazidas para a sociedade com a compra dos veículos. “É muito importante o trabalho do Conselho Tutelar e, em parceria com a Câmara Municipal, através da emenda do vereador Paraná Filho, melhoramos a infraestrutura para o servidor e também do atendimento para a população. É isto que o prefeito Airton Garcia quer e é esta a nossa função na Prefeitura”, acrescenta Donato.
Também estiveram presentes o vice-prefeito, Edson Ferraz, os secretários municipais de Comunicação, Leandro Severo; de Gestão de Pessoas, Ana Beatriz Sodelli; de Relações Legislativas e Institucionais, Fernando Carvalho; e de Segurança Pública e Defesa Social, Samir Gardini. Além deles, compareceram os vereadores Bira e Dé Alvim, que representou o presidente da Câmara Municipal, vereador Marquinho Amaral, na ocasião.
EUA - A Ford estima que sua unidade de negócios de veículos elétricos perderá 3 bilhões de dólares este ano, mas continua no caminho para atingir uma margem antes dos impostos de 8% até o final de 2026, disse a empresa.
A perda projetada foi revelada antes de um briefing no meio da manhã para investidores e analistas na última quinta-feira, 23, para discutir detalhes do novo formato de relatório financeiro da montadora.
A partir dos resultados do primeiro trimestre, que serão anunciados em 2 de maio, a Ford começará a reportar por unidade de negócios como Model e (veículos elétricos), Blue (veículos a combustão) e Pro (veículos comerciais e serviços).
A Ford projeta o prejuízo acumulado de três anos da unidade de veículos elétricos de 2021 a 2023 em 6 bilhões de dólares, incluindo um prejuízo pró-forma no ano passado de 2,1 bilhões de dólares, mas espera que a unidade seja lucrativa antes dos impostos antes do final de 2026.
O diretor financeiro John Lawler disse que a Ford não divulgará mais os resultados financeiros por região, apenas por unidade de negócios, porque “é assim que estamos administrando a empresa agora”.
Ele disse que a Ford fornecerá vendas trimestrais e anuais e participação de mercado para os cinco principais mercados globais da empresa, mas não fará mais relatórios por região.
No ano passado, a montadora teve um prejuízo antes dos impostos de 600 milhões de dólares na China, empatou na Europa e registrou um modesto lucro de 400 milhões de dólares na América do Sul, com a maior parte de seu lucro antes dos impostos (Ebitda) de 9,2 bilhões de dólares vindo da América do Norte.
A empresa espera que seu negócio de veículos comerciais Ford Pro quase dobre o Ebitda este ano para 6 bilhões de dólares, enquanto o negócio tradicional Ford Blue deve ter um aumento modesto para 7 bilhões de dólares.
Lawler reafirmou a meta da empresa de uma margem Ebitda ajustada de 10% até o final de 2026.
Ele disse que a montadora terá capacidade global para fabricar 600 mil veículos elétricos até o final de 2023 e 2 milhões até o final de 2026 – “e pretendemos usar totalmente essa capacidade”.
Por Paul Lienert / REUTERS
Este site utiliza cookies para proporcionar aos usuários uma melhor experiência de navegação.
Ao aceitar e continuar com a navegação, consideraremos que você concorda com esta utilização nos termos de nossa Política de Privacidade.