Transmissão na web acontece amanhã, 24 de fevereiro, às 18 horas
SÃO CARLOS/SP - Amanhã, dia 24 de fevereiro, o Programa de Pós-Graduação em Sociologia (PPGS) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) promove mais uma edição online das Quartas Sociológicas, desta vez com o tema "As novas ameaças à democracia" e a participação do professor Elimar Pinheiro do Nascimento, da Universidade de Brasília (UnB).
Durante o encontro, o pesquisador vai abordar a trajetória da democracia moderna e as diferentes ameaças sofridas ao longo do tempo que a fazem se reinventar constantemente. "Por exemplo, a crise democrática dos anos 1930 foi suplantada com a derrota, na Segunda Guerra Mundial, dos regimes autoritários, da qual resultou uma extraordinária expansão da democracia consolidada com a derrocada do Muro de Berlim. Embora novas formas de participação e transparência tenham sido acrescidas, desde o final do século passado novas formas de ameaças à democracia têm surgido - e é sobre elas que concentraremos nossa atenção", adianta ele.
A transmissão ao vivo da palestra acontece a partir das 18 horas, pelo canal do PPGS no YouTube (https://bit.ly/36kBAuc). A participação é gratuita e aberta ao público; não é necessária inscrição prévia. A realização é do PPGS e do Departamento de Sociologia (DS) da UFSCar, com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Mais informações em www.ppgs.ufscar.br.
Sobre o palestrante
Elimar Pinheiro do Nascimento é sociólogo, com doutorado pela Université Paris V (René Descartes, 1982) e pós-doutorado na École des Hautes Études en Sciences Sociales, na França. É professor associado dos programas de pós-graduação do Centro de Desenvolvimento Sustentável (CDS) da UnB e do Programa Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Pesquisa e publica, principalmente, sobre os seguintes temas: conflitos sociais e ambientais, sustentabilidade, interdisciplinaridade e turismo. É coordenador do Laboratório de Estudos sobre o Turismo Sustentável (LETS).
BRASÍLIA/DF - O presidente Jair Bolsonaro fez um pronunciamento à nação na noite de hoje (7), dia da Independência da República, e reafirmou o compromisso com a Constituição e com a preservação “da soberania, democracia e liberdade, valores dos quais nosso país jamais abrirá mão”.
“A independência do Brasil merece ser comemorada hoje, dos nossos lares e em nossos corações. A independência nos deu a liberdade para decidir nossos destinos e a usamos para escolher a democracia. Formamos um povo que acredita poder fazer melhor. Somos uma nação temente a Deus que respeita a família e que ama a sua pátria. Orgulho de ser brasileiro”, disse o presidente.
Ainda no pronunciamento, Bolsonaro afirmou que, desde a independência, o Brasil dizia ao mundo que não seria submisso a qualquer outra nação e os brasileiros não iriam abdicar da liberdade. O presidente ressaltou a participação da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na luta contra o nazismo e o fascismo e também destacou a miscigenação dos brasileiros.
“A identidade nacional começou a ser desenhada com a miscigenação entre índios, brancos e negros. Posteriormente, ondas de imigrantes se sucederam trazendo esperanças que em suas terras haviam perdido. Religiões, crenças, comportamentos e visões eram assimilados e respeitados. O Brasil desenvolveu o senso de tolerância, os diferentes tornavam-se iguais. O legado dessa mistura é um conjunto de preciosidades culturais, étnicas e religiosas, que foram integradas aos costumes nacionais e orgulhosamente assumidas como brasileira.”
*Por Agência Brasil
SÃO PAULO/SP - Pesquisa Datafolha indica que 75% dos brasileiros são favoráveis ao regime democrático. O percentual é 1 recorde, de acordo com levantamento feito em 23 e 24 de junho. Em dezembro, o apoio somava 62%.
De acordo com a série histórica do Datafolha, desde 1989, 1 ano depois da redemocratização, a defesa da democracia nunca havia chegado a 1 patamar tão alto. A alta se dá diante dos embates institucionais entre os Três Poderes e da frequente realização de atos com pautas antidemocráticas.
Segundo a pesquisa, 10% da população opinam que a ditadura é necessária em algumas situações. No levantamento anterior eram 12%. Já 12% entendem que tanto faz o tipo de regime de governo. Antes, pensavam assim 22%.
Na série histórica do Datafolha, o mais baixo percentual de apoio da população à democracia se deu em fevereiro de 1992, antes do impeachment do então presidente Fernando Collor. O índice de apoio à democracia era de apenas 42%.
