ITIRAPINA/SP - Neste último domingo (dia 12), Itirapina amanheceu com a região central colorida e cheia de novidades. O 1º Encontro de Carros Rebaixados recebeu mais de 150 veículos personalizados de Campinas, Corumbataí, São Carlos, Araraquara, Matão, Analândia, Ipeúna, Analândia, Rio Claro, Brotas, Trabiju, entre outras cidades.
Segundo os organizadores da "equipe Itirapina Baixos #019 Club", o encontro contou com o patrocínio da fábrica de rodas Volcano de Campinas, que enviou um representante para prestigiar o evento.
Os organizadores relataram que este encontro era desejado há muitos anos pelos integrantes da "equipe Itirapina Baixos #019 Club" porém, infelizmente, nunca encontravam apoio para a execução deste sonho.
Por este motivo, o sucesso atingido por este 1º Encontro de Carros Rebaixados emocionou à todos. "Quero agradecer a Prefeitura de Itirapina, através da prefeita Graça, do vice-prefeito Lemão, do secretário de Turismo Beto pelo apoio total ao nosso evento. Agradecemos a Defesa Civil, Fundo Social e servidores públicos que estão trabalhando hoje para que tudo corra bem. Queremos agradecer também a Polícia Militar que compreendeu a importância do nosso evento e aos vereadores Luciano Juruna, Bete do Broa e Gabriel Gobbi pela apoio e participação. A nossa equipe Itirapina Baixos #019 Club agradece à todos os participantes que vieram de várias cidades e deseja que este evento possa se repetir nos próximos anos".
ÍNDIA - A Ford anunciou na quinta-feira, 9, que vai parar de fabricar veículos na Índia e demitir cerca de 4 mil funcionários, como parte de uma reestruturação de suas operações locais, que vêm dando prejuízo.
Em comunicado, a montadora americana disse que vai interromper a produção de veículos para venda no mercado indiano imediatamente. Já a produção de veículos para exportação será descontinuada gradualmente, até meados de 2022.
A montadora vai fechar sua linha de montagem em Sanand, no estado de Gujarat, até o quarto trimestre deste ano, assim como a fábrica em Chennai, no sul da Índia, até o segundo trimestre do ano que vem. A Ford disse esperar que as mudanças gerem encargos de cerca de US$ 2 bilhões, incluindo US$ 600 milhões neste ano e US$ 1,2 bilhão em 2022.
A decisão de encerrar a produção na Índia vem meses depois de a companhia cancelar um plano para ceder a maior parte de suas operações no país para a fabricante local Mahindra & Mahindra Ltd. Segundo o presidente da empresa, Jim Farley, a Ford Índia acumulou mais de US$ 2 bilhões em perdas nos últimos dez anos e a demanda por novos veículos foi muito mais fraca que o esperado.
Após o fechamento das fábricas, a companhia irá importar e vender alguns de seus modelos na Índia. A Ford afirma ter considerado várias opções antes do fim da produção, incluindo parcerias, compartilhamento de plataforma e contratos de fabricação com outras montadoras, e ainda analisa a possibilidade de vender suas fábricas no país.
A Ford Índia tem menos de 2% do mercado de veículos no país asiático, que é dominado por carros de baixo custo da Suzuki e da Hyundai - juntas, as duas montadoras controlam mais de 60% do mercado. A saída da Ford do país vem na esteira de outras duas montadoras americanas, General Motors e Harley-Davidson, que deixaram a Índia em anos recentes.
Em janeiro, a Ford anunciou o fim da produção de carros no Brasil após um século de presença no País, com impacto financeiro de aproximadamente US$ 4,1 bilhões em despesas não recorrentes, como compensações, rescisões, acordos e outros pagamentos, além de impacto contábil atribuído à baixa de créditos fiscais, depreciação acelerada e amortização de ativos fixos. /COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
*Por: ESTADÃO
O gigante do oriente começou sua invasão pela Escandinávia: indústria e instituições europeias precisam de um plano claro
CHINA - Não é segredo que a China tem estado de olho na indústria automobilística europeia há algum tempo, com foco, obviamente, nos carros elétricos. As notícias de embarques de novos modelos chineses para a Noruega, país que é modelo de eletrificação para o Velho Continente, vão crescendo mês a mês.
