SÃO CARLOS/SP - Soluções tecnológicas desenvolvidas pelos centros de pesquisa da Embrapa, em São Carlos (SP), como nanoemulsão de cera de carnaúba, ressonância magnética nuclear, saneamento básico rural, forrageiras, integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e, principalmente, técnicas para avaliar a qualidade do solo, como a plataforma à base de laser e inteligência artificial. Esse é o conjunto de tecnologias sustentáveis que chamou a atenção de uma delegação do Zimbábue na semana passada, pelos benefícios que podem gerar à população do país.
“Acredito que, se essas tecnologias da Embrapa forem transferidas para o Zimbábue, trarão impactos duradouros. Por isso, estamos empenhados em fomentar parcerias e promover a colaboração entre os laboratórios brasileiros e instituições zimbabuanas, para possibilitar a troca de conhecimento e experiências”, disse o presidente da Autoridade de Desenvolvimento Agrícola e Rural (ARDA) do país, Ivan Willian Craig.
O presidente da ARDA fez parte da visita da delegação-executiva do país africano, composta de 12 profissionais de alto nível, à Embrapa Instrumentação e Embrapa Pecuária Sudeste na quinta (26) e período da manhã da sexta (27).
O encontro foi organizado pela Câmara de Comércio Afro-Brasileira (AfroChamber), sediada em São Paulo e presidida pelo angolano Rui Mucaje, e integra a missão promovida pelo CEO The Africa Roundtable, Kipson Gundani, com o apoio institucional da Embaixada do Zimbábue no Brasil.
Ciclo virtuoso
A delegação esteve no Brasil de 22 a 27 de junho para uma intensa agenda de compromissos estratégicos nas áreas agrícolas, de saúde, urbanismo, agroindústria, construção civil e inovação tecnológica. Além das unidades da Embrapa em São Carlos, o grupo visitou a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e o sítio São João, onde estão instaladas tecnologias para o saneamento básico rural e piscicultura, como a fossa séptica biodigestora, jardim filtrante e jardim aquícola.
As soluções para a saúde do solo, apresentadas pelos dois centros de pesquisa da Embrapa, chamaram a atenção da comitiva, porque representam um caminho para melhorar as pastagens no Zimbábue.
Segundo Craig, com a correção do solo é possível corrigir os níveis de pH e ter pastagens de qualidade no país. O mapeamento de solos, que permite identificar o pH e os níveis nutricionais do solo, possibilitando a aplicação exata e balanceada de fertilizantes, conforme as necessidades específicas de cada área, ao longo do crescimento da cultura, é outra pesquisa que atraiu a atenção dele. “Reforço que essa tecnologia é altamente recomendada para o Zimbábue e esperamos poder estabelecer cooperação concreta nesse sentido”, sinalizou o CEO ao se referir a espectroscopia de plasma induzida por laser (LIBS), técnica capaz de avaliar mais de 20 parâmetros do solo.
Mucaje lembrou que muitos capins e forrageiras utilizados atualmente no Brasil têm origem no continente africano. “A AfroChamber se sente honrada em participar dessa iniciativa porque reconhece esse intercâmbio como um ciclo virtuoso – os capins vieram da África, foram adaptados, melhorados por meio da tecnologia brasileira, e agora podem retornar ao continente por meio de uma cooperação estratégica entre a Embrapa e os países africanos” afirmou o presidente da AfroChamber.
Para o CEO The AfricaRoundtable, Kipson Gundani, o nível de trabalho desenvolvido pela Embrapa Instrumentação é extremamente impressionante. “As pesquisas realizadas pela instituição são fundamentais, especialmente no que diz respeito à análise de solos e à preservação de frutas após a colheita, permitindo maior durabilidade desses alimentos”, disse o CEO.
Ele também afirmou que o grupo ficou particularmente impressionado com a abordagem integrada na criação de bovinos da Embrapa Pecuária Sudeste, que inclui a gestão de emissões e a regeneração das pastagens.
“Fica evidente o compromisso do Brasil em aplicar métodos científicos e bem fundamentados na produção pecuária. Um destaque importante foi o uso de tecnologias avançadas, como a robótica no processo de ordenha. Trata-se de uma inovação transformadora, pois reduz significativamente os custos de produção, tornando a carne mais acessível — e esse fator, sem dúvida, contribui para a competitividade global da carne brasileira”, comentou Gundani.
Perspectivas de parcerias
Na Embrapa Pecuária Sudeste, a delegação do Zimbábue foi recebida pelos pesquisadores Alberto Bernardi e Sergio Raposo de Medeiros. De acordo com Medeiros, a importância de receber uma delegação do Zimbábue é que a África é um parceiro natural do Brasil, considerando que pecuária brasileira é baseada em forragens que têm origem no continente africano.
