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ARARAQUARA/SP - Na tarde de quarta-feira (5), uma mulher de 39 anos procurou uma delegacia em Araraquara, alegando ter sido vítima de um indivíduo que ofereceu um curso de “Bombeiro Mirim”, na cidade.

De acordo com o relato, o homem de 42 anos de idade compareceu recentemente na escola do filho da vítima e se apresentou como bombeiro com a finalidade de oferecer o curso de bombeiro mirim para as crianças.

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Na ocasião, segundo a mulher, foram distribuídos convites aos interessados para o comparecimento em uma palestra no “Lar Juvenil”, onde mais detalhes do curso seriam passados.

A vítima compareceu no Lar Juvenil juntamente com outros pais de alunos e, ao se interessar pela proposta, assinou contrato para que seus dois filhos, de 5 e 9 anos de idade pudessem frequentar o curso.

Ela pagou a quantia de R$ 600,00 no cartão de crédito, mas posteriormente desconfiou que tivesse sido vítima de um golpe e entrou em contato com o homem para fazer o cancelamento do contrato.

Durante a conversa com o rapaz, ele teria bloqueado o número da vítima e não fez o cancelamento da compra e nem do contrato.

O caso foi registrado como Estelionato e está sob investigação.

 

 

Ed Junior / PORTAL MORADA

ARARAQUARA/SP - A Polícia Civil de Araraquara, realizou uma operação no Parque residencial São Paulo na quarta-feira (15), e prendeu dois indivíduos, além de armas, drogas e munições. A polícia investiga uma possível ligação dos detidos com o caso de latrocínio contra o policial civil aposentado Dorlei Moralez, de 71 anos, que ocorreu no último sábado (4).

Segundo as informações, a Polícia Civil realizava diligências, pois havia a suspeita de que os autores do latrocínio estariam pelo Parque Residencial São Paulo.

Durante as diligências, um homem foi abordado em atitude suspeita na frente de uma residência e com ele os policiais apreenderam uma pochete que continha diversos eppendorfs de cocaína.

Diante da apreensão, os policias entraram no imóvel e encontraram duas armas de fogo, sendo uma pistola 9 mm e um revólver calibre 32, além de munições. Foram localizados também entorpecentes e materiais utilizados para o embalo das drogas.

Além do primeiro indivíduo, um outro rapaz foi detido. Segundo consta, um deles tem passagem criminal por Tráfico e o outro, por furto.

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Perguntado sobre o possível envolvimento dos indivíduos com a morte do policial Dorlei Morales, o delegado afirmou que dois apelidos dos suspeitos que teriam participação no latrocínio, batem com os apelidos dos rapazes detidos nesta quarta-feira, porém, ainda é cedo para apontar o envolvimento:

“Ainda é prematuro a gente afirmar um real envolvimento deles no crime de latrocínio e ainda vai depender de várias provas e vários exames periciais nos materiais e nas armas que foram apreendidas, pra ver se tem alguma relação com o latrocínio”.

Na delegacia, os detidos foram acompanhados por seus advogados e decidiram permanecer em silêncio.

De momento, a dupla foi autuada por Tráfico e Associação para o Tráfico e Porte de Arma de uso restrito. Após os trabalhos, os dois foram recolhidos e serão encaminhados para a Audiência de Custódia.

O caso segue sendo investigado.

 

 

 

Por Marcelo Bonholi e Ed JuniorPORTAL MORADA

ESPANHA - O presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Luis Rubiales, renunciou ao cargo. O dirigente é investigado pelo beijo dado na atacante Jenni Hermoso, da seleção feminina do país, em Sydney, na Austrália, logo depois de a equipe ter conquistado a Copa do Mundo. Ele alega que o ato foi consensual, o que é rebatido pela jogadora.

A saída de Rubiales – que, inicialmente, recusava-se a renunciar – foi confirmada pela entidade em comunicado divulgado na noite de domingo (10). Segundo a nota, Rubiales também abriu mão da vice-presidência da União das Federações Europeias de Futebol (Uefa, na sigla em inglês). A RFEF convocará eleições para ocupação do cargo, conforme o Artigo 31.8 do estatuto da federação.

