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Nos Serviços, recuo foi de 26,7% em comparação a 2022; apesar disso, juntos, ambos os setores responderam por 77,6% da criação de vagas na economia paulista em 2023

 

SÃO PAULO/SP - O ritmo de crescimento do mercado de trabalho no Comércio paulista desacelerou ao longo de 2023, aponta a Pesquisa do Emprego no Estado de São Paulo (PESP) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Sâo Paulo (FecomercioSP). O total de empregos gerados sofreu uma queda de 35%, no acumulado de janeiro a dezembro, passando de 101,6 mil, em 2022, para 66,4 mil, no ano passado [gráfico 1].
 
Embora tenha criado mais de 236 mil postos de trabalho com carteira assinada no ano passado, o setor de Serviços apontou redução de 26,7% no saldo positivo de vagas no mesmo período. A pesquisa, baseada nos dados do novo Cadastro Geral de Empregos e Desempregos (Caged), do Ministério do Trabalho, destaca que, apesar da desaceleração, juntos, os dois setores responderam por 77,6% na geração de vagas na economia paulista em 2023.

  

[GRÁFICO 1]
SALDO DO EMPREGO CELETISTA NO COMÉRCIO PAULISTA
Série histórica: 2020-2023

 

Fonte: Caged
Elaboração: FecomercioSP

 

Na visão da FecomercioSP, como a geração de emprego está condicionada às condições financeiras e de confiança dos empresários, o ritmo do indicador acompanhou as tendências de um ano de avanço nas dificuldades conjunturais, como juros elevado e altos índices de endividamento e inadimplência de pessoas físicas e jurídicas. Esses fatores — e até mesmo o direcionamento de renda a alguns segmentos dos Serviços — causaram um impacto maior ao Comércio.
 
Apesar da desaceleração, a Entidade considera que o saldo de 66,4 mil empregos no comércio em 2023 foi significativo. Houve aumento de postos de trabalho nas três divisões do setor: comércio e reparação de veículos, atacado e varejo [tabela 1]. Os segmentos que mais contribuíram para esses resultados em cada divisão foram, respectivamente: comércio a varejo de peças e acessórios novos para veículos automotores (3.387 vagas); comércio atacadista de produtos alimentícios em geral (3.570 vagas); e minimercados, mercearias e armazéns (5.861 vagas).

 
                                       

[TABELA 1]
SALDO E ESTOQUE DO EMPREGO CELETISTA NO COMÉRCIO
DO ESTADO DE SÃO PAULO
ANO 2023

 

 

SERVIÇOS
Já o setor de Serviços, mesmo com a redução do ritmo de crescimento do  mercado de trabalho no ano passado, gerou  236,7 mil postos com carteira assinada no Estado de São Paulo. A FecomercioSP atribui esse fato aos efeitos positivos derradeiros da retomada do setor pós-pandemia e pelo maior direcionamento de renda familiar para alguns de seus segmentos. Tanto que a diminuição do saldo positivo de vagas do setor foi menor do que a vista no setor comercial. No acumulado de janeiro a dezembro, o total de empregos gerados teve uma queda de 26,7%, passando de 322,8 mil, em 2022, para 236,7 mil, no ano passado [gráfico 2].

 
 

[GRÁFICO 2]
SALDO DO EMPREGO CELETISTA NOS SERVIÇOS PAULISTAS
Série histórica: 2020-2023

 

Fonte: Caged
Elaboração: FecomercioSP

 

DESEMPENHO EM DEZEMBRO
No último mês de 2023, o Comércio paulista perdeu 6,5 mil postos de trabalho com carteira assinada. Ao todo, foram 115,2 mil admissões e 121,7 mil desligamentos para um estoque de cerca de 2,82 milhões de vínculos empregatícios ativos. A redução na criação de empregos no setor em dezembro ocorreu, principalmente, pela retração de 4,6 mil vagas na divisão do comércio varejista, em especial no segmento de lojas de departamentos e magazines (-1,4 mil vagas).
 
Os Serviços também registraram perda de empregos celetistas em dezembro de 2023, apontando 91,2 mil vínculos a menos, resultado puxado pelos serviços do grupo de educação (-28,1 mil vagas), em decorrência do fim do ano letivo, e pelos serviços administrativos (-23,2 mil vagas).
 
