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Condecoração reflete trabalho para difundir a Língua Portuguesa no exterior

 

SÃO CARLOS/SP - O professor Nelson Viana, do Departamento de Letras (DL) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), recebeu a condecoração da Ordem de Rio Branco - grau Comendador - em reconhecimento pelos seus esforços em difundir mundialmente a Língua e a cultura nacionais. 
A cerimônia de imposição de insígnias ocorreu em auditório do Instituto Rio Branco, escola de formação de diplomatas do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília (DF), no último dia 26 de novembro. A imposição de insígnias foi feita pela Embaixadora Paula Alves de Souza, que encaminhou o processo de indicação de Nelson Viana para a condecoração. As fotos e o vídeo do momento da condecoração podem ser conferidos na página do professor Nelson Viana no Facebook (fb.com/nelson.viana.794).
A Ordem de Rio Branco foi instituída pelo Decreto nº 51.697, de 5 de fevereiro de 1963, com o objetivo de, ao distinguir serviços meritórios e virtudes cívicas, estimular a prática de ações e feitos dignos de honrosa menção. A Ordem de Rio Branco, assim intitulada em homenagem ao Patrono da diplomacia brasileira - o Barão do Rio Branco -, consta de cinco graus: Grã-Cruz, Grande Oficial, Comendador, Oficial e Cavaleiro, além de uma Medalha anexa à Ordem. 
O professor homenageado destaca os fatores que levaram ao título: "Eu tenho desenvolvido diversas atividades a convite do Itamaraty, especificamente do Departamento Cultural e Educacional". Durante a cerimônia, o diplomata Conselheiro Bruno Miranda Zétola afirmou que Nelson Viana recebeu o título "em função de intenso trabalho, em diversas e significativas atividades desenvolvidas ao longo de vários anos [desde 2006] junto ao Itamaraty, relacionadas ao ensino e à difusão da Língua Portuguesa e da cultura brasileira no exterior".
Entre essas atividades, Nelson Viana cita a oferta de diversos cursos de atualização para professores de Centros Culturais de Embaixadas brasileiras, de 2006 até os dias atuais. Já ministrou cursos dessa natureza na Argentina, Cabo Verde, Chile, Finlândia, Itália, Líbano, Peru e República Dominicana. Os Centros Culturais são parte importante da rede de ensino do Itamaraty no exterior (https://bit.ly/3IOEvgo). Além disso, Viana foi nomeado membro (e atualmente é Presidente) da Comissão Nacional do Brasil para o Instituto Internacional da Língua Portuguesa, órgão sediado na cidade de Praia, em Cabo Verde, e que atua como foro de coordenação para a promoção e a difusão da Língua Portuguesa, no âmbito da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). 
"Também sou coordenador acadêmico do conjunto de propostas curriculares do Itamaraty para ensino de Português no exterior (https://bit.ly/30o5Ynx)", relata o homenageado. Desse conjunto, ele é coautor da "Proposta Curricular para o Ensino de Português para Praticantes de Capoeira" (https://bit.ly/3qe2QDV). Todas as propostas estão disponíveis para download no site da Fundação Alexandre Gusmão Funag, editora do Itamaraty, em http://funag.gov.br. "Essas propostas foram produzidas para uso pela Rede do Itamaraty, mas foi pensada também para um público mais amplo, ou seja, para diversos contextos de ensino de Português no exterior, e realmente estão sendo utilizadas em muitas instituições e países", afirma o professor.
Outro destaque é o número de downloads dos arquivos desse trabalho coordenado por Nelson Viana: 16.231 (até outubro deste ano). Além disso, o professor homenageado é coeditor da obra do Itamaraty "Panorama da contribuição do Brasil para a difusão do Português", que conta com 34 verbetes e 17 depoimentos de acadêmicos e, principalmente, de escritores - um deles é Mia Couto - falando sobre a importância da Língua Portuguesa. Também atuou, por indicação do Itamaraty, como membro da Delegação Brasileira em reunião de discussão do "Conselho de Ortografia da Língua Portuguesa" (Colp), em 2019, na Universidade do Porto, em Portugal. 
"De maneira geral, por eu ter trabalhado com vários diplomatas que foram passando pelo setor relacionado à difusão do idioma e da cultura, desde 2006, foram se intensificando solicitações de participação em atividades desse campo. Nesse sentido, tenho atuado, juntamente com outros acadêmicos, como colaborador em questões relacionadas à difusão do Português pelo Itamaraty. Diretores e professores dos Centros Culturais das embaixadas brasileiras [atualmente são 24 embaixadas que mantêm esses centros] também me contatam para tratar de questões relacionadas à parte pedagógica, incluindo convites para oferecimento de cursos etc. Há embaixadas como a de Belgrado que não têm Centro Cultural, mas ensina Português e tenho bastante contato com o professor atual", conta Nelson Viana.

