COREIA DO NORTE - O presidente russo, Vladimir Putin chegou nesta terça-feira (18) a Pyongyang, para sua primeira viagem à Coreia do Norte, país isolado há 24 anos. Antes de embarcar, Putin elogiou a Coreia do Norte por “apoiar firmemente” a guerra de Moscou na Ucrânia. A viagem pretende reforçar os laços de defesa entre os dois países.
Enormes faixas com uma fotografia sorridente do líder russo com os dizeres "damos calorosas boas-vindas ao presidente Putin!" foram colocadas em postes de iluminação em Pyongyang ao lado de bandeiras russas, mostraram imagens da mídia estatal russa.
Moscou e Pyongyang são aliados desde a fundação da Coreia do Norte, após a Segunda Guerra Mundial, e aproximaram-se ainda mais desde que a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022 levou o Ocidente a isolar Putin internacionalmente.
Os Estados Unidos e aliados acusaram a Coreia do Norte de fornecer à Rússia armamentos, incluindo mísseis balísticos para uso na Ucrânia.
Pyongyang negou ter fornecido equipamento militar à Rússia, mas, antes da sua viagem, Putin agradeceu ao governo de Kim Jong-Un por ajudar no esforço de guerra.
“Apreciamos muito que a RPDC (Coreia do Norte) apoie firmemente as operações militares especiais da Rússia que estão sendo conduzidas na Ucrânia”, escreveu Putin num artigo publicado pela mídia estatal norte-coreana na terça-feira.
A Rússia e a Coreia do Norte estão “agora desenvolvendo ativamente a parceria multifacetada”, escreveu Putin.
Ambos os países estão sob uma série de sanções da ONU – Pyongyang desde 2006 por causa de programas proibidos de mísseis nucleares e balísticos e Moscou devido à invasão da Ucrânia.
Putin elogiou a Coreia do Norte por "defender seus interesses de forma muito eficaz, apesar da pressão econômica, provocação, chantagem e ameaças militares dos EUA que duram décadas".
A Coreia do Norte disse que a visita bilateral mostrou que os laços “estão se fortalecendo a cada dia”, informou a agência notícias oficiais de Pyongyang, e “daria nova vitalidade ao desenvolvimento das relações cooperativas de boa vizinhança entre os dois países”.
Pyongyang nega acusações de ajuda na Ucrânia
A Coreia do Norte descreveu as alegações de fornecimento de armas à Rússia como “absurdas”. No entanto, agradeceu à Rússia por utilizar o seu veto na ONU em março para pôr fim à monitorização das violações das sanções, numa altura em que os peritos da ONU começavam a investigar alegadas transferências de armas.
Os Estados Unidos expressaram “preocupação” na segunda-feira com a viagem por causa das implicações de segurança para a Coreia do Sul e também para a Ucrânia.
As duas Coreias permanecem tecnicamente em guerra desde o conflito de 1950-53 e a fronteira que as divide é uma das mais fortemente fortificadas do mundo.
“Sabemos que os mísseis balísticos norte-coreanos ainda estão sendo usados para atingir alvos ucranianos e pode haver alguma reciprocidade que pode afetar a segurança na península coreana”, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, aos jornalistas.
Destacando essas preocupações de segurança, a Coreia do Sul disse que as suas tropas dispararam contra soldados do norte que cruzaram brevemente a fronteira na terça-feira e depois recuaram.
Os militares do sul disseram acreditar que os soldados norte-coreanos cruzaram acidentalmente enquanto fortificavam a fronteira, mas disseram que alguns deles ficaram feridos após detonarem minas terrestres.
Dependente de ditadores
O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, disse que a viagem de Putin mostra como ele é “dependente” de líderes autoritários. “Os seus amigos mais próximos e os maiores apoiadores do esforço de guerra russo, de agressão, são a Coreia do Norte, o Irã e a China”, disse Stoltenberg.
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, fez um apelo à comunidade internacional para combater "o romance solitário" entre Putin e Kim, visando aumentar o fornecimento de armas para Kiev.
“A melhor maneira de responder a isso é continuar a fortalecer a coligação diplomática para uma paz justa e duradoura na Ucrânia e entregar mais mísseis Patriot e munições à Ucrânia”, disse Kuleba à AFP.
