Live no dia 17 de agosto terá a presença das ex-diretoras da BCo relembrando acontecimentos que marcaram essa história
SÃO CARLOS/SP - No dia 17 de agosto de 1995, foi inaugurada e entrou em funcionamento a Biblioteca Comunitária (BCo) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Instalada em um complexo com 9 mil m² - onde se localiza, além da própria Biblioteca, o Teatro Universitário Florestan Fernandes, os Auditórios da BCo, a Coordenadoria de Apoio a Eventos Acadêmicos (CAEv) e a livraria da Editora da UFSCar (EdUFSCar) -, a sua inauguração ocorreu logo após a transferência do acervo da antiga Biblioteca Central da UFSCar, local onde atualmente se encontra o prédio do Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH) da Instituição.
O projeto da Biblioteca Comunitária foi caracterizado como pioneiro entre as universidades federais, pois previa que a BCo deveria ser um centro referencial, que garantisse o uso e o acesso a informações em todos os níveis e para todos os fins, atendendo diversos grupos de usuários. O objetivo era democratizar o espaço físico, o acervo, os serviços e produtos, servindo como canal catalisador da informação gerada e armazenada na Universidade.
Atualmente, após 25 anos de existência, a BCo vem cumprindo com esse objetivo, sendo uma Biblioteca aberta a todos os públicos, que disponibiliza recursos bibliográficos, informacionais e tecnológicos e acesso à informação aos discentes, docentes e técnico-administrativos da Universidade e, também, à população de São Carlos e região, que podem realizar cadastro e, assim, empréstimo de obras.
Evento de comemoração
Para comemorar o aniversário de 25 anos, a Biblioteca Comunitária realiza, na próxima segunda-feira, dia 17 de agosto, uma live com a presença de suas ex-diretoras. O intuito é detalhar essa história e também relembrar acontecimentos, curiosidades e eventos que ocorreram ao longo deste um quarto de século de existência da Unidade. O bate-papo contará com a participação das bibliotecárias Lourdes Moraes, Ligia Maria Silva e Souza, Camila Cassiavilani, Eliane Colepicolo e Marisa Cubas Lozano.
O evento é gratuito, aberto às pessoas interessadas e acontecerá a partir das 15 horas, via Google Meet, pelo link meet.google.com/xxv-hyxy-qvi.
Iniciativa do InformaSUS da UFSCar continua com inscrições abertas até 30 de setembro
SÃO CARLOS/SP - Estão abertas as inscrições no Festival Cultural CultivAR-TE, iniciativa do projeto InformaSUS da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que acontece até o dia 30 de setembro, com o objetivo de evidenciar a importância da cultura no cuidado de si e do outro em interface com a saúde mental. O Festival é virtual e as inscrições são gratuitas. As obras artísticas podem ser inscritas por quaisquer interessados nas categorias Artes Visuais; Fotografia; Dança; Literatura; Artes cênicas; Performance; Audiovisual e Música.
A proposta do CultivAR-TE é abrir um espaço que permita a livre expressão, a produção de vida e o olhar para si sob a perspectiva da autonomia, da participação e da inclusão social. Além disso, diante da pandemia da Covid-19 e seus impactos na sociedade, o Festival pretende apresentar diferentes vivências cotidianas durante esse momento, valorizando a multiplicidade de formas de expressão e cuidados. Nesse contexto, os eixos temáticos do Festival são: Retratos do isolamento e distanciamento social; Resiliência em tempos de pandemia; O cuidado de si e do outro; e Permanências e transformações da cultura.
Os trabalhos serão considerados na sua relação com o eixo temático proposto e de acordo com a expressividade, sensibilidade e criatividade. O período de inscrição segue ao longo de todo o Festival (até 30 de setembro). A submissão das propostas por eixos temáticos deve ser feita no link https://bit.ly/3iNLjxG.
Obras selecionadas
Das obras que foram inscritas desde o início do Festival, em julho, 26 foram selecionadas e já estão no site para apreciação do público. São registros de artes visuais, fotografias, danças, produções literárias e composições musicais adequadamente associadas aos eixos temáticos do CutivAR-TE. Confira na Galeria Virtual do InformaSUS (em www.informasus.ufscar.br).
