fbpx

Acesse sua conta de usuário

Nome de usuário *
Senha *
Lembrar de mim
 

SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura Municipal de São Carlos, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com a Santa Casa de São Carlos, promove nesta quinta e na sexta-feira (15 e 16/02) um mutirão para a realização de 100 cirurgias eletivas de catarata, que serão divididas em dois dias, sendo 50 na quinta-feira e mais 50 na sexta-feira.
Os 100 pacientes que foram chamados já passaram por exames pré-operatórios e estavam cadastrados em lista de espera por ordem cronológica.  Os procedimentos serão feitos na Santa Casa de São Carlos, com recursos do próprio município, beneficiando 100 pacientes que realizarão as cirurgias sem nenhum custo.
Liz Cadamuro, diretora do Departamento de Regulação, Controle e Avaliação, lembra que além do mutirão são realizadas cirurgias mensalmente. “Essa é uma ação da Prefeitura, com a previsão de outros mutirões nos próximos meses. Além da iniciativa do mutirão, a Secretaria de Saúde realiza regularmente 50 cirurgias de catarata por mês e ações como essa do mutirão, tem como objetivo dar maior celeridade no atendimento aos pacientes do SUS.
A secretária de Saúde, Jôra Porfírio, comenta sobre a importância de voltar a enxergar com nitidez e de amortizar a fila de espera por essa cirurgia. “Com a cirurgia o paciente volta a enxergar com nitidez, vendo as cores mais vivas e imagens sem borrões, distinguindo melhor os contornos, as cores e as formas das coisas, além de trazer inúmeras vantagens sociais, psicológicas e emocionais. Esperamos fazer mais mutirões como esse, pelo menos um a cada semestre, contribuindo para diminuir a lista de espera, beneficiando uma quantidade expressiva de munícipes que aguardam pela realização desse procedimento”, finaliza a secretária.
É importante que aquelas pessoas que aguardam pela convocação de cirurgias eletivas das mais diversas especialidades e estão com o telefone desatualizado entrem em contato com a própria Secretaria Municipal de Saúde a fim de manter seu cadastro em dia, seja por meio do telefone 3362-1350 ou presencialmente na avenida São Carlos, 947, no Centro.

Material gratuito foi elaborado pela UFSCar e validado por profissionais experientes

 

SÃO CARLOS/SP - Um projeto de iniciação científica do Departamento de Enfermagem (DEnf) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) elaborou um guia educativo sobre o uso do Cateter Central de Inserção Periférica (CCIP), muito utilizado por agentes da Saúde para tratar pacientes com acesso venoso periférico de difícil visualização ou que necessitam de acesso venoso central por tempo prolongado. O guia é voltado a esse público e foi validado por profissionais experientes na área, com o objetivo de colaborar na manutenção e manejo de ocorrências do CCIP em pacientes adultos. O material é digital e distribuído gratuitamente aos interessados
O guia foi elaborado no escopo da pesquisa da graduanda Isadora de Freitas Marcatto, sob orientação de Fernanda Berchelli Girão, docente do DEnf e coordenadora da Unidade de Simulação em Saúde (USS) da Universidade, e recebeu apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
O CCIP é um dispositivo intravenoso, extenso e flexível, que é inserido em uma veia periférica localizada nos membros superiores ou pescoço em pacientes adultos e sua extremidade chega próxima ao coração. Ele pode ser utilizado em pacientes com rede venosa difícil de ser visualizada, com necessidade de acesso venoso central prolongado (acima de sete dias) e para aplicação de diferentes medicamentos e terapias. O cateter é normalmente usado em serviços de saúde de nível hospitalar, mas também pode ser utilizado em âmbito domiciliar, desde que manipulado por profissionais de Enfermagem capacitados.
A manipulação incorreta do CCIP pode causar infecção no local de inserção do cateter ou sistêmica, obstrução do cateter (trombótica ou mecânica), extravasamento ou infiltração de medicamentos e soluções, flebite, tração e consequentemente a perda do cateter. "O guia foi produzido para contribuir com a assistência da equipe de Enfermagem ao paciente em uso de CCIP", reforça  Fernanda Girão. O material está dividido em seis capítulos que abordam a descrição do dispositivo, indicações do cateter de CCIP e critérios de escolha, assistência de Enfermagem ao paciente em uso de CCIP, curativo, salinização e heparinização do cateter e os eventos adversos com o paciente portador de CCIP. Além disso, há imagens para facilitar o entendimento e aproximar o cenário assistencial. 
Profissionais interessados em obter uma cópia do guia digital, podem solicitá-la pelo e-mail fernanda.berchelli@ufscar.br. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE:  52219621.4.0000.5504).