Trajetória
Nelson Viana é formado em Letras, Português-Inglês, e realizou o mestrado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) em Linguística Aplicada: ensino e aprendizagem de segunda língua e língua estrangeira, e o doutorado na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), também em Linguística Aplicada. Ingressou na UFSCar em 1998, na área de Língua Inglesa e suas literaturas. Logo em seguida começou a atuar em atividades de ensino de Português para estrangeiros, campo em que já havia atuado na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), instituição em que trabalhou por cinco anos. 
O trabalho na área de Português para estrangeiros na UFSCar, desenvolvido a partir de meados da década de 1990, pela professora Lúcia Maria de Assunção Barbosa, foi se intensificando em função de novas demandas e tornou-se um campo de ensino e de pesquisa para o professor. Com a criação do Programa de Pós-Graduação em Linguística (PPGL), em 2005, as orientações passaram a englobar os níveis de mestrado e doutorado, além de Iniciação Científica e Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs). A partir de 2010 foi introduzida pelo professor, no curso de Letras da UFSCar, uma disciplina optativa de formação para o ensino de Português como língua estrangeira. "Foi então se consolidando esse campo na Instituição. O crescimento exponencial desses trabalhos deu visibilidade à UFSCar, tanto no Brasil quanto no exterior, como instituição relevante na área de Português - língua estrangeira e dessa forma o percurso de atuação do professor nesse campo foi sendo ampliado", avalia Nelson Viana.
Projeto homenageia vítimas da Covid-19 com a plantação de mudas, em um espaço de descanso e contemplação

 

SOROCABA/SP - No último dia 14 de dezembro, foi realizado o primeiro plantio de mudas no "Bosque da Memória" no Campus Sorocaba da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), uma iniciativa coordenada pela professora Eliana Cardoso-Leite, do Departamento de Ciências Ambientais (DCA-So), que tem como objetivo principal plantar árvores, criando um bosque no campus universitário, para homenagear vítimas da pandemia de Covid-19.
O projeto se insere no escopo da campanha nacional homônima que incentiva o plantio de árvores e a recuperação de florestas em todo o País, como um gesto simbólico em homenagem às pessoas que morreram em decorrência da contaminação pelo novo coronavírus e como forma de agradecimento aos profissionais de saúde no Brasil.
Devido às restrições de acesso ainda em vigor nos campi universitários da UFSCar, o primeiro plantio no "Bosque da Memória" do Campus Sorocaba contou com a participação de 10 famílias de 13 pessoas homenageadas: cinco famílias realizaram o plantio às 8h30 e outras cinco famílias, às 10h30. A atividade foi autorizada pelo Núcleo Executivo de Vigilância em Saúde (NEVS) da Instituição.
Antes de cada sessão de plantio, a professora Eliana Cardoso-Leite reforçou a missão da iniciativa: "ressignificar um momento tão difícil de perdas com novas vidas e criar um espaço de contemplação e reflexão, para que nós possamos manter nossos entes queridos vivos em nossa memória".
De acordo com ela "o projeto nasceu junto da campanha nacional ‘Bosques da Memória’ promovida pela Reserva da Biosfera da Mata Atlântica,  com apoio conjunto da Rede de ONGs da Mata Atlântica (RMA) e do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica. Foram mais de 50 bosques implantados em mais de 15 estados do Brasil".
O "Bosque da Memória" da UFSCar-Sorocaba está localizado em local privilegiado do Campus, no gramado entre o Restaurante Universitário (RU), a  área de vivência estudantil e a biblioteca, onde foram plantadas mudas de jatobá, cedro, ingá, louro pardo, tamboril, ipê felpudo, peroba, pau brasil, angico branco, pau d’alho, jacatirão de copa e ipê rosa. 
Ao todo, o Bosque homenageará 50 vítimas cujos nomes já estão indicados em uma placa fixada no local. As primeiras 13 vítimas homenageadas são parentes e amigos de servidores docentes, técnico-administrativos, estudantes e egressos do Campus Sorocaba da UFSCar. 
"O próximo plantio deve ocorrer entre fevereiro e março do ano que vem. No projeto paisagístico do Bosque, há indicação de construção de caminhos pavimentados, além da instalação de bancos para que o espaço seja efetivamente um local agradável para descanso e contemplação", afirma Karina Martins, Diretora do Campus.
Também segundo a Diretora, o projeto é voluntário, contou com o trabalho e apoio de diferentes unidades e representantes da comunidade universitária e com doações de parceiros externos, por exemplo, na doação das mudas. "Continuamos a buscar novos colaboradores para implantação integral do projeto paisagístico do Bosque", garante Martins. Pessoas interessadas em colaborar podem entrar em contato pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