O edital e outras informações sobre o CultivAR-TE também podem ser acessados no site www.informasus.ufscar.br. Contatos pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Tecnologia que detecta o câncer de cabeça e pescoço poderá ser adaptada para o diagnóstico da Covid-19
SÃO CARLOS/SP - Os biomarcadores são compostos presentes em fluídos corporais como no sangue, urina, saliva ou lágrima e podem ser utilizados para o diagnóstico de diversos tipos doenças. Para alguns biomarcadores - como as proteínas -, há métodos de detecção amplamente disponíveis, entretanto, novos e promissores biomarcadores necessitam de técnicas mais sofisticadas que estão disponíveis em poucos centros especializados nas grandes cidades, o que restringe seu uso. Pensando nessa questão de saúde mundial, a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em parceria com o Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular (CPOM) do Hospital de Amor de Barretos, desenvolveu um método mais simples que o usual para detectar microRNAs (miRNAs), importantes biomarcadores para o diagnóstico de diversas doenças, identificando, neste caso, o câncer de cabeça e pescoço, e com possibilidade de ser adaptado, inclusive, para o diagnóstico da Covid-19. O dispositivo é feito com materiais descartáveis de baixo custo, capaz de detectar o biomarcador miRNA associado aos cânceres de cabeça e pescoço com a mesma precisão dos diagnósticos realizados atualmente.
Intitulada "Sensor eletroquímico descartável para quantificação de miRNA para o diagnóstico de doenças e método de obtenção e de quantificação", a patente de autoria dos pesquisadores Ronaldo Censi Faria, Orlando Fatibello Filho, Fernando Henrique Cincotto e Wilson Tiago da Fonseca, do Departamento de Química (DQ) da UFSCar, junto de Matias Eliseo Melendez, Ana Carolina de Carvalho Peters e André Lopes Carvalho, do Centro de Pesquisa em Oncologia do Hospital de Amor de Barretos, é uma proposta de dispositivo confeccionado com materiais simples - tais como plásticos, tintas condutoras, folhas de impressora a laser (transparências), impressora de recorte, adesivos vinílicos e outros materiais de papelaria - que realiza o diagnóstico do câncer com a mesma precisão dos métodos atuais.
De maneira geral, os cânceres de cabeça e pescoço se referem a qualquer neoplasia que atinge a mucosa da via aerodigestiva superior - compreendida pela boca, faringe e laringe, sendo o carcinoma epidermoide o mais frequente. Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), em geral os tumores de cabeça e pescoço são mais frequentes em homens na faixa dos 60 anos de idade e representam o segundo tipo da doença com maior incidência na população masculina e o quinto mais comum entre as mulheres. Considerando a especificidade de cada sintoma e tratamento, cientistas do mundo todo se dedicam a descoberta de fármacos e mecanismos de cura, mas até atualmente, uma das principais formas de obter sucesso no tratamento é identificar o tumor em estágios iniciais, o que reforça a importância do diagnóstico precoce.
De acordo com o inventor Wilson Fonseca, para o desenvolvimento da tecnologia, foram analisadas 18 amostras de pacientes separados em grupo controle (que não possuem a doença) e grupo afetado (que possuem câncer de cabeça e pescoço). Com isso, o dispositivo eletroquímico descartável mediu o sinal e ofereceu uma resposta como um glicosímetro - dispositivo utilizado para a medição da glicose - detectando a biomolécula miRNA-203 (biomarcador) em amostras de pacientes com a doença apresentado um sinal diferente dos pacientes que não possuíam a doença. A partir daí, os resultados foram comparados com os dados dos mesmos pacientes que tinham sido submetidos ao método padrão RT-PCR, retificando o diagnóstico de câncer de cabeça e pescoço. "A patente detecta a biomarcador miRNA-203 em amostras de linfonodos através de ensaios com partículas magnéticas, nanopartículas de ouro e sondas de DNA que possibilitam a captura do biomarcador e sua inserção no dispositivo, por meio do qual é medido o biomarcador eletroquimicamente, gerando uma resposta quando o paciente é portador da doença", esclarece.
Levando cerca de nove meses para ser desenvolvida, fruto de sua tese de doutorado, Fonseca explica que o diferencial da tecnologia é a utilização de um método alternativo de baixo custo para o diagnóstico através da detecção de biomarcadores miRNA, isso porque o método padrão RT-PCR para detectar este tipo de câncer é caro e utiliza equipamentos maiores. "O método que propomos não utiliza ultrassonografia, ressonância magnética, e nem medidas em RT-PCR, portanto, seu diferencial em relação a outros métodos atuais é o fato de ser um dispositivo descartável confeccionado com materiais simples de papelaria e que possibilita a portabilidade, uma vez que atualmente os exames são feitos em laboratórios com equipamentos difíceis de se transportar (em virtude de sua dimensão e peso). Além disso, alcançamos elevada sensibilidade detectando a molécula em níveis de concentração bastante baixos, o que a torna promissora ao mercado", diz ele.