PERSPECTIVAS
Para 2024, a expectativa da FecomercioSP é que os setores de Comércio e Serviços continuem gerando empregos celetistas no Estado. No entanto, o ritmo de crescimento do mercado de trabalho deve continuar em desaceleração, com previsão de números abaixo do que os registrados em 2021, 2022 e 2023, em razão das projeções mais tímidas referentes à economia brasileira. A tendência é que o Comércio inicie com mais dificuldades e tenha avanços mais relevantes no segundo semestre de 2024, encerrando o ano com cerca de 40 mil empregos gerados. Já o setor de Serviços deverá rondar um saldo total em torno de 160 mil novos vínculos para este ano.

BRASÍLIA/DF - O Ministério da Fazenda anunciou ontem (15), em São Paulo, uma parceria com a Serasa para aumentar o alcance e facilitar o acesso ao Desenrola Brasil – programa para renegociação de dívidas do governo federal.

Com essa parceria, em funcionamento desde a última sexta-feira (9), as pessoas que entrarem no sistema da Serasa poderão ser direcionadas ao site do programa Desenrola. Antes, o acesso ocorria apenas pela plataforma Desenrola.Gov.br.

"Isso tem o intuito de facilitar o acesso de quem já é cliente de outros parceiros. A gente abriu essa possibilidade para que a pessoa faça o login no parceiro do Desenrola e aí ele será direcionado para o ambiente da plataforma, sem precisar fazer novo login", explicou Alexandre Ferreira, coordenador-geral de Economia e Legislação do Ministério da Fazenda.

“Nesse ambiente ele vai ter acesso às mesmas condições de renegociação – com pagamento que pode ser à vista ou parcelado, sem entrada e início do pagamento em 60 dias – e com os mesmos descontos que temos até aqui”, completou.

Os usuários que fizerem o login com CPF e senha no site ou no aplicativo da Serasa poderão clicar em Negociar Dívidas. Na aba Minha Dívidas, vai aparecer uma lista de propostas para negociação da dívida.

Com a parceria, o governo pretende ampliar o acesso das pessoas ao Desenrola, já que a plataforma da Serasa tem hoje 88 milhões de brasileiros cadastrados e cerca de 26 milhões de acessos mensais.

Até este momento, a plataforma do Desenrola Brasil já beneficiou cerca de 12 milhões de brasileiros, somando R$ 35 bilhões em dívidas renegociadas. O programa termina em 31 de março.

 

 

POR AGÊNCIA BRASIL

EUA - As vendas no varejo dos Estados Unidos caíram mais do que o esperado em janeiro, pressionadas por concessionárias de automóveis e postos de gasolina.

As vendas no varejo caíram 0,8% no mês passado, informou o Departamento de Comércio dos EUA na quinta-feira (15), provavelmente também prejudicadas pelas tempestades de inverno. Os dados de dezembro foram revisados para baixo, mostrando que as vendas aumentaram 0,4%, em vez de 0,6%, conforme informado anteriormente.

Economistas consultados pela Reuters previam que as vendas no varejo cairiam 0,1%.

As vendas no varejo são principalmente de mercadorias e não são ajustadas pela inflação. A queda ocorreu após um desempenho bastante forte durante a temporada de festas. As vendas de dezembro também costumam ser parcialmente exageradas por fatores sazonais, o modelo que o governo usa para eliminar as flutuações sazonais dos dados.

As vendas no varejo não ajustadas normalmente caem em janeiro. Os fatores sazonais foram menos favoráveis em janeiro deste ano em comparação com anos anteriores, resultando na grande queda nas vendas ajustadas no mês passado. Os economistas haviam advertido, antes da divulgação dos dados, que não se deveria dar muita importância a essa queda acentuada.

“É difícil saber exatamente qual é o fator sazonal ‘certo’ para um determinado mês, mas os fatores sazonais associados a dezembro de 2023 e janeiro de 2024 parecem incomuns em relação aos associados a esses meses em anos anteriores”, disse Daniel Silver, economista do JP Morgan em Nova York.

“As mudanças individuais ajustadas sazonalmente para esses meses provavelmente devem ser desconsideradas ao tentar determinar a tendência dos dados.”

Embora seja provável que o ímpeto desacelere este ano, os gastos do consumidor continuam saudáveis, graças a um mercado de trabalho resiliente e ao aumento do poder de compra das famílias à medida que a inflação diminui.

Um relatório separado do Departamento do Trabalho dos EUA desta quinta-feira mostrou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 8 mil, para 212 mil, com ajuste sazonal, na semana encerrada em 10 de fevereiro.

