SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Saúde irá realizar três plantões noturnos em dias úteis, além de dois plantões diurnos aos finais de semana, para vacinação contra influenza (gripe) e COVID-19. Serão contemplados cinco locais, em diferentes pontos da cidade.
Na próxima terça-feira (06/06), assim como na seguinte terça-feira (13/06) e na quinta-feira (15/06), as Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) da Redenção, Santa Paula e Vila Nery e a Unidade de Saúde da Família (USF) do Jardim Zavaglia terão vacinação das 7h30 até às 19h, permitindo que os são-carlenses se imunizem aos finais de tarde e início da noite.
Depois, no sábado (17/06), o Centro Municipal de Especialidades (CEME) também estará aberto para vacinação das 8h às 16h, enquanto, no domingo (18/06), o plantão acontece no mesmo local das 8h às 13h.
Segundo a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Denise Mello Martins, a imunização contra estes vírus ganha importância acentuada no atual período do ano, em que ocorre a redução das temperaturas. “É importante que as pessoas procurem uma das unidades de saúde e aproveitem a possibilidade de se imunizar, pois, com as quedas de temperatura e considerando que essas doenças afetam o sistema respiratório, a vacinação contribui com o controle da circulação viral no município”, disse Denise.
Vale lembrar que todas as pessoas com seis ou mais meses de idade – crianças, adolescentes, adultos e idosos – estão aptas a se vacinar, sendo que as vacinas contra a gripe e bivalente contra a COVID-19 podem ser aplicadas no mesmo dia. Para receber a vacina bivalente, porém, é necessário que o munícipe tenha tomado ao menos duas doses anteriormente, com a última dose tendo sido aplicada há pelo menos quatro meses.
BRASÍLIA/DF - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu na sexta-feira (2) que os valores repassados a áreas como educação e saúde não configuram gasto, mas investimento. Durante evento na Universidade Federal do ABC, em São Paulo, nesta sexta-feira (2), ele disse não haver, em todo o mundo, um país que cresceu e se desenvolveu sem antes investir na educação.
“Se a educação é a base de tudo, tomei a decisão de que, no nosso governo, quando se fala em fazer universidade, creche, escola, a gente não pode mais utilizar a palavra gasto. A palavra tem que ser investimento”, disse.
“É uma inversão que a gente precisa fazer. Para a elite dominante desse país, tudo que é benefício é gasto. Saúde é gasto. Ora, a saúde é um baita de um investimento. Todo mundo sabe o quanto custa uma pessoa doente aos cofres do Estado. E o quanto pode produzir, trabalhar e aprender uma pessoa que está com plena saúde.”
Logo em seguida, o presidente voltou a criticar o patamar atual da taxa básica de juros, a Selic, fixada pelo Banco Central. “Gasto é a gente pagar 13,75 [% ao ano] por juro para o sistema financeiro desse país”, disse. “Isso é gasto. O restante é investimento”, completou.
No último dia 19, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também defendeu a diminuição da Selic. Ele avaliou que o país está pronto para iniciar um ciclo de queda nos juros e criticou a decisão do BC em manter a Selic em patamar elevado.
“Nós achamos que há espaço para começar um ciclo [de queda nos juros] mas, enfim, tem uma equipe técnica ali [no Comitê de Política Monetária do Banco Central] que está formada, e que nós procuramos respeitar.”
Por Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil
SÃO CARLOS/SP - O vereador Elton Carvalhos (Republicanos) protocolou requerimento endereçado ao prefeito Airton Garcia, questionando a Secretaria Municipal de Saúde sobre a falta de insulina e fitas para teste de glicemia. Relatos de pacientes que fazem uso contínuo do medicamento, chegam em grande quantidade há algum tempo e causam preocupação.
De acordo com o vereador, "esta situação é inadmissível e já perdura há algum tempo, demandando agilidade dos tomadores de decisão para que a falta tanto da insulina, quanto das fitas seja resolvida, e a população tenha acesso o quanto antes para retomar o tratamento".