A Federação Internacional de Futebol (Fifa) já havia suspendido o dirigente por 90 dias. Por isso, a RFEF está sendo dirigida, interinamente, pelo vice-presidente da entidade, Pedro Rocha Junco.

Rubiales ainda pode responder criminalmente por agressão sexual. Se condenado, a pena varia de um a quatro anos de prisão. Na última terça-feira (5), Jenni Hermoso acionou a justiça espanhola. Três dias depois, a promotora Marta Durántez Gil também fez denúncia, apelando às autoridades australianas para esclarecerem se o caso seria considerado crime no país.

O incidente repercutiu em todo o mundo e desencadeou reações contra o sexismo. Na Espanha, coletivos feministas se mobilizaram exigindo a saída de Rubiales. Em comunicado, 80 jogadoras espanholas – as campeãs do mundo entre elas – anunciaram que não voltariam a defender a seleção do país enquanto o dirigente permanecesse no cargo. Além disso, 11 integrantes da comissão técnica que foi ao Mundial demitiram-se em protesto.

Antes de Rubiales, a primeira mudança no escopo do futebol feminino espanhol foi a demissão do técnico Jorge Vilda, que deu lugar a Montse Tomé, primeira mulher a dirigir a seleção principal. Apesar do título mundial, Vilda não tinha bom relacionamento com algumas atletas da equipe, que chegaram a pedir a saída do treinador antes da Copa, contestando, em especial, a gestão de grupo do profissional.

 

 

Por Lincoln Chaves – Repórter da EBC

AGÊNCIA BRASIL

HAIA - Juízes do Tribunal Penal Internacional deram sinal verde à promotoria nesta terça-feira para retomar investigação sobre supostos abusos de direitos humanos cometidos por autoridades da Venezuela.

Na decisão, os juízes afirmaram que, embora a Venezuela esteja tomando algumas medidas para investigar supostos abusos, "seus procedimentos criminais domésticos não refletem suficientemente o escopo da investigação pretendida pela promotoria".

Em novembro do ano passado, o promotor do TPI, Karim Khan, pediu aos juízes que rejeitassem o pedido da Venezuela de adiamento do caso.

Caracas buscou o adiamento para mostrar que suas autoridades estavam prontas e capazes de conduzir sua própria investigação sobre supostos crimes cometidos sob o governo do presidente Nicolás Maduro.

Os juízes, no entanto, concordaram com Khan que as reformas legais anunciadas não eram suficientes para justificar um adiamento.

Um painel independente de especialistas da Organização dos Estados Americanos (OEA) que analisa supostas violações de direitos humanos na Venezuela descobriu em um relatório de maio que as reformas legais propostas pelo governo venezuelano funcionaram para proteger ativamente perpetradores de alto escalão de possíveis processos do TPI.

 

 

 

Por Stephanie van den Berg / REUTERS

COLÔMBIA - O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, pediu ao Ministério Público, na quinta-feira (2), que determine se seu filho e seu irmão ofereceram benefícios a narcotraficantes em troca de dinheiro, no contexto das políticas de paz.

"Devido às informações que circulam na opinião pública sobre meu irmão, Juan Fernando Petro Urrego, e meu filho mais velho, Nicolás Petro Burgos, peço ao procurador-geral da Nação adiantar todas as investigações necessárias e determinar possíveis responsabilidades", afirmou Petro em comunicado.

O próprio governo já havia denunciado a existência de um cartel que suborna presos nas penitenciárias para lhes oferecer falsas intermediações em processos de paz, benefícios judiciais e promessas de evitar sua extradição.

"Meu governo não oferecerá benefícios a criminosos em troca de suborno", frisou Petro na nota.

"Confio que meu irmão e meu filho vão comprovar sua inocência, mas respeitarei as conclusões da Justiça", acrescentou.

O irmão do presidente já prestou esclarecimentos ao MP por essas denúncias no início de fevereiro, em um depoimento reservado de 40 minutos. Nesse dia, o advogado de Juan Fernando Petro garantiu que seu cliente é "vítima" de uma rede de advogados que usa o seu nome para intermediar supostas negociações com o governo.

No início de 2022, em plena campanha presidencial, Juan Fernando foi a um presídio de Bogotá para se reunir com vários detentos. Segundo a imprensa colombiana, ele teria oferecido benefícios para condenados por corrupção e narcotráfico em um eventual governo de seu irmão.