Os pedidos estão oscilando em torno de níveis baixos, apesar de uma recente onda de demissões em massa de alto nível, principalmente nos setores de tecnologia e mídia. Os economistas haviam previsto 220 mil pedidos de auxílio para a última semana. Com o mercado de trabalho ainda apertado, alguns dos trabalhadores demitidos poderiam estar conseguindo novos empregos facilmente.

As vendas no varejo excluindo automóveis, gasolina, materiais de construção e serviços de alimentação diminuíram 0,4% em janeiro. O chamado núcleo das vendas no varejo corresponde mais estreitamente ao componente de gastos do consumidor do PIB.

O núcleo das vendas de dezembro foi revisado para baixo, mostrando um aumento de 0,6% em vez dos 0,8% informados anteriormente. Os economistas estão prevendo um forte crescimento nos gastos com serviços em janeiro, o que deve manter os gastos gerais do consumidor em alta.

Os gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, aumentaram rapidamente no quarto trimestre, contribuindo para o ritmo de crescimento anualizado de 3,3% da economia. A economia se expandiu a uma taxa de 4,9% no trimestre de julho a setembro.

 

 

REUTERS

FORBES BRASIL

BRASÍLIA/DF - O pagamento do abono salarial do PIS/Pasep 2024 (referente ao ano-base 2022) com valor de até um salário mínimo (R$ 1.412) terá início nesta quinta-feira (15) para os trabalhadores do setor privado (PIS) e para os funcionários públicos (Pasep) nascidos em janeiro.

A novidade deste ano no pagamento do abono salarial é a unificação do calendário de pagamento para aqueles que recebem o PIS e para os que recebem o Pasep.

Anteriormente, os servidores públicos eram pagos com base no dígito final do número de inscrição. Este ano, todos receberão de acordo com o mês de nascimento. Neste período, um total de 24.874.071 milhões de trabalhadores receberão o abono salarial. Deste montante, 21.982.722 milhões de pessoas receberão o abono do PIS - destinado aos trabalhadores do setor privado pela Caixa Econômica Federal - e outros 2.891.349 milhões de servidores públicos receberão o abono do Pasep pelo Banco do Brasil.

O valor do abono do PIS e do Pasep em 2024 variará de R$ 118,00 a R$ 1.412,00, dependendo da quantidade de meses trabalhados durante o ano-base 2022. Para verificar se terá direito e quanto receberá, o trabalhador deve consultar a Carteira de Trabalho Digital ou o portal Gov.br, com a consulta disponível desde 5 de fevereiro. Veja abaixo quem tem direito a receber o abono salarial do PIS e do Pasep em 2024.

O abono salarial do PIS/Pasep destina-se a trabalhadores com carteira assinada e servidores públicos que receberam salário mensal médio de até dois salários mínimos durante o ano-base. Portanto, empregadas domésticas, trabalhadores rurais ou urbanos empregados por pessoa física não têm direito ao benefício.

 

  • Todo trabalhador e servidor público cadastrado no programa PIS/PASEP ou no CNIS (data do primeiro emprego) há pelo menos cinco anos;
  • Quem trabalhou para empregadores que contribuem para o PIS (Programa de Integração Social) ou para o Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público);
  • Quem recebeu até 2 (dois) salários mínimos médios de remuneração mensal no ano-base (2022);
  • Quem exerceu atividade remunerada, durante pelo menos 30 dias, consecutivos ou não, no ano-base (2022);
  • Quem teve seus dados informados corretamente pelo empregador (Pessoa Jurídica/Governo) na RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) ou no eSocial do ano-base (2022).

 

Não tem direito ao abono salarial:

  • Empregados domésticos;
  • Trabalhadores rurais empregados por pessoa física;
  • Trabalhadores urbanos empregados por pessoa física;
  • Trabalhadores empregados por pessoa física equiparada a jurídica.

 

PIS

Para ser elegível ao recebimento do abono salarial do PIS, é imprescindível estar cadastrado no Programa de Integração Social (PIS) por no mínimo cinco anos. No caso de atividade remunerada para Pessoa Jurídica, é necessário que essa tenha sido exercida por pelo menos 30 dias, consecutivos ou não, no ano-base considerado para apuração, que neste ano é o de 2022. Além disso, é fundamental que os dados do trabalhador sejam corretamente informados pelo empregador (pessoa jurídica) na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS)/eSocial.

