EUA - O Bank of America (BofA) teve lucro líquido de US$ 6,9 bilhões no terceiro trimestre de 2024, 12% menor do que o ganho de US$ 7,8 bilhões apurado em igual período do ano passado, segundo balanço divulgado na terça-feira. O lucro por ação do banco americano entre julho e setembro foi de US$ 0,81, acima da projeção de analistas consultados pela FactSet, de US$ 0,76.
A receita do BofA teve acréscimo anual de 1% no trimestre, a US$ 25,3 bilhões, superando levemente o consenso da FactSet, de US$ 25,25 bilhões.
Apenas a receita com juros diminuiu 3%, a US$ 14 bilhões, conforme “custos de depósito contrabalançaram juros elevados e crescimento nos empréstimos”.
Já as provisões para eventuais perdas com crédito somaram US$ 1,5 bilhão, ante US$ 1,2 bilhão um ano antes.
EUA - A Meta registrou lucro líquido de US$ 13,47 bilhões no segundo trimestre, um salto de 73% na comparação com igual período do ano passado, segundo balanço divulgado na semana passada. O resultado equivale a ganho de US$ 5,16 por ação, acima da previsão de analistas consultados pela FactSet, de US$ 4,72.
As receitas somaram US$ 39,07 bilhões nos três meses encerrados em junho, acima dos US$ 31,99 bilhões verificado no intervalo equivalente de 2023. Neste caso, a previsão do mercado era de US$ 38,2 bilhões.
POR ESTADAO CONTEUDO
LONDRES - A Renault divulgou na quarta-feira um lucro operacional melhor do que o esperado para o primeiro semestre do ano, devido aos fortes preços e lançamentos de novos veículos, e manteve sua previsão de margem de lucro para o ano inteiro.
A montadora francesa informou na semana passada que seu volume de vendas no primeiro semestre aumentou 1,9% em relação ao mesmo período de 2023, devido ao forte desempenho dos modelos híbridos na Europa, sua principal região.
A Renault registrou uma margem operacional de 8,1% no primeiro semestre do ano, acima dos 7,6% do ano anterior e acima dos 7,9% esperados por analistas.
Essa é uma métrica fundamental para a Renault, que tem como meta uma margem operacional de dois dígitos até 2030.
A montadora manteve sua previsão de margem operacional para o ano inteiro de 7,4% ou mais.
Questionado durante uma teleconferência com repórteres se a Renault pode atingir essa meta de margem de dois dígitos antes de 2030, o diretor financeiro Thierry Pieton se recusou a comentar, acrescentando: "Continuamos a estar à frente do plano que estabelecemos para nós mesmos".
A Renault voltou a crescer no ano passado, após quatro anos consecutivos de queda nas vendas de unidades, e espera que os dez novos lançamentos deste ano mantenham o ritmo.
A empresa tinha esperado estar na vanguarda dos esforços dos fabricantes de automóveis antigos para se tornarem elétricos, com um plano para que a marca Renault se tornasse totalmente elétrica até o final da década.
Depois de elogiar os esforços da Renault para eletrificar, o presidente-executivo Luca de Meo pediu esta semana "um pouco mais de flexibilidade" na proibição planejada pela União Europeia para 2035 dos modelos com motor a combustão.
A Renault divulgou uma receita de 26,96 bilhões de euros (29,26 bilhões de dólares) no primeiro semestre, um aumento de 0,4% em relação ao ano anterior e acima das previsões do mercado de 26,9 bilhões de euros.
A empresa disse que atualmente tem uma forte carteira de pedidos, equivalente a 2,6 meses de vendas futuras.
A Renault relatou um lucro líquido menor para o primeiro semestre, de 1,4 bilhão de euros, contra 2,1 bilhões de euros no ano anterior, em grande parte devido a uma perda de capital de 440 milhões de euros na venda de ações da parceira de aliança Nissan e despesas de reestruturação de 123 milhões de dólares.