SÃO CARLOS/SP - Mais um caso de estelionato foi registrado em São Carlos, desta vez a vítima foi um jovem que tentou comprar um veículo pelas redes sociais.

O jovem disse à Polícia que viu um anúncio nas redes sociais de um Fiat Pálio por R$ 8,2 mil e entrou em contato com o anunciante, que disse ser um advogado.

Conversa vai, conversa vem e combinaram de se encontrar para o comprador ver o automóvel. No dia e hora combinados, chegou uma mulher dizendo ser a dona do carro, e o suposto advogado teria dito que era sua cliente que estava com dívidas com ele e seria a forma de pagamento.

Após ver o carro e gostar, o jovem fez um PIX de R$ 7 mil e disse que o restante faria quando estivesse com o documento do veículo. Certo tempo depois, notou que o “advogado”, na verdade, era um estelionatário e que havia caído em um golpe.

O caso será investigado.

SÃO CARLOS/SP - A Polícia Militar conseguiu recuperar um Chevrolet Cruze que havia sido furtado no bairro Santa Felícia, em São Carlos.

Os Militares realizavam o patrulhamento na região sul de São Carlos, quando na Avenida Regit Arab, avistaram o veículo estacionado sobre a calçada e 4 pessoas encostadas no carro. Os sujeitos, ao verem a viatura, saíram caminhando a passos apressados e com isso foram abordados. Com um deles estava a chave do automóvel. Em uma breve pesquisa, nada foi encontrado, porém, com a placa, foi possível entrar em contato com o dono que está viajando e não sabia do furto, pois o mesmo havia deixado o carro na garagem.

Os PMs registraram a ocorrência na Central de Polícia Judiciária, e os quatro elementos foram liberados.

SÃO CARLOS/SP - Uma cachorrinha foi encontrada na rua José Casale, nas proximidades do SAAE, no Jardim São Paulo, em São Carlos.

Alessandro foi quem encontrou o animalzinho e está cuidando dela. O dono pode entrar em contato no telefone (16) 99208-3246.

SÃO CARLOS/SP - Muita gente diz que o ano começa após o carnaval, então nessa quarta-feira de cinzas após às 12h o comércio volta aos trabalhos.

Carnaval não é feriado.

O Sindicato do Comércio Varejista de São Carlos e Região (Sincomercio) lembra que, embora seja ponto facultativo nas repartições públicas e não tenha a abertura dos estabelecimentos bancários, os dias de Carnaval não são considerados feriados oficiais no Brasil e, com isso, o comércio pode funcionar.

A data é considerada feriado apenas se estiver prevista em lei municipal, o que não acontece em São Carlos e Ibaté.

SÃO CARLOS/SP - Quando era adolescente, Yvonne Mascarenhas gostava de escrever e pensava em se tornar jornalista. Porém, quando chegou a época do vestibular, acabou optando pela química. “Tive um excelente professor e, pensando bem, vi o quanto a química é útil para a sociedade”, diz Yvonne, ao lembrar da decisão que a levou a ser a primeira mulher a ocupar uma cadeira no Departamento de Física da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP), em 1956.

Quase 70 anos depois, aos 92 anos de idade, Yvonne vê na docência uma de suas maiores realizações na carreira. “Eu sempre digo: 'não foi nenhum trabalho especial que eu fiz, que eu considere assim tão importante'. O mais importante foi o número de pessoas que aprenderam comigo, aprenderam nos cursos que eu organizei.”

São Paulo (SP) 09/02/2024.  A química Yvonne Mascarenhas, primeira mulher a ocupar uma cadeira no Departamento de Física e Engenharia de S. Carlos da USP em 1956 .  
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Yvonne Mascarenhas, primeira mulher a ocupar uma cadeira no Departamento de Física e Engenharia de S. Carlos da USP em 1956.Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Em 2001, aos 70 anos e com quase 50 anos como professora da USP, ela se aposentou compulsoriamente, mas não deixou a universidade. “Recebi primeiro o título de professora emérita, depois surgiu uma posição na USP, que se chama professor sênior, que tem até um contrato. Não é um contrato de trabalho, é uma permissão de uso dos espaços”, explica. “Posso ter uma sala, ter meu computador, ter o laboratório. Só não posso dar aula, nem ter atividade administrativa”, diz a pesquisadora, ao lembrar como continuou orientando alunos de mestrado e doutorado depois da aposentadoria.