O Abono Salarial/PIS é destinado aos empregados do setor privado, sendo pago com base no mês de nascimento do trabalhador. A Caixa Econômica Federal realiza o depósito, direcionando o montante para a conta corrente ou poupança dos clientes do banco, ou para a conta poupança digital daqueles que não são correntistas. Para os que já possuem conta na Caixa, os créditos são realizados nas contas existentes e os valores podem ser movimentados através do cartão da conta, internet banking ou aplicativo do banco.

Em situações em que o valor do abono salarial não pode ser creditado na conta da Caixa ou em uma conta poupança social digital, o trabalhador pode efetuar o saque utilizando o Cartão do Cidadão e senha nos terminais de autoatendimento, unidades lotéricas, correspondentes Caixa Aqui e agências. Aqueles que possuem o Cartão do Cidadão e senha cadastrada podem sacar o abono do PIS nos terminais de autoatendimento da Caixa ou em uma casa lotérica. Se não possuírem o Cartão do Cidadão, têm a opção de receber o valor em qualquer agência da Caixa, mediante apresentação de documento de identificação.

 

PASEP

Já o Abono Salarial/Pasep é destinado a servidores públicos ou trabalhadores de empresas estatais, sendo pago por meio do Banco do Brasil. A novidade neste ano é que o pagamento será realizado de acordo com o mês de nascimento do beneficiário, em vez do dígito final do número de inscrição no PASEP.

Os servidores públicos que têm direito ao Pasep devem verificar se houve depósito em conta. O beneficiário pode optar por realizar transferência (TED) para uma conta de mesma titularidade em outras instituições financeiras, nos terminais de autoatendimento do BB ou no portal www.bb.com.br/pasep, ou efetuar o saque nos caixas das agências.

Caso o depósito não tenha ocorrido, é necessário procurar uma agência do Banco do Brasil e apresentar um documento de identificação. Informações adicionais podem ser obtidas pelo telefone 0800-729 00 01.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

FRANÇA - Os agricultores e pecuaristas da Europa estão "pessimistas e indignados", afirma a representante da principal associação desse segmento.

Christiane Lambert, presidente da Copa-Cogeca, uma associação de fazendeiros da Europa, disse que houve protestos em 25 dos 27 estados europeus.

Essa associação representa 10 milhões de agricultores em todo o bloco europeu, alguns dos quais paralisaram as capitais e entraram em confronto com a polícia.

"Em 2020 tivemos a crise da covid. Depois os preços da energia simplesmente explodiram – esses preços são muito importantes para a agropecuária", disse a suinocultora francesa a uma comissão do Parlamento Europeu.

"Depois, a guerra da Rússia contra a Ucrânia também causou um certo número de dificuldades nos fluxos comerciais, assim como perturbações nos mercados quando se trata de aves, ovos, grãos, petróleo – tudo isso tem sido muito importante."

A agricultura representa apenas 1,4% do PIB da UE, mas tem uma influência política descomunal – especialmente quando os tratores obstruem rotas vitais e as eleições para o Parlamento Europeu estão marcadas para maio.

Os agricultores dizem que estão sobrecarregados com a burocracia e são injustamente penalizados à medida que a UE procura reduzir as emissões de carbono e avançar para um futuro "mais verde", conhecido como Acordo Verde.

A Comissão Europeia, o braço executivo da UE, quer reduzir as emissões com base nos níveis de 2015 em 90% até 2040.

Os protestos agrícolas já tiveram sucesso na anulação de alguns planos da UE, com a Comissão Europeia abandonando uma proposta para reduzir para metade o uso de pesticidas.

Laura Demurtas é responsável pelas relações externas no Club Demeter, um grupo de reflexão sobre segurança alimentar com sede em Paris, que também representa empresas da indústria alimentícia.

"A União Europeia quer ser a líder na transição verde", disse ela à BBC, acrescentando que atualmente os agricultores são tratados como o "principal problema".

"E quanto aos consumidores e supermercados e seu papel?"

Mas essa não é a única fonte de tensão.

"O preço dos produtos é sempre definido pelo empresário que os compra, e então eles podem comprar de outros países que não seguem as mesmas restrições que nós", disse à Reuters o agricultor espanhol Joan Mata, de 22 anos, em um protesto recente. perto de Barcelona.

Os agricultores da Polônia e da Hungria também se queixam que a UE não estaria fazendo o suficiente para travar as importações de alimentos baratos provenientes da Ucrânia.

Na cidade de Poznan, no oeste da Polônia, os agricultores compareceram em grande número em um protesto no início deste mês, conduzindo tratores pela cidade.

