Resultados podem contribuir com a qualidade de vida de mulheres que sofrem com a dismenorreia
SÃO CARLOS/SP - A dismenorreia, mais conhecida como cólica menstrual, atinge boa parte da população feminina. A dor intensa e incapacidade produtiva durante os episódios de cólica podem atrapalhar a vida das mulheres, principalmente na faixa etária reprodutiva. Com o objetivo de entender os sintomas da dismenorreia nas brasileiras, uma pesquisa desenvolvida pelos laboratórios de Pesquisa em Saúde da Mulher (LAMU) e de Pesquisa em Recursos Fisioterapêuticos (LAREF), do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), está convidando voluntárias para responderem a um questionário online sobre o tema.
O estudo é realizado como projeto de mestrado e de iniciação científica, reunindo os dois laboratórios, a mestranda Raíssa de Oliveira e as graduandas Gabriela Rocha e Mariana Lara, com orientação das professoras do DFisio Patricia Driusso e Mariana Avila. De acordo com Avila, ainda não há dados suficientes na literatura científica sobre como é a cólica menstrual da brasileira e o quanto ela impacta a sua vida diária e no trabalho. "A cólica afeta muito mulheres em idade reprodutiva por seus sintomas de dor, indisposição, irritabilidade, aumento de sensibilidade, o que pode levar a faltas no trabalho e também a algo conhecido como 'presenteísmo', quando a pessoa não se ausenta do trabalho, mas não produz como em dias sem cólica", afirma a docente.
A professora explica que há dois tipos de cólica menstrual, mas as causas ainda não são exatamente conhecidas. A dismenorreia primária é aquela em que se observa o aumento da circulação de prostaglandina, substância química que está presente nas inflamações e que, dentre outras consequências, deixa os tecidos mais doloridos. Já a dismenorreia secundária tem condição associada a problemas uterinos como endometriose e ademiose. "Na secundária, a cólica menstrual costuma ser um pouco mais severa - isso não é regra -, e o tratamento mais eficaz é o cirúrgico, na maioria das vezes", diz ela. Ainda em relação aos cuidados, a docente indica que a cólica pode ser controlada por meio de medicamentos anti-inflamatórios e anticoncepcionais, mas alerta que eles têm risco de causar efeitos colaterais. "Há outras formas não-medicamentosas de tratamento, como a utilização da estimulação elétrica, acupuntura e exercícios, entre outros", completa.
Nesse contexto, a pesquisa pretende identificar como a cólica menstrual afeta as mulheres em idade reprodutiva, compreendendo como a brasileira enfrenta essa condição. "Assim poderemos pensar em intervenções para diminuir a intensidade dos sintomas, permitindo que essa mulher trabalhe em melhores condições e, também, em políticas públicas de saúde para garantir o tratamento adequado para a cólica", aponta Avila.
Além de perguntas para mapear os impactos da cólica menstrual nas mulheres brasileiras, as participantes também responderão a questões sobre o isolamento social e como ele tem interferido na menstruação e seus efeitos no organismo. "A pesquisa é pioneira e diferenciada, pois a esmagadora maioria dos estudos tem foco em adolescentes e mulheres até 24 anos de idade. Nosso estudo não tem essa limitação, ou seja, poderemos ter um panorama de como é a cólica menstrual em mulheres de todas as idades, inclusive nas mais velhas", destaca a docente da UFSCar.
Para realizar a pesquisa estão sendo convidadas mulheres, acima de 18 anos e que não tenham passado pela menopausa, de qualquer região do País. As participantes devem responder a este questionário online (https://bit.ly/2YMpHcU), com tempo de resposta entre 10 e 20 minutos, até o final do mês de agosto. Mais informações podem ser solicitadas às pesquisadoras Mariana Lara (16- 99616-7172) ou Gabriela Rocha (11- 98165-5645). Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 29747120.0.0000.5504).
Inscrições deverão ser feitas entre 13 e 31 de julho
SOROCABA/SP - O Programa de Pós-Graduação em Sustentabilidade na Gestão Ambiental (PPGSGA-So) do Campus Sorocaba da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) estará com inscrições abertas, no período de 13 a 31 de julho, para seleção de aluno regular ao curso de mestrado profissional. Com área de concentração em Sustentabilidade, Ambiente e Sociedade, o Programa objetiva formar e habilitar profissionais para atuarem no manejo e conservação de recursos naturais, com ênfase na sustentabilidade socioambiental.