“Sermos parceiros, portanto, além de uma oportunidade para que a tecnologia brasileira ultrapasse fronteiras, com benefício mútuo, aos países da África e para o Brasil, seria uma forma de retribuição. A construção da nossa produção agropecuária nos últimos 50 anos, baseada em altos investimentos em ciência e no empreendedorismo dos nossos produtores, pode ser uma boa base para que o Zimbábue encontre seus próprios caminhos para garantia da sua segurança alimentar e produção de excedentes para exportação”, destaca o pesquisador Medeiros.
Para ele, o Brasil pode ajudar muito com sua expertise, insumos, máquinas, entre outras pesquisas. “Mas, mesmo as cultivares de origem africana que foram desenvolvidas no Brasil devem ser avaliadas nas condições do país em que se queira introduzi-las, cuidado que se deve ter com qualquer outra solução tecnológica, lembra ele.
José Manoel Marconcini, chefe-geral, Débora Milori, chefe de Transferência de Tecnologia e Daniel Souza Corrêa, chefe de Pesquisa e Desenvolvimento, além do pesquisador Luiz Alberto Colnago receberam a comitiva do Zimbábue na Embrapa Instrumentação.
Para Marconcini, a visita foi uma oportunidade de conhecer os interesses do país africano e como o centro de pesquisa poderá contribuir com tecnologias que possam auxiliar o país a resolver problemas críticos da agricultura do Zimbábue. “Observamos que temos bastante similaridade e esperamos futuramente estabelecer cooperações em diversas áreas de interesse para os dois países”, afirmou o chefe geral.
Segundo Mucaje, as soluções que foram apresentadas certamente terão continuidade. “Nosso compromisso é seguir promovendo essa conexão entre o Zimbábue e a Embrapa, buscando transformá-la em parcerias concretas e produtivas", afirmou o presidente da AfroChamber.
Este pensamento é compartilhado por Gundani. “É meu desejo genuíno que possamos estabelecer uma relação institucional com a Embrapa, especialmente por meio de parcerias com os nossos centros de pesquisa no Zimbábue. Isso permitirá uma verdadeira troca de conhecimentos, um intercâmbio técnico e científico, e poderá contribuir diretamente para o fortalecimento das nossas instituições de pesquisa em nosso país”, finalizou o CEO The Africa Roundtable.
Agricultura no centro da economia
De acordo com estudo elaborado pelo Centro de Estudos de Comércio e Desenvolvimento de Harare, capital do Zimbábue, para a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), agricultura é a espinha dorsal da economia do país africano.
O setor proporciona emprego e renda para 60% a 70% da população, fornece 60% das matérias-primas necessárias ao setor industrial e contribui com 40% do total das receitas de exportação. Mas o Zimbábue tem grande necessidade de equipamentos novos e atualizados para melhorar a produção agrícola.
SÃO CARLOS/SP - Credenciada há menos de um ano e meio, a Unidade Embrapii Itech-Agro (Integração de Tecnologias Habilitadoras no Agronegócio) da Embrapa Instrumentação (São Carlos – SP), conquistou o primeiro lugar do Prêmio Embrapii ao concorrer com outras 19 na categoria de projeto mais inovador com micro e pequenas empresas (MPE). Trata-se do Grain Analytic System (GRAS), uma tecnologia pioneira para classificação automática de defeitos de grãos de soja, utilizando fotônica, visão computacional e inteligência artificial.
A cerimônia de divulgação dos resultados e a entrega de prêmios ocorreu nesta terça-feira, 10, em Brasília (DF), durante o Encontro Anual das Unidades Embrapii. No total, 65 unidades Embrapii se candidataram nas sete categorias propostas no Programa de Reconhecimento Sistema de Unidades Embrapii.
Contribuição à inovação
O objetivo do programa é reconhecer as Unidades Embrapii e pesquisadores que contribuem para a inovação industrial do Brasil por meio de seus projetos, comprometimento, resultados e desempenho, em alinhamento ao modelo de operação e de excelência da Associação Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).
"Não há nada mais humano do que a inovação. O prêmio Embrapii é um reconhecimento às pessoas que se destacaram nessa jornada de conexão entre conhecimento com produtos e soluções inovadoras, que é a missão da Embrapii", afirma Marcelo Prim, diretor de Operações da Embrapii.
Esforço reconhecido
O GRAS é resultado de uma parceria entre a Embrapa Instrumentação e a startup Brasil Agritest, primeira empresa a firmar um contrato com a Unidade Embrapii Itech-Agro. Em 2023, a startup recebeu apoio da VLI - companhia de soluções logísticas que opera terminais, ferrovias e portos – para alavancar a finalização do equipamento.
Para a diretora de Tecnologia da Brasil Agritest, Anielle Ranulfi, esse prêmio veio para reconhecer e coroar a trajetória de muitos anos percorrida por todos os envolvidos neste desenvolvimento, e ainda reforçar a relevância da inovação que está sendo proposta.