Szymon Kosmalski, um agricultor de 39 anos, culpou os produtos importados pela redução dos preços a um nível que não lhe permite cobrir os custos de produção.

A Ucrânia era o quarto maior produtor mundial de cereais antes da invasão russa em 2022. Para ajudar o país, a UE retirou as tarifas sobre as importações – para preocupação dos produtores locais.

"As mercadorias entram sem controle. Somos absolutamente contra isso e defendemos um retorno imediato às taxas alfandegárias que existiam antes da guerra e o controle do que entra", disse Kosmalski à Reuters.

O ressentimento também decorre de acordos de comércio livre com países fora da UE, como um acordo com o bloco Mercosul que compreende Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.

Os agricultores da UE afirmam que esses países utilizam hormônios de crescimento, antibióticos e pesticidas proibidos na União Europeia.

 

Todos os olhos voltados para Delhi

Na Índia, os problemas dos agricultores são diferentes, embora eles também digam que são prejudicados pelos elevados custos dos fatores de produção.

Eles pedem preços mínimos garantidos para vender seus produtos em mercados atacadistas controlados pelo governo.

Os produtores também exigem que o governo cumpra a sua promessa de duplicar os rendimentos agrícolas.

Quando o governo do primeiro-ministro Narendra Modi tentou reformar o setor em 2020, um acampamento de agricultores foi montado nos arredores da capital, o que forçou o governo a recuar.

Essa última onda de protestos agrícolas ocorre poucos meses antes das próximas eleições gerais, nas quais o primeiro-ministro Modi deverá ganhar um terceiro mandato.

Grupos políticos estão tentando capitalizar os protestos dos agricultores e promover as suas próprias agendas políticas, afirma Patrick Schröder, pesquisador da Chatham House, com sede em Londres.

"Na Alemanha, é a AfD, de extrema direita, mas felizmente a associação de agricultores alemã se distanciou dos grupos de extrema direita", disse ele à BBC.

"Agora também vemos negacionistas do clima se envolvendo em campanhas nas redes sociais relacionadas com os slogans 'sem agricultores não há comida'."

No entanto, Demurtas é mais cética em relação aos diferentes grupos políticos que tentam "cooptar" os protestos agrícolas europeus.

"O protesto começou na Alemanha e depois na França", disse ela. "É um círculo de solidariedade entre agricultores que já estão fartos."

"A extrema direita quer retroceder 10 ou 20 anos, mas essa não é a solução. Temos um planeta, temos que nos unir."

 

 

Luis Barrucho e Aine Gallagher - BBC World Service

EUA - A inflação ao consumidor (Consumer Price Index, CPI) ficou acima do esperado em janeiro. O índice cheio variou 0,3% no mês, acima das expectativas e da variação de dezembro, que eram de 0,2%. Em 12 meses, o CPI geral desacelerou para 3,1% ante os 3,4% nos 12 meses até dezembro, mas ficou acima dos 2,9% esperados.

O “núcleo” da inflação, que não considera os preços mais voláteis dos alimentos e da energia, também ficou acima das projeções. A variação de janeiro foi de 0,4%, acima dos 0,3% previstos e dos 0,3% de variação em dezembro. No acumulado de 12 meses, o “núcleo” do CPI subiu 3,9%, mesma variação até dezembro, mas acima dos 3,7% projetados.

A inflação acima do previsto está afetando os preços das ações no início do pregão nos Estados Unidos. Os contratos futuros do índice americano S&P 500 estavam caindo 1,25% às 11h (hora de Brasília). A inflação acima do esperado tornou menos provável uma redução dos juros pelo Federal Reserve (FED), o banco central americano nas reuniões de março e de maio, o que afeta os preços das ações.

Segundo analistas, os diretores do FED podem interpretar a inflação de janeiro como um sinal de que precisam de permanecer cautelosos com os juros. Jerome Powell, presidente do FED, e seus colegas, têm evitado dizer que a inflação voltou às metas. Eles insistem em que precisam de mais provas de baixa dos preços antes de começar a reduzir os juros.

Os juros americanos vêm subindo desde o início de 2022. As taxas referenciais (“FED Funds”) estavam a zero no início do ano retrasado, mas foram progressivamente elevadas até atingir o patamar atual de 5,25% a 5,50% ao ano em meados de 2023. É o nível mais alto desde 2007, e foi a maior elevação sistemática dos juros desde a década de 1970.