A tecnologia ainda não está disponível no mercado porque os pesquisadores carecem de investimentos e parceiros que atuem em cooperação para aprimorar ainda mais o dispositivo na área eletrônica, tornando-o menor e ainda mais portátil como o glicosímetro. A expectativa é que, além de diferentes tipos de câncer, ele possa detectar doenças como o HIV, artrite reumatoide, fibrose hepática, e doenças virais, como a Covid-19.
Assim, atualmente, além do objetivo de inserir essa tecnologia no mercado mundial, o grupo de pesquisadores investe no desenvolvimento de biossensores, imunossensores e sensores de baixo custo para o diagnóstico de doenças humanas e doenças de plantas, focando sempre no diferencial de baixo custo, medidas in loco/portabilidade e praticidade de descarte após o uso. Em momento de pandemia e isolamento mundial, o grupo de Ronaldo Faria segue atuando em projetos de pesquisa voltados para o diagnóstico da Covid-19.
Essa tecnologia está disponível para licenciamento e as informações podem ser conferidas no site da Agência de Inovação (AIn) da UFSCar em www.inovacao.ufscar.br.
Contrato com a empresa responsável pela obra foi assinado em 7/8 e o serviço começa na próxima semana
SÃO CARLOS/SP - Na última sexta-feira, dia 7 de agosto, foi assinado o contrato com empresa responsável pela construção do Bloco D do Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos (HU-UFSCar/Ebserh). As obras terão início a partir da próxima semana e a finalização está prevista em dois anos.
O Bloco D irá abrigar serviços de apoio técnico e logístico. Serão 4.578,50 m² de área construída com vestiários/higiene, refeitório, cozinha, central de distribuição de medicamentos, almoxarifado, laboratório de anatomia patológica, necrotério, rouparia, manutenção predial e engenharia clínica, além de espaço para carga e descarga e para abrigo de resíduos.
Essa estrutura foi levantada em 2010, mas a obra foi paralisada. Com a gestão do HU pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), elaborou-se um plano de investimentos para a retomada da construção. Como a estrutura é antiga, algumas modificações serão realizadas, de forma que se cumpra a legislação vigente e as normas de segurança, prevendo, também, a eficiência do espaço em relação aos serviços que serão ofertados ali.
O valor da obra é R$ 9,035 milhões com recursos provenientes do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), gerido pela Ebserh. De acordo com Ângela Leal, Superintendente do HU, "a obra é fundamental para abrigar serviços de apoio à recente expansão do Hospital".
Trabalho pode auxiliar no aprimoramento de estudos aplicados como, por exemplo, na área de produção de medicamentos
SÃO CARLOS/SP - Em parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), botânicos especialistas na família Myrtaceae - à qual pertencem, por exemplo, a pitanga, a jabuticaba e a goiaba - estudaram as populações associadas à Myrcia splendens, uma espécie muito comum de guamirim (pequeno arbusto) que ocorre tanto na Amazônia quanto em outros biomas da América tropical. A hipótese - confirmada pelo estudo - era de que o nome Myrcia splendens estava sendo aplicado para mais de uma espécie nas áreas abrangidas pelo Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais (PDBFF).
"Muito se fala em espécies de plantas tropicais abundantes e amplamente distribuídas. Contudo, é preciso considerar que talvez cada uma delas seja, na verdade, um conjunto de espécies muito parecidas e difíceis de separar visualmente. É comum que a esse agrupamento seja atribuído um só nome, criando as chamadas 'espécies hiperdominantes' e subestimando a diversidade das nossas florestas", explica a professora Fiorella Fernanda Mazine Capelo, do Departamento de Ciências Ambientais (DCA-So) do Campus Sorocaba da UFSCar.