“Esse é um projeto feito a muitas mãos, e pelo qual, de forma particular, eu tenho um carinho muito especial em conduzir o desenvolvimento desde o princípio. E, claro, que eu não poderia deixar de agradecer à Embrapa Instrumentação, parceira desde o início dessa nossa jornada, à VLI que acreditou e investiu no projeto, aos demais parceiros/empresas envolvidos, à Embrapii pelo apoio financeiro fundamental, e principalmente a todo nosso time pela dedicação”, diz a diretora.
Ela reforça o apoio de cada um pela parcela essencial de contribuição. “O prêmio é de todos. Agora, muito próximos do período de validação da tecnologia, temos ainda mais motivação para seguir! Com certeza receber esse reconhecimento traz um combustível extra”, afirma Ranulfi.
Tecnologia inovadora
O GRAS gera análise, de forma rápida e precisa, das informações físico-químicas, dispensando o corte do grão de soja, oferecendo solução única, que são os grandes diferenciais da inovação.
Embora o grão de soja seja de grande relevância, a determinação da sua qualidade, no mundo todo, se baseia ainda na inspeção visual, realizada pelos poucos profissionais de classificação existentes, por meio de um processo totalmente manual. Enquanto o GRAS realiza a tarefa em 4 minutos, os métodos tradicionais levam até 90 minutos.
Itech-Agro
A Unidade Itech-Agro, credenciada pela Embrapii em julho de 2023, atua no desenvolvimento de materiais avançados e insumos nanotecnológicos e biotecnológicos para o agronegócio; desenvolvimento de sensores, equipamentos e metodologias fotônicas integradas a IoT para a agricultura de precisão e digital; desenvolvimento de tecnologias para controle de qualidade de produtos e automação integrados com inteligência artificial aplicados à agroindústria.
Os critérios para concorrer ao prêmio envolveram originalidade, intensidade da inovação, valor agregado para empresa contratante, relevância para o país, incerteza e escalabilidade, que avalia a possibilidade de aplicação da ação de inovação em outros produtos e ou processos. Além disso, os projetos contratados nas modalidades de financiamento deveriam ter a parceria do Sebrae.
“Esse prêmio é muito importante para a Unidade Itech-Agro, porque traz visibilidade nacional para a Unidade Embrapii e consolida a qualidade dos pesquisadores e infraestrutura da Embrapa Instrumentação na proposição de projetos inovadores para o agronegócio, desde soluções para a área de insumos, produção agrícola, no pós-colheita e agroindústria”, diz a coordenadora da Unidade Itech-Agro, Débora Milori.
Embrapii
A EMBRAPII é uma organização social qualificada pelo Poder Público Federal que, desde 2013, apoia instituições de pesquisa tecnológica fomentando a inovação na indústria brasileira. Sua missão é contribuir para o desenvolvimento da inovação na indústria brasileira através do fortalecimento de sua colaboração com institutos de pesquisas e universidades.
SÃO CARLOS/SP - A Câmara Municipal realizará nesta sexta-feira (22) uma sessão solene para entrega do título de “Cidadão Honorário de São Carlos” ao Professor Doutor Luiz Alberto Colnago, pesquisador da Embrapa Instrumentação e professor do Programa de Pós-Graduação em Química do Instituto de Química e Instituto de Física de São Carlos (IQSC e IFSC) da USP, em reconhecimento às ações desenvolvidas em benefício do município.
A sessão solene terá início às 19h na sala das sessões do Edifício Euclides da Cunha e terá transmissão ao vivo pelo canal 20 da Net, pelo canal 49.3 – TV aberta digital, Canal 31 da Desktop/C.Lig, online via Facebook e canal do Youtube, por meio da página oficial da Câmara Municipal.
Luiz Alberto Colnago possui graduação em Farmácia pela Faculdade de Farmácia e Bioquímica do Espírito Santo (1976), mestrado em Química pelo Instituto Militar de Engenharia-RJ e doutorado em Química pelo Instituto Militar de Engenharia-RJ pós-doutorado na Universidade da Pensilvânia, Filadélfia, EUA, de 1983 a 1985 e de 1991 a 1992. Foi Professor adjunto da Universidade Nuno Lisboa (RJ) de 1980 a 1983 e do Instituto Militar de Engenharia, RJ, de 1985 a julho de 1986. Desde agosto de 1986 é pesquisador da Embrapa Instrumentação onde também foi chefe de Pesquisa e Desenvolvimento por duas gestões.
Liderou mais de 30 projetos de pesquisa financiados pela FAPESP, CNPq, FINEP, CAPES, Embrapa, e empresas privadas, somando captação de recursos superiores a 20 milhões de reais. Foi o criador da área de Ressonância Magnética Nuclear (RMN) da Embrapa Instrumentação onde coordena trabalhos de desenvolvimento de instrumentação e de novos métodos analíticos para produtos agroindustriais. Parte desses desenvolvimentos gerou tecnologia de ressonância magnética nuclear, que foi transferida para a Empresa Fine Instruments Technology (FIT- São Carlos), que já a comercializou para mais de 20 países, em todos os continentes.