A Coreia do Norte quer tecnologia militar de ponta para avançar nos seus programas nucleares, de mísseis, de satélites e de submarinos com propulsão nuclear, segundo especialistas.
O assessor do Kremlin Yuri Ushakov disse que os dois líderes possivelmente assinariam um “tratado de parceria estratégica abrangente” para definir a cooperação em “questões de segurança”, informaram agências de notícias estatais russas.
A Coreia do Norte poderia prometer “suprir a Rússia com fornecimentos contínuos de artilharia, foguetes guiados para vários lançadores de foguetes e mísseis de curto alcance para apoiar as operações da Rússia na Ucrânia”, disse Bruce Bennett, analista sênior de defesa da RAND Corporation, à agência de notícias sul-coreana Yonhap.
Em troca, Pyongyang poderá pedir que "a Rússia forneça uma variedade de tecnologias avançadas", disse ele, além de "um fluxo substancial de petróleo e produtos alimentares russos, juntamente com pagamentos em moeda forte".
SEUL - Os primeiros-ministros da China e do Japão e o presidente da Coreia do Sul exigiram, nesta segunda-feira (27), a desnuclearização da Coreia do Norte, durante um raro encontro de cúpula em Seul no qual se comprometeram a reforçar a cooperação entre os três países.
O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, e os primeiros-ministros Li Qiang, da China, e Fumio Kishida, do Japão, participaram nesta segunda-feira na primeira reunião de cúpula entre os três países em quase cinco anos, em parte devido à pandemia, mas também devido às relações complexas.
Pouco antes do encontro, a Coreia do Norte informou a Guarda Costeira do Japão sobre o lançamento iminente de um satélite, como havia sido antecipado pelo serviço de inteligência sul-coreano.
Yoon e Kishida fizeram um apelo para que Pyongyang desista do lançamento, que segundo o chefe de Estado sul-coreano "viola diretamente as resoluções do Conselho de Segurança da ONU e mina a paz e a estabilidade regional e mundial".
Yoon também pediu uma resposta internacional "decisiva" caso o líder norte-coreano, Kim Jong Un, prossiga com o quarto lançamento do tipo.
O primeiro-ministro chinês Li pediu às "partes relevantes que exerçam moderação e evitem complicações futuras na situação da península coreana", segundo a agência oficial chinesa Xinhua.
A China é a principal parceira econômica da Coreia do Norte.
Em um comunicado conjunto, os três países utilizaram a linguagem habitual para reafirmar o compromisso com a "desnuclearização da península coreana". Também destacaram que a paz é uma "responsabilidade e um interesse comum".
A Coreia do Norte reagiu afirmando que "falar hoje sobre a desnuclearização da península coreana é uma grave provocação política" e "violaria a posição constitucional do nosso país como um Estado com armas nucleares".
A "'desnuclearização completa da península coreana' já morreu teórica, prática e fisicamente", disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores norte-coreano, citado pela agência oficial de notícias KCNA.
- "Fortalecer" a cooperação -
Os primeiros-ministros chinês e japonês e e o presidente sul-coreano anunciaram nesta segunda-feira que "prosseguirão com as conversações para acelerar as negociações de um ALC (Acordo de Livre Comércio) trilateral".
Li pediu aos outros dois governantes que "se oponham a transformar temas econômicos e comerciais em jogos políticos ou questões de segurança", assim como à "ruptura das cadeias de abastecimento", informou a agência Xinhua.
O presidente sul-coreano Yoon acrescentou que os três países "decidiram criar um ambiente transparente e previsível para o comércio e os investimentos, para dar segurança às cadeias de abastecimento".
"O sistema de cooperação trilateral deve ser fortalecido. Decidimos organizar reuniões de cúpula trilaterais de maneira regular", disse Yoon.
Depois da reunião, os três governantes compareceram a um encontro de empresários que pretende estimular o comércio.
Analistas anteciparam que, devido às divergências consideráveis entre os três países sobre a questão norte-coreana e outros temas, seria difícil alcançar um consenso sobre questões geopolíticas.
Mas Yoon, que assumiu o cargo em 2022, tem procurado reduzir as tensões com o Japão, ex-potência colonial, diante da crescente ameaça nuclear norte-coreana.