 

Propostas podem ser enviadas até o dia 31 de janeiro

 

SÃO CARLOS/SP - A Rádio UFSCar 95,3 FM, emissora educativa da Universidade Federal de São Carlos, abre uma nova Chamada Pública para selecionar programas para a grade de 2022, reafirmando o compromisso com a democratização da comunicação. As propostas para compor o acervo da programação, com possibilidade de serem transmitidas ou coproduzidas no próximo ano, podem ter formatos variados - jornalístico, de entrevistas ou discotecagem, por exemplo, com temas livres e duração diversa, desde que atendam às diretrizes do projeto editorial do veículo.
"Pode ser um programa semanal, mensal ou mesmo uma única edição especial. Qualquer pessoa, a partir de 18 anos, vinculada ou não à Universidade, pode participar e propor ideias", explica Diego Doimo, diretor artístico da emissora. O Edital conta com duas categorias: Programas Independentes, inteiramente realizados pelo proponente, que deverá enviar a gravação em formato digital já editado; ou Coproduções em parceria com a rádio, caso em que a gravação e a edição serão realizadas pela Rádio UFSCar, ficando a cargo do produtor o conteúdo e a locução.
"Com o objetivo de estimular a diversidade na ocupação desse espaço público e democrático de comunicação, pessoas autodeclaradas pretas, pardas ou indígenas, mulheres, transgêneros e não-binários, e pessoas com deficiência terão acréscimo na pontuação no processo seletivo", ressalta o diretor. Uma comissão julgadora irá analisar o material enviado de acordo com os critérios definidos pelo Edital, como relação da proposta com a área de atuação, originalidade, capacidade de produção e de comunicação, currículo e relevância social.
Os programas selecionados vão integrar o acervo da emissora e podem ser veiculados de acordo com a capacidade de produção do veículo de comunicação. Haverá capacitações e formações gratuitas relacionadas à roteiro, edição e locução. Os interessados devem preencher o formulário disponível em www.radio.ufscar.br/chamadapublica, até as 12 horas do dia 31 de janeiro de 2022. O resultado será divulgado no site da Rádio UFSCar no dia 7 de março, em www.radio.ufscar.br. Dúvidas devem ser encaminhadas exclusivamente para o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Tecnologias patenteadas são capazes de detectar o vírus na saliva em apenas 30 minutos

 

SÃO CARLOS/SP - Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) criaram biossensores capazes de detectar o Sars-CoV-2, vírus causador da Covid-19, na saliva, em apenas 30 minutos. Seu principal diferencial, em relação às alternativas existentes no mercado, é o fato de serem produzidos por impressão 3D.
Os biossensores desenvolvidos são dispositivos eletroquímicos de análise, compostos por eletrodos que captam sinais elétricos. "Em contato com uma amostra de saliva menor do que uma gota, caso haja a presença do vírus, haverá mudança de carga elétrica, permitindo, assim, rápida detecção", conta Bruno Campos Janegitz, docente do Departamento de Ciências da Natureza, Matemática e Educação (DCNME-Ar) do Campus Araras e coordenador do Laboratório de Sensores, Nanomedicina e Materiais Nanoestruturados (LSNano) da Universidade.
Os eletrodos são compostos a partir de filamentos de polímeros (responsáveis por dar toda a estrutura ao dispositivo) e materiais condutores (como grafite ou grafeno), que se misturam com a ajuda de solventes (como acetona ou clorofórmio), com incorporação do material condutivo à matriz polimérica. Esses materiais precisam ter características específicas para que possam ser utilizados na impressão 3D. "Eles precisam, por exemplo, ser 'derretidos' em temperaturas que vão de 180 a 250 graus Celsius. A impressão é feita em camadas e, depois, o material é resfriado e fica novamente sólido, criando, assim, a estrutura desejada", detalha Jéssica Stefano, pesquisadora de pós-doutorado no LSNano.
A vantagem de usar a impressão 3D na produção desses dispositivos é que ela facilita a moldagem e possibilita o desenho de estruturas com formatos e tamanhos exatamente como propostas pelos pesquisadores, de forma rápida. "A produção dos biossensores ocorre em cerca de duas horas. Se for feita em larga escala, dependendo da qualidade e do tamanho da impressora, o processo pode durar ainda menos", registra Luiz Ricardo Guterres e Silva, estudante de doutorado no Programa de Pós-Graduação de Ciência dos Materiais (PPGCM-So) no Campus Sorocaba da UFSCar.
Inscrições devem ser feitas até o dia 17 de janeiro