Desde 1993 é orientador dos programas de pós graduação dos Institutos de Química e Física de São Carlos (IQSC e IFSC) da USP, onde orientou 17 alunos de mestrados e 21 doutorados, supervisionou 18 pós-doutorandos, além de mais de 5 dezenas de alunos de graduação. Possui 8 patentes sendo 1 delas no exterior e mais de 600 trabalhos e resumos publicados em congressos e similares, tendo sido também o organizador de vários eventos científicos. Publicou 237 trabalhos em revistas especializadas e 22 capítulos de livro, com mais de 4100 citações e fator H=34 na base de dados Web of Science.
O professor possui dezenas de premiações, sendo as mais recentes o Prêmio Capes de Tese edição 2019, na área de Química, cuja entrega ocorreu em Brasília, o Prêmio Tese de destaque USP - 11a edição, Categoria Orientador 2022 da área de Ciências Exatas e da Terra, e o Prêmio Ciência e tecnologia de São Carlos - Categoria pesquisador Sênior.
SÃO CARLOS/SP - A Câmara Municipal de São Carlos realizará nesta sexta-feira (18), às 15h, uma sessão solene em comemoração aos 50 anos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A homenagem foi proposta pelo presidente do Legislativo, vereador Marquinho Amaral, por meio de requerimento aprovado por unanimidade em plenário.
Em São Carlos, a Embrapa se faz presente em duas unidades: a Embrapa Pecuária Sudeste, criada em 1975, e a Embrapa Instrumentação, fundada em 1984.
A sessão vai ser realizada nas dependências da Embrapa Pecuária Sudeste, localizada na Fazenda Canchim, com acesso pela Rodovia Washington Luiz, Km 234.
Marquinho destaca que a Embrapa é uma empresa pública, vinculada ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), criada em 1973 para desenvolver a base tecnológica de um modelo de agricultura e pecuária genuinamente tropical. A iniciativa tem o desafio constante de garantir ao Brasil segurança alimentar e posição de destaque no mercado internacional de alimentos, fibras e energia.
Como empresa pública de pesquisa, desenvolvimento e inovação, a Embrapa gera informações e conhecimentos que contribuem para a formulação, o aprimoramento e a implementação de políticas públicas sobre temas de interesse da agropecuária nacional.
SÃO CARLOS/SP - Converter lodo de estação de tratamento de água (ETA) em matéria-prima para produção de fertilizantes de liberação controlada é o desafio que vai unir esforços e competências de três centros de pesquisa da Embrapa e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). O estudo vai desenvolver rotas tecnológicas alternativas, com o uso de nanotecnologia, para driblar as dificuldades características do lodo de ETA, altamente variáveis.
O convênio de cooperação científica e tecnológica celebrado prevê o desenvolvimento de um produto a partir de lodos de ETA para vinculação ou incorporação de formulações ativas de microrganismos, com ação benéfica às plantas, em grânulos ou pellets de fertilizantes, com múltiplas funcionalidades de fornecimento de nutrientes.
Três unidades da Embrapa – Instrumentação e Pecuária Sudeste, localizadas em São Carlos (SP), e Meio Ambiente, em Jaguariúna (SP), com saberes de diferentes áreas do conhecimento vão trabalhar para definir uma rota de produção de concentrados zeolíticos a partir de lodos de ETA característicos.
Além disso, vão identificar diferentes microrganismos benéficos; desenvolver e avaliar técnicas de produção; de encapsulamento das suspensões de microrganismos, além de avaliar a eficiência agronômica dos fertilizantes bioativos.
O estudo, aprovado na 3ª chamada de propostas PITE (Programa Fapesp de Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica)-Sabesp para apoiar projetos de pesquisa voltados à modernização do setor de saneamento, espera integrar diferentes estratégias para proporcionar maior eficiência agronômica e competitividade ao reaproveitamento dos resíduos.
Com prazo de execução de 60 meses e com recursos financeiros de mais de R$ 2,7 milhões, a proposta é também otimizar o uso de microrganismos bioagentes na agricultura.
Nesta quarta-feira (06), Iara Regina Soares Chao e Fernanda Koga Tovar, engenheiras civis do Departamento de Prospecção Tecnológica e Propriedade Intelectual da Sabesp, visitaram os laboratórios da Embrapa Instrumentação e da Embrapa Pecuária Sudeste, associados ao projeto.
“Fiquei muito impactada, gostei demais de conhecer os laboratórios e toda a infraestrutura instalada das duas unidades da Embrapa em São Carlos. São laboratórios modernos, com tecnologias de ponta. A gente se sente muito orgulhoso por estar desenvolvendo este trabalho em parceria com a Embrapa”, diz Iara Chao.
Complexidade do lodo de ETA
A destinação do lodo de estação de tratamento de água é um desafio devido às suas características, entre elas, variabilidade de composição, baixo teor de matéria orgânica e, principalmente, altos teores de sais de alumínio, além de outros fatores que limitam consideravelmente sua aplicação em solos agrícolas.