Como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, a China já condenou os testes nucleares da Coreia do Norte e apoiou as sanções destinadas a frear o desenvolvimento armamentista de Pyongang.
Porém, nos últimos anos e à medida que as relações com os Estados Unidos se deterioraram, Pequim passou a dificultar cada vez mais os esforços de Washington para impor sanções mais rigorosas.
A China defende com frequência a desnuclearização de toda península coreana. O país denuncia que os exercícios militares conjuntos dos Estados Unidos e da Coreia do Sul provocam um agravamento da tensão regional.
SEUL - A Coreia do Sul impôs novas sanções a 10 indivíduos e duas entidades em relação ao programa nuclear da Coreia do Norte e ao comércio de armas com três países, incluindo a Rússia, informou o Ministério das Relações Exteriores sul-coreano nesta quinta-feira.
O ministro da Defesa da Coreia do Norte e o chefe do Estado-Maior de suas Forças Armadas estão entre os indivíduos que enfrentam novas sanções, disse o ministério em um comunicado.
As sanções são uma resposta às atividades ilegais da Coreia do Norte que ameaçam a comunidade global, bem como a paz e a estabilidade na península coreana, segundo o ministério.
As sanções que têm como alvo quatro indivíduos e duas entidades relacionadas ao comércio de armas da Coreia do Norte com três países, incluindo a Rússia, envolvem uma empresa eslovaca, a Versor S.R.O., e seu chefe-executivo, Ashot Mkrtychev, disse.
O ministério não forneceu detalhes sobre o comércio de armas.
As sanções contra o ministro da Defesa e o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas são uma resposta aos desenvolvimentos nucleares e de mísseis, afirmou o ministério.
A iniciativa de impor sanções ocorre depois que o presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, disse que seria uma "provocação direta" se a Rússia ajudasse a Coreia do Norte a aprimorar seu programa de armas em troca de auxílio para sua guerra na Ucrânia.
Yoon fez os comentários em seu discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas. O líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, visitou a Rússia na semana passada e discutiu a cooperação militar com o presidente russo, Vladimir Putin.
Por Hyunsu Yim e Jack Kim / REUTERS
SEUL - O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, disse na quarta-feira que qualquer tentativa de cooperar com a Coreia do Norte em assuntos militares, de forma a prejudicar a paz internacional, precisa ser imediatamente interrompida.
Yoon fez o comentário em uma reunião de cúpula com os países do bloco Asean do Sudeste Asiático em Jacarta, Indonésia, segundo seu gabinete.
O gabinete não entrou em detalhes, mas o comentário foi feito em meio a relatos de que as negociações de armas entre a Coreia do Norte e a Rússia estão avançando ativamente e que o líder norte-coreano, Kim Jong Un, planeja visitar a Rússia em breve para se encontrar com o presidente Vladimir Putin.
"A tentativa de cooperação militar com a Coreia do Norte que prejudica a paz internacional precisa ser imediatamente interrompida", disse Yoon, segundo seu gabinete, em uma reunião com os líderes dos países da Asean.
A Coreia do Norte e a Rússia negam que estejam negociando armas.
Uma visita de Kim, ainda neste mês, à cidade portuária russa de Vladivostok, no extremo leste do país, tem como objetivo discutir o fornecimento de armas a Moscou para a guerra na Ucrânia, informou o New York Times nesta semana.
O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, disse anteriormente que os dois países planejavam realizar exercícios militares conjuntos.
Em uma reunião posterior com os líderes da Asean, juntamente com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, e o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, Yoon afirmou que a Coreia do Sul trabalharia em estreita colaboração com os dois vizinhos asiáticos com o objetivo de retomar as conversações em três vias para melhorar os laços.
Uma cúpula anual entre os três não ocorre desde 2019 devido a tensões, principalmente sobre o passado de guerra do Japão.
Reportagem de Jack Kim e Soo-hyang Choi em Seul / REUTERS
CORÉIA DO SUL - Atualmente a Coréia do Sul está em uma posição relevante no comercio e desenvolvimento tecnológico, especialmente com os atritos entre China e Estados Unidos, no qual o país tomou um espaço gigantesco de mercado. Suas estratégias se mostrarão mais intensas com o passar do tempo, especialmente com o governo deixando claro que endurecerá as punições para vazamentos de tecnologia em chips e displays, segundo a Reuters.