Por Nick Carey e Gilles Guillaume / REUTERS
BRASÍLIA/DF - O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) teve, em 2023, lucro recorde de R$ 23,4 bilhões, quase o dobro dos R$ 12,1 bilhões registrados no ano passado. O Conselho Curador do Fundo aprovou na terça-feira,16 de julho, o balanço do FGTS no ano passado.
No próximo dia 6, o Conselho Curador reúne-se novamente para definir a parcela do lucro a ser repartida entre os trabalhadores. Em 2023 e 2022, 99% do lucro foi distribuído aos cotistas. Em 2021, 96% do resultado positivo foi partilhado.
Do lucro total, R$ 16,8 bilhões decorrem do lucro recorrente do FGTS, resultante de aplicações do fundo em títulos públicos e em investimentos em habitação, saneamento, infraestrutura e saúde. Os R$ 6,6 restantes decorrem da restruturação do fundo que financia a reconstrução do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro. O acordo foi assinado em agosto do ano passado para dar prosseguimento às obras na região portuária, que se estendem desde 2010.
A Caixa Econômica Federal tem até 31 de agosto para creditar a parcela dos lucros do FGTS repartida entre os cotistas. O dinheiro é distribuído proporcionalmente ao saldo em cada conta em nome do trabalhador em 31 de dezembro do ano anterior.
Pela legislação, o FGTS rende 3% ao ano mais a taxa referencial (TR). Recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o Fundo deverá ter correção mínima pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mas a correção não é retroativa sobre o estoque das contas e só vale a partir da publicação do resultado do julgamento.
Se o resultado da distribuição do lucro por trabalhador e do rendimento de 3% ao ano mais a TR ficar menor que a inflação, o Conselho Curador é obrigado a definir uma forma de compensação para que a correção alcance o IPCA. O rendimento definitivo do FGTS em 2023 só será conhecido após a distribuição dos lucros.
Como consultar o saldo
O trabalhador pode verificar o saldo do FGTS por meio do aplicativo FGTS, disponível para os telefones com sistema Android e iOS. Quem não puder fazer a consulta pela internet deve ir a qualquer agência da Caixa pedir o extrato no balcão de atendimento.
O banco também envia o extrato do FGTS em papel a cada dois meses, no endereço cadastrado. Quem mudou de residência deve procurar uma agência da Caixa ou ligar para o número 0800-726-0101 e informar o novo endereço.
Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil
SÃO PAULO/SP - O Itaú Unibanco lucrou R$ 9,771 bilhões no primeiro trimestre de 2024, anunciou o banco na segunda-feira (6). O resultado ficou ligeiramente acima da média estimada por analistas consultados pela Bloomberg, de R$ 9,72 bilhões.
O lucro é 15,8% maior que o registrado no mesmo período de 2023 e 3,9% acima do resultado do quarto trimestre do ano passado. A rentabilidade do banco medida pelo ROE (retorno recorrente sobre o patrimônio líquido médio anualizado) também melhorou em ambas as comparações: ele foi a 21,9%, ante 20,7% há um ano e 21,2% há um trimestre.
A receita bruta somou R$ 42,8 bilhões, 14,7% a mais que o mesmo período do ano passado e acima dos R$ 40,31 bilhões previstos pelo mercado financeiro.
Os fatores que mais contribuíram para a melhora no resultado foram o aumento anual de 7,4% da margem financeira com clientes, para R$ 25,8 bilhões, impulsionada pelo crescimento na concessão de crédito, e o crescimento de 5,8% nas receitas de serviços e seguros. Estas somaram R$ 13,5 bilhões graças ao aumento do faturamento de cartões, tanto em emissão quanto em adquirência; aumento dos ganhos com administração de fundos e com assessoria econômico-financeira e corretagem; e maior resultado de seguros em função do aumento dos prêmios ganhos.
A carteira de crédito total do Itaú cresceu 2,8% na comparação anual, atingindo R$ 1,184 trilhão em março de 2024. Considerando apenas o crédito para pessoas físicas, o avanço foi de 2,6%, impulsionado pelos crescimentos de 11,1% em crédito pessoal, de 5,4% em veículos e de 3,1% em crédito imobiliário. O crédito consignado, porém, caiu 1,9%.
