MUNDO - A Netflix publicou nea 3ª feira (19) seus resultados financeiros para o 4º trimestre de 2020. A empresa registrou receita de US$ 6,64 bilhões. O lucro líquido foi de US$ 542 milhões, diminuição de 7,63% em relação ao mesmo período de 2019.
A empresa também divulgou as estimativas para o 1º trimestre de 2021. O lucro líquido deve chegar a US$ 1,3 bilhão. A empresa projeta receita de US$ 7,1 bilhões no período.
No ano passado, a Netflix ganhou 37 milhões de assinantes –foi a 203,66 milhões. É o maior aumento anual da história.
“Estamos extremamente gratos que nestes tempos de desafios únicos fomos capazes de fornecer aos nossos clientes uma fonte de fuga”, afirmou a empresa no balanço financeiro (íntegra – 389 KB).
A série “The Crown” foi a série mais assistida no ano. Segundo o balanço, a produção foi vista em mais de 100 milhões de domicílios nos 28 primeiros dias depois do lançamento.
Outra produção que conseguiu atrair milhões de espectadores nos primeiros 28 dias foi ‘”O Gambito da Rainha”, vista em 62 milhões de domicílios. A empresa de streaming observou que a minissérie original não é apenas a mais bem sucedida nesse formato, mas também impulsionou as vendas de tabuleiros de xadrez.
Assinantes de 72 milhões de domicílios visualizaram “O Céu da Meia-Noite”, estrelado por George Clooney.
A companhia reconheceu que o início das operações do Disney Plus em novos mercados ampliou as opções de consumo e a concorrência. A Netflix se prepara para o lançamento de outras plataformas, como ViacomCBS e Warner. Para a empresa, isso é apenas um sinal de que “é um ótimo momento para ser um consumidor de entretenimento”.
A empresa é uma das esperanças da indústria da mídia e do entretenimento para sobreviver à pandemia da covid-19. As restrições impostas por muitos países ameaçam atividades culturais, como teatro e cinema.
A Netflix declarou que, embora suas equipes de produtos não tenham sido afetadas pela crise global, seu atendimento ao cliente tem enfrentado alta demanda durante esses primeiros meses do ano. Além disso, as equipes de produção de conteúdo enfrentaram a paralisação do setor. A produção audiovisual ficou suspensa por meses, prejudicando o calendário de lançamentos.
*Por: PODER360
SÃO PAULO/SP - De carona na explosão do comércio eletrônico deflagrada pela pandemia da Covid-19, a varejista Magazine Luiza viu seu lucro ter forte alta no terceiro trimestre, apoiada também na reabertura de lojas físicas e na diluição de custos.
A companhia anunciou nesta segunda-feira que seu lucro líquido ajustado de julho a setembro atingiu 215,9 milhões de reais, um salto de 69,6% sobre um ano antes.
O salto de 148% ano a ano das vendas digitais da companhia, a 8,2 bilhões de reais, fez o canal responder por dois terços das vendas, um avanço de 18 pontos percentuais.
A companhia avalia ter tido ainda um ganho de 5,4 pontos percentuais ano a ano em sua área de atuação, refletindo entre outros fatores a integração de vendas online e lojas físicas, o que ganhou tração com a reabertura de pontos físicos, diante da flexibilização da quarentena adotada para conter a pandemia.
Segundo o presidente-executivo da companhia, Frederico Trajano, o Magazine Luiza se beneficiou também da integração de startups adquiridas nos últimos meses, o que ajudou a ampliar a base de vendedores terceiros no marketplace da varejista, ditando também ganhos de margem dado que as despesas cresceram em menor velocidade do que as receitas.
No trimestre, a receita líquida do grupo somou 8,3 bilhões de reais, alta de 70,8% ano a ano. Enquanto isso, a despesa operacional subiu 52,7%, a 1,68 bilhão de reais, passando a representar 20,3% da receita, ante 22,7% um ano antes.
“Com a integração das startups que compramos, temos possibilidade de diluir custos ainda mais”, disse Trajano.