Prêmios

São Paulo (SP) 09/02/2024.  A química Yvonne Mascarenhas, primeira mulher a ocupar uma cadeira no Departamento de Física e Engenharia de S. Carlos da USP em 1956 .  
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Yvonne Mascarenhas. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Yvonne, que estudou nos Estados Unidos e na Inglaterra, ganhou diversos prêmios especializando-se na cristalografia, ciência que estuda a composição dos materiais a partir da forma como as ondas os atravessam. “Como eu trabalhei em uma área muito interdisciplinar, tive prêmios de sociedades de química, de física”, relata, sem destacar nenhuma honraria em especial.

Em 2017, ela foi uma das 12 cientistas agraciadas com o prêmio Distinguished Women in Chemistry or Chemical Engineering Awards, da União Internacional de Química Pura e Aplicada (Iupac).

Na última terça-feira (6), foi a vez de receber o Prêmio Carolina Bori Ciência & Mulher da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). “Eu posso destacar como sendo um que engloba praticamente todos os outros de uma maneira como se fosse agora uma conclusão da minha vida”, resumiu a professora, logo após participar da cerimônia de entrega dos troféus no campus Maria Antônia da USP, no centro da capital paulista.

A professora conta que tem um carinho especial pela SBPC, por causa do papel que a instituição teve durante a ditadura militar. “Nos maiores momentos da vida nacional, em que vivíamos angustiados com os amigos sendo presos, torturados, durante a ditadura, a SBPC foi uma sociedade que teve comportamento ímpar de defesa da democracia, de defesa dos direitos humanos.”

Neste Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência, lembrado anualmente no dia 11 de fevereiro, a Agência Brasil traz uma entrevista exclusiva com a pesquisadora que lembra os momentos mais marcantes de sua vida e sua carreira na ciência:

Agência Brasil - Como a senhora decidiu se tornar cientista?
Yvonne Mascarenhas - Eu fui, quando era adolescente, muito apaixonada por literatura, jornalismo, tudo que é de arte, tudo que é comunicação. O meu ideal era estudar no ensino superior na área de letras. Meu pai me estimulava muito, porque, como eu gostava muito de escrever, e ele tinha um amigo que tinha um jornal, de vez em quando, ele pegava uma das minhas redações, como se chamava naquele tempo, levava lá e publicava.
Mas quando eu cheguei no que antigamente chamava-se curso colegial, que era dividido em clássico e científico, eu fui para o clássico, mas tive professores muito bons em matemática, física e química, mesmo dentro do curso clássico. Então, eu me interessei muito por química. Tive um excelente professor e, pensando bem, eu vi que a química é tão útil para a sociedade, tem tantas vertentes em que ela é importante, tanto nas aplicações biológicas como nas aplicações industriais.
Eu me apaixonei pela química, principalmente a área de química orgânica. Aí, resolvi fazer vestibular para química. Consegui, passei, entrei na Faculdade de Filosofia, que antigamente era a Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil, porque o Rio de Janeiro era a capital. E se transformou essa universidade em UFRJ [Universidade Federal do Rio de Janeiro].
No meu tempo – era um tempo muito mais ameno, digamos assim –, tudo acontecia, a faculdade de filosofia era ali perto da Cinelândia, do Rio, um lugar muito privilegiado. Tem o Teatro Municipal, a Biblioteca Nacional, todos os cinemas, que era uma das coisas principais daquela época, teatros, tudo por ali. Eu tive uma oportunidade maravilhosa de conviver com cientistas, com matemáticos, com biólogos, tudo desde a Faculdade de Filosofia, e ao mesmo tempo frequentar esse ambiente cultural riquíssimo que era no Rio de Janeiro. Eu tive muita sorte.

Agência Brasil - Qual foi o seu primeiro marco na carreira de cientista?
Yvonne Mascarenhas - Decidir eu mesma, dentro da química, o que achava interessante, foi quando fiz uma disciplina com um professor que tinha acabado de voltar dos Estados Unidos, tinha se doutorado no MIT [Instituto de Tecnologia de Massachusetts], chamava-se Elysiário Távora [importante geólogo]. Ele tinha se doutorado junto com um orientador que era um dos grandes cristalógrafos da época, em que a cristalografia estava se formando mesmo, de difração de raio x. E ele nos deu um curso muito interessante.
Eu falei: “é isso que eu quero”. Porque as propriedades de todos os materiais dependem da estrutura molecular e da estrutura do empacotamento das moléculas dentro do cristal, dentro do material que vai ser usado.