O aperto dos juros desacelerou a inflação para os níveis atuais. Os índices chegaram a registrar quase 10% em 12 meses em meados de 2022, e agora os investidores especulam quando as taxas vão começar a cair. No fim de 2023 a expectativa era de uma queda já na reunião do FED agendada para 19 e 20 de março, mas as declarações de Powell e seus colegas fizeram o mercado adiar essa projeção para maio. Agora, com a inflação acima do esperado, é provável que os investidores refaçam suas contas, o que vai provocar oscilações nos preços.

 

 

Cláudio Gradilone / FORBES BRASIL

SÃO PAULO/SP - Foi bom enquanto duraram os estoques. Depois de uma campanha de marketing com direito até a pré-venda e fila de espera, o McFish "desapareceu" dos restaurantes do McDonald's em menos de uma semana após o relançamento, no dia 6 de fevereiro, provocando reclamações de clientes nas redes sociais.

Na avaliação dos consumidores, o "sumiço" do lanche de peixe empanado demonstra falta de organização. Especialistas em direito do consumidor falam em propaganda enganosa.

"Temos procurado todos os dias em unidades de São Paulo e nenhuma tem. Não criem demanda se não [a] atenderão", escreveu o advogado Leonardo Barem Leite no X, ex-Twitter.

Mesmo quem comprou na pré-venda não conseguiu comer por falta de estoque. Alguns trataram o assunto com bom humor. Outros ironizaram a situação. Mas houve quem não perdoou e se sentiu enganado.

Procurado pela Folha de S.Paulo, o McDonald's disse que a venda geral foi maior do que a antecipada, "o que resultou no esgotamento de estoques em restaurantes em todo o país, principalmente em São Paulo".

A rede diz que vai seguir honrando todas as compras. "Para isso, o time está atuando para auxiliar os consumidores via SAC (telefone e email) ou redes sociais, direcionando os consumidores sobre onde encontrar o produto que deve ser retirado até o dia 18/02 nos restaurantes em que foram reservados", diz nota. Empresa faz 'marketing de escassez', afirma especialista

"O McDonald's trabalha muito bem a construção de marca quando faz esse tipo de ação [de retorno], diz Roberta Campos, professora de marketing e comportamento de consumo na ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing).

"No final, não é sobre o McFish, mas sobre vender que o McDonald's é o lugar para comer sanduíches deliciosos, que sentimos saudade ou queremos experimentar antes que saia de linha de novo", analisa a especialista.

Trata-se do chamado "marketing de escassez", em que a oferta limitada de um produto ou serviço gera desejo e senso de urgência nos consumidores. "É usar um produto que era de nicho, mas muito nostálgico para um público pequeno, e criar uma dinâmica de antecipação", diz Campos.

A antecipação, segundo Campos, é um dos eixos principais do marketing de escassez, mas o fundamental é a nostalgia -até de quem nunca provou o McFish.

"A frase que mais ouvi é: 'nunca tinha comido, mas eu quero provar'. É um consumo da nostalgia alheia, e o McDonald's soube acionar esse aspecto em um lanche que não era nem de longe o mais pedido", afirma.

A falta do produto ofertado fere o Código de Defesa do Consumidor, dizem advogados. Maria Inês Dolci, especialista em direito do consumidor e colunista da Folha, afirma que a empresa não pode anunciar um produto como disponível e não tê-lo em estoque, o que fere o artigo 35 do código, e pode trazer consequências jurídicas.

O advogado Gabriel de Britto Silva, diretor jurídico do Ibraci (Instituto Brasileiro de Cidadania), diz que a situação pode ser enquadrada como publicidade enganosa, prática considerada abusiva.

"Está claro o descumprimento da oferta. Quando há oferta e não há o cumprimento, há a possibilidade de o consumidor que se sentir lesado fazer com que o fornecedor a cumpra, até mesmo judicialmente."

O McFish saiu do cardápio em 2019, após uma análise do portfólio da rede no Brasil indicar que o esforço para mantê-lo era maior do que a procura pelo sanduíche. À época, o Big Mac, carro-chefe do McDonald's, vendia mais de 400 unidades por dia, em um único restaurante, e o McFish, quatro.

A preparação do sanduíche era mais complexa que a de outros. O peixe usado no preparo vinha de navio do Alasca, e cada hambúrguer era frito na hora. Além disso, na receita original, ainda se usava apenas meia fatia de queijo, o que podia gerar desperdício em dias de movimento fraco.

Mas, assim que saiu de linha, o McFish entrou para a lista de hambúrgueres da rede que não ficaram famosos só pelo sabor, mas pelo saudosismo. Foi até criada uma página no Instagram, a @voltamcfish, para pedir o retorno do sanduíche.