Coréia do Sul está em posição vantajosa no mercado tecnológico
É importante entender que Coréia do Sul detém empresas importantes como Samsung (que é uma das poucas fabricantes já que produz já produz chips com máquinas de litografia ultravioleta extrema da ASML) e SK Hynix. Se trata de uma grande potência na produção de semicondutores, baterias, painéis OLED e outros.
A SK Hynix e a Samsung, são uma das principais fabricantes de chips de memória NAND do planeta. A Coréia do Sul está em uma posição intensa. Por um lado, a sua tecnologia de desenvolvimento de circuitos integrados depende de algumas patentes norte-americanas, por outro, 40% dos chips fabricados na Coreia do Sul são vendidos na China.
País investe pesado na segurança de suas produções tecnológicas
A Coréia conseguiu um grande espaço de mercado na China, com as sanções aplicadas pelos EUA. O país norte-americano pediu para que não exportasse seus produtos para a gigante asiática, mas isto claramente não aconteceu.
Essas duas empresas gigantes (SK Hynix e a Samsung) foram ameaçadas pelo roubo de segredos comerciais que têm o potencial de degradar a sua competitividade. Diante disto, o governo coreano pretende investir mais em segurança e penalidades.
No entanto, isto a coloca em uma posição difícil, pois precisa fazer isso ao mesmo tempo em que tem laços comerciais estreitos com duas superpotências. A China enquanto um dos principais consumidores e EUA enquanto grande fornecedor.
por Vika Rosa / IGN Brasil
COREIA DO NORTE - A Coreia do Norte fez uma advertência nesta terça-feira (7) aos Estados Unidos e seus aliados de que consideraria uma "clara declaração de guerra" a interceptação dos mísseis de teste que lança com frequência sobre o Oceano Pacífico.
Estados Unidos e Coreia do Sul intensificaram a cooperação na área de defesa e reforçaram os exercícios conjuntos nas proximidades da Coreia do Norte, país isolado e que possui armamento nuclear, que nos últimos meses aumentou os testes de mísseis.
Pyongyang alega que seus programas nuclear e armamentista são de autodefesa e critica os exercícios militares de Washington e Seul, que interpreta como preparativos para uma eventual invasão.
"Isto seria visto como uma clara declaração de guerra contra a RPDC (República Popular Democrática da Coreia) no caso de uma resposta militar, como a interceptação de nossos testes de armas estratégicas", afirmou em um comunicado Kim Yo Jong, a influente irmã de líder norte-coreano Kim Jong Un.
"O Oceano Pacífico não pertence ao domínio dos Estados Unidos ou do Japão", acrescentou, em uma nota divulgada pela agência oficial de notícias KCNA.
A Coreia do Norte "está sempre preparada para adotar uma ação apropriada, rápida e esmagadora", concluiu.
A partir de 13 de março, as Forças Armadas americanas e sul-coreanas participarão, durante 10 dias, nos maiores exercícios conjuntos em cinco anos, batizados de "Escudo de Liberdade".
Na sexta-feira passada, os dois países aliados executaram manobras aéreas com a participação do bombardeiro americano B-52, que tem capacidade nuclear.
Em outro comunicado, o ministério norte-coreano das Relações Exteriores acusou o governo dos Estados Unidos de agravar a tensão entre os dois países "de forma deliberada" ao organizar as manobras aéreas.
"Apesar das nossas advertências reiteradas, os Estados Unidos continuam agravando a situação de forma deliberada", declarou o ministério, em uma nota que também foi divulgada pela KCNA, na segunda-feira.
Os exercícios aéreos conjuntos "mostram claramente que o projeto de usar armas nucleares contra a República Popular Democrática da Coreia continua seu curso, no ritmo de uma verdadeira guerra", acrescenta o texto.
Na semana passada, Pyongyang exigiu que ONU demande o fim das manobras militares de Washington e Seul na região e defendeu seu próprio arsenal nuclear como "a forma mais segura" para garantir o equilíbrio de poder na região.