Ao todo, são oferecidas 26 vagas, distribuídas entre as três linhas de pesquisa do Programa: Áreas Protegidas; Conflitos Socioambientais; e Recursos Naturais. Devido à pandemia do novo Coronavírus, o processo seletivo será realizado totalmente a distância e terá duas etapas, ambas de caráter classificatório: 1- análise do currículo Lattes e do projeto de pesquisa; e 2- entrevista.
Para a inscrição, é preciso preencher o formulário que consta no edital (disponível em www.ppgsga.ufscar.br) e enviá-lo junto com a documentação solicitada, para o e-mail da Secretaria do Programa (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.), com cópia para a coordenação (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.), obrigatoriamente com o assunto "Processo Seletivo PPGSGA 2020". O valor da inscrição é R$ 100.
Todos os detalhes da seleção devem ser conferidos no edital, em www.ppgsga.ufscar.br. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Debates sobre eletroquímica e eletroanalítica têm relevância no desenvolvimento de novas formas de detectar a COVID-19
SÃO CARLOS/SP - A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e o pesquisador Alex S. Lima da Universidade de Gotemburgo (Suécia) realizaram, nos dias 16,17, 24 e 25 de junho, o debate on-line "I Fronteiras em eletroquímica e eletroanalítica: avanços realizados por jovens cientistas". O evento reuniu pesquisadores brasileiros que trabalham em instituições nacionais e internacionais com linhas de pesquisas em eletroquímica e/ou eletroanalítica, além de palestrantes brasileiros e estrangeiros, com relevantes trabalhos nas áreas.
Entre os pesquisadores que integraram o debate: Bruno Campos Janegitz, do Departamento de Ciências da Natureza, Matemática e Educação (DCNME) do campus Araras da UFSCar; Thiago Paixão, do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP); Raphael Nagao, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); Gabriel N. Meloni da Universidade de Warwick (Inglaterra); Carla Santana Santos, da Universidade Ruhr-Bochum (Alemanha) e Cecília C. C. Silva do MackGraphe (Universidade Presbiteriana Mackenzie).
As apresentações foram conduzidas por jovens pesquisadores e doutores que abordaram as realizações dos diferentes grupos de pesquisas na atualidade. "Organizamos o evento em parceria com a Universidade de Gotemburgo para discutir e estimular os jovens cientistas a realizarem pesquisas nas áreas de eletroquímica e eletroanalítica, principalmente diante da pandemia de COVID-19", explicou o pesquisador da UFSCar, Prof. Dr. Bruno Campos Janegitz.
A eletroquímica e a eletroanalítica são ramos da físico-química e da química analítica, respectivamente, e desempenham papel importante no desenvolvimento da ciência. "O debate permite a troca de experiências proporcionando discussões sobre temas atuais, contatos e novas parcerias dentro da eletroquímica e da eletroanalítica, incluindo novas formas para a detecção da COVID-19", finalizou o Professor Bruno Janegitz.
O "I Fronteiras em eletroquímica e eletroanalítica: avanços realizados por jovens cientistas" contou com o apoio da Sociedade Brasileira de Química, da Sociedade Brasileira de Eletroquímica e Eletroanalítica e Metrohm Brasil.
Atividade é organizada pela UFSCar, em parceria com outras instituições, e as inscrições estão abertas
SÃO CARLOS/SP - No dia 6 de julho, a partir das 16 horas, será realizado o evento online "A Terapia Ocupacional no Sistema Único de Assistência Social (Suas): panorama e perspectivas". A atividade é gratuita, aberta ao público e a organização é da Rede Metuia - núcleos das universidades federais de São Carlos (UFSCar), do Espírito Santo (Ufes) e do Triângulo Mineiro (UFTM).
A programação tem início com o tema "Quantos somos e onde estamos? Um panorama nacional sobre a inserção e a atuação da Terapia Ocupacional no Suas". Na sequência, o assunto será as "Contribuições da Terapia Ocupacional no Suas em meio (e após) à pandemia da Covid-19". O evento terá espaço para debates e encaminhamentos práticos; o encerramento está previsto para às 18h30.