 

SÃO CARLOS/SP - O Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Sociedade (PPGCTS) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) divulgou os editais do processo seletivo para mestrado e doutorado, com ingresso no primeiro semestre de 2022. São oferecidas 15 vagas para o mestrado e 14 para o doutorado, distribuídas nas três linhas de pesquisa do Programa: Dimensões Sociais da Ciência e da Tecnologia; Gestão Tecnológica e Sociedade Sustentável; e Linguagens, Comunicação e Ciência. Há reserva de vagas, de acordo com a política de ações afirmativas da Universidade.
Este ano, o processo de seleção apresenta novidades, de acordo com Vinício Carrilho Martinez, Coordenador do PPGCTS: "Os projetos de pesquisa também serão avaliados de acordo com a aderência às linhas de pesquisa do Programa e dos docentes. Pela primeira vez traremos as regras específicas para seleção com base em ações afirmativas. Além disso, observamos a necessidade de pactuarmos a produção artística e cultural, sob os marcos do chamado Qualis Artístico - para quem produzir nessa modalidade. Esses novos aspectos nos asseguram, desde já, maior equilíbrio entre isonomia e equidade", especifica o Coordenador.
O processo seletivo, tanto para mestrado como para doutorado, é composto por três etapas: avaliação do projeto de pesquisa (fase eliminatória); arguição do projeto (eliminatória); e análise do currículo Lattes com comprovações (etapa classificatória).
A obra, gratuita e disponível na Internet, busca contribuir com a missão do Campus na região

 

BURI/SP - Como o conhecimento acadêmico pode ser útil ao desenvolvimento regional? A resposta para essa questão é um dos principais desafios da universidade pública e também o objetivo maior do livro "Alternativas para o Desenvolvimento Sustentável do Sudoeste Paulista". A obra, composta por 14 capítulos, está organizada em três segmentos interdependentes: Estudos Socioeconômicos, Ambientais e Agroalimentares. 
"O livro reúne trabalhos frutos de parcerias entre a Universidade e a sociedade local. Os capítulos têm como elo principal a busca por alternativas para o desenvolvimento sustentável do Sudoeste Paulista, que dá nome à obra", explicam os organizadores da publicação e professores Naaman Nogueira, Leandro de Lima, Alexandre Martensen e Iuri Ferreira, todos do Centro de Ciências da Natureza (CCN) do Campus Lagoa do Sino da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
A publicação em formato digital, com acesso livre e gratuito, contou com o apoio da Fazenda Escola Lagoa do Sino. Segundo os autores, a escolha desse formato buscou favorecer o acesso da sociedade ao conhecimento científico, incluindo, por exemplo, o poder público e produtores rurais da região. O professor Naaman Nogueira complementa que, "mesmo em áreas remotas, o livro pode ser acessado e compartilhado de forma simples e rápida, diretamente pelo celular".
Entre os temas contemplados estão os programas de aquisição de alimentos, isolamento domiciliar rural, história econômica e trajetória do desenvolvimento da região, cadastro ambiental rural, passivo ambiental das Áreas de Proteção Permanentes (APPs), proteção da fauna nativa, instalação de centros integrados de desenvolvimento, produção de Queijo Porungo, implantação de agroindústrias, dentre outros. "O livro pode ser visto como uma forma de valorização das diversas atividades de pesquisa e extensão realizadas pela Universidade na região", sintetizam os organizadores.
"O território objeto de estudo apresenta condições de extrema desigualdade", aponta o deputado federal Vitor Lippi, no prefácio do livro. Além disso, argumenta que a obra "é uma coletânea necessária para o processo de criação de projetos e estratégias para o fortalecimento da economia regional. Um livro que apresenta o estudo do Sudoeste Paulista pelo Sudoeste Paulista, elencando os entraves e as potencialidades pelas expertises locais que vivenciam o processo de desenvolvimento".
A obra conta também com prólogo do escritor Raduan Nassar, doador da fazenda que deu origem ao Campus Lagoa do Sino e Doutor Honoris Causa da UFSCar: "É um alento saber que na comunidade Lagoa do Sino a pesquisa e a ciência estão vivas, suportando todo tipo de ataque neste Brasil de tempos sombrios. Do lado de cá, minha admiração e saudação aos professores, estudantes e colaboradores envolvidos no projeto. A vocês digo ainda: resistam!", conclui o escritor. 
Pediatra do Hospital Universitário da UFSCar fala sobre a doença e destaca a importância da vacinação