“Nós temos recebido reclamações diariamente e em grande quantidade. Precisamos de um posicionamento da Prefeitura do que está acontecendo, visto que diabetes é uma patologia preocupante, que se não for controlada, pode agravar o quadro de saúde, e levar o paciente a danos irreparáveis, em alguns casos, até o óbito”, destacou Elton.
No requerimento, o parlamentar questiona o motivo da falta de insulina e de fita de glicemia, o estoque existente e a demanda atual, qual a previsão para regularização no abastecimento e fornecimento e o que a Prefeitura tem feito para minimizar os danos causados pela suspensão no fornecimento dos medicamentos, já que são de uso contínuo.
SÃO CARLOS/SP - Uma criança está no leito da UPA da Vila Prado, desde ontem, 01, e segundo os pais, aguardando a boa vontade do Cross para ser encaminhado para o Hospital Escola ou a Santa Casa.
A criança de 4 anos está diagnosticada com COVID e suspeita de apendicite, ou seja, com muita dor, porém hoje, 02, até a publicação desta matéria nenhuma providência foi tomada.
Caso se confirme apendicite supurada, o órgão acaba sofrendo um rompimento em consequência da inflamação. O paciente sente dor intensa e passa a correr o risco de sepse – infecção generalizada, ou seja, é uma situação de urgência! Ouça o relato do pai e os gemidos de dor da criança.
PERGUNTAR NAO OFENDE: Até quando a saúde de São Carlos estará na UTI?
matéria atualizada às 9h50: Nossa reportagem foi ao ar às 9h30, quando às 9h50 os pais entraram em contato afirmando que a vaga no Hospital Escola foi aberta e o menino está sendo transferido para unidade hospitalar.
SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, irá seguir a orientação da Secretaria de Estado da Saúde, que prorrogou a campanha de vacinação contra a influenza (gripe) até o próximo dia 30 de junho, aumentando em um mês o período para que a população possa se imunizar.
Desta forma, o município seguirá disponibilizando a vacina em São Carlos em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) e Unidades de Saúde da Família (USF’s) durante todo o mês de junho, sempre aos dias úteis, das 7h30 às 16h30.
Estão habilitadas a se imunizar as pessoas com seis meses ou mais de idade – crianças, adolescentes, adultos e idosos –, que deverão levar documento com foto, CPF e carteira de vacinação a uma das unidades de saúde para se vacinar.
A diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Denise Mello Martins, lembra da importância da imunização de toda a população. “A influenza é uma infecção viral aguda que atinge o sistema respiratório e pode levar a complicações, por isso, é importante que as pessoas procurem os postos de saúde, vacinem-se e contribuam com a redução da circulação viral no município”, disse Denise.
Até o momento foram aplicadas 41.737 doses contra a influenza, sendo que a população alvo é de 101.723 pessoas.
VACINAÇÃO COVID-19 - Quem for a uma das UBS’s ou USF’s se vacinar contra a gripe, também poderá, no mesmo dia, imunizar-se contra a COVID-19. Para receber a vacina bivalente, porém, é necessário que o munícipe tenha tomado ao menos duas doses da vacina anteriormente, com a última dose tendo sido aplicada há pelo menos quatro meses. Da bivalente já foram aplicadas 42.247 doses. A população alvo para esse imunizante chega a 232 mil pessoas.
SÃO CARLOS/SP - Em 2023 já foram registradas 2.053 notificações para Dengue, com 282 casos positivos, sendo 221 autóctones e 61 importados. Para Chikungunya foram registradas 56 notificações, com 46 casos descartados, 08 aguardando resultado de exame e 02 positivos (importados). Para Zika foram registradas 38 notificações, com 37 casos descartados e 01 aguardando resultado. Para Febre Amarela ainda não foi registrada notificação até o momento.
2022 - Em 2022 foram registradas 6.007 notificações, com 2.274 casos positivos de Dengue, sendo 2.147 autóctones e 127 importados com 1 morte registrada. Para Chikungunya foram registradas 56 notificações, com 56 casos descartados. Para Febre Amarela foram registradas 2 notificações com 2 resultados negativos. Para Zika foram registradas 23 notificações, com 23 casos descartados.