A campanha de retorno começou em outubro de 2023, quando perfis oficiais do McDonald's passaram a interagir com publicações que pediam a volta do sanduíche. Depois, houve inserção no trailer do filme Aquaman 2 e, em janeiro deste ano, começou a pré-venda, além de propaganda em TV aberta mesmo judicialmente."

 

 

POR FOLHAPRESS

SÃO PAULO/SP - Após sucessivos atrasos, a nova versão do plano de recuperação judicial da Oi foi apresentada na terça-feira, 6. O plano prevê um novo financiamento, de US$ 650 milhões (cerca de R$ 3,2 bilhões no câmbio atual), e a venda de ativos avaliados em mais de R$ 15 bilhões, além de desconto e conversão de dívidas antigas. A tele ainda não chegou a acordo com credores, que devem agora avaliar a nova proposta.

"A expectativa é que a redução total da dívida financeira chegue à casa de 75%", disse Rodrigo Abreu, em entrevista ao Estadão/Broadcast. Ele deixou a presidência da operadora em janeiro, mas continua como membro do conselho de administração e líder das negociações com credores.

 

SUPORTE

A demora de meses para conclusão do plano se deve à complexidade da negociação e à dificuldade de acordo entre a empresa e seus credores. A Oi entrou em recuperação judicial pela segunda vez em março de 2023, com dívidas de R$ 44,3 bilhões.

A primeira versão do plano foi apresentada em maio do ano passado, e a companhia esperava assinar até julho um Acordo de Apoio à Reestruturação (RSA, na sigla em inglês) com os credores, o que não aconteceu. O RSA tem a função de angariar o apoio necessário para a aprovação do plano. Ainda há condições de isso acontecer, segundo Abreu.

"O objetivo de atingimento de um acordo de suporte ao plano com um grupo de credores que possa garantir a aprovação em assembleia ainda existe, e as negociações com esse grupo seguem mesmo após o protocolo do plano", disse Abreu. A previsão é que a assembleia de credores para votação do novo plano ocorra em um prazo de 30 dias, isto é, no começo de março.

Em nota, a Oi informou que, com o novo plano, espera alcançar a reestruturação de suas dívidas financeiras, adequando-as à sua capacidade de pagamento. Isso será feito sem comprometer sua operação e a expansão de seus negócios no segmento de fibra óptica, principal produto da companhia.

 

DÍVIDAS ANTIGAS

Um dos principais pontos do plano é a liberação de um financiamento de US$ 650 milhões, que será usado para pagar o empréstimo emergencial (debtor in possession, ou DIP) de US$ 325 milhões obtido pela tele ano passado, bem como para manutenção do capital de giro das operações de telecomunicações.

A primeira versão do plano previa que o novo financiamento seria de US$ 750 milhões, mas o valor foi reduzido no decorrer das negociações porque a nova versão prevê antecipar a entrada de recursos com a venda de ativos, explicou Abreu.

Desses US$ 650 milhões, o montante de US$ 450 milhões deve vir dos atuais credores, enquanto os outros US$ 200 milhões seriam de terceiros. Em contrapartida ao compromisso de nova injeção de recursos, os credores receberão uma comissão, chamada de backstop fee, e terão prioridade no pagamento. Caso haja demora para liberação desses recursos, a Oi fica autorizada a buscar um empréstimo-ponte de US$ 125 milhões para recompor o caixa.

Abreu lembra que a concessão de telefonia fixa da Oi ainda é "bastante deficitária" e consome caixa. A companhia está negociando uma flexibilização das obrigações regulatórias com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o Tribunal de Contas da União (TCU), mas essa solução não é simples. "A redução do consumo de caixa não acontece imediatamente. Será obtida ao longo de vários meses posteriormente ao acordo e respectiva migração do regime de prestação do serviço", estima.

Entre as opções para abater as dívidas antigas, a Oi oferece a conversão de parte do saldo devedor em ações, bem como pagamentos parcelados e com desconto. "A diluição proposta para os atuais acionistas não foi mudada no plano atual e permanece em 80%", disse.