 

SÃO CARLOS/SP - O Brasil perdeu, em 2019, o certificado de "país livre do vírus do sarampo", concedido pela Organização Pan-americana da Saúde (Opas). Atualmente, o País registra casos da doença em alguns estados e a baixa procura pela vacina pode ser uma das causas desse cenário.  
O sarampo é uma doença viral grave, que pode ser fatal. De acordo com Haroldo Teofilo de Carvalho, pediatra do Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos (HU-UFSCar/Ebserh/MEC), a transmissão do vírus ocorre quando a criança, o adulto e até mesmo o idoso contaminados tossem, falam, espirram ou respiram próximo de outras pessoas.   
Os sintomas aparecem entre 10 e 14 dias após a exposição ao vírus e comprometem vários órgãos, podendo causar dores pelo corpo, mal-estar, redução do apetite, tosse, coriza, vermelhidão nos olhos com sensibilidade à luz, dor de garganta, febre e irritação na pele com manchas vermelhas, conhecida como exantema. A transmissão pode ocorrer entre quatro dias antes e quatro dias após o aparecimento das manchas vermelhas pelo corpo.   
Por se tratar de uma doença grave, o pediatra do HU explica que o sarampo pode deixar sequelas por toda a vida e até causar o óbito. "Dentre as principais complicações, destacamos a pneumonia - infecção dos pulmões pelo mesmo vírus causador do sarampo -, otite, encefalite e, em gestantes, pode causar o parto prematuro e até óbito fetal", alerta.  
Haroldo de Carvalho aponta que não existe tratamento específico para o sarampo e que os medicamentos são utilizados para reduzir o desconforto ocasionado pelos sintomas da doença, conforme indicação médica para cada caso. A principal recomendação do pediatra é a vacinação adequada.    
Médicos relataram angústia, e baixa qualidade de vida associou-se à impossibilidade de conversar com família de pacientes

 

SÃO CARLOS/SP - Docentes do Departamento de Medicina (DMed) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), junto com pesquisadores de outras instituições, publicaram recentemente artigo no Journal of The Brazilian Medical Association (periódico da Associação Médica Brasileira) sobre a experiência de profissionais de Saúde que acompanharam pacientes em seus últimos dias de vida durante a pandemia. Intitulado "Health care professionals and end-of-life care during the Covid-19 pandemic" (acesso via https://www.scielo.br/j/ramb/a/CyQjrmfwzwKDbFG4V59Wf4B/?format=pdf&lang=en), o artigo apresenta resultados de levantamento realizado junto a 102 profissionais de Saúde em vários estados brasileiros, que indicou o sentimento de angústia em 69,6% desses profissionais e percepção de baixa qualidade de vida em 64,7%.
A pesquisa colheu informações junto a 41 profissionais da área de Medicina, 36 de Fisioterapia e 25 de Enfermagem, por meio da aplicação de questionário online, abrangendo o período entre 1º de julho e 31 de outubro de 2020. Dentre outras questões, o estudo perguntou sobre concordância com o cuidado oferecido nos dois últimos dias de vida dos pacientes; decisões compartilhadas sobre medidas de suporte à vida; tempo para falar com a família dos pacientes; concordância de que o cuidado oferecido foi suficiente; autorização de visitas; e a oferta de suporte emocional e espiritual aos pacientes.
A autopercepção de angústia foi 37% mais frequente entre profissionais da área médica e foi 42% mais frequente quando houve desacordo com o cuidado oferecido. A baixa qualidade de vida foi 43% mais frequente nos casos em que houve falta de tempo para conversar com a família do paciente. Por outro lado, a compreensão de que o cuidado médico oferecido foi suficiente reduziu em 30% essa percepção de baixa qualidade de vida.
No artigo, os autores comentam como esses resultados evidenciam a importância de se preocupar com o impacto da pandemia também para os profissionais e, também, a relevância de um ambiente de trabalho adequado, com os recursos necessários, em que aspectos físicos e mentais, além do trabalho em equipe, estejam articulados.
"A morte e o luto são processos naturais. O problema é que a pandemia chegou com mudanças radicais, como a restrição e até proibição de visitas hospitalares, bem como velórios com poucas pessoas e tempo reduzido, por exemplo", pontua Esther Angélica Luiz Ferreira, docente do DMed que coordenou a pesquisa.
Considerando justamente a naturalidade com que o processo de morte e luto deveria ser vivido em situações regulares, a pesquisadora relata preocupação frente à porcentagem de profissionais relatando angústia diante da perda de pacientes. "A morte de um paciente também significa luto para o profissional e, se não é vivido de maneira adequada, podemos ter um desequilíbrio que pode acarretar problemas para a saúde física e mental do profissional", registra.
"Encontramos sinais muito fortes de um desequilíbrio, de que as coisas precisam ser modificadas de alguma forma. O cuidado à saúde, de forma integral, desses profissionais, precisa ser considerado pelos sistemas em que estão inseridos. Eles podem adoecer muito rapidamente, e leitos e equipamentos sem profissionais não permitem, inclusive, o enfrentamento da própria pandemia", complementa a pesquisadora.
Iniciativa tem vagas também para o público externo e aulas a distância