Agência Brasil - O que é a cristalografia?
Yvonne Mascarenhas - É o estudo dos cristais. É um estudo, porque pode não ser cristal, começou como cristal, mas hoje em dia até com materiais amorfos a gente tem certas aplicações da difração e espalhamento de raios x. Então fiquei nessa área. [estudo da estrutura dos materiais a partir da maneira como as ondas, como os raios-x, se espalham ao atravessar a matéria].
Claro que essa área evoluiu muito. Hoje em dia, tem difração de nêutrons, aperfeiçoam-se muito as espectroscopias. A área de determinação de estruturas moleculares até hoje é muito importante. Quando era mais fácil, molécula pequena, depois passava para proteína, passava para moléculas muito maiores. Hoje em dia, complexos de proteína. Está indo assim num desenvolvimento extraordinário e muito vivo até hoje. Se você pensar bem, o Brasil se envolveu em ter um laboratório nacional de luz síncrotron, lá em Campinas, é do CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico]. E aquilo se transformou no CNPEM [Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais], e agora nós temos um dos maiores aceleradores para essa finalidade lá no CNPEM.
É uma área que está muito viva até hoje. Tem muito aluno que está interessado nisso, tanto [de] departamentos químicos como físicos, muitas vezes bioquímicos, [que] acabam entrando nessa área para entender a estrutura das moléculas, para entender como que elas funcionam.

Agência Brasil - A senhora falou da importância que os professores tiveram na sua motivação. Vendo-se hoje, com muitos anos como professora, a senhora tem esse orgulho, essa felicidade de sentir que motivou muita gente também?
Yvonne Mascarenhas - Olha, esse é o principal produto do resultado do meu trabalho. Eu sempre digo: 'não foi nenhum trabalho especial que eu fiz que eu considero assim tão importante'. O mais importante foi o número de pessoas que aprenderam comigo, aprenderam nos cursos que eu organizei. Não cursos na faculdade, na universidade. Cursos que podiam receber gente de qualquer lugar. Eu organizei muitos cursos fora de São Carlos, em Brasília, em Belo Horizonte, em vários lugares.
Essas pessoas que se formaram e que aprenderam, e que depois até foram fazer doutoramento fora do Brasil, até porque, esses cursos, em que a gente mostrava o panorama da cristalografia mundial e que levaram à formação de uma comunidade que absolutamente não existia quando eu voltei dos Estados Unidos, em 1960. Essa comunidade [que estuda cristalografia] é extremamente ativa. Eu fico muito feliz.

Agência Brasil - A senhora poderia contar um pouco mais das experiências internacionais que teve ao longo da carreira?
Yvonne Mascarenhas - A primeira foi na Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, onde eu tive uma sorte incrível de encontrar o professor Ernesto Hamburger. Ele estava fazendo física nuclear, que era coisa da moda na época.
Eu estava muito desanimada porque a minha bolsa era para uma outra instituição lá de Pittsburgh, a Carnegie Tech. Aí, eu falei com ele que eu ia desistir, que eu ia fazer qualquer outra coisa, ia fazer uns cursos, umas disciplinas. Ele falou: 'não, mas o melhor curso de cristalografia dos Estados Unidos é aqui, na Universidade de Pittsburgh'.
Eu fui lá e encontrei o chefe do laboratório, um inglês maravilhoso, o George Jeffrey, que relutou um pouquinho, mas depois me aceitou. Sem nenhuma burocracia, eu usei a minha bolsa da Fulbright e, em vez de ir no Carnegie Tech, eu usei trabalhando no laboratório do professor Jeffrey, lá na Universidade de Pittsburgh.
Foi uma maravilha, porque ali eu tive contato direto, havia um bom laboratório, com as técnicas daquela época, de 1960 – que era muito antes da automação, e tudo isso, mas com gente muito competente. Meu orientador era um cara muito bacana, Brian Craven, um cristalógrafo da Nova Zelândia radicado nos Estados Unidos, e que me botou para trabalhar, nem querendo saber quanto eu sabia de cristalografia nem de raio x.
Eu estava em um ambiente muito bom, com aquele monte de alunos ali, em que um ensinava o outro . Fui aprendendo e consegui trazer o conhecimento, que eu posso dizer que não era muito profundo, mas era razoável para começar. E aí comecei o laboratório de cristalografia lá em São Carlos [interior de São Paulo].