2021 - Foram registradas 670 notificações, com 136 casos positivos para a Dengue, sendo 102 autóctones e 34 importados. Para Chikungunya foram registradas 30 notificações, com 30 resultados negativos para a doença. Para Febre Amarela foi registrada 1 notificação, com 1 caso descartado. Para Zika foram registradas 12 notificações, com 12 casos descartados.
2020 - Foram registradas 1.638 notificações para Dengue com 640 casos positivos, 582 autóctones, 58 importados e 1 óbito confirmado. Para Febre Amarela foram registradas 6 notificações, com 6 resultados negativos para a doença. Para Zika foram registradas 7 notificações com 7 resultados negativos. Para Chikungunya foram notificados 2 casos positivos, sendo um importado.
CHINA - A possibilidade de o vírus causador da covid-19 ter vazado de um laboratório não deve ser descartada, afirmou à BBC News um ex-cientista que trabalhou no governo chinês.
Como chefe do Centro de Controle de Doenças (CDC) da China, o professor George Gao desempenhou um papel fundamental na resposta à pandemia e nos esforços para rastrear as origens do problema.
O governo da China rejeita qualquer sugestão de que a doença possa ter se originado em um laboratório na cidade de Wuhan.
Mas o professor Gao não descarta essa possibilidade. Em uma entrevista para o podcast Fever: The Hunt for Covid's Origin ("Febre: a Busca pela Origem da Covid", em tradução livre), da BBC Radio 4, o professor Gao disse: "Você sempre pode suspeitar de qualquer coisa. Isso é ciência. Não descarte nada."
Referência mundial em virologia e imunologia, o professor Gao é agora vice-presidente da Fundação Nacional de Ciências Naturais da China, depois de se aposentar do CDC no ano passado.
Em um possível sinal de que o governo chinês pode ter levado a teoria do vazamento de laboratório mais a sério do que as declarações oficiais sugerem, Gao também afirmou à BBC que algum tipo de investigação formal no Instituto de Virologia de Wuhan (IVW) foi realizada.
"O governo organizou algo", afirma o cientista, que acrescenta não estar envolvido nesse projeto.
A reportagem da BBC News pediu que ele esclarecesse se isso significava que outro ramo do governo realizou uma busca formal no IVW — um dos principais laboratórios nacionais da China, conhecido como referência em estudos sobre os coronavírus.
"Sim", ele respondeu. "Aquele laboratório foi verificado duas vezes pelos especialistas da área."
Esse é o primeiro reconhecimento de que algum tipo de investigação oficial ocorreu e, embora o professor Gao diga que não viu o resultado, ele afirma ter ouvido que o laboratório recebeu um atestado sanitário.
"Acho que a conclusão é que eles estão seguindo todos os protocolos. Eles não encontraram [nenhuma] irregularidade."
As origens na natureza
É quase consenso que o vírus causador da covid-19 se originou nos morcegos.
Mas como ele passou desses animais para os humanos ainda é uma questão muito controversa — e, desde o início, há duas possibilidades principais.
Uma delas é que o vírus se espalhou naturalmente de morcegos para humanos, talvez por meio de outros animais intermediários. Muitos cientistas dizem que o peso das evidências sugere que esse é o cenário mais provável.
Mas outros pesquisadores dizem que não há elementos suficientes para descartar a principal possibilidade alternativa — a de que o vírus infectou alguém envolvido em uma pesquisa projetada para entender melhor a ameaça de patógenos emergentes da natureza.
Essas duas opções agora se encontram no centro de um impasse geopolítico, uma massa de teorias da conspiração e um dos debates científicos mais politizados e tóxicos de nosso tempo.
O novo podcast da BBC tenta esclarecer essa questão difícil, mas de vital importância, por meio de entrevistas com alguns dos principais cientistas de todos os lados do debate — bem como reportagens em locais importantes para essa história, das ruas de Wuhan ao interior de um laboratório de alta segurança nos Estados Unidos.
Em janeiro de 2020, o cientista Wang Linfa estava visitando o Instituto de Virologia de Wuhan, onde é professor honorário, no momento em que o surto de coronavírus começou.
Ele disse à BBC que uma colega do IVW estava preocupada com a possibilidade de um vazamento no laboratório, mas ela conseguiu manejar esse risco.