COREIA DO SUL - O Presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol avisou quarta-feira que a infiltração de drones da Coreia do Norte em território sul-coreano é "completamente inaceitável", exortando Pyongyang a compreender que as suas provocações terão "duras consequências".
Para Yoon, é vital que a Coreia do Sul se prepare para a guerra "com uma superioridade esmagadora" como forma de alcançar a paz, salientando a importância de os militares do país se tornarem "um exército forte e inabalável que instigue o medo e crie uma confiança firme no povo", como noticiado pela agência noticiosa Yonhap.
É por isso que o presidente ordenou um reexame do sistema de resposta geral para todos os objetos voadores que invadem o espaço aéreo da Coreia do Sul, depois de isto ter acontecido com cinco zangões norte-coreanos na passada terça-feira.
Yoon tinha anteriormente repreendido o seu ministro da defesa, Lee Jong Sup, pela incursão de drones norte-coreanos em território sul-coreano, depois de os militares sul-coreanos não terem inicialmente abatido o avião.
"Como não pode haver ninguém a preparar-se contra os ataques de zangões norte-coreanos? Houve muitos incidentes semelhantes no passado, por isso o que tem feito até agora", disse Yoon durante uma reunião com Lee na terça-feira, um funcionário do governo disse à agência.
"Está a dizer que não houve formação adequada e que não fez nada", acrescentou o presidente sul-coreano durante a reunião.
De acordo com relatórios de Yonhap, forças sul-coreanas em resposta enviaram drones para a zona fronteiriça, alguns dos quais entraram em território norte-coreano para realizar operações de vigilância, incluindo a fotografia de "instalações militares inimigas chave".
O incidente é o primeiro do seu género desde 2017, embora entre 2014 e 2017 Seul tenha relatado numerosos sobrevoos por aeronaves pela Coreia do Norte e alertado para a ameaça militar representada pelas aeronaves, tanto para ataques como para operações de espionagem.
O incidente surge no meio de tensões acrescidas na península coreana na sequência dos últimos lançamentos de mísseis balísticos de Pyongyang, incluindo dois de curto alcance na sexta-feira.
Funcionários dos EUA e da Coreia do Sul concordaram na semana passada em realizar exercícios militares conjuntos "realistas", especialmente face a cenários de ataque nuclear ou de mísseis norte-coreanos. O Ministério da Defesa da Coreia do Sul salientou que as partes também planeiam expandir os seus exercícios conjuntos no próximo ano, na sequência de uma reunião entre altos funcionários da defesa de ambos os países.
Fonte: (EUROPA PRESS)
por Pedro Santos / NEWS 360
CHINA - O presidente chinês, Xi Jinping, disse ao líder norte-coreano Kim Jong Un que Pequim está disposta a trabalhar com Pyongyang pela paz mundial, informou a mídia estatal norte-coreana neste sábado.
A mensagem de Xi foi enviada dias depois que a Coreia do Norte disparou um míssil balístico intercontinental (ICBM), alertando que responderia às ameaças nucleares dos EUA com suas próprias armas nucleares.
Xi disse na mensagem que a China está pronta para trabalhar com o Norte pela "paz, estabilidade, desenvolvimento e prosperidade na região e no mundo", informou a agência de notícias oficial da Coreia do Norte KCNA.
O governante chinês afirmou na mensagem que "as mudanças no mundo, nos tempos e na história ocorrem de maneiras sem precedentes", disse a KCNA, segundo a qual a mensagem era uma resposta às felicitações que Kim enviou a Xi pelo congresso do Partido Comunista da China. Nesse congresso, realizado em outubro, Xi foi nomeado para um terceiro mandato presidencial.
A Coreia do Norte realizou uma série recorde de lançamentos de mísseis nas últimas semanas, levantando temores de que planeja realizar seu sétimo teste nuclear, que seria o primeiro desde 2017.
Pouco antes do lançamento do ICBM, Xi conversou com o presidente dos EUA, Joe Biden, à margem da cúpula do G20 em Bali, e disse que Pequim não quer uma escalada causada por Pyongyang.
Biden pediu a Xi que use sua influência para conter o belicismo norte-coreano.
O míssil lançado em 18 de novembro parecia ser o mais novo ICBM da Coreia no Note e é capaz de atingir o território continental dos Estados Unidos.