Agência Brasil - A senhora voltou dos Estados Unidos e já foi para São Carlos?
Yvonne Mascarenhas - Não, eu fui para São Carlos, passei lá uns quatro, cinco anos, aí fui para Pittsburgh. Depois que me graduei, conseguimos emprego, eu e o Sérgio [marido], para trabalhar na Universidade de São Paulo, no campus de São Carlos, onde tinha uma escola de engenharia. Então, eu e ele, depois que trabalhamos lá uns 4, 5 anos, conseguimos um afastamento, fomos passar um ano nos Estados Unidos com bolsa Fulbright, uma bolsa americana [organização internacional vinculada aos governos do Brasil e dos Estados Unidos].
Com isso, passamos lá quase dois anos. Quando acabou a bolsa Fulbright, o próprio cara do meu laboratório, o Jeffrey, me ofereceu uma bolsa de um contrato dele. E a mesma coisa aconteceu com o Sérgio, lá do Carnegie Tech. E criamos ótimos amigos nessa época, foi maravilhoso. Aí ficamos lá de meados de 59 até o fim de 60 e voltamos para São Carlos.
A cada quatro anos na USP você tinha direito ao que se chamava uma licença-prêmio, que era equivalente a um ano letivo fora do Brasil. Fomos para a Universidade de Princeton, depois eu fui para Boston, para a Universidade de Harvard, e depois, finalmente, a quarta saída, fui para a Universidade de Londres, onde passei um tempo muito bom, tendo um bom contato com cristalografia de proteínas, que era uma coisa que me interessava, difícil, muito difícil, mas que me deu um banho de cristalografia de proteínas.
Voltei para o Brasil, comecei a tentar fazer coisas com proteínas.

Agência Brasil - Qual a importância para a senhora de ter recebido Prêmio Carolina Bori Ciência & Mulher da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência?
Yvonne Mascarenhas - Eu acho que foi uma ideia brilhante da Carolina [Bori, que foi presidente da SBPC], fazer essa premiação, porque as mulheres estão tendo um acesso, mas ainda falta muito para elas realmente terem disposição de entrar nessas carreiras mais difíceis, lutar pelos seus direitos e, principalmente, visar os postos mais elevados da função.Por exemplo, quando chegam à universidade, elas muitas vezes fazem mestrado, doutorado, às vezes, fazem postdoc, mas, depois, na hora da competição, para entrar como professoras, não é muito fácil. Algumas conseguem. Agora, galgar dentro da carreira docente vai ficando mais difícil.
Eu tenho a impressão de que tem algumas que até já nem competem, porque acham que é muito árduo, muito difícil vencer a barreira. Mas eu acredito que muitas já estão conseguindo ser professoras titulares. Então, precisa estimular para que elas não desistam de fazer uma carreira dentro da sua profissão, seja ela qual for, visando o progresso que elas merecem pela experiência, pelo conhecimento, pelo trabalho. Não precisa nem ser em ciência.
Em qualquer empresa, a mulher tem que entrar pensando: 'eu vou poder ser chefe de sessão, eu vou poder ser gerente de não sei o quê'. Eu tenho visto muitos que estão conseguindo fazer isso. Acho que estamos no caminho certo. Ainda não é o ideal, não é, mas estamos no caminho certo. O foco está lá longe, mas estamos caminhando na direção dele. Estou muito otimista quanto a isso.

Agência Brasil - A senhora teria algo a dizer para as mulheres que pensam em seguir carreira na ciência?
Yvonne Mascarenhas - Que as mulheres novas agora sigam o exemplo das que já usaram os direitos e se estimulem mais ainda para exercer esses direitos de educação, de busca de uma vida econômica independente, sem ser dependente nem de marido, nem de pai, nem de ninguém, e que sejam felizes com uma vida em que elas se sintam mais bem realizadas, e sem desistir da vida familiar, se elas quiserem ser mães. Ficar frustrada porque não tem um filho também não é muito bom. Ficar frustrada porque não tem família também não é muito bom. O isolamento às vezes é penoso para mulheres. Para algumas mulheres, é a solução, para outras, não é.
Então, quando elas optarem por terem uma vida familiar, que saibam escolher um bom cara de cabeça aberta. Hoje em dia, já existem muitos, graças a Deus. Quando a gente fala da liberação das mulheres, eu acho que é também dos homens, de deixar de ser o preconceito contra a atividade da mulher. Já temos muitos homens de boas famílias, que têm essa cabeça aberta. Encontrar um bom marido com cabeça aberta, que os dois façam uma vida profissional de muito sucesso e que eduquem bem seus filhos.
E que ela, na hora mais difícil, que é quando tem filho, não perca o foco do seu ideal profissional. Continue trabalhando firme e mantendo o foco na profissão bem aceso, bem vivo, para poderem se realizar e se realizarem também como mães, como mães de família, como papel social. Quando a mulher tem filhos, começa a ter um papel social muito maior. Tem que se preocupar com a educação das crianças e tudo mais.