Nos últimos meses, o Magazine Luiza comprou seis startups que prestam serviços desde logística a educação para negócios, num esforço para expandir e melhorar a base de vendedores no marketplace, que era de 40 mil no fim de setembro.
O resultado operacional medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado avançou 41%, a 561,2 milhões de reais.
Um ponto que destoou do conjunto positivo do balanço foi a queda da margem Ebitda, de 8,2% para 6,8%, refletindo maiores gastos com melhoria do nível do serviço.
Segundo Trajano, com o crescimento do comércio eletrônico muito acima do previsto, alguns níveis de qualidade do serviço diminuíram, e a empresa percebeu que isso poderia se agravar com a volta das atividades das lojas físicas.
“Por isso, ampliamos rotas de viagens de veículos e contratamos mais gente”, disse o executivo, referindo-se a um aumento de 3 mil funcionários no período.
No trimestre, o Magazine Luiza retomou o funcionamento integral de todas suas cerca de 1,1 mil lojas e abriu mais 81 unidades, entre lojas convencionais, quiosques e lojas virtuais.
Segundo Trajano, as datas de vendas no final do ano, incluindo Black Friday e Natal, devem ajudar a manter o ritmo de vendas do terceiro trimestre, com apoio ainda de fatores como o auxílio emergencial do governo.
“Para 2021, gostaríamos que o auxílio fosse mantido, mas acho que de todo modo teremos crescimento das nossas lojas físicas, porque a base de comparação com este ano será boa.”
*Por; Aluisio Alves / REUTERS
MUNDO - A trading de grãos norte-americana Archer Daniels Midland reportou nesta quinta-feira uma queda de 44,7% no lucro do terceiro trimestre, afetada por custos maiores e por perdas com seguros relacionadas à unidade de serviços agrícolas e oleaginosas (Ag Services & Oilseeds).
A ADM disse que as despesas gerais, administrativas e com vendas avançaram para 636 milhões de dólares, ante 578 milhões de dólares em igual período do ano passado, devido principalmente aos gastos variáveis com remunerações por desempenho, que foram baixos no ano anterior.
Os resultados nos negócios não essenciais da empresa também foram menores, afetados pela queda nos lucros em serviços ao investidor e por perdas com o seguro cativo, incluindo um impacto de 17 milhões de dólares em um acordo fechado pela Ag Services & Oilseeds.
O lucro líquido atribuível à ADM recuou para 225 milhões de dólares, ou 0,40 dólar por ação, nos três meses encerrados em 30 de setembro. No mesmo período do ano passado, havia atingido 407 milhões de dólares, ou 0,72 dólar por ação.
Já a receita da empresa caiu para 15,13 bilhões de dólares, ante 16,73 bilhões de dólares no terceiro trimestre de 2019.
*Reportagem de Arundhati Sarkar / REUTERS
MUNDO - O grupo eletrônico japonês Sony registrou no primeiro trimestre um lucro líquido de 233,25 bilhões de ienes (2,2 bilhões de dólares), uma alta de 53,3%, mas advertiu que o lucro anual deve registrar queda de dois dígitos.
No período de abril a junho, a Sony registrou "aumentos significativos" nos segmentos de serviços de jogos e redes e serviços financeiros, destaca um comunicado da empresa.
O lucro operacional, no entanto, caiu e o grupo prevê para o ano fiscal que termina em março um lucro de 510 bilhões de ienes, uma queda de 12,4%.
Embora a demanda por jogos tenha disparado quando as pessoas foram obrigadas a permanecer em suas casas, a pandemia provocou efeitos negativos como a queda no faturamento, cancelamentos de eventos musicais e fechamentos de cinemas.
"O confinamento afetou as linhas de produção e as vendas de produtos eletrônicos, assim como a estreia de filmes nos cinemas", declarou à AFP Hideki Yasuda, analista do Ace Research Institute de Tóquio.
"Foi um trimestre muito difícil. A Sony ainda espera se recuperar gradualmente no restante do ano fiscal, mas desde que não aconteça uma segunda onda da pandemia", completou.
