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Programa em parceria com a UFSCar capacita monitores ambientais nos Parques do Vale do Ribeira

Escrito por  Set 06, 2020

Ação implementada durante a pandemia de Covid-19 apoia comunidades e incentiva ecoturismo

 

SÃO CARLOS/SP - Devido à pandemia causada pelo novo Coronavírus, os Parques Estaduais do estado de São Paulo foram fechados. Essas medidas de isolamento tiveram um forte impacto na fonte de renda daqueles que dependem, direta ou indiretamente, das atividades turísticas nessas Unidades de Conservação. Somada a essa situação singular, a informalidade laboral continua a ser uma realidade nessas comunidades, assim como carências na formatação de roteiros sustentáveis para as atividades de ecoturismo dentro das normas vigentes. 
Considerando esse cenário, uma parceria entre a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Instituto Federal de São Paulo (IFSP) e as Unidades de Conservação elaborou e está executando, desde julho deste ano, o Programa de Capacitação para Monitores Ambientais do Vale. A iniciativa integra o programa de extensão "Gestão e Promoção de Atividades na Natureza e Áreas Protegidas", coordenado pelo professor Victor Lopez Richard, do Departamento de Física (DF) da UFSCar.
A área de impacto da proposta inclui as Unidades de Conservação do Mosaico do Paranapiacaba e Comunidades do Vale do Ribeira, nos municípios de Sete Barras, Eldorado, Iporanga, Apiaí e Ribeirão Grande, no estado de São Paulo. "Estamos falando do maior contínuo de Mata Atlântica preservada no Brasil, com uma riqueza enorme em termos ecológicos, recreativos, étnicos, históricos e de beleza cênica", define Lopez-Richard. No Vale do Ribeira, a 200 km de grandes centros dos estados de São Paulo e Paraná, as potencialidades são enormes: "trilhas pela mata exuberante de variados graus de dificuldade, rios e cachoeiras de beleza ímpar, um dos complexos de cavernas mais bonitos do Brasil, possibilidade de avistagem de fauna - sempre que seguindo padrões de mínimo impacto -, culinária tradicional, esportes de aventura, dentre outras muitas opções", elenca o docente.
Com tantas possibilidades disponíveis nos Parques, os monitores não são somente pessoas que podem guiar o caminho, explica Richard. "Eles podem enriquecer muito a experiência a partir de seus conhecimentos sobre o ambiente, direcionando o olhar do visitante para elementos singulares, assim como para a história e vivências pessoais na região. Podem também orientar qual o comportamento de mínimo impacto mais adequado, pelo fato de conhecerem melhor a ecologia local, e os procedimentos de segurança idôneos, assim como socorrer, caso algum imprevisto aconteça", completa.
O primeiro grupo da capacitação de monitores ofertada pelo Programa conta com 38 alunos e teve início em julho; e já há uma lista de espera para novas turmas. Os módulos da formação contemplam formalização de empreendimentos e do trabalho de monitoria ambiental; ferramentas de marketing digital; estruturação de sistemas de gestão de impactos de visitação e segurança; oportunidades para negócios de impacto e economia verde; integração de roteiros intermunicipais de turismo de base comunitária; competências em comunicação em línguas estrangeiras (Inglês e Espanhol); e iniciativas em prol da internacionalização e novos mercados. 
"Devo ressaltar a adaptação de ferramentas inovadoras de gestão e meios didáticos, como por exemplo o trabalho realizado pelo Instituto de Línguas da UFSCar, assim como a incubação de micro empresas e o trabalho de mentoria implementado regionalmente pelo IFSP em parceria com o Sebrae", destaca o coordenador da iniciativa.

Ecoturismo nos Parques Estaduais
O ecoturismo deve partir sempre da premissa de conservação do patrimônio natural e cultural, afirma o professor. Ele conta que muita gente se encanta com o Vale do Ribeira e se torna visitante cativo, "pois há tanta coisa a conhecer e fazer que uma viagem nunca será suficiente. Certamente pensamos que esses destinos podem ser melhor aproveitados e para isso trabalhamos". Ainda segundo ele, as vantagens do ecoturismo nesses locais são simbióticas: "Para o visitante, fazer uma imersão no ambiente natural preservado é uma maneira saudável, divertida, eventualmente desafiante e enriquecedora em termos de experiências e conhecimentos. Há atividades disponíveis para vários tipos de público. Ao mesmo tempo, esse turismo, sempre que realizado sob padrões ambientalmente idôneos seguindo princípios de mínimo impacto, se torna uma ferramenta de proteção do ambiente, inibindo outros usos e fomentando a resiliência das comunidades do entorno".
De acordo com Lopez-Richard, existem hoje nos Parques do Vale do Ribeira várias possibilidades com roteiros muito bem estruturados tanto para observação de primatas (o Muriqui do Sul é a espécie bandeira) e observação de aves. "Os parques Carlos Botelho e Intervales já possuem esse tipo de atividade organizada. Já para os amantes de cavernas e do rico universo dos ambientes espeleológicos, o Petar [Parque Estadual Turístico Alto da Ribeira] e o Parque Caverna do Diabo são destinos imperdíveis", ilustra. 
As pessoas que pretendem visitar os Parques podem entrar em contato direto com os monitores pelas redes sociais ou por meio de operadoras turísticas. "Uma dica é entrar em contato diretamente com a Unidade de Conservação [cujos canais constam na Internet] que indicará o melhor caminho e os procedimentos de contratação de monitores locais credenciados, além de fornecer outras informações relevantes sobre as regras de visitação", orienta o coordenador.
Mais informações sobre a iniciativa estão em instagram.com/conexaopetar e também podem ser solicitadas ao coordenador do Programa, pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Redação

Redação Radio Sanca Web TV


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