A inscrição deve ser realizada até as 12 horas do próprio dia 6 de julho, em http://tiny.cc/tonosuas. Os inscritos receberão, posteriormente, o link de acesso. As informações completas estão disponíveis em https://bit.ly/38cKAkR ou podem ser solicitadas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Rede Metuia
A palavra Metuia tem origem bororo e significa amigo e companheiro. O projeto Metuia foi criado em 1998 por docentes da área de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo (USP), da UFSCar e da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas. Atualmente, a rede conta com cinco núcleos. No núcleo da UFSCar são desenvolvidos projetos de pesquisa, ensino e extensão que visam à inserção de metodologias participativas no campo da infância e da juventude brasileira, e, igualmente, da saúde pública em suas interfaces com a questão social. Mais informações podem ser consultadas no site www.metuia.ufscar.br.
Livro é gratuito e foi elaborado por pesquisadores da UFSCar, USP e UFMT
SÃO CARLOS/SP - O distanciamento social imposto pela pandemia de Covid-19 fez com que vários idosos deixassem de participar de atividades que estimulam a cognição, como oficinas de memória. Com o objetivo de propor ações que agucem a cognição durante a quarentena e fornecer informações sobre o novo Coronavírus para esse público, foi elaborado o e-book "Covid-19 e os idosos: atividades cognitivas para a quarentena". A obra é fruto de parceria entre a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (EERP-USP) e a Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT).
De acordo com Lucas Pelegrini de Carvalho, docente do Departamento de Gerontologia (DGero) da UFSCar e um dos organizadores do livro, o processo de envelhecimento traz algumas alterações cognitivas, como por exemplo na atenção, nas funções executivas e na memória. "Associado a isso, o período de isolamento é limitante para que os idosos exercitem suas habilidades cognitivas. Assim, a prática de atividades que estimulem a cognição se torna imprescindível para que haja a prevenção de possíveis declínios e a promoção da saúde cognitiva", completa o professor.
Nesse contexto, o e-book propõe exercícios que estimulam a cognição dos idosos, seus domínios (atenção, funções executivas, memória e aprendizado, linguagem, perceptomotor e cognição social) e as habilidades que se desdobram a partir desses domínios, como raciocínio e tomada de decisão. São apresentadas práticas de leitura, jogos com palavras, números e desenhos. Além disso, a obra traz informações sobre a Covid-19, como sintomas, formas de contágio e medidas protetivas importantes para que os idosos passem por esse momento de forma segura. "A Covid-19 é uma doença recente e as informações a seu respeito ainda estão em processo de disseminação. Optamos por abordar temas relacionados a ela pois o público idoso precisa ter acesso ao conhecimento disponível, contudo de maneira acessível e coerente com a sua realidade", acrescenta Carvalho.
O livro integra o projeto de extensão intitulado "Covid-19 e envelhecimento: Confecção de material informativo sobre saúde e envelhecimento com a proposta de estimulação cognitiva", coordenado pelo professor da UFSCar. A equipe da Universidade ficou responsável pela criação, redação dos capítulos e edição gráfica. Os grupos da EERP-USP e UFMT auxiliaram na correção e adequação do conteúdo para viabilizar a publicação. O e-book está disponível para download gratuito neste link (https://bit.ly/3i6yxdp) e é voltado aos idosos, mas indicado também para cuidadores e familiares que poderão ajudá-los na execução das práticas propostas.
"Coronaoquê?" associa conhecimento científico ao enfrentamento da pandemia
SÃO CARLOS/SP - O Laboratório Aberto de Interatividade para a Disseminação do Conhecimento Científico e Tecnológico (LAbI) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) lançou mais um produto para disseminação de informações confiáveis no contexto da pandemia de Covid-19: a série "Coronaoquê?", voltada às crianças.
A série, que utiliza a linguagem do desenho, parte de temas em evidência no debate público sobre a pandemia, que muitas vezes chegam até as crianças sem contextualização para a sua realidade, para compartilhar explicações que possam ser compreendidas por esse público. No primeiro episódio, por exemplo, há a apresentação de quem é o novo Coronavírus, porque ele recebe esse nome, são abordadas as hipóteses para o seu surgimento e, também, as recomendações de proteção, como a higiene das mãos, o uso de máscaras e o distanciamento físico.