O analista advertiu que o lucro líquido anual até março deve cair 12,4%, a 510 bilhões de ienes, com um lucro operacional anual de 26,7% a 620 bilhões de ienes.
Com a próxima versão do Playstation, os analistas consideram que o preço das ações da empresa permanecerá estável.
No segundo trimestre, o segmento principal de jogos da empresa cresceu 32%, consequência de uma sólida demanda de títulos e serviços relacionados, e as vendas anuais do segmento devem aumentar 26%.
Os resultados do próximo ano dependem muito de como vai funcionar o Play Station 5, disse Yasuda à AFP.
*Por: AFP
SÃO PAULO/SP - O Itaú Unibanco divulgou na noite desta segunda-feira, 4, um lucro líquido recorrente de R$ 3,9 bilhões no primeiro trimestre, cifra 43,1% inferior ao resultado do mesmo período do ano passado, quando os ganhos somaram quase R$ 6,9 bilhões. Quando se levam em conta os dados do quarto trimestre de 2019, a queda foi ainda maior, de 46,4%.
A retração do lucro do maior banco da América Latina ocorreu em meio aos maiores gastos com provisões para devedores duvidosos, as chamadas PDDs, refletindo a piora sensível do cenário econômico. O Banco Mundial agora prevê uma queda de 5% para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2020. No início do ano, esperava-se uma expansão de 2% a 3%. Isso, claro, antes da pandemia do novo coronavírus bagunçar a economia global, a partir de março.
As reservas para eventuais calotes foram reforçadas em cerca de R$ 7 bilhões. Como consequência, o custo de crédito da instituição atingiu R$ 10,1 bilhões no primeiro trimestre, salto de 73,6% quando comparado ao quarto trimestre de 2019. A rentabilidade do banco também foi afetada pela atual crise econômica, saindo do patamar de 23%, no quarto trimestre, para 12,8%, ao fim de março.
O presidente do Itaú, Candido Bracher, destacou que o banco está com seus esforços voltados para apoiar os clientes na crise e no “longo período de recuperação que virá”. Por isso, precisou se proteger com provisões. “É fundamental manter um balanço forte e é com este objetivo que incrementamos significativamente nosso nível de provisões”, disse o executivo, em comunicado.
A pandemia de covid-19 também fez o Itaú abandonar as projeções de desempenho inicialmente divulgadas para 2020. Por enquanto, o banco vê muitas incertezas no cenário. “A administração entende ser prudente não divulgar novas projeções neste momento, até ser possível ter uma maior precisão sobre os impactos e extensão da situação atual em nossas operações”, informa a instituição financeira, em relatório que acompanhou seu balanço.
Crédito
A carteira de crédito total do Itaú somava R$ 769,2 bilhões ao fim de março, elevação de 8,9% na comparação com dezembro, como reflexo da maior demanda por crédito em meio à crise causada pelo novo coronavírus. Em um ano, os empréstimos tiveram incremento de 18,9%.
O aumento do crédito foi impulsionado pelas solicitações de grandes empresas, que se apressaram em reforçar liquidez diante da pandemia. Segundo o banco, a busca por crédito por grandes negócios dobrou em março, na comparação com o mês de fevereiro.
Renegociação de dívidas
O Itaú informou que o saldo de renegociações de empréstimos cresceu 12,9% no primeiro trimestre em comparação com o fechamento de dezembro de 2019, em parte influenciado pela prorrogação do pagamento de parcelas de empréstimos em dia para atender clientes com necessidade de alongamento. De acordo com a demonstração de resultado do banco, no trimestre, o saldo de créditos renegociados foi para R$ 31,7 bilhões, de R$ 28,1 bilhões ao final de dezembro.
Entre outros impactos da pandemia nos números, o Itaú cita redução de 38,9% na margem financeira com o mercado, decorrente do impacto da volatilidade na precificação de instrumentos financeiros. O banco diz ainda que o custo do crédito aumentou 165,2% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2019, devido principalmente ao aumento na despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa.
*Por: Aline Bronzati e Cynthia Decloedt / ESTADÃO
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