Pelo novo plano, a Oi quer antecipar a alienação de ativos e levantar R$ 15,3 bilhões por meio da venda da operação de banda larga (Oi Fibra), da participação na V.tal, além de imóveis e outros bens.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

POR ESTADAO CONTEUDO

Pesquisa inédita realizada pela companhia aponta que 65% dos jovens entrevistados já participaram de um processo seletivo, mas que esse processo trouxe ansiedade (74%) e estresse (62%); a Nestlé quer contribuir com educação complementar e qualificação profissional para que a população jovem se sinta preparada para enfrentar o mercado de trabalho

 

SÃO PAULO/SP - A Nestlé vai investir R$26 milhões em programas voltados à capacitação e inclusão de jovens no mercado de trabalho até 2025 no Brasil. As capacitações possuem o foco em promover a empregabilidade, empreendedorismo e agro empreendedorismo, envolvendo programas  ligados aos negócios da companhia para formação de jovens veterinários, nutricionistas, culinaristas e baristas, como também para a sucessão familiar no campo para construir a nova geração do agronegócio no Brasil e disseminar conceitos de agricultura regenerativa nas cadeias do cacau, café e leite. Além de contribuir com o incentivo ao esporte que tem poder transformador de promover inclusão, disciplina e superação, inspirando mudanças positivas na vida das pessoas.

De acordo com a pesquisa inédita intitulada “Jovens brasileiros, desejos e mercado de trabalho”, realizada pelo laboratório de pesquisa da Nestlé, o C.Lab, com 380 pessoas com idades entre 18 e 29 anos de diferentes faixas sociais nas regiões Sudeste e Nordeste, 65% dos entrevistados já participaram de um processo seletivo, mas o processo gerou ansiedade (74%) e estresse (62%). Esses mesmos jovens, admitiram que o processo em si é uma oportunidade de aprendizado (59%).

O levantamento revelou, ainda, que os jovens preferem focar na saúde e no bem-estar (42%) no curto prazo, mas entendem que a carreira deve ser prioridade (45%) no longo prazo. Além disso, encontram dificuldade em encontrar uma fonte de inspiração: 40% não têm ninguém em quem se inspiram e, para aqueles que encontram, as principais inspirações são os pais, as mães e/ou outros familiares, uma vez que os consideram fortes, trabalhadores e que superam as adversidades. Também foi identificado que considerando as dificuldades, as pessoas entrevistadas que trabalham ainda não estão no emprego que desejam. Além disso, 67% usam o salário para complementar a renda familiar. 

Para gerar impacto positivo neste cenário, a Nestlé criou a Iniciativa Pelos Jovens (Youth) em 2003, um programa global, que já impactou 5 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, o projeto já impactou mais de 405 mil pessoas. Só em 2023, foram 155 mil jovens impactados por projetos nas cadeias do café, leite e cacau, ações de capacitação, além de oportunidades reais.  “Acreditamos que a juventude é a força motriz do futuro, seja no emprego formal ou no empreendedorismo. Por isso, oferecemos oportunidades a partir de ações genuínas”, comenta Enrique Rueda, vice-presidente de recursos humanos da Nestlé Brasil. 

 

Sobre a Nestlé

A Nestlé tem mais de 100 anos de atuação no Brasil e segue renovando seu compromisso com a sociedade, como força mobilizadora que contribui para levar nutrição e bem-estar para bilhões de pessoas, criar um ambiente de inclusão e oportunidade para milhares de brasileiros e ser o produtor de alimentos mais sustentável do país. A empresa emprega mais de 30 mil pessoas no Brasil e tem 20 unidades industriais localizadas nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Goiás, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Espírito Santo, além de sete centros de distribuição e mais de 70 brokers (responsáveis por vendas, promoções, merchandising, armazenamento e distribuição). Comprometida com boas práticas que vão do campo à mesa do consumidor, a companhia conta com milhares de produtores fornecedores participando de programas de qualidade nas cadeias de cacau, café e leite, que garantem uma produção sustentável e que trazem modernidade ao campo. Além disso, mantém iniciativas nas fábricas como minimizar a utilização de água e energia e reduzir as emissões, ações de reflorestamento e inovações contínuas em embalagens cada vez mais sustentáveis. A Nestlé Brasil está presente em 99% dos lares brasileiros, segundo pesquisa realizada pela Kantar Worldpanel.

SÃO PAULO/SP - O concurso 2.687 da Mega-Sena foi realizado na noite de sábado (10), na cidade de São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 53 milhões.

 

Veja os números sorteados:

02 - 30 - 34 - 04 - 24 - 50.

 

5 acertos - 50 apostas ganhadoras: R$ 74.293,74

4 acertos - 4.178 apostas ganhadoras: R$ 1.270,15

O próximo sorteio da Mega será na terça (13).

 

 

G1

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