Agência Brasil - A senhora teve quantos filhos?
Yvonne Mascarenhas - Eu tive quatro. Quatro filhos. Quando eu fui para Pittsburgh, aquela senhora que está comigo [aponta para a filha do outro lado da sala], a Ivoninha, ela tinha 3 anos e o irmão dela, 4. Levei, coloquei no jardim de infância, no kindergarten [jardim de infância], eles ficavam quase o tempo todo lá, eu tinha que sair correndo, às 4h, para pegar eles. Nem precisava porque tinha uma condução que levava eles para casa.
Eu ia trabalhando o que dava para trabalhar, chegava em casa, fazia jantar, cuidava um pouco da casa. No fim de semana, cuidava da roupa, da limpeza, mas isso daí eu fiz sem nunca deixar de fazer a coisa que me interessava, que era a cristalografia. E todas as vezes foi assim. Sempre levamos nossos filhos junto [dois dos filhos de Yvonne são falecidos]

 

 

Por Daniel Mello – Repórter da Agência Brasil

Neste ano, além do mestrado, a Universidade oferece também o doutorado na área

 

SÃO CARLOS/SP - O Programa de Pós-Graduação em Imagem e Som (PPGIS) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está com inscrições abertas. A novidade deste ano é que a Universidade oferece, além do mestrado, também o curso de doutorado na área, cuja criação foi possível graças ao aumento da nota do PPGIS na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). As inscrições ocorrerão de 1° a 31 de março, e poderão ser realizadas de forma online.
O PPGIS tem como objetivo proporcionar uma formação sólida e inovadora nas áreas de produção audiovisual, cinema, fotografia, som e mídias digitais. Seus cursos de mestrado e doutorado são uma grande oportunidade para o aprofundamento de pesquisas nessas áreas.
Para mais informações, acesse o site do PPGIS (www.ppgis.ufscar.br/pt-br/processo-seletivo).

SÃO CARLOS/SP - O 190 foi acionado para a polícia militar atender uma ocorrência onde havia dois carros que seriam produtos de roubo em São Carlos.

Os PMs foram até a rua Antonio Carlos Deladeia, no Jardim Zavaglia, e na residência que aparentava estar abandonada, foram encontrados dois veículos, sendo um Ford Ka e um Honda City e ambos já estavam com placas que não condiziam com as oficiais.

Os veículos foram apresentados à Central de Polícia Judiciária.

SÃO CARLOS/SP - A Força Tática deteve duas pessoas na rua Antonio Aurélio Moro, no bairro Cidade Aracy, em São Carlos.

Segundo consta, os Militares se depararam com uma motocicleta e, como o garupa estava sem capacete, foi o motivo da abordagem. Em revista corporal no motociclista, foi localizado um revólver calibre 32 com 06 munições, sendo 02 delas picotadas.

O acusado disse que morava em frente a onde foi a abordagem e que em seu quarto havia mais munições de vários calibres. Diante disso, os PMs foram até a residência do sujeito e encontraram as munições.

Diante dos fatos, L.F.V.S. (motociclista) e a menor (garupa) foram conduzidos à Central de Polícia Judiciária, onde o sujeito foi preso e a menor liberada para sua genitora.

 

APREENSÕES

01 REVÓLVER - MARCA TAURUS - CALIBRE 32

MUNIÇÕES

04 CALIBRE 32

02 CALIBRE 765 (picotadas)

04 CALIBRE 22

12 CALIBRE 380

06 CALIBRE 762 (FUZIL)

02 ESTOJOS DEFLAGRADOS CALIBRE 38 e 32.

Nosso Facebook

Calendário de Notícias

« Janeiro 2025 »
Seg. Ter Qua Qui Sex Sáb. Dom
    1 2 3 4 5
6 7 8 9 10 11 12
13 14 15 16 17 18 19
20 21 22 23 24 25 26
27 28 29 30 31    
Aviso de Privacidade

Este site utiliza cookies para proporcionar aos usuários uma melhor experiência de navegação.
Ao aceitar e continuar com a navegação, consideraremos que você concorda com esta utilização nos termos de nossa Política de Privacidade.