O engenheiro do Departamento de Execução de Projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Sabesp, Marcelo Kenji Miki, explica que o desafio do lodo de ETA é um tanto mais exigente. “Há pouca literatura disponível e cada lodo de ETA tem uma característica um tanto única, devido a variabilidade das condições do manancial”, explica o engenheiro.
Além da complexidade das características do lodo de estações de tratamento, os altos volumes e o custo envolvido no descarte tornam esse resíduo um problema. As disposições são diversas, desde retorno ao próprio corpo de captação de água até aterros comuns.
No entanto, o pesquisador da Embrapa Instrumentação, Caue Ribeiro, coordenador do projeto, acredita que a estrutura mineral do lodo de ETA poderia, em princípio, ser base para a produção de peletizados- material compactado -, que atuariam como condicionadores de solo ou como adjuvantes para sistemas de liberação controlada de fertilizantes.
Assim, o produto poderia ser uma alternativa de alto consumo em volume do resíduo. “Rotas tecnológicas que imobilizassem os sais de alumínio em estruturas não solúveis poderiam, aliadas a tecnologias de formulação, habilitar condições de uso agrícola deste resíduo”, afirma o engenheiro de materiais, coordenador da Rede de Nanotecnologia para o Agronegócio (Rede AgroNano).
Segundo o especialista em sistemas nanoestruturados de liberação lenta e controlada de insumos agrícolas, a proposta é desenvolver uma rota de produção de concentrados zeolóticos a partir de reações com hidróxido de potássio (KOH), que possam ser formulados como grânulos de fertilizantes extrudados utilizando amido plastificado com ureia para compor um fertilizante NK de liberação lenta.
“Não há no mercado, ainda, um produto com esse conceito integrado -fertilização e proteção biológica. A utilização agrícola dos lodos de ETA poderia ser solução adequada, pela alta demanda de insumos e tolerância dos sistemas a condições variadas de composição de solo de vários cultivos”, diz Ribeiro.
Benefícios econômicos e ambientais
Para o pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste, Alberto Carlos Campos Bernardi, o estudo será uma alternativa de utilização do resíduo das ETAs, que deixariam de ser um passivo ambiental para ter valor agregado e funcionar como uma fonte mais eficiente de nutrientes.
Segundo ele, o cenário atual de baixa disponibilidade de matérias-primas e alta de preços pode comprometer seriamente, e até inviabilizar, alguns setores da agropecuária nacional a médio prazo.
“Por isso, o desenvolvimento e a validação de fontes de nutrientes e fertilizantes utilizando matérias-primas disponíveis no país e de novas tecnologias, que apresentem alta eficiência nos sistemas de produção tropicais, pode representar uma grande contribuição ao agronegócio, reduzindo o problema ambiental do resíduo e agregando valor a ele como fonte de nutrientes”, avalia o agrônomo.
De acordo com a Sabesp, o custo da destinação do lodo de ETA em aterro é estimado atualmente em R$ 300,00 a tonelada, um valor passivo, ou seja, não há retorno do valor investido. Mas no projeto proposto, o fertilizante poderá ser comercializado e poderá ter custo similar aos dos fertilizantes organominerais, em torno de R$ 250,00 a tonelada.
A ETA de Cubatão, por exemplo, produz diariamente 75 toneladas de lodo, contendo 25% de sólidos, o que significa um custo diário de R$ 5.6 mil para esta estação, enquanto a estação de Taiassupeba produz 225 toneladas por dia.
“Espera-se que a resolução deste problema possa vir de diferentes campos do conhecimento e, muitas vezes, de instituições não tão afins do setor. Assim, vemos com bons olhos este projeto de pesquisa pelos desafios apresentados pelo pesquisador da Embrapa Instrumentação, e com o desejo de trazermos contribuições relevantes em nosso setor”, adianta o engenheiro Miki.
Para o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, Wagner Bettiol, a inovadora estratégia empregada no complexo problema busca viabilizar o aproveitamento dos resíduos da ETA, considerando as propriedades de composição desses materiais.
“Na Embrapa Meio Ambiente vamos avaliar os possíveis efeitos do lodo gerado para controlar a murcha da bananeira, a mais importante doença da cultura. Para isso, inicialmente, o resíduo será avaliado sobre possível fitotoxicidade às plantas”, adianta o pesquisador. Testes também serão realizados com alface e rúcula, hortaliças folhosas naturalmente potencialmente fitotóxicas.
Joana Silva
SÃO CARLOS/SP - A Embrapa Instrumentação (São Carlos – SP) vai promover na quarta-feira, dia 15, às 10 horas, um webinar de lançamento do curso “Saneamento Básico Rural”, que será gratuito e de forma virtual pela primeira vez. O webinar, com especialistas do setor e com transmissão ao vivo pelo canal da Embrapa no Youtube, vai discutir os impactos sociais, econômicos e ambientais da ausência ou da adoção de sistemas de saneamento básico rural, que ainda é um desafio no País.