Já para pessoas jurídicas, a concessão de empréstimos acelerou. Para grandes empresas, subiu 9,3%, e para micro, pequenas e médias empresas cresceu 10,2%, com destaque para o aumento de 28% das linhas do Pronampe e do FGI, fomentadas pelo governo federal.
O custo do crédito caiu 3,2%, para R$ 8,8 bilhões, quando comparado ao mesmo trimestre do ano passado. De acordo com o Itaú, "o cenário positivo na qualidade de crédito, em função das safras recentes, e a consequente melhora nos índices de inadimplência justificam a redução do custo do crédito na comparação anual."
O índice de atrasos acima de 90 dias caiu de 2,8% no quarto trimestre de 2023 para 2,7% no primeiro trimestre de 2024. Considerando apenas a operação brasileira do banco, este índice saiu de 3,2% para 3,1%.
RAIO-X | ITAÚ UNIBANCO
Fundação: 2008, ano de fusão do Banco Itaú e do Unibanco
Lucro líquido no 1º trimestre de 2024: R$ 9,77 bilhões
Clientes: 70 milhões
Agências e pontos de atendimento: 3.401
Funcionários: 95.773
Principais concorrentes: Bradesco, Santander, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Nubank
POR FOLHAPRESS
EUA - A Johnson & Johnson informou na terça-feira, 16, que registrou lucro líquido de US$ 5,35 bilhões no primeiro trimestre de 2024, ou de US$ 2,20 por ação em termos ajustados. O resultado ficou aquém da projeção de US$ 2,64 dos analistas ouvidos pela FactSet. A empresa farmacêutica obteve US$ 21,383 bilhões em vendas, frente à previsão de US$ 21,39 bilhões.
Apesar de ter ficado abaixo das expectativas, os números foram melhores que os dos três meses encerrados em março no ano passado.
O lucro líquido compensou o prejuízo de US$ 491 milhões (ou US$ 0,19 por ação) vistos no primeiro trimestre de 2023.
A receita cresceu 2,3% ante os US$ 20,894 bilhões reportados um ano antes.
Após a divulgação, a ação da J&J recuava 1,69% nas negociações pré-mercado em Nova York, às 7h58 (de Brasília).
POR ESTADAO CONTEUDO
BRASÍLIA/DF - O Banco do Brasil (BB) bateu recorde de lucro nos nove primeiros meses do ano. De janeiro a setembro, a instituição financeira teve lucro líquido ajustado de R$ 26,1 bilhões, crescimento de 14% em relação ao mesmo período do ano passado.
Em nota, o BB informou que a melhoria dos lucros decorreu do crescimento da margem financeira bruta (+30,1%), decorrente do bom desempenho da carteira de crédito e dos investimentos em títulos. O banco também cita a diversificação das receitas (principalmente de serviços) e o controle dos gastos.
Apenas no terceiro trimestre, o lucro líquido ajustado alcançou R$ 8,8 bilhões, resultado 4,5% acima do mesmo trimestre de 2022 e 12,8% acima do trimestre anterior. O retorno sobre patrimônio líquido (RSPL) chegou a 21,3%, o que, segundo o BB, representa um índice semelhante ao dos bancos privados.
De acordo com o BB, parte da melhoria decorre do crescimento do crédito. A carteira de crédito ampliada encerrou setembro em R$ 1,07 trilhão, 10% acima do registrado em setembro de 2022 e 2% acima do observado no fim do segundo trimestre.
O índice de inadimplência, que considera atrasos de mais de 90 dias, subiu de 2,73% em junho para 2,81% em setembro, refletindo a alta nos juros, mas, segundo o BB, está abaixo da média de 3,5% registrada no sistema financeiro nacional.
Segmentos
Na distribuição por segmentos de crédito, a carteira pessoa física ampliada cresceu 7,9% em relação a setembro do ano passado e 0,7% em relação a junho deste ano. O destaque foi o crédito consignado (+2% no trimestre e +8,9% em 12 meses).