"As crianças sem dúvida já ouviram essas recomendações como instruções, mas não necessariamente têm a resposta para o motivo delas serem necessárias e importantes. Além de buscar uma linguagem que possa dialogar com as dúvidas e, também, com os sentimentos provocados pela pandemia, nosso objetivo também é apresentar o conhecimento científico que sustenta essas instruções, por exemplo", conta Tárcio Minto Fabrício, Coordenador de Conteúdo do LAbI e idealizador da nova produção, que realiza estágio de pós-doutorado na área de difusão do conhecimento junto ao Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF).
O LAbI, sediado na UFSCar, é parceiro do CDMF e, também, do Centro de Inovação em Novas Energias (Cine), na concretização das atividades de difusão desses centros, ambos financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
A série "Coronaoquê?" vem se somar a outros esforços do LAbI na divulgação de informações confiáveis sobre a Covid-19 apoiados pelo Cine e pelo CDMF. Dentre eles, destaca-se o podcast diário Quarentena, que já ultrapassou a centésima edição diária com resumo das principais notícias sobre a Covid-19 publicadas no Brasil e no mundo, além de entrevistas exclusivas, dicas culturais, dentre outros tópicos. Outro material relevante é a série de vídeos "Covid-19: Perguntas e Respostas", que reúne dúvidas comuns sobre a doença, respondidas por Bernardino Geraldo Alves Souto, docente do Departamento de Medicina (DMed) da UFSCar. Um diferencial do projeto é que os vídeos trazem janela com interpretação em Língua Brasileira de Sinais (Libras), em uma parceria com o Laboratório de Tradução Audiovisual da Língua de Sinais (Latravilis) da UFSCar.
Toda essa produção está disponível na playlist "Covid-19" no canal do LAbI no Youtube, o ClickCiência. O "Coronaoquê?" pode ser conferido no site do LAbI (www.labi.ufscar.br), onde há mais informações.
Ferramenta estimula processos de ensino e aprendizagem mais lúdicos
SÃO CARLOS/SP - Em meio à pandemia do novo Coronavírus e a suspensão das aulas presenciais, uma experiência inovadora com a plataforma Ludo Escola está sendo implantada na rede municipal de ensino de São Carlos, por meio de uma parceria entre o Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a Aptor Software (spin-off do CDMF) e a Secretaria Municipal de Educação de São Carlos.
Criada pelo grupo de desenvolvimento de jogos educacionais Ludo Educativo, um projeto de extensão universitária do CDMF, em parceria com a Aptor Software, a plataforma Ludo Escola, gratuita, busca auxiliar professores e estudantes com o emprego de tecnologias digitais nos processos de ensino e aprendizagem.
"Para amenizar as perdas dos estudantes do Ensino Fundamental e Médio diante da pandemia, celebramos um convênio com a Secretaria de Educação de São Carlos, com o objetivo de melhorar as condições dos professores ao criarem salas de aula, atividades e avaliações online", diz Elson Longo, Diretor do CDMF e Professor Emérito da UFSCar.
Com o módulo Ludo Escola, dentro do Portal Ludo Educativo, os professores têm a oportunidade de utilizar cursos já disponibilizados na plataforma, para aplicar a seus alunos, ou criar seus próprios cursos, com diferentes módulos, em formato de jogos de tabuleiro. Os professores também têm acesso a diferentes relatórios, para analisarem o desempenho dos estudantes frente aos assuntos abordados no curso e o progresso de cada um nos módulos.
Para ter acesso à plataforma, é preciso realizar cadastro no Ludo Educativo (https://www.ludoeducativo.
Ludo Educativo
O Ludo Educativo nasceu de uma iniciativa conjunta da Aptor Software e do CDMF, um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e recebe também investimento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a partir do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN). Com realização da equipe da Aptor Software, criou-se um portal de jogos educativos completamente gratuitos para tornar a educação algo mais divertido.
Pesquisa busca voluntários para validar instrumento que pode colaborar com quem sofre com o problema
SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa de mestrado, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFt) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), convida pessoas que tenham dor na coluna cervical (dor no pescoço) para participarem de processo de validação de um instrumento utilizado no exterior e que pode colaborar com a reabilitação de pacientes brasileiros que sofrem com o problema. O estudo é desenvolvido pela mestranda Mariana Quixabeira Almeida, sob orientação de Mariana Avila, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da Universidade.