Wang é professor de doenças infecciosas emergentes na Duke-NUS Medical School, em Singapura, e colabora regularmente com a professora Shi Zhengli, que estuda o mesmo assunto no IVW.
Amigos de longa data, ambos estão entre os maiores especialistas do mundo em coronavírus de morcego — e até ganharam os apelidos de Batman e Batwoman.
Segundo o relato de Wang, Shi disse a ele que "perdeu o sono por um dia ou dois" porque se preocupava com a possibilidade de existir "uma amostra em seu laboratório que ela não conhecia, mas com um vírus, que contaminou algo e saiu".
Wang acrescenta ter ouvido que Shi verificou as amostras e identificou que não continham evidências do vírus que causa a covid ou de qualquer outro patógeno parecido o suficiente para causar um surto.
Ele também diz que há "chance zero" de que a professora Shi ou qualquer pessoa da equipe dela esteja escondendo o fato de ter encontrado evidências de um vazamento no laboratório porque eles estavam se comportando como se nada tivesse acontecido, incluindo sair para jantar e planejar uma sessão de karaokê.
Os relatórios de inteligência dos Estados Unidos, que foram tornados públicos recentemente, sugerem que vários pesquisadores do IVW ficaram doentes no outono de 2019 com sintomas "consistentes com a covid-19 e outras doenças sazonais comuns".
Mas o professor Wang diz à BBC que sugeriu à professora Shi coletar amostras de sangue da equipe para ver se eles tinham anticorpos contra a covid em janeiro de 2020.
Ele diz que Shi seguiu o conselho e todos os testes deram negativo — um sinal de que a equipe não estava infectada com o coronavírus à época.
O professor Wang faz parte de um grupo de cientistas que acredita nas evidências de que o vírus passou para humanos em um mercado de Wuhan.
O Mercado de Frutos do Mar de Huanan — que vendia muito mais do que o nome sugere, incluindo mamíferos selvagens — está relacionado a muitos dos primeiros casos, que afetaram pessoas que trabalhavam ou faziam compras lá.
Embora a China tenha mostrado uma falta de transparência, esses cientistas dizem que agora há informações suficientes, como os dados sobre os primeiros casos e a amostragem ambiental naquele mercado, para descartar a hipótese de vazamento do laboratório.
Na verdade, tais afirmações existem desde o início, principalmente em um artigo publicado em março de 2020 que se tornou uma das publicações científicas mais lidas e controversas da era da Internet.
Intitulada The Proximal Origin of Sars-Cov-2 ("A Origem Proximal do Sars-Cov-2", em tradução livre), foi escrita por alguns dos cientistas mais eminentes no campo da virologia e concluiu: "Não acreditamos que qualquer tipo de cenário baseado em vazamento de laboratório seja plausível."
O texto ajudou a reforçar a ideia — que rapidamente se tornou predominante em grande parte da cobertura da mídia — de que o vazamento do laboratório era uma teoria da conspiração.
Mas um dos autores do artigo disse ao podcast que agora tem dúvidas sobre a força dessa conclusão anterior.
Ian Lipkin, professor de epidemiologia na Universidade de Columbia, nos EUA, tem uma longa experiência no rastreamento de doenças em todo o mundo, inclusive na China, onde estabeleceu fortes contatos.
Ele também foi o consultor científico do filme Contágio, um blockbuster de Hollywood.
O professor Lipkin agora considera que descartar qualquer cenário baseado em vazamento de laboratório no artigo foi algo muito forte.
Embora ele continue a acreditar que o mercado segue como a explicação mais plausível para a origem da covid e não acredite que o vírus foi deliberadamente projetado, ele não sente que todos os cenários possam ser excluídos.
E ele oferece uma teoria própria, apontando para outro laboratório de Wuhan —administrado pelo Centro de Controle de Doenças da cidade — localizado a apenas algumas centenas de metros do Mercado de Frutos do Mar de Huanan.
Sabia-se que o local estava envolvido na coleta de milhares de amostras de sangue e fezes de morcegos selvagens, um tipo de pesquisa que às vezes era feita sem o uso de equipamento de proteção adequado, segundo reportagens da imprensa chinesa — o que representa um claro risco de infecção.