A Coreia do Norte enfrenta várias sanções internacionais por seus programas balísticos e nucleares.
A China é o principal parceiro comercial da Coreia do Norte, respondendo por mais de 90% do comércio do país empobrecido e recluso.
COREIA DO NORTE - As Forças Armadas da Coreia do Sul dispararam tiros de advertência a um navio da Coreia do Norte nesta segunda-feira (24), depois de considerar que a embarcação havia atravessado a disputada fronteira marítima entre os países, o que levou o Norte a devolver os disparos de alerta.
Um navio comercial norte-coreano teria cruzado a chamada Linha Limítrofe Norte, perto da ilha de Baengnyeong, às 3H42 (17H42 de Brasília no domingo), mas recuou para o Norte após os disparos da Marinha de Seul, informou o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul em um comunicado.
"As provocações contínuas e afirmações imprudentes do Norte minam a paz e a estabilidade na península da Coreia e na comunidade internacional", completa a nota.
O exército da Coreia do Norte acusou um navio militar sul-coreano de "invadir" a fronteira de fato por entre 2,5 e 5 quilômetros poucos minutos depois, o que motivou 10 disparos de advertência em resposta.
- Resposta norte-coreana -
"Unidades de defesa da costa na frente ocidental (...) adotaram uma contramedida inicial para expulsar à força o navio de guerra do inimigo ao disparar 10 projéteis de lança-foguetes múltiplos em direção às águas territoriais onde foi detectado o movimento naval inimigo", afirmou um porta-voz do Estado-Maior da Coreia do Norte em um comunicado.
"Mais uma vez advertimos com veemência os inimigos que realizaram provocações marítimas, além dos disparos de artilharia e das transmissões por alto-falantes transfronteiriços", acrescentou a fonte norte-coreana.
A fronteira marítima entre as duas Coreias nunca foi estabelecida pelo armistício de 1953 que acabou com a Guerra da Coreia. A área é considerada um ponto de conflito e foi cenário de vários confrontos ao longo dos anos.
As tensões aumentaram nas últimas semanas com vários lançamentos de mísseis e disparos de artilharia por parte da Coreia do Norte, considerados uma provocação pela Coreia do Sul e pelo Japão.
Pyongyang aumentou drasticamente nos últimos meses os exercícios militares, enquanto Seul e Washington afirmam que o regime do líder norte-coreano Kim Jong Un está próximo de executar o sétimo teste nuclear do país.
A troca de advertências desta segunda-feira aconteceu no dia em que a subsecretária americana de Estado, Wendy Sherman, visita o Japão e participa em uma reunião trilateral com Tóquio e Seul, em uma demonstração de unidade diante de Pyongyang.
Há algumas semanas, a Coreia do Norte disparou um míssil balístico de curto alcance, vários tiros de artilharia e enviou caças para a fronteira com o sul, em uma demonstração de força.
Pyongyang classificou os exercícios como manobras "táticas nucleares".
Com as negociações estagnadas, as relações entre as duas Coreias estão em um dos pontos mais complexos em muitos anos.
Kim declarou em setembro que seu país é uma potência nuclear "irreversível", o que prejudica qualquer negociação sobre o programa nuclear norte-coreano.
SEUL - Kim Yo Jong, a poderosa irmã do líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, disse na sexta-feira (horário local) que o país nunca aceitará uma proposta sul-coreana para impulsionar a economia do Norte em troca de desistir de armas nucleares.
Os comentários marcam a primeira vez que uma alta autoridade norte-coreana comentou diretamente sobre um "plano audacioso" proposto pela primeira vez pelo presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, em maio.
As declarações vieram depois que Yoon repetiu na quarta-feira em uma entrevista coletiva para marcar seus primeiros 100 dias no governo que ele estava disposto a fornecer ajuda econômica à Coreia do Norte se Pyongyang pusesse fim ao desenvolvimento de armas nucleares e começasse a desnuclearização.
"Pensar que o plano de trocar ´cooperação econômica´ por nossa honra, as bombas nucleares, é o grande sonho, esperança e plano de Yoon, chegamos à conclusão de que ele é realmente simples e ainda infantil", disse Kim Yo Jong em uma declaração à agência estatal KCNA. "Ninguém troca seu destino por bolo de milho".
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