Para se ter uma ideia, dos cerca de 39 milhões de habitantes morando no campo, apenas 20,5 % têm acesso a serviços adequados de coleta e tratamento de esgoto, de acordo com dados do Programa Nacional de Saneamento Rural (PNSR, 2019).
Portanto, cerca de 31,5 milhões de brasileiros ainda sofrem com o problema crônico e grave da falta de coleta e tratamento de esgoto. Segundo o Instituto Trata Brasil (ITB, 2019), existem quase 5 milhões de brasileiros que não possuem banheiro, ou seja, defecam ao ar livre. Os dados mostram o tamanho do desafio e a necessidade de ações visando a universalização do saneamento.
Clique aqui para acompanhar a discussão do tema no webinar com o diretor de Negócio do Interior da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), Helder dos Santos Cortez, a presidente- executiva do Instituto Trata Brasil, Luana Pretto, e o pesquisador da Embrapa Instrumentação, responsável pelas tecnologias de saneamento básico rural e um dos instrutores do curso, Wilson Tadeu Lopes da Silva.
Formação de multiplicadores
O curso “Saneamento Básico Rural” é destinado à capacitação e formação de agentes multiplicadores de instituições públicas, privadas e terceiro setor. O acesso ao conteúdo do curso poderá ser realizado a partir do dia 15, de forma gratuita, pela plataforma e-Campo, Ambiente Virtual de Aprendizado (AVA) da Embrapa.
Neste ambiente, o interessado encontrará informações gerais do curso, que é autoinstrucional e autoexplicativo, ou seja, não existe tutoria, e instruções de como proceder, caso ainda não seja cadastrado na plataforma de cursos a distância da Embrapa. Para acessar a plataforma, entre aqui.
Wilson Tadeu explica que a proposta do curso, que está sendo realizado com o apoio de emenda parlamentar do deputado federal Francisco Everardo Tiririca Oliveira Silva, é capacitar os multiplicadores para que sejam capazes de identificar as características do saneamento básico rural.
Outro objetivo é que eles possam reconhecer uma água de qualidade e sua relação com a saúde humana, bem como os diferentes processos existentes de tratamento de água e esgoto, incluindo os sistemas individualizados de tratamento.
“Esperamos que com a capacitação eles estejam aptos a identificar as características e benefícios das tecnologias sociais desenvolvidas para o saneamento rural. Além disso, espera-se que os multiplicadores consigam reconhecer as principais políticas públicas vigentes para o saneamento rural no Brasil, identificando estratégias para a gestão e monitoramento dos sistemas e cases de sucesso implementados pela Embrapa e parceiros”, afirma o pesquisador.
Estrutura do curso
De acordo com Wilson Tadeu, o curso foi pensado de modo a fornecer material didático de fácil compreensão, com viodeoaulas de curta duração, entre 15 e 20 minutos, e com diversos recursos gráficos para facilitar a visualização e o aprendizado.
Ao final de cada módulo, o inscrito terá acesso a um arquivo com material compactado da aula, bem como exercícios de fixação do conteúdo. Ao concluir o curso, os participantes receberão automaticamente um certificado de participação.
O conteúdo da capacitação virtual está estruturado em três módulos com carga total de 20 horas. As videoaulas serão apresentadas pelo pesquisador Wilson Tadeu Lopes da Silva, pelo analista e engenheiro civil Carlos Renato Marmo e palestrantes convidados de instituições como a Universidade de Campinas (Unicamp), Universidade de São Paulo (USP), ONGs e de prefeituras municipais.
O módulo 1 vai tratar dos recursos hídricos e conceitos do saneamento básico, enquanto o módulo 2 vai focar especificamente nas tecnologias sociais - Fossa Séptica Biodigestora, Jardim Filtrante e Clorador Embrapa - desenvolvidas pela Embrapa para saneamento básico rural, entre outras, bem como o reuso seguro do efluente do esgoto tratado. O último módulo vai abordar os aspectos sociais, transferência de tecnologias, gestão e políticas públicas em saneamento rural, entre outros assuntos.
Pioneirismo em saneamento rural
A Embrapa Instrumentação atua desde 2001 com tecnologias sociais destinadas à promoção do saneamento básico em áreas rurais, periurbanas e comunidades isoladas. Ao longo de duas décadas tem realizado capacitações e instalado soluções tecnológicas de saneamento de Norte a Sul do país, além de cursos presenciais na sede do centro de pesquisa em São Carlos.
A Fossa Séptica Biodigestora, destinada ao tratamento do esgoto sanitário já gera benefícios para mais de 57 mil pessoas em cerca de 250 municípios das cinco regiões do país. Mas para universalizar os serviços de esgotamento sanitário no país, é preciso um esforço coletivo para que 99% da população tenha água potável e 90% tenha coleta e tratamento de esgoto até 2033, conforme preconiza o atual Marco Legal do Saneamento Básico (Lei 14.026/2020).