O então candidato, Gustavo Petro, desmentiu essa versão e assegurou que seu irmão não fazia parte de sua campanha.

Por sua vez, o filho de Petro, Nicolás, é deputado pelo movimento político de seu pai no departamento do Atlântico (norte).

Com sua política de "paz total", Petro busca o desmantelamento pacífico das organizações do tráfico de drogas em troca de benefícios penais e econômicos para quem abandonar o negócio no maior produtor de cocaína do mundo.

Segundo a revista Semana, o cartel de advogados estaria cobrando até um milhão de dólares (R$ 5,2 milhões) aos traficantes em troca de sua inclusão nas listas de "gestores da paz," que não poderão ser extraditados.

O governo anunciou um projeto de lei que estabelecerá pena máxima de oito anos e possibilidade de conservar até 10% de patrimônio aos traficantes que se submeterem à Justiça de transição.

 

 

AFP

SÃO CARLOS/SP - Após noticiarmos a morte de três pessoas na região Central de São Carlos, na noite de ontem, 28, a imprensa teve acesso ao boletim de ocorrência (BO) e vamos relatar o que aconteceu até este registro. É claro que as investigações continuam a todo vapor para esclarecer os fatos.

O 190 da Polícia Militar foi acionado para atender uma ocorrência de um possível furto na Rua Episcopal. Os Militares foram ao local e encontraram o enteado da moradora na frente da casa, no qual disse que o portão estava entreaberto e disse que não tinha entrado na residência. Após ouvi-lo, os PMs adentraram e ao acender a luz na cozinha encontraram no chão Zelma Maria Raymundo de Oliveira, 74 anos, e o motorista Reginaldo Aparecido Pereira Lima, 44.

OS PMs acionaram o Samu e a UR do Corpo de Bombeiro, porém as vítimas já estavam sem vida.

O enteado foi contatado mais uma vez e ao dizer o ocorrido, o mesmo disse aos agentes de segurança pública, que o pai foi casado com a vítima (Zema), mas há pelo menos 15 dias tinham se divorciado, porém ele morava nas proximidades, na Rua Treze de Maio.

Devido as informações, a Polícia foi até a casa do ex-marido de Zelma, e ao chegar o portão estava trancado com corrente. O portão foi aberto e na sala da casa encontraram João Batista de Oliveira, 77 anos, sentado em uma cadeira com um tiro na nuca e sem vida.

A Polícia Científica foi acionada e realizou perícia nas duas casas. Segundo os peritos Zelma e Reginaldo foram mortos com tiros na cabeça, já João Batista apresentava um ferimento também provocado por tiro na região da nuca. O que intriga é que nenhuma arma de fogo foi localizada pelos peritos.

O delegado da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e do plantão policial apreenderam celulares, computadores e documentos.

Imagens de segurança estão sendo analisadas e em breve teremos mais informações.

CIDADE DO MÉXICO - O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, esquivou-se na segunda-feira dos pedidos para investigar seu antecessor Enrique Peña Nieto sobre o desaparecimento de 43 estudantes em 2014, depois que autoridades prenderam um ex-procurador-geral no âmbito das investigações do crime.

Autoridades mexicanas prenderam na sexta-feira o ex-procurador geral Jesus Murillo, que trabalhou no governo de Peña Nieto, sob acusações de desaparecimento forçado, tortura e obstrução da Justiça ligadas à investigação sobre o que aconteceu com os estudantes.

O sequestro e desaparecimento dos 43 jovens, em 26 de setembro de 2014, abalaram o governo de Peña Nieto, e o relato de seu governo sobre o que aconteceu com os jovens foi posteriormente criticado por um painel de especialistas internacionais que o revisou, conhecido como GIEI.

Após a prisão de Murillo, López Obrador foi questionado se Peña Nieto também deveria ser responsabilizado. Ele observou que Murillo e sua equipe eram responsáveis pela investigação e apontou para um novo relatório do governo publicado sobre o caso.

"O relatório não solicita que uma investigação seja aberta ou um mandado de prisão seja solicitado contra Peña Nieto, mas contra outros", disse López Obrador em entrevista coletiva, acrescentando que as decisões futuras estão nas mãos dos juízes que lidam com o caso.