NIO, BYD e Xpeng abriram o caminho, mas logo poderiam ser seguidas por uma série de outras empresas, mesmo além das fronteiras da Escandinávia. Diante desta tentativa de "invasão" da Ásia, é evidente que as instituições e fabricantes europeus não podem se dar ao luxo de estar despreparados. A indústria automobilística é um setor crucial.
Janela de oportunidade
Criar uma situação favorável para a China é, antes de tudo, uma questão política. A União Europeia já mapeou seu roteiro para reduzir as emissões de CO2 de todos os setores, incluindo o transporte, mas está criando um projeto de longo alcance que talvez não "acompanhe" de forma adequada a indústria, com apoio e etapas intermediárias apertadas no curto prazo.
Este período "transitório" antes de uma conversão completa corre, portanto, o risco de deixar um lado descoberto, com motoristas mais conscientes sobre o meio ambiente que podem decidir acelerar a transição para veículos limpos, mas com um aceno aos carros 'Made in China' que, por sua vez, desembarcam cada vez mais na Europa.
Em tudo isso, há alguns "poréns", mas também algumas vantagens. Por um lado, há o fato de que os compradores de automóveis podem desconfiar de marcas chinesas das quais nunca ouviram falar, e ainda queiram manter a tradição.
Por outro lado, as leis de mercado freqüentemente tendem a recompensar os interesses econômicos mais imediatos. Assim, quando confrontados com uma oportunidade particularmente lucrativa, alguns motoristas podem dar o "salto de fé" com uma marca chinesa, para somente depois tirar suas conclusões. O mundo da tecnologia, afinal, já começou a liberar muitos preconceitos europeus e americanos sobre os produtos chineses, incluindo os produtos de alta tecnologia. E já existe um precedente que tem recompensado os carros de origem asiática.
Considerações e questionamentos semelhantes aos que rondam os carros chineses atuais, já aconteceram no Ocidente nos anos 60 e 80, quando as marcas japonesas e coreanas, respectivamente, iniciavam sua 'invasão'. Décadas depois, os números mostram que os carros asiáticos tiveram um impacto retumbante no mercado, penetrando em todos os segmentos.
A chave para seu sucesso foi focar inicialmente no baixo custo e na praticidade. Um pouco como o que as marcas chinesas querem fazer agora, com a vantagem adicional de que o carro elétrico abalou os paradigmas do setor, estreitando a lacuna outrora intransponível entre eles e os fabricantes tradicionais. A Europa foi alertada: uma grande parte competitividade industrial local está em jogo no desenvolvimento da mobilidade elétrica.
*Por: Julio Cesar / InsideEVs
ALEMANHA - Nove das principais montadoras globais anunciaram até agora aportes de mais de US$ 200 bilhões no desenvolvimento e produção de veículos elétricos na Ásia, Europa e América do Norte, a maior parte para ser gasta até 2025. A conta é da consultoria KPMG internacional, que considera o valor “um tsunami de investimentos” previstos para um segmento de produto que, hoje, corresponde a 5% das vendas mundiais de automóveis.
O valor não inclui cerca de US$ 60 bilhões investidos em startups, nem os montantes que estão sendo gastos por montadoras de menor porte e fabricantes de autopeças. As nove fabricantes são Volkswagen, BMW, General Motors, Daimler/Mercedes-Benz, Ford, Hyundai, Tesla, Fiat/Chrysler e Toyota.
Nos próximos três anos está prevista, por enquanto, a chegada de 250 novos modelos 100% elétricos das várias fabricantes. “Essa é a fotografia de agora, mas outros lançamentos serão anunciados nesses três anos”, prevê Ricardo Bacellar, líder da área automotiva da KPMG no Brasil.