Segundo ela, a identificação correta de qualquer espécie é importante porque cada uma pode ter propriedades diferentes. "É uma etapa crítica em estudos aplicados como, por exemplo, os farmacêuticos. Se você descobre determinada propriedade em uma planta, é importante que somente exemplares dessa espécie sejam utilizados para extraí-la, pois a utilização de outra espécie, mesmo que morfologicamente parecida ou evolutivamente próxima, pode não trazer o mesmo resultado. Falando em medicamentos, utilizar plantas de outra espécie pode ter até efeitos danosos", esclarece Mazine. "No gênero Myrcia, há indícios de potencial farmacêutico em algumas espécies, como por exemplo aquelas popularmente conhecidas como pedra-ume-caá, ainda pouco estudadas", acrescenta.
Esse tipo de pesquisa, diz Mazine, "faz parte do grande esforço por parte dos botânicos para inventariar a biodiversidade brasileira, ainda pouco conhecida em muitas regiões, inclusive na Amazônia. Ele representa um passo a mais na organização das plantas em compartimentos organizados - que são as espécies e grupos de espécies - para que elas sejam primeiro conhecidas e, posteriormente, utilizadas em outras áreas das ciências. Ou seja, é um estudo de base, mesmo sendo multidisciplinar, que abre caminho para estudos aplicados".
Além da UFSCar, a iniciativa contou com a parceria do Laboratório de Botânica Amazônica (Labotam) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), e foi financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) no período de 1º de novembro de 2018 a 30 de junho de 2019. Os pesquisadores estudaram tanto a morfologia externa quanto a espectroscopia das folhas na região do infravermelho-próximo, que reflete a composição interna dos tecidos e tem sido utilizada para distinguir espécies amazônicas com sucesso. "Na descrição de uma espécie nova, o botânico traz características diagnósticas, ou seja, características morfológicas que ajudam na sua correta identificação. Na Amazônia grande parte das espécies de planta ainda são desconhecidas para a ciência, portanto, antes de qualquer estudo aplicado, precisamos primeiro descrevê-las e dar nomes a elas", diz a docente.
Resultados
Nesse trabalho, três espécies foram consideradas novas para a ciência e batizadas de Myrcia eveae, M. otocalyx e M. prismatica. As espécies novas variam de pequenas arvoretas a árvores de 18 metros de altura. Todas têm folhas simples, opostas e não apresentam látex ou resina; contudo, suas folhas têm glândulas translúcidas que podem ser vistas como pontos brilhantes se forem posicionadas contra a luz. "A diferenciação morfológica entre elas é complexa e precisa ser feita com base tanto em suas folhas quanto suas flores e frutos, que são posicionados em inflorescências ou infrutescências bastante ramificadas e com eixos longos", detalha Mazine. Além disso, o comportamento espectral das folhas - a quantidade de raios absorvida, refletida ou que atravessa o tecido vegetal - se mostrou diferente para cada espécie, reflexo das diferenças entre as substâncias dos tecidos foliares de cada uma.
À UFSCar coube a realização do experimento, feito por Paulo Henrique Gaem, então aluno do curso de Engenharia Florestal da Universidade, sob orientação de Mazine e de Alberto Vicentini, do Inpa. Em linhas gerais, as etapas para realizar esse tipo de estudo compreendem a coleta de amostras das plantas em campo, a secagem em estufa e a identificação com utilização de bibliografia especializada ou comparação com espécimes de coleções (herbário); caso não haja correspondência, é feita uma descrição da espécie nova, a partir de características morfológicas, e comparação com outras semelhantes e evolutivamente próximas. Nas etapas seguintes, são realizadas leituras de absorbância das folhas no espectrofotômetro; e comparados estatisticamente os espectros para verificar semelhanças ou diferenças entre espécies.
O artigo "Three new Amazonian species of Myrcia sect. Myrcia (Myrtaceae) based on morphology and near-infrared spectroscopy", com os resultados da pesquisa, foi publicado no periódico internacional Phytotaxa e pode ser acessado no link https://bit.ly/31q70fc. Mais informações pelo e-mail do pesquisador Paulo Henrique Gaem (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.).
Organizado por estudantes da UFSCar e USP, o "Parar para Doar" será um piloto para as próximas atividades do projeto
SÃO CARLOS/SP - O Projeto Operação Natal realiza no dia 15 de agosto, das 9 às 18 horas, em São Carlos, a ação "Parar para Doar", um piloto para a arrecadação de donativos e produtos de higiene pessoal e de limpeza, no modelo drive-tru. As doações serão revertidas para as instituições Acorde e Anália Franco da cidade. A ação será realizada no recuo da Avenida Trabalhador São-carlense, abaixo da ponte da Avenida São Carlos, próximo à Rodoviária.