Em relação ao crédito para empresas, a carteira pessoa jurídica ampliada expandiu-se 4,7% em 12 meses. O melhor desempenho foi registrado na carteira para micro, pequenas e médias empresas (+4,2% no trimestre e +14,2% em 12 meses).
O crédito para o agronegócio encerrou setembro com alta de 5,7% no trimestre e de 18,2% sobre setembro do ano passado. Somente na atual safra 2023/2024, foram emprestados R$ 68,8 bilhões, alta de 8,2% em relação à safra anterior. Os destaques no crédito para o agronegócio foram operações de custeio (+14,2% no trimestre e +18,9% em 12 meses), de investimento (+4,8% no trimestre e +37,1% em 12 meses) e comercialização (+8,7% no trimestre e +64,9% em 12 meses).
As operações de crédito sustentáveis, que respeitam parâmetros sociais e ambientais, atingiram R$ 338,8 bilhões no fim do terceiro trimestre, com alta de 5,5% em 12 meses. O crédito sustentável corresponde a 32% da carteira de crédito ampliada do banco.
Receitas e despesas
As receitas de prestação de serviços nos nove primeiros meses do ano cresceram 5% em 12 meses. As despesas administrativas subiram 8% na mesma comparação, segundo o BB por causa de investimentos em tecnologia.
Projeções
O Banco do Brasil manteve as projeções para 2023. A estimativa de lucro ajustado para o ano está entre R$ 33 bilhões e R$ 37 bilhões. A previsão de crescimento do volume de crédito neste ano está entre 9% e 13%. As receitas com serviços crescerão de 4% a 8%. A previsão para as despesas administrativas foi mantida, com alta de 7% a 11% neste ano.
Por Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil
EUA - A Disney divulgou na quarta-feira (8) lucros trimestrais melhores do que o esperado – ajudados pelo aumento da frequência aos parques temáticos, um plano agressivo de corte de custos e perdas reduzidas em seu negócio de streaming – enquanto o CEO Bob Iger tenta se defender dos desafios à sua liderança por parte de investidores ativistas.
Iger declarou que a ‘Mouse House’ está entrando numa nova fase de reconstrução após uma reestruturação massiva, colocando a empresa no caminho certo para alcançar cerca de 7,5 bilhões de dólares em cortes de custos – um aumento de 2 bilhões de dólares em relação aos 5,5 bilhões de dólares anunciados anteriormente no início do ano.
“Embora ainda tenhamos trabalho a fazer, estes esforços nos permitiram ultrapassar este período de fixação e começar a construir os nossos negócios novamente”, disse Iger numa teleconferência depois de a empresa ter divulgado os resultados do quarto trimestre.
“Temos uma base sólida de excelência criativa e inovação construída ao longo do século passado, que só foi reforçada pelo importante trabalho de reestruturação e eficiência de custos que realizamos este ano.”
As ações da Mouse House, que permaneceram perto dos mínimos de nove anos, subiram quase 4% nas negociações após o expediente de quarta-feira.
A gigante do entretenimento centenária está mais uma vez sob pressão do acionista ativista Nelson Peltz, cuja Trian Fund Management deverá buscar assentos no conselho. O bilionário e ex-executivo da Marvel Isaac “Ike” Perlmutter disse que confiou sua participação na Disney a Trian para esse esforço, dando ao fundo o controle sobre uma participação avaliada em mais de US$ 2,5 bilhões, informou o Wall Street Journal .
A Trian havia pressionado por um assento no conselho em janeiro, mas encerrou sua disputa por procuração um mês depois, depois que Iger apresentou planos de reestruturação com o objetivo de economizar US$ 5,5 bilhões.
No trimestre encerrado em 30 de setembro, o lucro líquido da Disney aumentou 63%, para US$ 264 milhões, ou 14 centavos, em comparação com o lucro do ano anterior de US$ 162 milhões, ou 9 centavos por ação. O lucro por ação ajustado totalizou 82 centavos, melhor do que a estimativa de lucro por ação da Wasll Street de 70 centavos.