No ano passado foram vendidos em todo o mundo 3,1 milhões de carros elétricos, ante 2 milhões em 2019, segundo relatório da International Energy Agency (IEA). No Brasil foram apenas 801 unidades (e 18,9 mil híbridos). Ao todo, há uma frota de cerca de 10 milhões de automóveis elétricos rodando pelo mundo e 1 milhão de vans, caminhões e ônibus.
Mesmo com tantos investimentos em carros movidos a baterias, o mercado global vai manter significativa frota de modelos a combustão. Apostas de sete instituições, entre as quais Morgan Stanley, JP Morgan e Bloomberg preveem que a participação dos elétricos na frota global daqui a dez anos será de 24% a 37%.
“Nós vamos vivenciar uma frota diversificada em termos de matriz energética”, afirma Bacellar. Segundo ele, o motor a combustão vai permanecer por várias décadas e conviverá com outros tipos de veículos eletrificados, como híbridos e a célula de combustível. “Os quatro elementos vão conviver em harmonia, dividindo fatias mais ou menos iguais no bolo quando a gente projeta 2040”, diz.
Para o consultor, o processo de transformação de cenário de matriz energética não é tão simples. Será preciso levar em consideração a visão regional e o modelo de aplicação do produto, e evitar pressões para que todos os países se apressem em ter carros elétricos, sob o risco de ficarem de fora do mercado global.
“Quando se fala que o futuro dos carros é elétrico é preciso deixar claro que teremos uma nova classe de produtos – os veículos a bateria – mas ela será responsável por uma fatia da pizza e não pela pizza inteira”, diz Bacellar.
O estudo pondera se haverá espaço para todas as marcas. Pegando os EUA como exemplo, se os elétricos representarem 30% das vendas, serão 5 milhões de veículos num mercado atual de 17 milhões. “Será que todas as empresas vão ter retorno do investimento nesse cenário?”, questiona o consultor.
Bacellar também ressalta que o motor a combustão foi onipresente por 100 anos e será preciso ter uma fase de adaptação pois haverá várias alternativas disponíveis. Ele inclui nas opções a possibilidade, em estudo no Brasil, do uso do etanol como gerador de energia elétrica nas células de combustível, assim como nos veículos híbridos.
As várias opções vão gerar impacto na cadeia de fornecedores, que terá de se preocupar com peças para diferentes tipos de motorização. Para Dan Iochpe, presidente do Sindipeças, haverá empresas que continuarão produzindo componentes só para veículos a combustão, outras que vão transitar entre as diferentes opções de motorização e aquelas vocacionadas aos componentes para carros elétricos, principalmente fabricantes que são desse ramo de atividade com oferta de motores para outros segmentos e passam a ser consideradas também autopartistas.
Iochpe não tem dados de investimentos das autopeças voltados a produtos eletrificados, mas afirma que “quando a montadora desenvolve uma plataforma nova de produtos, as autopeças integram esses projetos”.
Na opinião do presidente da ZF América do Sul, Carlos Delich, é necessário avaliar volumes e preparar as operações para atenderem as novas demandas, de acordo com as características de cada localidade. “Será uma situação de alta complexidade e de revisão de estratégia de investimentos.” A ZF, diz ele, tem um dos maiores portfólios da indústria e muitas das suas tecnologias são aplicadas tanto em veículos à combustão como em elétricos e híbridos.
“Temos desenvolvimentos específicos e uma equipe de engenharia dedicada apenas para os novos lançamentos de montadoras, e que acompanham mais rapidamente essas tendências. Ao mesmo tempo, contamos com equipes voltadas apenas ao atendimento de produtos e serviços para a frota circulante (mercado de reposição)”, informa Delich.
O presidente da Volkswagen América do Sul, Pablo Di Si, confirma seis lançamentos de modelos elétricos e híbridos plug-in para a região até 2023, todos importados. No mundo serão 70 novos modelos e o grupo alemão é o que tem maior volume de investimentos anunciado até agora, de US$ 42 bilhões em veículos elétricos e US$ 13 bilhões em versões híbridas de modelos já existentes.