A Operação Natal é um projeto de extensão criado em 2006, pelo Programa de Educação Tutorial (PET) da Engenharia de Produção, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Atualmente, o projeto de extensão (nº 23112.009333/2020-94) é coordenado pela docente Denise Balestrero Menezes, do Departamento de Engenharia Civil (DECiv) da UFSCar, e organizado por estudantes da própria UFSCar e da Universidade de São Paulo (USP). O projeto tem como missão espalhar a magia do Natal por meio de uma atuação sinérgica e de ações de responsabilidade social que impactam a vida de pessoas socioeconomicamente vulneráveis.
O "Parar para Doar" será o primeiro movimento deste ano e vai auxiliar a Operação Natal na organização de eventos maiores ainda em 2020. "Estamos em ano atípico, não podemos gerar aglomerações e nem fazer o ‘casa a casa’. Estamos inovando para continuar os nossos propósitos, seguindo todas as medidas de proteção sanitária", diz Isadora Bonetto Ferrari, uma das estudantes coordenadoras do projeto.
Para contribuir, basta parar o carro e entregar a doação. Quatro integrantes do projeto, com os equipamentos de proteção individual necessários, receberão os donativos. Podem ser doados macarrão, enlatados, feijão, óleo, molho de tomate, farinha, fubá, arroz, leite, itens de higiene pessoal (sabonete, pasta de dente, absorvente, papel higiênico e shampoo) e produtos de limpeza (desinfetante, água sanitária e detergente).
Em 2019, a Operação Natal realizou inúmeras atividades de arrecadação de donativos e 5.865 pessoas de várias instituições da cidade foram beneficiadas. Outras informações podem ser conferidas na página do projeto no Facebook (facebook.com/operacaonatalsc)
Evento acontecerá em formato virtual com profissionais de diversas áreas na busca por soluções sustentáveis e inovadoras
ARARAS/SP - Estão abertas as inscrições para o Canathon, primeiro hackathon voltado para o mercado de bioenergia, que será realizado online de 20 a 23 de agosto. A iniciativa, criada pela feira Fenasucro & Agrocana e a Think Lab, com o apoio do curso Master of Technology Administration (MTA) em Gestão Industrial Sucroenergética, oferecido pelo Departamento de Tecnologia Agroindustrial e Socioeconomia Rural do Campus Araras (DTAiSeR-Ar) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), envolverá especialistas de diversas áreas na busca por soluções sustentáveis e inovadoras em desafios ligados a gestão, produção e novas economias.
A proposta é estimular a busca por projetos que garantam o melhor aproveitamento e eficiência da bioenergia. "A Fenasucro & Agrocana é a maior feira de bioenergia do mundo, por isso sempre buscamos conceitos, discussões e soluções inéditas que possam ser aplicadas na prática e impactar o setor. O Canathon é uma inovação que deverá trazer soluções efetivas nesse sentido. Com a pandemia e a necessidade de adiar o evento físico, optamos pela versão online do hackathon exatamente porque o setor, mais do que nunca, precisa de ações eficientes e imediatas que o Canathon, como acelerador de pesquisa e desenvolvimento, pode oferecer", afirma Paulo Montabone, diretor da Fenasucro & Agrocana.
De acordo com Marcos Eduardo de Oliveira, da Think Lab, a estrutura do evento foi alterada em razão da pandemia da Covid-19, mas manterá o desafio aos participantes, que terão etapas para cumprir durante o período do Canathon. "Consultamos o mercado e as empresas de bioenergia para entender quais são suas principais demandas que precisam ser solucionadas de forma estratégica. As equipes terão 72 horas para desenvolver os projetos, que serão divididos em cinco etapas: formação das equipes multidisciplinares, imersão [identificação e conhecimento do problema], ideação [geração de ideias], prototipação [transformação de ideias em algo palpável] e solução [entrega da solução final]", explica Oliveira.
Inscrições
Pessoas interessadas em participar do Canathon deverão ter conhecimentos em áreas como desenvolvimento de aplicativos, ciência de dados, programação, negócios, marketing, design e bioenergia. "Vamos reunir pessoas em uma atividade colaborativa que, com uma mentalidade nova, irão sugerir soluções a serem apresentadas para uma banca formada por especialistas do mercado", ressalta Oliveira.