“As pessoas que trabalham lá podem ter sido infectadas enquanto estavam em uma caverna coletando morcegos”, sugere o professor Lipkin, acrescentando que não conhecia o trabalho deste laboratório quando coescreveu aquele artigo em março de 2020.
Para Lipkin, uma análise mais aprofundada que aponta para o Mercado de Frutos do Mar de Huanan como a origem do vírus — incluindo pesquisas recentes focadas em evidências da presença de cães-guaxinim no mercado — não resolve a questão da origem da pandemia.
O vírus, segundo ele, pode “ter se originado fora do mercado e se amplificado ali”.
Controvérsias e repercussões
Superficialmente, os comentários do professor Gao sobre não descartar um vazamento de laboratório parecem seriamente em desacordo com a posição oficial da China.
"O chamado 'vazamento de laboratório' é uma mentira criada pelas forças anti-China. Ela tem motivação política e não possui base científica", diz um comunicado fornecido pela embaixada chinesa no Reino Unido.
Na propaganda, o governo chinês tem promovido uma estranha e infundada terceira teoria própria.
O vírus, diz a comunicação oficial do país, não veio do laboratório ou do mercado, mas pode ter sido trazido em embalagens de alimentos congelados.
A China diz que exclui tanto as hipóteses do laboratório quanto do mercado — e os comentários do professor Gao podem ser vistos simplesmente como a versão mais científica dessa posição, porque ele não descarta nenhuma das duas hipóteses. Afinal, ambas são baseadas na ideia da falta de evidências.
"Realmente não sabemos de onde veio o vírus... A questão ainda está aberta", afirma o professor Gao à BBC.
Alguns cientistas contestam — às vezes, com amargor — se a questão da origem da covid realmente ainda está em aberto.
Mas, pelo menos fora da China, há um amplo consenso sobre uma coisa: o país asiático não fez o suficiente para procurar evidências ou compartilhá-las com a comunidade internacional.
Embora possa parecer uma pergunta simples, ela é bastante complexa: de onde veio a covid?
Para cada vida perdida, para todos os que sofreram, e para aqueles que continuam a sofrer, essa resposta é muito importante.
História por John Sudworth e Simon Maybin - Da BBC News
SÃO PAULO/SP - Duas mortes por febre amarela neste ano foram confirmadas pelo governo de São Paulo. No total, quatro pessoas foram infectadas. Uma das mortes ocorreu no estado, mas a vítima era residente de Minas Gerais. São Paulo não tinha casos da doença desde 2020, quando um registro foi confirmado.
De janeiro a março de 2023, a cobertura vacinal para febre amarela ficou em 82%. Em 2022, esse percentual era de 64,4%. A Secretaria Estadual de Saúde lembra que a vacinação contra a doença faz parte do calendário de imunização e está disponível em todos os postos de saúde.
A primeira dose deve ser aplicada aos 9 meses de idade e a segunda aos 4 anos. A partir dos 5 anos, para aqueles que não estão com a vacina em dia, é recomendada apenas uma dose única.
A secretaria aponta que, desde o primeiro caso, tem reforçado a vacinação, além de fazer a investigação epidemiológica e a sensibilização da rede de saúde para detectar precocemente situações suspeitas.
A febre amarela é uma doença infecciosa aguda, de rápida evolução e elevada letalidade nas suas formas mais graves. Apresenta sintomas como febre súbita, calafrios, dor de cabeça, dor no corpo, náuseas, vômitos e fraqueza. Tem padrão sazonal, com a maior parte dos casos entre os meses de dezembro e maio. A prevenção é a vacina.
A infecção se dá por meio de mosquitos silvestres, que vivem em zona de mata e não habitam o ambiente urbano das cidades.
Após aproximadamente meio século de silêncio epidemiológico, o vírus da febre amarela voltou a ser detectado no ano 2000, no estado de São Paulo. Desde a sua reintrodução, foram reportados quatro surtos, com mais de 600 casos confirmados. Eventos epidêmicos da doença também foram registrados, a partir de 2014, em Goiás e Tocantins, e seguiram no sentido dos estados do Sudeste e Sul.
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