Di Si lembra que a filial brasileira, junto com Porsche e Audi (marcas que pertencem ao grupo), têm parceria com a empresa de energia EDP para instalar 30 carregadores ultrarrápidos do Espírito Santo a Santa Catarina até o fim de 2022. O presidente mundial do grupo VW, Herbert Diess, já mencionou que, no Brasil, a transição para a eletrificação vai demorar mais porque aqui há biocombustível e etanol.
“Ao olharmos a matriz energética do País, principalmente para automóveis, somos um dos países mais eficientes ecologicamente porque temos o etanol”, afirma Di Si. Segundo ele, a VW discute com governos, entidades, usinas e universidades o desenvolvimento de uma tecnologia baseada no etanol, com grande potencial de exportação para outros países.
*Por: Cleide Silva / ESTADÃO
XANGAI - As câmeras dos carros da Tesla não são ativadas fora da América do Norte, disse a empresa norte-americana em suas redes sociais chinesas nesta quarta-feira, buscando amenizar as preocupações com segurança no maior mercado automotivo do mundo.
A Tesla enfrenta uma vigilância minuciosa na China, onde as forças armadas, em março, proibiram a entrada de carros da marca em seus complexos, alegando preocupações de segurança por causa das câmeras nos veículos, disse uma fonte à Reuters.
"Mesmo nos Estados Unidos, os proprietários dos carros podem escolher livremente se desejam ligar ou não (o sistema de câmera). A Tesla está equipada com um sistema de segurança de rede que utiliza os melhores níveis de segurança do mundo, para garantir a proteção da privacidade do usuário", escreveu a empresa de carros elétricos no Weibo, rede social chinesa semelhante ao Twitter.
Em um fórum virtual em Pequim em março, realizado não muito depois dos relatos sobre a proibição terem surgido, o fundador da Tesla, Elon Musk, enfatizou as motivações da empresa para proteger a privacidade do usuário.
"Existe um grande incentivo para que sejamos totalmente confidenciais com qualquer informação", disse Musk. "Se a Tesla usasse carros para espionagem na China ou em qualquer lugar, a empresa seria fechada", finalizou.
A China é um mercado crucial para veículos elétricos. Em 2020, a Tesla vendeu 30% de sua oferta para o país.
*Reportagem de Josh Horwitz / REUTERS
ALEMANHA - Elon Musk estava no Twitter há mais de dez anos quando, em janeiro, o presidente da Volkswagen, Herbert Diess, desembarcou na rede com uma mensagem: a gigante alemã vai se recuperar na corrida pelos veículos elétricos.
Um objetivo que vindo da maior fabricante da era dos motores térmicos deixou os observadores céticos. Especialmente depois do escândalo "dieselgate" que custou à Volkswagen (VW) bilhões de dólares e prejudicou sua reputação.
Mas esta semana eles mudaram de ideia após o anúncio de um plano ofensivo para dominar o mercado em 5 anos, baseado na abertura de seis fábricas de baterias na Europa.
"Volkswagen é a nova Tesla", decretou o Financial Times em referência à empresa californiana que se tornou um modelo de inovação elétrica. E seu chefe, o "technoking" Elon Musk, deve ter cuidado com o "Technokaiser" Diess, avisa Bloomberg.
"Nossa transformação será rápida, sem precedentes e em uma escala nunca vista na indústria automobilística em um século", assegurou Diess.
Muitos consideram isso possível. O especialista Tatsuo Yoshida, da Bloomberg Intelligence no Japão, considera que a VW tem "potencial" para prevalecer no mercado elétrico "em alguns anos".
"A combinação de recursos financeiros e capacidade de produção torna a Volkswagen a melhor colocada" para atacar a Tesla, embora "não seja fácil", disse à AFP Karl Brauer, analista do site Carexpert.