O sistema de saneamento básico rural é composto, além da Fossa Séptica Biodigestora, pelo Jardim Filtrante, destinado ao tratamento da água cinza, oriunda de chuveiros, tanques e pias, e o Clorador Embrapa que auxilia na descontaminação da água.
Joana Silva (MTb 19554)
Total de R$ 30 milhões em recursos
SÃO CARLOS/SP - A Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII) é uma instituição governamental cujo foco é apoiar as instituições de pesquisa tecnológica, fomentando a inovação na indústria brasileira. Ao auxiliar a modernizar as empresas através de produtos e/ou processos, a ação da EMBRAPII tem como principal meta fazer com que as empresas sejam mais competitivas, trazendo para a sociedade brasileira as soluções para os seus problemas cotidianos.
Criada em julho de 2017, a Unidade EMBRAPII do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) dedica-se a transformar a ciência produzida em tecnologias nas áreas da óptica, robôtica, instrumentação e novos fármacos. Com mais de sessenta projetos executados e/ou em execução, contemplando um elevado número de empresas - desde as startups até às já consolidadas -, o principal foco da Unidade EMBRAPII do IFSC/USP está relacionada com a saúde humana, animal, vegetal e na defesa do meio ambiente. Os projetos já entregues (38) resultaram em diversos produtos e processos já presentes no mercado.
Uma centena de empresas trabalha com tecnologias desenvolvidas no IFSC/USP
Entre as empresas que têm projetos EMBRAPII, sediadas em todo o território nacional, e outras que nasceram no Instituto de Física de São Carlos - perto de quarenta -, existe cerca de uma centena que trabalha com tecnologias que foram desenvolvidas no próprio Grupo de Óptica do IFSC/USP e no Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), um CEPID que se encontra alocado no Instituto, todas elas tendo em consideração as necessidades sociais. “Como a Unidade EMBRAPII do IFSC/USP trabalha com pequenas e médias empresas, é óbvio que o nosso foco seja desenvolver equipamentos que resolvam alguns dos principais problemas do país. Um dos exemplos é um equipamento desenvolvido em nossos laboratórios, que tem a missão de realizar exames do solo para determinar a sua qualidade, tendo em vista melhorar a produtividade”, sublinha o Prof. Vanderlei Bagnato, coordenador da Unidade EMBRAPII do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP). Contudo, as pesquisas realizadas pelo Grupo de Óptica do IFSC/USP e pelo CEPOF são bastante diversificadas, abrangendo outras áreas importantes, tendo sido desenvolvidos, até agora, outros equipamentos, principalmente na área médica - lasers terapêuticos, microscopia, análises clínicas e instrumentação cirúrgica, entre outros -, produtos que já estão disponíveis nas diversas necessidades do mercado, com a particularidade de serem de baixo custo.
Novos horizontes: colaboração internacional mais intensa e destaque para a saúde pública
Embora o sucesso da Unidade EMBRAPII do IFSC/USP seja claramente visível, a intenção do Prof. Vanderlei Bagnato é atingir uma nova etapa com a intensificação da colaboração internacional, atendendo ao sucesso alcançado até agora, sendo necessário ultrapassar as fronteiras nacionais e trazer recursos e empresas diretamente da Europa e dos Estados Unidos. Segundo Bagnato, já se encontram em curso ações no âmbito do programa europeu “Eureka” que deverão gerar parcerias entre empresas brasileiras e europeias não apenas determinando novas tecnologias para o mundo, como também contribuindo para a inserção do know-how brasileiro na Europa. “Além desse programa, a participação no projeto “Global Health” também se mostra de vital importância, já que ela deverá gerar produtos e processos relacionados com um dos tipos de câncer mais recorrente no mundo - câncer de colo de útero -, projeto que pretende melhorar os procedimentos para o tratamento das lesões colo-uterinas em países que necessitam de alta tecnologia com baixo custo. Como vê, temos projetos para produzir melhores medicamentos, para treinar profissionais e, principalmente, para preparar melhor as empresas a produzirem o máximo no país”, diz Bagnato. No IFSC e na EESC a Unidade EMBRAPII conta com mais de dez professores participando e cerca de quarenta bolsistas desenvolvendo os projetos. Uma característica importante é que a Unidade EMBRAPPI do IFSC/USP procura ter uma participação ativa das empresas parceiras em todos os projetos, sendo que isso simplifica e cria o compromisso para se alcançar ainda mais sucesso.