Os mais ricos e escolarizados são os que mais endossam a opção democrática. Os que possuem ensino fundamental, o percentual dos que defendem esse regime é de 66% e chega a 91% entre os que têm nível superior. No grupo de quem ganha até 2 salários mínimos, a preferência pela democracia é de 69%. Esse percentual vai a 87% entre os que recebem mais de 10 salários mínimos.
*Por: PODER360
BRASÍLIA/DF - O ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, disse ontem (14) que “a democracia pressupõe o respeito às suas instituições democráticas”. Em nota divulgada à imprensa, Mendonça também afirmou que é preciso respeitar a vontade das urnas e o voto popular.
A manifestação do ministro foi divulgada após a repercussão da manifestação realizada no sábado (13), na Praça dos Três Poderes, quando fogos de artifício foram lançados em direção ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF).
Repúdio
No Twitter, o secretário-geral da Presidência da República, Jorge Oliveira, repudiou o ataque ao Supremo.
“Ataque ao STF ou a qualquer instituição de Estado é contrário à nossa democracia, prejudica nosso país, e deve ser repudiado. Atitudes e pensamentos individuais não são mais importantes que nossos ideais.”, afirmou.
Ataque ao STF ou a qualquer instituição de Estado é contrário à nossa democracia, prejudica nosso país, e deve ser repudiado. Atitudes e pensamentos individuais não são mais importantes que nossos ideais. @govbr @stf_oficial @senadofederal @camaradeputados @mpf_pgr @TCUoficial
— Jorge de Oliveira Francisco (@jorgeofco) June 14, 2020
Leia a íntegra da nota do ministro da Justiça e Segurança Pública:
“Em tempos tão difíceis, é essencial voltarmos aos princípios:
1º. A democracia pressupõe, acima de tudo, que todo poder emana do povo. Por isso, todas as instituições devem respeitá-lo. Devemos respeitar a vontade das urnas e o voto popular. Devemos agir por este povo, compreendê-lo e ver sua crítica e manifestação com humildade. Na democracia, a voz popular é soberana.
2º. A democracia pressupõe o respeito às suas instituições democráticas. Qualquer ação relacionada à Presidência da República, ao Congresso Nacional, ao STF ou qualquer instituição de Estado deve pautar-se por esse respeito.
3º. Portanto, todos devemos fazer uma autocrítica. Não há espaço para vaidades. O momento é de união. O Brasil e seu povo devem estar em 1º lugar”.
André Mendonça
Ministro da Justiça e Segurança Pública
*Por: AGÊNCIA BRASIL
BRASÍLIA/DF - Em Brasília, as manifestações foram realizadas neste domingo (7) na Esplanada dos Ministérios, que se dividiu em duas pela manhã. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) se posicionou no gramado central e manteve manifestantes contra o governo do lado esquerdo, onde fica o Ministério da Justiça, e grupos a favor do presidente Jair Bolsonaro no lado direito, onde fica o Itamaraty.
O ato contrário ao governo do presidente Jair Bolsonaro reuniu mais pessoas. Ao longo da última semana, em diferentes ocasiões, o presidente pediu a seus apoiadores que não saíssem às ruas hoje para evitar cofrontos com grupos contrários.
Na Esplanada dos Ministério, pouco depois das 9h, um grande grupo caminhou até o Ministério da Justiça, onde havia uma barreira policial impedindo o avanço além daquele ponto. A manifestação unificou pautas como o combate ao racismo, ao fascismo e contrários ao governo federal. Os manifestantes usavam máscaras, item de uso obrigatório no Distrito Federal, em virtude da epidemia de covid-19.
Esse grupo ficou na Esplanada por pouco tempo. Às 11h, ele já caminhava de volta, se afastando do Congresso Nacional em direção à Biblioteca Nacional, onde começou a dispersão. O protesto foi pacífico.
Do lado favorável ao governo, o público saiu às ruas vestido de verde e amarelo. Os manifestantes tiveram acesso à Praça dos Três Poderes, local que tem concentrado apoiadores do presidente aos domingos.
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, General Augusto Heleno, esteve presente na Esplanada, acompanhando a movimentação e cumprimentando policiais que faziam a segurança da área.
A Polícia Militar informou que não houve registro de ocorrência durante a manifestação e ninguém foi detido. Além disso, a PMDF informou que não faz estimativa de público.
Rio de Janeiro
Na parte da manhã, um grupo de manifestantes a favor do presidente Jair Bolsonaro fez uma caminhada na Praia de Copacabana, na zona sul do Rio. Os manifestantes, muitos vestidos com as cores da bandeira do Brasil, percorreram um trecho do calçadão no final da manhã e carregaram uma faixa intitulada Marcha da Família pró Bolsonaro com Deus, que defendia também "intervenção popular com o Executivo".