- "Salvar aparências" -
O CEO de 62 anos, que comanda a VW desde 2018, tem admiração por Elon Musk, 49, com quem, segundo uma pessoa próxima, mantém uma relação amigável e se comunica por e-mail.
Ao apresentar sua estratégia em um "Power Day" bem organizado, a fabricante alemã buscou chamar atenção nos Estados Unidos.
E conseguiu: os investidores americanos reagiram.
Em uma semana, suas ações subiram mais de 15% na Bolsa de Valores de Frankfurt, tornando a empresa de Wolfsburg a mais valiosa no Dax, com mais de 130 bilhões de euros (155 bilhões de dólares) de capitalização.
A meta do presidente de 200 bilhões de euros (US$ 239 bilhões) parece próxima. Mas Tesla vale 619 bilhões de dólares (€ 519 bilhões).
O mercado reconhece a "transição forçada" da Volkswagen, comentou à AFP Eric Kirstetter, do gabinete Roland Berger na França.
Após o escândalo dos motores a diesel fraudados, a Volkswagen não teve escolha a não ser dar um "salto adiante" para "salvar as aparências", segundo Matthias Schmidt, especialista em mobilidade elétrica.
A Volkswagen decidiu em 2015 desenvolver uma base técnica exclusiva para carros elétricos que foi usada pela primeira vez no modelo ID.3 lançado no outono.
Patrick Hummel, analista do UBS, considera essa estratégia "o compromisso mais significativo de uma fabricante tradicional". Outras apostam em plataformas mistas, combináveis com várias tecnologias.
- Software -
A gigante VW também quer apostar no seu principal ativo: economia de escala (quanto mais uma empresa produz, menor é o custo de fabricação do produto).
"A Tesla aprende a produzir grandes volumes, mas grupos como a Volkswagen já possuem essacapacidade", explica Subodh Mhaisalkar, diretor executivo do instituto de pesquisa de energia da Universidade Tecnológica de Nanyang, em Singapura.
Esse tamanho tem suas desvantagens: todas as decisões importantes são tomadas por consenso, não apenas pelo poderoso chefe do conselho da empresa, mas também com as lideranças das 12 marcas do grupo, incluindo Audi, Porsche, Seat e Bugatti.
A tecnologia elétrica não é a única coisa que fica para trás. A Volkswagen deve alcançar a Tesla no domínio do software, o outro eixo da guerra automotiva.
"Em geral, a Tesla deve continuar na liderança elétrica graças às vantagens em baterias e direção autônoma", aspecto em que as fabricantes tradicionais têm dificuldade de inovar, diz Ben Kallo, analista do gabinete americano Baird.
"A Volkswagen pode não ser a Apple, mas pode ser a Samsung do mundo elétrico", resume o relatório do UBS. Por enquanto, no Twitter, Diess tem 49 milhões de seguidores a menos que Elon Musk.
*Por: AFP
LONDRES - Toda a linha de carros da Volvo será totalmente elétrica até 2030, disse a empresa chinesa na terça-feira, juntando-se a um número crescente de montadoras que planejam eliminar os motores a combustível fóssil até o final desta década.
“Estou totalmente convencido de que não haverá clientes que realmente queiram ficar com um motor a gasolina”, disse o presidente-executivo da Volvo, Håkan Samuelsson, aos repórteres quando questionado sobre a demanda futura por veículos elétricos. “Estamos convencidos de que um carro elétrico é mais atraente para os clientes.”
A montadora sueca disse que 50% de suas vendas globais devem ser de carros totalmente elétricos até 2025 e a outra metade de modelos híbridos.
Propriedade do Zhejiang Geely Holding Group, com sede em Hangzhou, a Volvo lançará uma nova família de carros elétricos nos próximos anos, todos os quais serão vendidos apenas online. A Volvo vai lançar seu segundo modelo totalmente elétrico, o C40, ainda na terça-feira.
Samuelsson disse que a Volvo incluirá atualizações e consertos sem fio para seus novos modelos elétricos - uma abordagem iniciada pela fabricante de carros elétricos Tesla Inc.