Trabalhar mais com startups, promover a formação de novas empresas e incentivando-as a apoiar as áreas mais deficitárias do país, é uma das apostas de Bagnato. “Um dos projetos mais importantes que temos em desenvolvimento é dedicado à área de descontaminação ambiental de espaços fechados, incluindo áreas hospitalares. Trata-se de um combate a fungos e bactérias, algo que se tornou recentemente um dos grandes desafios da saúde pública mundial”, enfatiza o pesquisador. Neste contexto e também na área da saúde pública está sendo desenvolvido, em parceria com uma empresa, um sistema portátil dedicado ao tratamento da pneumonia resistente a antibióticos, de forma não-invasiva e de baixo custo, equipamento que em um futuro próximo poderá estar disponível nos consultórios médicos, postos de saúde e hospitais.
SÃO CARLOS/SP - Abordagem, discussão e apresentação de propostas para a abertura de novos caminhos rumo ao desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação no Brasil. Estes foram os objetivos centrais que levaram a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação (EMBRAPII) a elaborar e publicar o livro subordinado ao título “Ciência para Prosperidade - Sustentável e Socialmente Justa”, já disponível ao público.
Nele, são expostas as análises, visão e críticas, no âmbito dessas temáticas, de alguns dos mais importantes cientistas nacionais que foram convidados pela EMBRAPII a exporem seus pontos de vista, tendo como meta uma contribuição importante rumo a um país mais moderno, sustentável e socialmente justo.
A abordagem de áreas estratégicas nacionais, como o agronegócio, bioeconomia, transformação digital, saúde e bem estar, e transição energética, constitui um dos capítulos com maior destaque nesta publicação, que abre espaço para a discussão e reflexão sobre como passar para uma nova fronteira, especialmente tendo em vistas ações para a redução das desigualdades.
Entre os autores, estão os docentes e pesquisadores de nosso Instituto, Profs. Adriano Andricopulo e Glaucius Oliva.
Para acessar o livro, no formato PDF, vá em https://www.abc.org.br/wp-content/uploads/2022/10/CI%C3%8ANCIA-PARA-PROSPERIDADE-compactado.pdf
SÃO CARLOS/SP - Cinco pesquisadores da Embrapa Instrumentação (São Carlos – SP) integram o ranking dos 2% mais influentes do mundo, de acordo com o estudo realizado pela Universidade de Stanford (Estados Unidos) e publicado no site da editora holandesa Elsevier BV no dia 10 de outubro. Ao todo, a Embrapa participa da lista com 21 pesquisadores de 13 centros de pesquisa.
O estudo utilizou as citações da base de dados Scopus para avaliar o impacto dos pesquisadores ao longo de suas carreiras (de 1996 até o final de 2021) e durante todo o ano passado. Eles são classificados em 22 campos científicos e 176 subcampos, entre os 200 mil mais influentes.
O levantamento traz informações padronizadas sobre citações - índice h (métrica amplamente utilizada em todo o mundo para quantificar a produtividade e o impacto de cientistas baseando-se nos seus artigos mais citados) e índice h ajustado de coautoria, citações de artigos em diferentes posições de autoria e um indicador composto.
Área de atuação
O estudo contempla duas avaliações dos pesquisadores. A primeira lista é composta pelos pesquisadores mais influentes conforme o impacto das pesquisas durante toda a carreira acadêmica, enquanto a segunda traz os mais citados no último ano – 2021.
Entre os mais influentes ao longo da carreira estão a engenheira de alimentos, Henriette Monteiro Cordeiro de Azeredo, dois engenheiros de materiais, Luiz Henrique Caparelli Mattoso e Caue Ribeiro, e uma engenheira química, Cristiane Farinas. Entre os mais influentes de 2021, além deste grupo, está o pesquisador Daniel Souza Corrêa, engenheiro de materiais de formação.
Corrêa e Ribeiro integram o ranking pela primeira vez. “Fiquei impressionado com a notícia. Me sinto muito agradecido à Embrapa por saber que esse reconhecimento não é meu, mas da instituição na qual fiz praticamente toda a minha carreira científica após doutorado. Foram os desafios e oportunidades proporcionados pela Embrapa que são ali reconhecidos”, afirma Ribeiro, inserido nas duas listas.
Para Corrêa, o ranking evidencia que os resultados obtidos pelos cientistas da Embrapa Instrumentação e seus parceiros estão sendo utilizados e citados por pesquisadores de outras instituições de PD&I do Brasil e do mundo.
“Foi uma surpresa e uma felicidade ter o nome incluído nesta prestigiosa lista publicada pela Elsevier. A Embrapa possibilita um ambiente muito favorável ao trabalho em equipe e em áreas de atuação interdisciplinares, que favorecem entregas de resultados de impacto para o agronegócio com sustentabilidade, beneficiando toda a sociedade”, disse o chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento, incluído na lista de 2021.
A produção científica dos pesquisadores da Embrapa Instrumentação, classificados como os mais influentes, envolve trabalhos desenvolvidos nos diversos programas de pós-graduação de cinco universidades, onde são credenciados para ministrar aulas e orientar alunos.
Entre as instituições estão a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Universidade Federal de Lavras (UFLA), onde são credenciados.
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