O Canathon é gratuito e as inscrições devem ser feitas até as 17 horas do dia 20 de agosto, em http://canathon.com.br, onde também estão disponíveis mais informações sobre o evento. Pessoas interessadas em se cadastrar como mentoras do evento devem preencher o formulário, em https://bit.ly/
Convocados devem manifestar interesse pelas vagas via formulário eletrônico entre os dias 11 e 12 de agosto
SÃO CARLOS/SP - A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) divulgou nesta sexta-feira, dia 7 de agosto, a lista de convocados (https://bit.ly/3a2KLA6) para manifestação virtual de interesse pelas vagas dos cursos de graduação presenciais que serão ofertadas na quarta chamada do processo seletivo 2020 realizado por meio do Sistema de Seleção Unificada (SiSU). O resultado pode ser conferido em www.ufscar.br.
Os candidatos que foram convocados para manifestar o interesse pela vaga precisam estar atentos aos procedimentos: a manifestação deve ser feita entre os dias 11 e 12 de agosto, exclusivamente, por meio de formulário eletrônico. Tanto o formulário como as orientações para o preenchimento correto da manifestação virtual de interesse estão disponíveis na listagem com convocados (https://bit.ly/3a2KLA6).
A manifestação virtual de interesse não garante a conquista da vaga, mas é procedimento obrigatório, ou seja, o candidato convocado que não manifestar o interesse será eliminado da lista de espera. O candidato que foi convocado para a manifestação de interesse deve cumprir com os procedimentos, seja para ter o direito a requerer a matrícula (em caso de conquista da vaga) ou para continuar na lista de espera aguardando as demais chamadas.
Mais informações podem ser obtidas no edital (https://bit.ly/3fDDK9V) disponível na página www.ingresso.ufscar.br; por meio de contato (http://www.prograd.ufscar.br/
Outros hospitais geridos pela Ebserh também foram citados em ação nacional que reconhece os profissionais da saúde
SÃO CARLOS/SP - O Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos UFSCar (HU-UFSCar/Ebserh) está entre as instituições geridas pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) que foram citadas na primeira semana da campanha nacional "Quem está na linha de frente para cuidar de nossas vidas merece todos os elogios", promovida pela Controladoria-Geral de União (CGU). A campanha foi lançada para estimular a população a enviar mensagens positivas aos profissionais e instituições da Saúde no contexto da pandemia de Covid-19.
Dentre os 40 hospitais que compõem a Rede Ebserh, o HU-UFSCar está entre os cinco da rede que tiveram elogios registrados na Fala.BR - plataforma integrada de Ouvidoria e Acesso à Informação da CGU - já nos primeiros dias da campanha. Para Ângela Leal, Superintendente do HU, esse destaque é muito importante, pois "é um reconhecimento ao trabalho de toda a equipe e serve como estímulo para enfrentar este difícil desafio [no combate à Covid-19]".
Campanha da CGU
A CGU lançou a campanha nacional com o objetivo de valorizar e reconhecer o trabalho dos profissionais da Saúde que estão atuando de forma desafiadora no combate à pandemia da Covid-19, em instituições federais, municipais e estaduais. As manifestações de apoio podem ser registradas na plataforma Fala.BR (https://bit.ly/2C3DT8W).
Ouvidoria HU
A campanha realizada pela CGU está alinhada com ação já desempenhada pelas ouvidorias dos hospitais da rede Ebserh. Durante a pandemia, a Ouvidoria do HU-UFSCar recebeu diversos elogios de pacientes e acompanhantes que foram atendidos pela equipe neste momento desafiador. "Minha mãe esteve internada no HU por quase uma semana e foi muito bem atendida por todos. Ela não encontra palavras para descrever o quão bem foi atendida nesse período de internação. Registro aqui o meu profundo agradecimento a todos que dedicaram tempo, carinho, atenção e o atendimento que minha mãe necessitava para que sua saúde fosse restabelecida" foi um dos depoimentos recebidos pelo Hospital.
Para o ouvidor do HU-UFSCar, Roger Taylor, a Ouvidoria atua como um mecanismo para o exercício da cidadania. "Por meio dela, o Hospital pode proporcionar importantes melhorias nos diversos serviços que são prestados, atendendo as necessidades dos seus usuários", defende Taylor.