As montadoras estão correndo para mudar para modelos de emissão zero enquanto enfrentam metas de emissões de CO2 na Europa e na China, além de proibições iminentes em alguns países em veículos movidos a combustíveis fósseis.
No mês passado, a Ford Motor Co disse que sua linha na Europa será totalmente elétrica em 2030, enquanto a unidade da Tata Motors, Jaguar Land Rover, disse que sua marca de luxo Jaguar será totalmente elétrica em 2025 e a montadora lançará modelos elétricos de toda a linha em 2030.
E em novembro passado, a montadora de carros de luxo Bentley, de propriedade da alemã Volkswagen, disse que seus modelos seriam todos elétricos até 2030.
A eletrificação é cara para as montadoras e, como os veículos elétricos têm menos peças móveis, o emprego no setor automotivo deve diminuir.
O CEO da Volvo, Samuelsson, disse que, em toda a indústria, a eletrificação afetará principalmente as fábricas de motores e fornecedores de automóveis que fornecem de tudo, desde filtros de óleo a injetores de combustível e velas de ignição.
“Esses são muitos trabalhos, é claro”, disse ele. “Mas, no geral, não acho que haverá uma grande diferença.”
A Volvo disse que irá “reduzir radicalmente” a complexidade de sua linha de modelos e fornecer aos clientes preços transparentes.
A rede global da montadora de 2.400 revendedores tradicionais de tijolos e argamassa permanecerá aberta para veículos de serviço e para ajudar os clientes a fazerem pedidos online.
Até agora, a Volvo não foi afetada por uma escassez global de chips semicondutores alimentada por uma pandemia que fechou um número crescente de fábricas de montagem, o que Samuelsson disse ter sido graças à comunicação constante com os fornecedores.
“Até agora, batam na madeira, não tivemos que interromper nenhuma linha de montagem”, disse ele. “Mas isso pode acontecer a qualquer dia.”
*Reportagem de Nick Carey, Helena Soderpalm / REUTERS
SÃO PAULO/SP - O aumento da alíquota do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para venda de veículos usados no estado de São Paulo pode provocar fechamento de lojas e demissões, dizem as entidades que representam o setor.
“Isso é desemprego, fechamento de lojas, tudo o que o país não precisa”, afirmou o diretor executivo da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Marcelo Franciulli, em entrevista coletiva da entidade junto com outras organizações que representam a cadeia de venda e produção de veículos.
A partir de sexta-feira (15), as revendedoras deverão pagar alíquota de 5,5% sobre o valor de venda dos veículos usados. O valor atual é de 1,8%. Em abril, a alíquota deverá ser reajustada para 3,9%.
No caso de veículos novos, o imposto passa de 12% para 13,3%.
Segundo o governo de São Paulo, a medida é necessária para reequilibrar o orçamento devido às perdas de arrecadação com a pandemia do novo coronavírus. “O objetivo do ajuste fiscal é proporcionar ao Estado recursos para fazer frente às perdas causadas pela pandemia”, diz nota divulgada pelo governo estadual.
“A medida, garantida pela Constituição, é necessária. O governo de São Paulo segue aberto ao diálogo e tem realizado reuniões com os representantes dos diversos setores”, acrescenta o comunicado.
Para Franciulli, a alíquota reduzida para a venda de veículos usados não é um benefício ou renúncia fiscal, mas uma medida para ajustar os impostos do setor. “O setor quer pagar impostos, mas pagar de forma justa. Nós desconhecemos outro tipo de bem usado que paga imposto”, disse.
Franciulli destacou ainda que a margem de lucro das concessionárias com a venda de usados fica em torno de 8% a 10% e estaria fortemente comprometida com o reajuste do ICMS. Ele lembrou ainda que os usados são importantes nas negociações de veículos novos, sendo usados para a compra dos novos. “O concessionário autorizado, sem os veículos usados, não fecha as contas. O usado hoje é fundamental”, ressaltou.