A pesquisa é intitulada "Adaptação transcultural e validação do The Northwick Park Neck Questionnaire (NPQ) para o Português brasileiro". O objetivo é fazer uma adaptação da versão original (Inglês) desse questionário para o Português brasileiro e verificar se ele pode ser válido e confiável na versão traduzida.
De acordo com a orientadora, a dor cervical crônica é a quarta causa de incapacidade relacionada à dor no mundo. "Apesar de tão importante socioeconomicamente, ainda existe a necessidade de instrumentos que abordem de forma abrangente o problema, inclusive levando em conta atividades que são realizadas diariamente e que são impactadas quando a pessoa tem dor", destaca ela. Nesse contexto, foram desenvolvidos no exterior diversos métodos que avaliam a função das pessoas que sofrem com dor na cervical, mas, segundo a docente, esses instrumentos precisam passar por um processo de tradução e adaptação cultural para serem aplicados em pacientes de cada país.
Atualmente, há apenas dois questionários adaptados para o Português e utilizados no Brasil para avaliar a capacidade funcional e cervicalgia. O NPQ traduzido terá como função mensurar a dor cervical e suas interferências na vida diária das pessoas acometidas pelo problema, ampliando, assim, as ferramentas confiáveis e validadas para o uso em pacientes brasileiros. Segundo a docente da UFSCar, a expectativa quanto aos resultados do estudo é positiva. "Esperamos que a versão adaptada do NPQ para a população brasileira seja válida e confiável, permitindo que mais instrumentos de avaliação possam ser utilizados para esse quadro da dor cervical", conclui.
Para realizar a pesquisa, estão sendo convidados voluntários, homens ou mulheres, que tenham relato de dor crônica na cervical (pescoço) há mais de três meses. Os voluntários podem ser qualquer região do Brasil e responderão a questionários online para avaliar as propriedades do NPQ. O tempo de resposta do primeiro questionário é de 30 minutos, e o segundo, aplicado uma semana depois, tem 5 minutos de duração. Interessados podem acessar o questionário nesse link (https://bit.ly/2CBSdFI) ou entrar em contato com a pesquisadora até o mês de agosto, pelo telefone (16) 99622-1003 ou e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 87346778.9.3001.5504).
Infectologista Ho Yeh Li acompanhou os primeiros exames do Programa Testar para Cuidar no HU-UFSCar.
SÃO CARLOS/SP - O Hospital Universitário da UFSCar (HU-UFSCar) foi um dos pontos de coleta de informações e exames de sangue do "Testar para Cuidar - Programa de Mapeamento da COVID-19", no dia 14 de junho. A Reitora da UFSCar, Wanda Hoffmann, acompanhou as coletas e encontrou a médica infectologista Ho Yeh Li, Chefe da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital das Clínicas de São Paulo e a única infectologista que integrou a equipe que foi à China buscar os brasileiros que pediam repatriação, no início da pandemia. A visita foi acompanhada pelas médicas e Professoras da UFSCar, Meliza Goi Roscani (Chefe de Gestão de Cuidado do HU) e Sigrid de Souza, uma das coordenadoras do Mapeamento.
"Temos várias iniciativas e ações na UFSCar para o enfrentamento da doença COVID-19. Destaco o empenho e a responsabilidade da nossa comunidade UFSCar, que está apoiando a sociedade neste momento difícil. Este mapeamento vai possibilitar a criação de estratégias para controle e combate da doença", afirmou a Reitora.
O papel da UFSCar no programa "Testar para Cuidar" é apoiar o levantamento, a coleta de informações e exames. Conta com a participação de docentes, estudantes da área da saúde e, também, de inscritos na iniciativa "O Brasil Conta Comigo". A realização dos exames tipo ELISA contará com o apoio da UFSCar, por meio do Laboratório de Inflamação e Doenças Infecciosas (LIDI), do Departamento de Morfologia e Patologia (DMP). Os testes serão comprados pela Prefeitura de São Carlos.
Já o Hospital Universitário (HU) da UFSCar, além de disponibilizar o local para a realização do levantamento, tem profissionais da área da saúde trabalhando como voluntários na ação. O HU-UFSCar é referência no atendimento a moradores que durante a visita apresentam algum sintoma grave de Síndrome Gripal. Ao todo, 44 leitos de enfermaria e 10 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) foram disponibilizados para atendimento exclusivo de pacientes COVID-19, no HU.