 

SÃO CARLOS/SP - Estão abertas as inscrições para o curso "Mulheres na Ciência e Tecnologia: questões históricas e contemporâneas", ofertado pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), na modalidade de Atividade Curricular de Integração Ensino, Pesquisa e Extensão (Aciepe), com aulas síncronas (ao vivo) e atividades assíncronas, entre 19 de janeiro a 29 de abril. 
Os tópicos abordam as relações de gênero na história das ciências, decolonialismo, participação feminina no empreendedorismo tecnológico, mulheres na computação, indicadores de gênero em ciência e tecnologia, os impactos da maternidade e cuidados parentais nas carreiras de ciência e tecnologia, entre outros assuntos. 
O público-alvo é formado por estudantes de graduação e pós-graduação da UFSCar e outras instituições, pesquisadores, profissionais de divulgação científica e demais pessoas interessadas.
O curso é coordenado pela professora Camila Carneiro Dias Rigolin, do Departamento de Ciência da Informação (DCI) da UFSCar. A equipe é formada por docentes do DCI, da Universidade Federal do ABC (UFABC), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e por discentes do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia (PPGCTS) da UFSCar. 
Adaptação de história para Libras pode ser acessada no YouTube

 

SÃO CARLOS/SP - O projeto #CasaLibras da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) adaptou, em formato de vídeo e em Língua Brasileira de Sinais (Libras), o livro infantil "A menina das cores" (https://bit.ly/3oBpfvi), que aborda a violência sexual contra crianças. A história, escrita pela professora Rita Cândido, é uma homenagem que a autora fez para muitas meninas e meninos que um dia sofreram esse tipo de violência, servindo de alerta para a questão do abuso infanto-juvenil. O livro já havia ganhado uma versão em vídeo, em Português, pelo canal 'Vovó Fofuxa' (https://bit.ly/3y3IqRk), com divulgação e apoio do projeto Fala, Gigi!. Agora, a história pode ser vista também na versão em Libras, feita pelo #CasaLibras, e disponível no YouTube (https://bit.ly/3y7eX9d).
"A narrativa do livro de Rita Cândido inicialmente foi divulgada em Português, circulando nos meios de comunicação do projeto Fala, Gigi!. Em seguida, a narrativa do livro foi adaptada para vídeo, também em Português, por Eloiza Cristiane Torres. Para contar a história, Eloiza interpreta uma contadora de histórias, a 'vovó Fofuxa', que dá nome ao seu canal no YouTube", contextualiza a docente do Departamento de Psicologia (DPsi) da UFSCar e coordenadora do projeto #CasaLibras, Vanessa Regina de Oliveira Martins. "Para a produção do vídeo em Libras, o projeto #CasaLibras entrou em contato com Rita Cândido e também obteve liberação para uso da narrativa de Eloiza Torres", explica ela.
"Com essa produção, o Projeto #CasaLibras espera contribuir com as famílias de crianças surdas, alertando sobre os sinais de abuso infantil, e incentivar os pais e professores a trabalharem o tema da violência sexual em suas casas e nas escolas", afirma a professora da UFSCar.

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