Participaram também do encontro virtual com jornalistas representantes da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo); da Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa); da Associação Comercial de São Paulo; do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos no Estado de São Paulo; da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores.
Os empresários buscam formas de sensibilizar o governo de São Paulo para reverter o reajuste.
*Por Daniel Mello – Repórter da Agência Brasil
MUNDO - A Volkswagen fará o recall de 56.000 de seus modelos de golfe mais vendidos para consertar problemas de software que afetam o sistema de infoentretenimento e a câmera de ré, disse a empresa alemã na terça-feira.
A correção afeta os veículos da mais recente série Golf 8, feitos até julho de 2020, disse um porta-voz. Ele acrescentou que o recall não é obrigatório, mas é uma “medida de serviço voluntário”.
A Volkswagen teve que adiar o lançamento do Golf 8 devido a problemas de software no ano passado.
Suas ações caíram 1,6% em 1012 GMT, tornando-se o maior perdedor percentual no índice DAX da Alemanha.
*Reportagem de Jan Schwartz; / REUTERS
SÃO PAULO/SP - O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) ficará mais barato em São Paulo em 2021. A tabela de valores venais registra queda nominal de 6,77%, em média, nos preços de venda praticados no varejo, segundo levantamento feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). A tabela foi publicada pela Secretaria da Fazenda e Planejamento na quinta-feira (17), numa edição suplementar do Diário Oficial do Estado (DOE). O calendário de vencimentos do imposto já está definido e será publicado no DOE nos próximos dias (veja as tabelas completas abaixo).
O levantamento da Fipe é referente a 12.046 modelos e versões de veículos de todas as marcas. A pesquisa, baseada nos valores de mercado de setembro de 2020, comparada ao mesmo período de 2019, identificou maior queda de preços de venda para automóveis, que apresentam recuo de 7,43%. As camionetas e utilitários tiveram queda de 6,63%, seguidos de motos, com redução de 5,52%. Os preços de venda de caminhões caíram 5,09% e ônibus e microônibus fecharam 4,89% abaixo do valor apurado no ano anterior.
É possível fazer a consulta pela Faixa de IPVA, que consta no Certificado de Registro e Licenciamento do veículo, no site da Imprensa Oficial, como na imagem: imprensaoficial.com.br/suplementos/fazenda/IPVA2021/index.asp
Os proprietários de veículos movidos à gasolina e os bicombustíveis recolherão 4% sobre o valor venal. Veículos usados que utilizam exclusivamente álcool, eletricidade ou gás, ainda que combinados entre si, permanecem com a alíquota de 3%, já os veículos novos com essas mesmas especificações de combustível em Nota Fiscal, adquiridos a partir de 15/01/21 terão alíquota de 4%, de acordo com Lei 17.293/2020. As picapes cabine dupla pagam 4%. Os utilitários (cabine simples), ônibus, micro-ônibus, motocicletas, motonetas, quadriciclos e similares recolhem 2% sobre o valor venal. Os caminhões pagam 1,5%.
A frota total no Estado de São Paulo é de aproximadamente 26 milhões de veículos. Desses, 17,8 milhões estão sujeitos ao recolhimento do IPVA e 7,6 milhões estão isentos por terem mais de 20 anos de fabricação. Cerca de 618 mil veículos são considerados isentos, imunes ou dispensados do pagamento (como taxistas, pessoas com deficiência, igrejas, entidades sem fins lucrativos, veículos oficiais e ônibus/micro-ônibus urbanos).
A Fazenda prevê arrecadar R$ 18,5 bilhões com o IPVA em 2021. Deste total, descontadas as destinações constitucionais (como o Fundeb), o valor restante é repartido 50% para os municípios de registro dos veículos, que devem corresponder ao local de domicílio ou residência dos respectivos proprietários, e os outros 50% para o Estado. Os recursos do imposto são investidos pelo governo estadual em obras de infraestrutura e melhoria na prestação de serviços públicos como os de saúde e educação.