López Obrador assumiu o cargo no final de 2018 prometendo esclarecer o crime depois que o GIEI disse que o relato oficial original do que aconteceu estava repleto de erros e abusos, incluindo a tortura de testemunhas.

 

 

REUTERS

PERU - O Ministério Público do Peru informou na última sexta-feira, 22, que reativou uma investigação contra o presidente Pedro Castillo, a quinta em quase um ano de mandato, por um caso de tráfico de influência na compra de combustível pela estatal Petroperú em 2021.

A nova procuradora-geral da nação, Patricia Benavides, decidiu anular a decisão de janeiro de sua antecessora, Zoraida Ávalos, de suspender as investigações relacionadas a esse caso até que Castillo concluísse seu mandato, em julho de 2026, uma vez que ele conta com imunidade.

Em janeiro, revelou-se que o chefe de Estado teria interferido em um processo para a aquisição de biodiesel B100 no mercado local para o período janeiro-abril de 2022, "a fim de que a empresa Heaven Petroleum Operator, dirigida pelo empresário Samir Abudayeh, ganhasse um contrato no valor de US$ 74 milhões". Castillo negou envolvimento no caso e o contrato foi anulado depois que a imprensa noticiou irregularidades.

O presidente enfrenta outras quatro investigações: por obstrução da Justiça na demissão do ministro do Interior Mariano González; por tráfico de influência em promoções de militares; por corrupção e conluio agravado em um projeto de obra pública; e por plágio em sua tese universitária. O presidente e seu advogado reiteraram que não há provas de nenhum desses crimes.

 

 

AFP

ALEMANHA - O promotor do Tribunal Penal Internacional (TPI) confirmou na quarta-feira (2), por meio de um comunicado, que abrirá imediatamente uma investigação sobre possíveis crimes de guerra cometidos na Ucrânia, após um pedido de 39 dos Estados membros do tribunal.

"Esses encaminhamentos permitem que meu escritório prossiga com a abertura de uma investigação sobre a situação na Ucrânia a partir de 21 de novembro de 2013, abrangendo quaisquer alegações passadas e presentes de crimes de guerra, crimes contra a humanidade ou genocídio cometidos em qualquer parte do território da Ucrânia por qualquer pessoa ", disse o promotor Karim Khan.

 

 

REUTERS

EUA - A decisão de Joe Biden de mandar investigar a origem do cornavírus reacendeu em todo o mundo o debate sobre o que causou a pandemia que já matou mais de 3,5 milhões de pessoas em todo o mundo. Na 4ª feira, o presidente dos Estados Unidos pediu à Comunidade de Inteligência norte-americana que redobre os esforços para investigar o caso e solicitou um relatório com mais informações em 90 dias.

Ele determinou áreas de investigação adicional, incluindo questões específicas sobre a China. Em sua declaração, o chefe do Executivo norte-americano afirmou que os EUA irão pressionar a China a participar de uma “investigação internacional completa, transparente e baseada em evidências e fornecer acesso a todos os dados e evidências relevantes”.

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De acordo com Joe Biden, a Comunidade de Inteligência dos EUA “se uniu em torno de 2 cenários prováveis” sobre a procedência do vírus, mas não chegou a uma conclusão definitiva. São eles:

  • transmissão de um animal para humano;
  • vazamento de um laboratório.

Os Estados Unidos querem apurar a responsabilidade chinesa sobre a origem da pandemia. Pequim age de maneira eficaz, fazendo prevalecer sua narrativa na mídia de vários países.

Um estudo relatado pelo Nieman Lab, laboratório de jornalismo de Harvard, mostrou que a China equipou a imprensa internacional para disseminar a sua versão sobre a covid-19 e os esforços chineses para combater a pandemia. O artigo mostra que a imagem internacional da China tornou-se mais positiva a partir da pandemia.

O país tem 1,4 bilhão de habitantes e diz ter registrado menos de 5.000 mortos por covid-19 até agora, mas a confiabilidade dos dados relatados, inclusive sobre o número de casos e o começo da pandemia, é questionada pela comunidade científica internacional.