Um grupo de manifestantes contrários a Bolsonaro também esteve no calçadão, com uma faixa contra integrantes do governo e outra relembrando a vereadora Marielle Franco, assassinada em março de 2018.
Manifestantes contrários ao governo ltambém participaram da segunda marcha Vidas Negras Importam, que foi realizada na tarde de hoje no centro do Rio. O protesto percorreu a Avenida Presidente Vargas e teve como principais bandeiras o combate ao racismo e à violência policial, relembrando pessoas negras que morreram no contexto de ações policiais, como o adolescente João Pedro, assassinado em casa no dia 17 de maio, em São Gonçalo, e a menina Agatha Félix, baleada e morta em setembro do ano passado, no Complexo do Alemão.
São Paulo
Os manifestantes contra o governo se reuniram no Largo da Batata, zona oeste paulistana, no ato Mais Democracia – antifascista e antirracista. Lideres do movimento discursaram em um carro de som. Os participantes gritaram palavras de ordem contra o racismo, contra o fascismo e contra o presidente Jair Bolsonaro. A Avenida Faria Lima chegou a ter um dos lados da via interrompidos para o fluxo de carros.
O ato havia sido inicialmente convocado para acontecer na Avenida Paulista. Porém, uma decisão determinou que protestos antagônicos não deveriam acontecer no mesmo local. Na semana passada, houve confusão entre participantes de manifestações pró e contra o governo. A Polícia Militar interveio, lançando bombas de gás contra os manifestantes.
Hoje na Avenida Paulista, em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), um grupo de apoiadores do presidente Bolsonaro se reuniu com bandeiras do Brasil e cartazes.
Desde o final da manhã, a Polícia Militar esteve presente na região da Paulista com unidades da cavalaria, viaturas e bloqueios para revistar as pessoas que saíam das estações do metrô. Segundo a Secretaria de Estado Segurança Pública de São Paulo, o patrulhamento buscava garantir a segurança da população e proteger o patrimônio. A corporação usou drones para monitorar tanto o Largo da Batata, como a Paulista. Algumas imagens foram disponibilizadas nas redes sociais da PM.
Apesar da determinação de que os atos acontecessem em lugares distintos, um grupo contra o presidente também se reuniu em uma das extremidades da Avenida Paulista, na Praça do Ciclista. Um cordão de policiais militares com escudos, entretanto, não permitiu que o grupo avançasse na via e o protesto permaneceu a mais de um quilômetro de distância dos apoiadores do presidente.
*Colaboraram Vinícius Lisboa e Daniel Mello
*Por Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil
SÃO PAULO/SP - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) disse neste último sábado (6/6) que os brasileiros que são a favor da democracia precisam se unir. Ele acredita que, diante do clima de tensão que se instaurou no país nas últimas semanas, o importante é ampliar o diálogo em prol da democracia e não criar mais atritos.
"Nós não estamos em um momento de defender posições de atrito. Ao contrário. Os que são a favor da democracia têm que se unir", afirmou Fernando Henrique Cardoso, em live realizada pelo movimento Direitos Já para discutir a "democracia brasileira e os caminhos para protegê-la" neste sábado.
Ele explicou que este é um momento em que é preciso "estar juntos para avançar com a democracia". "Não está na hora de esconder o sentimento democrático", acrescentou.
Por isso, sugeriu que as divergências partidárias sejam deixadas para depois e que os agentes políticos também não queiram brigar por liderança agora. "Precisamos de todo mundo, de a sociedade discutir ideias. Temos que criar uma base comum outra vez. Depois brigamos, depois vêm as questões menores, partidárias, de um querer uma coisa e o outro querer outra. Não é isso que está em jogo agora. O que está em jogo hoje é nossa sobrevivência como pessoa e nação", disse.
Para FHC, para que essa defesa da democracia seja efetiva, também é preciso ampliar e incluir cada vez mais pessoas nesse debate, inclusive os militares. Ele admitiu que a tarefa não é fácil, mas lembrou que as Forças Armadas têm um peso importante da sociedade brasileira.
"Essa conversa deve ser estendida aos militares, porque se não eles vão pensar que estamos querendo subverter a ordem. E é inerente ao espírito militar querer manter alguma ordem. Não sou favorável à desordem alguma. Quero que haja a possibilidade de inclusão", emendou, dizendo, contudo, que não acha que os militares darão um golpe de uma hora para outra, como pensam alguns brasileiros.
*Por: Marina Barbosa / CORREIO BRAZILIENSE
Este site utiliza cookies para proporcionar aos usuários uma melhor experiência de navegação.
Ao aceitar e continuar com a navegação, consideraremos que você concorda com esta utilização nos termos de nossa Política de Privacidade.