A receita aumentou 5%, para US$ 21,24 bilhões, ficando aquém das expectativas de US$ 21,33 bilhões.
A queda na receita publicitária nas emissoras de TV da empresa, como a ABC, fez com que a Disney relatasse sua segunda perda consecutiva de receita.
Durante o verão, Iger disse que estava interessado em vender propriedades de TV da empresa, como National Geographic, FX, ABC e outras. Iger também pretende vender uma participação minoritária na rede esportiva ESPN.
A divisão de entretenimento da Disney, que inclui redes de TV e estúdios de cinema, gerou US$ 9,5 bilhões em receitas, com o direto ao consumidor representando mais de US$ 5 bilhões desse número. A receita totalizou US$ 236 milhões, com todos os lucros das redes lineares compensando as perdas em serviços de streaming como Disney+.
A Disney disse que seu negócio de streaming, que vem perdendo dinheiro desde o lançamento do Disney+ no final de 2019, está progredindo na redução de suas perdas. O negócio, que também inclui Hulu e ESPN+, perdeu US$ 387 milhões no trimestre, abaixo dos US$ 1,47 bilhão do ano anterior.
Na sua unidade desportiva, a ESPN viu a sua receita aumentar ligeiramente para 3,8 bilhões de dólares, com o lucro operacional aumentando 16%, para 987 milhões de dólares.
Por último, nos parques temáticos e experiências, as receitas aumentaram 13%, para 8,2 bilhões de dólares, com o lucro operacional a aumentar 31%, para 1,8 bilhões de dólares. A maior frequência nos resorts Shanghai Disney, Hong Kong Disneyland e Disneyland e o crescimento dos negócios de cruzeiros ajudaram a compensar os resultados mais baixos no Walt Disney World, na Flórida.
Embora os lucros de quarta-feira tenham elevado o preço das ações da Disney, foi um ano difícil para a Mouse House, cujo preço das ações caiu abaixo de US$ 90 durante a maior parte do ano. Isso representa menos da metade do preço de suas ações apenas dois anos antes.
por diegof / ISTOÉ
BRASÍLIA/DF - O principal banco no crédito imobiliário no país, a Caixa Econômica Federal fechou o primeiro semestre com lucro líquido de R$ 4,5 bilhões, resultado 3,2% maior que nos seis primeiros meses do ano passado. Apenas no segundo trimestre (abril a junho), a instituição lucrou R$ 2,6 bilhões, com alta de 40,9% sobre o mesmo período de 2022.
Os números constam de balanço divulgado pela Caixa na noite de quarta-feira (16). A carteira de crédito total da instituição encerrou junho em R$ 1,062 trilhão, com alta de 14,4% em 12 meses. Em relação à concessão de créditos, o banco emprestou R$ 259,1 bilhões no primeiro semestre, alta de 8,5% em relação ao mesmo período de 2022. No segundo trimestre, os empréstimos somaram R$ 132,5 bilhões, com alta de 1,9% na mesma comparação.
Do saldo total de crédito, R$ 682,8 bilhões correspondem ao crédito imobiliário, principal segmento do banco, com crescimento de 15% em relação a junho do ano passado. A concessão de financiamentos imobiliários somou R$ 85,4 bilhões nos seis primeiros meses do ano, somando os recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE) e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviços (FGTS). O valor representa alta de 14% sobre o mesmo período de 2022.
No primeiro semestre, a Caixa respondeu por 67,5% dos financiamentos imobiliários em todo o país. No Programa Minha Casa, Minha Vida, destinado a famílias de renda mais baixa, o banco concentra 99% de participação no mercado. Segundo a Caixa, o crédito imobiliário beneficiou 1,3 milhão de pessoas com a casa própria na primeira metade do ano e contribuiu para a criação de 581,1 mil empregos.