Covid-19 no HU-UFSCar
O Hospital Universitário da UFSCar preparou sua estrutura e equipe para atendimento aos pacientes com Covid-19. São 10 leitos de UTI exclusivos para tratamento da doença, além de 44 leitos de enfermaria para casos leves e moderados. Todos os atendimentos são referenciados pela rede pública de saúde e as vagas são reguladas pela Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (Cross) da Secretaria Municipal de Saúde de São Carlos. Desde o início da pandemia, foram atendidas mais de 2,2 mil pessoas na área Covid-19, com 176 pacientes que testaram positivo para a doença. Até hoje, dia 7 de agosto, o HU tem 21 pacientes internados, sendo 14 em enfermaria e 7 na UTI.
Para obter mais informações sobre a atuação da Rede Ebserh no combate à pandemia, acesse www.gov.br/ebserh.
Resultados inéditos foram publicados em artigo na revista científica Scientific Reports, da Nature
SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa analisou um novo sistema bioluminescente de dípteros, uma ordem de insetos que inclui, entre suas espécies, a mosca-doméstica e os mosquitos. O estudo focou o sistema bioquímico da larva do mosquito Orfelia funtoni, que emite luz azul, e ocorre unicamente em barrancos de riachos nos Montes Apalaches, no leste dos Estados Unidos, e que permanecia até agora pouco conhecido.
O trabalho é resultado de uma parceria entre o Laboratório de Bioquímica e Tecnologias Bioluminescentes, coordenado pelo professor Vadim Viviani, do Departamento de Física, Química e Matemática (DFQM-So) do Campus Sorocaba da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), e o laboratório do professor Carl Johnson, da Universidade de Vanderbilt, no estado do Tennessee, nos Estados Unidos.
A pesquisa, publicada na revista científica Scientific Reports, do grupo Nature, é um marco nos estudos de bioluminescência. Além de ajudar a elucidar a reação bioquímica que gera a luz nesses organismos, contribui para ampliar a potencialidade já bem conhecida de luciferases (enzimas capazes de catalisar a transformação de energia química em luminosa) e luciferinas (molécula responsável pela bioluminescência em alguns animais, fungos e algas), que podem ser aplicadas nas áreas biotecnológica, biomédica e ambiental, na forma de reagentes analíticos, biossensores e bioimagem. "Biossensores são dispositivos que envolvem um elemento biológico como uma proteína, uma enzima ou até uma célula, que reconhece moléculas com efeitos biológicos tais como cofatores metabólicos, agentes tóxicos, poluentes, entre outros, gerando um sinal físico quantificável - elétrico, óptico. No caso de biossensores bioluminescentes, o sinal físico produzido e detectado é a luz", detalha Viviani. Já a bioimagem por bioluminescência obtêm imagem em tempo real de processos biológicos e patológicos que ocorrem a nível celular, e pode ser utilizada para rastreamento de metástases, vírus (incluindo Covids), ou bactérias patogênicas em modelos animais, através da detecção da bioluminescência emitida.
"Nesse estudo, a luciferase e a luciferina dessa espécie foram purificadas e caracterizadas, e sua localização anatômica determinada. Com isso, será possível clonar a enzima luciferase e identificar a estrutura química da luciferina dessa subfamília de dípteros bioluminescentes de luz azul, bem como investigar as outras funções bioquímicas dessa nova luciferina denominada na pesquisa de 'keroplatina' em larvas de dípteros", resume Viviani, que aproveita para destacar a importância de proteger e investigar a biodiversidade das florestas brasileiras que trazem tantos benefícios à humanidade. "O conhecimento bioquímico e molecular obtido com esse tipo de larva de mosquito da família Keroplatidae também pode indiretamente ajudar a trazer informações importantes sobre a fisiologia de outros mosquitos, incluindo o Aedes aegypti que transmite dengue", complementa o pesquisador.
O primeiro estudo relacionado a essa espécie foi realizado em 2002 por Viviani, quando era pós-doutorando da Universidade de Harvard. "Entretanto, os estudos não progrediram desde então, porque o material biológico era escasso, já que a Orfelia só ocorre nos EUA", relembra o professor. O trabalho foi retomado em 2015, com o projeto aprovado pela chamada National Science Foundation (NSF) dos EUA e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp - chamada Universidade de Vanderbilt), que envolveu a colaboração dos laboratórios liderados por Viviani e Johnson. "Nos últimos anos, eu e meu pós-doutorando da UFSCar Danilo Amaral visitamos a Universidade de Vanderbilt e coletamos as larvas de Orfelia na Carolina do Norte. Trouxemos essas larvas para o laboratório da UFSCar, onde purificamos os componentes e fizemos a sua caracterização bioquímica.