Os estudos sobre a origem do vírus ainda são inconclusivos. Eis o que se sabe até agora:

  • os primeiros casos de covid-19 foram identificados na cidade de Wuhan em dezembro de 2019;
  • no começo de fevereiro de 2021, a OMS disse que a 1ª variante conhecida não surgiu no mercado de Wuhan, como se suspeitava desde o início da pandemia;
  • no fim do mesmo mês, a organização encontrou sinais de cepas do vírus que teriam circulado em Wuhan antes de dezembro de 2019;
  • investigação da OMS apontou que o cenário mais provável para a origem da pandemia é a transmissão do vírus para humanos por meio de outro animal;
  • o mesmo estudo considerou “improvável” a versão de que o vírus vazou de um laboratório chinês em Wuhan;
  • grupo de cientistas questionou a investigação da OMS e pediu uma pesquisa independente, com mais acesso a registros da China;
  • uma reportagem do Wall Street Journal relatou que técnicos de laboratório do Instituto de Virologia de Wuhan teriam ficado doentes e procurado ajuda hospitalar em novembro de 2019, antes do 1º caso da doença ser confirmado.

A teoria sobre o vazamento do vírus de um laboratório tem ganhado mais plausibilidade entre a comunidade científica nos últimos meses. Um grupo de cientistas publicou uma carta na revista Science pedindo uma nova investigação sobre a origem do vírus.

Eles afirmam que, embora não tenha havido nenhuma descoberta que apoie claramente um transbordamento natural ou um acidente de laboratório, a equipe da OMS avaliou um transbordamento zoonótico de um hospedeiro intermediário como “provável a muito provável” e um incidente de laboratório como “extremamente improvável”, mas as duas teorias não receberam uma consideração equilibrada pela OMS.

“Apenas 4 das 313 páginas do relatório e seus anexos abordavam a possibilidade de um acidente laboratorial. Notavelmente, o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, comentou que a consideração do relatório de evidências que apoiam um acidente de laboratório foi insuficiente e se ofereceu para fornecer recursos adicionais para avaliar totalmente a possibilidade”, dizem os cientistas.

Os especialistas dizem que uma maior clareza sobre as origens da pandemia é necessária. “Devemos levar a sério as hipóteses sobre spillovers naturais e laboratoriais até que tenhamos dados suficientes. Uma investigação adequada deve ser transparente, objetiva, baseada em dados, incluindo ampla experiência, sujeita a supervisão independente e gerida de forma responsável para minimizar o impacto de conflitos de interesse”.

O grupo pede que agências de saúde pública e laboratórios de pesquisa abram seus registros ao público. “Os investigadores devem documentar a veracidade e proveniência dos dados a partir dos quais as análises são conduzidas e as conclusões tiradas, de modo que as análises sejam reproduzíveis por especialistas independentes”, diz a carta.

 

Por que isso importa?

Por que a viabilidade da teoria de que a pandemia foi causada por um acidente em um laboratório chinês tem sido sustentada por mais pessoas na comunidade científica, inclusive por pesquisadores que já haviam considerado a possibilidade praticamente descartada.

A tese, que ganhou carga de teoria da conspiração, voltou a ser considerada por especialistas que investigam o tema. Apesar de a origem do vírus não ter grande impacto na definição das medidas para controlar a pandemia (que não dependem de como o vírus surgiu e incluem a vacinação e o distanciamento social) pode ter consequências significativas para a política internacional.

 

Possíveis impactos

Caso seja comprovada a tese de que o vírus vazou acidentalmente de um laboratório chinês, a comunidade internacional pressionará a China para assumir responsabilidades no combate global à pandemia, incluindo esforços relativos à vacinação mundial. Isso seria extremamente ruim para a imagem do país.

Os Estados Unidos se aproveitariam dessa eventual situação para disseminar a narrativa norte-americana e atribuir a responsabilidade à Pequim. Ganhariam politicamente com isso, uma vez que EUA e China são adversários políticos e comerciais. Washington também poderá buscar penalizar a China por eventuais omissões de informações, caso encontrem evidências.

No entanto, os estudos ainda são inconclusivos. A vice-secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, informou que depois da investigação e dos 90 dias, os EUA terão “mais o que compartilhar”.

 

 

*Por: Beatriz Roscoe / PODER360

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