Demais linhas de crédito
Em relação às demais linhas de crédito, o crédito ao agronegócio encerrou o primeiro semestre com saldo de R$ 49,4 bilhões (+60,5%), o estoque de crédito consignado atingiu R$ 102,8 bilhões (+13,5%) e o saldo de crédito para infraestrutura somou R$ 98,5 bilhões (+5,3%) no fim de junho.
O segmento de crédito comercial para pessoas físicas registrou saldo de R$ 126 bilhões, com contratações de R$ 51 bilhões no semestre. Houve crescimento de 21% nos financiamentos de cartões de crédito, de 11,8% no penhor e 8,3% no crédito rotativo.
O segmento de pessoas jurídicas totalizou saldo de R$ 89 bilhões, dos quais as linhas de capital de giro somaram R$ 77 bilhões, com contratações de 35,6 bilhões no semestre. Os maiores crescimentos foram registrados nas linhas de cartão de crédito (+66,9%), capital de giro (+41,6%), e crédito rotativo (+28%).
Receitas e despesas
No primeiro semestre, as receitas com prestação de serviços alcançaram R$ 12,5 bilhões, alta de 3% em relação ao mesmo período do ano passado. Os destaques foram o aumento de 29,1% em produtos de seguridade, de 6,5% em receitas de cartões de débito e crédito e 5,4% nos serviços prestados para o governo.
As despesas administrativas (despesas de pessoal e outras despesas administrativas) totalizaram R$ 19,8 bilhões. O valor representa alta de 10,5% em relação aos seis primeiros meses de 2022.
Inadimplência
As operações com mais de 90 dias de atraso subiram de 1,73% no primeiro semestre de 2022 para 2,71% no mesmo período deste ano. Segundo a Caixa, o indicador poderia ter ficado em 2,46%, não fosse o impacto de um caso específico. O banco não informou se esse caso diz respeito ao consignado do auxílio emergencial, concedido em outubro do ano passado e cuja inadimplência continua neste ano.
Considerado apenas o crédito imobiliário, o índice de operações com mais de 90 dias de atraso ficou em 2,1%. A Caixa ressalta que 95% dos financiamentos do setor têm nota entre AA e C, o que indica ausência de calote, embora notas B e C indiquem risco de inadimplência.
Por Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil
SÃO PAULO/SP - A Embraer registrou lucro líquido ajustado de R$ 279 milhões no segundo trimestre de 2023, alta de 20% ante igual intervalo de 2022. Considerando o resultado atribuído aos acionistas, houve prejuízo de R$ 96,2 milhões, melhora em comparação a cifra também negativa de R$ 741,7 milhões reportada um ano antes.
O Ebitda ajustado da companhia ficou em R$ 724,1 milhões entre abril e junho, 16,5% maior na comparação anual. A margem Ebitda ajustada ficou em 11,4% ante 12,3% no segundo trimestre do ano passado.
No critério não ajustado, o Ebitda somou R$ 592,2 milhões ante um resultado negativo de R$ 933 milhões um ano antes. A margem Ebitda foi de 9,3% no segundo trimestre de 2023 ante 18,5% em igual intervalo de 2022.
Já o Ebit ajustado somou R$ 482,1 milhões, alta anual de 18%, com margem de 7,6% contra 8,1% no segundo trimestre do ano passado. No critério não ajustado, a cifra chegou a R$ 350,2 milhões ante R$ 1,1 bilhão negativo um ano antes.
A receita líquida da Embraer atingiu R$ 6,3 bilhões entre abril e junho, avanço anual de 26% e trimestral de 71%. Comparado ao segundo trimestre de 2022, a Aviação Comercial cresceu 56%, devido ao maior número de entregas. A Executiva teve alta de 39% na receita, refletindo aumento de volumes e do mix de entregas.
Por outro lado, a receita de Defesa e Segurança cedeu 28%, devido ao atraso no reconhecimento de receita no primeiro semestre de 2023, segundo o release de resultados.
A carteira de pedidos firmes encerrou o segundo trimestre de 2023 estável em US$ 17,3 bilhões.
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