Os contribuintes podem pagar o IPVA 2021 em cota única no mês de janeiro, com desconto de 3%, ou parcelar o tributo em três vezes, de acordo com o final da placa do veículo (iniciando o primeiro pagamento em janeiro e as outras duas parcelas nos meses de fevereiro e março). Também é possível quitar o imposto no mês de fevereiro de maneira integral, sem desconto. Os caminhões têm prazos diferenciados: para o pagamento integral sem desconto, o vencimento é no dia 15/4 (independente do final de placa); para os proprietários que optarem pelo parcelamento em três vezes, os vencimentos são em março, junho e setembro (veja as tabelas completas abaixo).
Os proprietários deverão observar o calendário de vencimento por final de placa do veículo. Para efetuar o pagamento do IPVA 2021, basta o contribuinte ir a uma agência bancária credenciada, com o número do RENAVAM (Registro Nacional de Veículo Automotor) e efetuar o recolhimento nos terminais de autoatendimento, pela internet ou débito agendado, nos guichê de caixa ou outros canais oferecidos pela instituição bancária. Também é possível realizar o pagamento em casas lotéricas e com cartão de crédito, nas empresas credenciadas à Secretaria da Fazenda e Planejamento.
O contribuinte que deixar de recolher o imposto fica sujeito a multa de 0,33% por dia de atraso e juros de mora com base na taxa Selic. Passados 60 dias, o percentual da multa fixa-se em 20% do valor do imposto.
Permanecendo a inadimplência do IPVA, o débito será inscrito e, como consequência, a multa passará a 40% do valor do imposto, além da inclusão do nome do proprietário no Cadin Estadual, impedindo-o de aproveitar eventual crédito que possua por solicitar a Nota Fiscal Paulista. A partir do momento em que o débito de IPVA estiver inscrito, a Procuradoria Geral do Estado poderá vir a cobrá-lo mediante protesto.
Após o prazo para licenciamento, conforme calendário do Detran, a inadimplência do IPVA impedirá de fazê-lo. Como consequência, o veículo poderá vir a ser apreendido, com multa aplicada pela autoridade de trânsito e sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Automóveis, Caminhonetes, Ônibus, Micro-ônibus, Motos e similares | |||
Mês | Janeiro | Fevereiro | Março |
Parcela | 1ª Parcela ou Cota Única COM Desconto | 2ª Parcela ou Cota Única SEM Desconto |
3ª Parcela |
Placa | Dia do Vencimento | Dia do Vencimento | Dia do Vencimento |
Final 1 | 7/1 | 9/2 | 9/3 |
Final 2 | 8/1 | 10/2 | 10/3 |
Final 3 | 11/1 | 11/2 | 11/3 |
Final 4 | 12/1 | 12/2 | 12/3 |
Final 5 | 13/1 | 18/2 | 15/3 |
Final 6 | 14/1 | 19/2 | 16/3 |
Final 7 | 15/1 | 22/2 | 17/3 |
Final 8 | 18/1 | 23/2 | 18/3 |
Final 9 | 19/1 | 24/2 | 19/3 |
Final 0 | 20/1 | 25/2 | 22/3 |
Caminhões | |||||
Mês | Janeiro | Março | Abril | Junho | Setembro |
Parcela | Cota Única COM Desconto | 1ª Parcela | Cota Única SEM Desconto | 2ª Parcela | 3ª Parcela |
Placa | Dia do Vencimento | Dia do Vencimento | Abril | Junho | Setembro |
Final 1 | 7/1 | 9/3 | 15/4 | 15/6 | 15/9 |
Final 2 | 8/1 | 10/3 | |||
Final 3 | 11/1 | 11/3 | |||
Final 4 | 12/1 | 12/3 | |||
Final 5 | 13/1 | 15/3 | |||
Final 6 | 14/1 | 16/3 | |||
Final 7 | 15/1 | 17/3 | |||
Final 8 | 18/1 | 18/3 | |||
Final 9 | 19/1 | 19/3 | |||
Final 0 | 20/1 | 22/3 |
*Por: Governo de SP
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