"A testagem, neste momento, torna-se ainda mais importante no combate à pandemia e a participação dos alunos, do HU e da UFSCar, mostra mais uma vez a perfeita sintonia entre o ensino e a assistência", afirmou a Superintendente do HU-UFSCar, Ângela Leal.
Para a aluna do 6º ano do curso de Medicina, Malu Oliveira da Cunha, o Testar para Cuidar está sendo importante para a formação. "Fazer parte dessa pesquisa é muito gratificante e um aprendizado dentro da minha formação. A COVID-19 é algo novo e que nós estamos tendo que estudar no dia a dia", contou.
A médica infectologista Ho Yeh Li, Chefe da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina de São Paulo, conheceu o "Testar para Cuidar" e destacou a importância do programa. "Este mapeamento é fundamental para que os governantes, assim como os gestores da área da saúde, consigam fazer um planejamento para o enfrentamento da COVID-19. Ele será determinante para a adequação dos serviços nos próximos meses", disse Ho Yeh Li.
Com trabalhos relevantes em H1N1 e febre amarela, Ho Yeh Li afirma que São Carlos será um exemplo para outras cidades. "Conhecer a porcentagem da população infectada e a porcentagem da população que está suscetível à doença permite traçar a curva e trabalhar ações mais concretas. São Carlos é um exemplo para as outras cidades seguirem", completou.
Ao todo, 545 propostas foram avaliadas e apenas 31 aprovadas, sendo 3 delas da UFSCar.
SÃO CARLOS/SP - A Universidade Federal de São Carlos (USFCar) teve três projetos de pesquisa e formação de recursos humanos na pós-graduação stricto sensu selecionados pelo Edital nº 09/2020, do Programa de Combate a Epidemias da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). O resultado preliminar foi publicado na sexta-feira (19), no Diário Oficial da União. O edital, que recebeu 545 propostas, previa a escolha de 30. Devido à alta qualidade, 31 atingiram a avaliação máxima e serão implementados.
Os três projetos da UFSCar são: "Imunossensores flexíveis nanoestruturados de ouro e platina para a detecção da COVID-19", coordenado pelo Professor Bruno Campos Janegitz, do Departamento de Ciências da Natureza, Matemática e Educação (DCNME), campus Araras; "Desenvolvimento de Tecidos Inteligentes para Meios Filtrantes com Caráter Biocida e Virucida", coordenado pela Professora Mônica Lopes Aguiar, do Departamento de Engenharia Química (DEQ), campus São Carlos; "Diagnóstico, Prevenção e Tratamento - contribuição do PPGQ-UFSCar ao enfrentamento da COVID-19 e outras pandemias" coordenado pelo Professor Ronaldo Censi Faria, do Departamento de Química (DQ), campus São Carlos.
"O resultado da CAPES comprova a excelência da UFSCar em pesquisa e como a Universidade pode impulsionar o desenvolvimento científico no País. Mesmo nesse momento de pandemia, a UFSCar mantém seu protagonismo e está seguindo em frente, superando desafios e transformando a nossa sociedade", disse a Reitora da UFSCar, Wanda Hoffmann.
O Programa de Combate a Epidemias é um conjunto de ações de apoio a projetos, pesquisas e formação de recursos humanos para enfrentar a COVID-19 e estudar temas relacionados a endemias e epidemias. Duas dimensões estruturam o Programa: Ações Estratégicas Emergenciais Imediatas e Ações Estratégicas Emergenciais Induzidas em Áreas Específicas. No total, serão concedidas 2,6 mil bolsas e investimento de R$ 200 milhões ao longo de quatro anos.
Para o Prof. Bruno Campos Janegitz (DCNME/ Araras), coordenador de um dos projetos selecionados, o edital deu a Universidades a possibilidade de gerar novas tecnologias de diagnósticos. "Essa será uma grande oportunidade de reunir pesquisadores para propor sistemas de detecção simples, rápidos e de baixo custo para a sociedade. E isso é muito gratificante", afirmou. O projeto será realizado em parceria com o Professor Fernando Vicentini, do Centro de Ciências da Natureza/ campus Lagoa do Sino, e com a Universidade Federal do Paraná (UFPR). O resultado final está previsto para ser divulgado a partir de 1º de julho e as atividades dos projetos devem começar a partir de 1º de agosto.
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