INGLATERRA - Um acervo impressionante que faz o amante do automobilismo se sentir numa verdadeira cápsula do tempo da história da Fórmula 1. A primeira visão das instalações da Mercedes é de modelos icônicos que deixaram sua marca no esporte. Os carros memoráveis de pilotos do passado e do presente - como Lewis Hamilton e George Russell, Nico Rosberg e Valtteri Bottas - estão lado a lado. A evolução da F1 é tão rápida que, quando um carro completa sua última volta na temporada, ele já vira uma herança, integrando o acervo da equipe. Algumas peças ainda ajudam em futuros projetos e montagens na fábrica, enquanto outras podem acabar com parceiros ou serem exibidas.
Do chassi aos parafusos
Todas as peças vão para sistema de patrimônio, onde é verificado se os carros mais antigos podem usar essas peças, se elas podem ser usadas para desenvolvimento futuro ou se não são mais necessárias. Do chassi aos parafusos, tudo o que chega ao patrimônio é registrado, catalogado e armazenado em um local para facilitar a recuperação.
Todos os carros do acervo são ligados todos os anos. É um serviço anual detalhado, usando os mesmos processos de pista semana após semana para garantir que tudo permaneça em condições de pilotagem. Pode parecer um carro de dez anos em exibição para a posteridade, mas na verdade é um carro de dez anos pronto para entrar na pista em 2023.
Um presente e tanto
Outro destino possível para um carro de F1 após o fim da temporada é a coleção pessoal dos pilotos. Por vezes, equipes dão o monoposto de presente a quem o guiou após temporadas ou corridas memoráveis. Fernando Alonso, por exemplo, recebeu da Renault (atual Alpine) o R25, carro campeão do mundo em 2005.
Há dois anos, Charles Leclerc ganhou da Ferrari o SF90, com que venceu os GPs da Itália e da Bélgica de 2019 - mas emprestou o carro à coleção do príncipe Albert de Mônaco.
É um presente e tanto, e o desejo de tê-lo pode motivar até cláusulas no contrato e uma ação judicial. Jenson Button processou a Mercedes - que comprou a Brawn GP - após a equipe inicialmente negar a entrega do carro campeão de 2009; o presente estava previsto no vínculo do britânico em caso de título.
Exibições em festivais
Em 2023, no Festival de Velocidade de Goodwood, que é realizado anualmente no Reino Unido, Mick Schumacher pilotou a Mercedes W02 que seu pai usou na temporada de 2011 da categoria. Além disso, ele também utilizou uniforme e capacete de Michael Schumacher, que está guardado desde 2013 após acidente enquanto esquiava nos alpes e do qual nunca se recuperou.
História e carros memoráveis
As instalações do departamento de herança abrigam atualmente mais de um milhão de peças automotivas. Aberto pela primeira vez em 2016, o programa da Mercedes abriga todos os carros de F1 anteriores a 2010, de W01 a W13, e é um tesouro de momentos significativos da história recente e da F1.
Lá se encontram os modelos vencedores de Nico Rosberg da China 2012, Lewis Hamilton na Hungria 2013, Valtteri Bottas na Rússia 2017 e George Russell no Brasil 2022. O W03 pilotado em Valência por Michael Schumacher em seu último pódio na F1 em 2012 também está orgulhosamente exposto na coleção. São considerados clássicos entre a comunidade do automobilismo.
Não é apenas sobre os carros e as peças, mas sim memórias e conquistas de cada época. No acervo estão troféus, trajes de corrida, capacetes e até mesmo material de arquivo, como desenhos e folhas de configuração de cada corrida. Confira abaixo mais fotos incríveis do acervo.
Por Redação do ge