Segundo Viviani, esse tipo de colaboração é bastante inédita, porque anteriormente pesquisadores estrangeiros vinham ao Brasil para coletar organismos da biodiversidade brasileira, e desenvolver os estudos bioquímicos e moleculares em instituições no exterior. "No caso dessa colaboração envolvendo esse trabalho desafiador, considerando a experiência do nosso laboratório, foi dado o crédito para investigarmos o material biológico oriundo dos Estado Unidos", afirma o docente.
A quantidade de luciferina retirada das larvas de Orfelia, entretanto, ainda era muito escassa para permitir estudos mais aprofundados com esse composto. "Esse problema foi resolvido recentemente pelo nosso grupo de pesquisa, que descobriu larvas de Neoditomiya sp em cavernas no parque Estadual Intervales. Curiosamente, embora essa espécie não seja bioluminescente, tem luciferina do tipo da Orfelia em seu corpo. Isso permitiu usar pela primeira vez usar larvas de Neoditomiya como fonte de luciferina, complementado os estudos com luciferase purificada a partir da Orfelia norte-americana", explica Viviani.
Além disso, a presença de luciferina tipo Orfelia em outras larvas não-luminescentes da subfamília Keroplatinae levou o grupo a sugerir que esse composto deve ter outras importantes funções bioquímicas nas larvas dessa subfamília, além da função de luciferina que gera luz, razão pela qual o pesquisador propôs o uso do nome "keroplatina" para esse tipo de composto.
Mais estudos
À essa parceria, juntou-se o pesquisador Bruce Branchini, da Universidade de Connecticut dos Estados Unidos, que contribuiu com a determinação das propriedades da luciferase. Já o professor Fabio C. Abdalla, do Departamento de Biologia (DBio-So) e coordenador do Laboratório de Biologia Estrutural e Funcional do Campus Sorocaba da UFSCar, mostrou onde a luciferina se localiza no interior do corpo das larvas, isto é, em corpúsculos negros associados a glândulas salivares. "Recentemente, em colaboração com Rafaela Falaschi e com o grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo, liderados pelo professor Cassius Stevani, e do Instituto de Pesquisas da Biodiversidade, descobrimos e descrevemos a primeira espécie bioluminescente de díptero no Brasil, o Neoceroplatus betharyiensis", relata o professor da UFSCar. A espécie é aparentada à Orfelia fultoni, e compartilha o mesmo sistema luciferina-luciferase, mas vive em troncos caídos na Mata Atlântica no Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (Petar), no estado de São Paulo. "Apesar disso, essa espécie não é tão abundante, o que pode dificultar a obtenção de material suficiente para identificar a luciferina", completa Viviani.
Os resultados da pesquisa foram recém-publicados na revista Scientific Reports, da Nature, em https://go.nature.com/2UPCY2g. Além de Viviani, Johnson, Branchini, Amaral e Abdalla, também assinam o artigo Jaqueline R. Silva, pós-doutoranda do laboratório coordenado por Viviani, e Vanessa R. Bevilaqua, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Genética Evolutiva e Biologia Molecular (PPGGEv) da UFSCar.
Sobre o laboratório
O Laboratório de Bioquímica e Tecnologias Bioluminescentes da UFSCar trabalha com bioluminescência, especialmente enzimas luciferases e é um dos líderes mundiais nesse tipo de pesquisa. Nos últimos 20 anos clonou genes de várias enzimas luciferases de vaga-lumes, tendo o maior banco de luciferases recombinantes do mundo e seus mutantes, além de caracterizar essas enzimas, sua estrutura molecular e sua função. Com esses conhecimentos, desenvolveu novas luciferases e seus genes repórteres (que conferem bioluminescência as células e tecidos) para finalidades de marcação bioluminescente de células e geração de biossensores intracelulares de pH e metais pesados. O laboratório conta com vários depósitos de patentes, algumas inclusive licenciadas e com produtos no mercado, desenvolvidas na época em que o professor Viviani trabalhou no Japão. Para saber mais sobre as atividades do laboratório, acesse www.biolum.ufscar.br.
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