2020 foi um ano difícil para o comércio e turismo, mas as campanhas de vacinação podem aquecer o mercado, dizem especialistas FGV
SÃO PAULO/SP - Em pesquisa publicada pelo IBGE (Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística) em dezembro de 2020, o volume de vendas do comércio varejista caiu 6,1% frente a novembro, já considerando um ajuste sazonal, após ter variado -0,1% em novembro. “A chegada da vacina é um sinal e gera a expectativa para o consumidor do retorno às compras presenciais com segurança. Principalmente no segmento de restaurantes, bares, entretenimento e turismo (passeios e viagens) deverá trazer esperança ao mercado”, diz a professora de MBA da IBE Conveniada FGV, Maria Luísa de Barros Correia.
O professor Victor Corazza Modena, também da IBE Conveniada FGV, complementa: “com a chegada da vacina, nosso cérebro começa a pensar que não estamos tão em crise assim - ainda que o perigo seja o mesmo. O consumidor tende a achar que o perigo já passou e volta a consumir alguns serviços e produtos que estava evitando, o que pode ocasionar um aquecimento do mercado”.
Os professores concordam que o crescimento do e-commerce é um fator positivo e que se fará cada vez mais presente no cotidiano dos brasileiros. Em projeções da consultoria Ebit|Nielsen, as vendas do e-commerce no Brasil em 2021 devem crescer 26%, chegando a um faturamento de R$ 110 bilhões.
“O e-commerce é, na minha opinião, uma tendência. Se antes a maioria dos consumidores preferia as vendas presenciais e agora muitos consumidores aderiram ao e-commerce, quando tudo voltar à normalidade - isto é, quando todos estivermos imunes - a tendência é que exista um equilíbrio no mercado entre essas forças”, avalia Victor.
“O varejo online ganhou seu lugar definitivamente após a pandemia. Como se esperava, as empresas que já possuíam um sistema de venda à distância de qualidade, saíram na frente na disputa por este segmento. O qual não deixará de crescer pelos levantamentos feitos junto aos consumidores, entretanto, a venda presencial terá o seu público, principalmente, nos períodos de festividades – dia das mães, namorados, dia dos pais – e nas grandes promoções e liquidações”, ressalta a professora Maria Luísa.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou em janeiro o uso emergencial das vacinas CoronaVac e Oxford/AstraZeneca. E as campanhas de imunização no país começaram logo em seguida, primeiramente para os trabalhadores da área da saúde e pessoas acima de 90 anos.
A professora Maria Luísa explica que a campanha enfrentará dificuldades logísticas, principalmente na região Norte e Nordeste do país.
“A campanha nacional de vacinação e as dificuldades noticiadas na mídia traduzem dificuldades antigas e crônicas vivenciadas pelos profissionais de saúde do SUS há muito tempo, que agora alcançaram seu potencial máximo de impossibilidade de atendimento digno à população”, ressalta.
Outra dificuldade é abordada pelo professor Victor. “Além de questões logísticas, também enfrentamos o problema das mutações do vírus. Reportagens indicam cerca de 4 mil cepas diferentes no mundo, o que dificulta a testagem e comprovação das vacinas. A África do Sul, por exemplo, encontrou dificuldades de imunização com a Oxford/AstraZeneca. Precisamos de tempo. O consumidor deve continuar tomando cuidado, para podermos entender os efeitos da vacina e continuar guardando a vida de todos”.
Como uma dica, para o público que está começando a utilizar serviços de compras digitais, a professora Maria Luísa alerta, “o consumidor, no período de pandemia, teve sua vulnerabilidade potencializada, seja pela obrigatoriedade de precisar buscar produtos e serviços oferecidos pela internet, seja por encontrar obstáculos para um atendimento de qualidade e eficiência. Por este motivo, deve buscar compras seguras, em sites certificados, informações claras, precisas e suficientes sobre a empresa vendedora e utilizar a plataforma www.consumidor.gov.br, caso possua alguma dificuldade quanto ao negócio feito”.
Os profissionais da saúde também continuam recebendo a segunda dose da vacina contra a COVID-19
SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Saúde comunica que a partir desta segunda-feira (22/02) continuará vacinando idosos com 85 anos ou mais nas Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) e no posto volante com sistema drive thru na Fundação Educacional São Carlos (FESC), na Vila Nery. O horário agora será das 9h às 14h.
A diretora do Departamento de Gestão e Cuidado Ambulatorial (DGCA) da Secretaria Municipal de Saúde, Denise Braga, alerta que para ser imunizados os idosos precisam fazer o pré-cadastro no site https://www.vacinaja.sp.gov.br/ e entregar impresso na hora da vacinação, além de apresentar um documento com foto e CPF. “Na verdade, a cada período vamos incluindo novas faixas etárias, mas aquele idoso que não se vacinou na data inicialmente estabelecida, pode procurar as unidades agora, desde que já tenha 85 anos ou mais”, explica a diretora.
Já os profissionais da saúde que ainda não receberam a segunda dose da vacina devem procurar as unidades básicas de saúde de segunda a sexta-feira as 13h às 17h para completar a imunização. É necessário apresentar a carteira de vacina da COVID-19 (entregue quando tomaram a 1ª dose), apresentar um documento com foto e CPF.
A Prefeitura de São Carlos informa que até essa sexta-feira (19/02), já imunizou 14.797 pessoas, sendo 11.188 profissionais da saúde (8.406 receberam 1ª dose e 2.782 as duas doses) e 3.609 idosos com 90 anos ou mais e de 89 a 85 anos.
Segundo a diretora de Vigilância em Saúde, Crislaine Mestre, o município possui em estoque cerca de 2.000 doses.
“Esse quantitativo vamos utilizar para continuar a aplicação da segunda dose nos profissionais de saúde e vacinar os idosos com 85 anos ou mais que ainda não receberam a primeira dose. Para iniciar a vacinação dos idosos de 80 a 84 anos vamos aguardar o recebimento de novas grades de vacina, seja da CORONAVAC ou da ASTRAZENECA/OXFORD”, informa a diretora.
De acordo com o anúncio feito pelo Governo do Estado do Estado de São Paulo os idosos na faixa etária dos 80 aos 84 anos somente devem entrar no calendário vacinal no dia 1º de março. Esse tempo será necessário para a produção e distribuição de novas doses da CORONAVAC. O Instituto Butantan confirmou que 17,3 milhões de doses estão em fase final de produção e serão entregues de maneira gradual para todo o Brasil pelo Ministério da Saúde a partir do dia 23 de fevereiro.
No total o município recebeu 16.929 doses da vacina contra a COVID-19, sendo três remessas da vacina CORONAVAC (3.960 na primeira remessa, 4.200 na segunda e semana passada mais 5.719 doses) e uma única remessa da ASTRAZENECA/OXFORD com 3.050 doses.
Para imunizar todas as pessoas que fazem parte do grupo prioritário com a primeira dose, o que inclui profissionais da saúde e idosos de 90 anos ou mais até a faixa etária dos 60 anos, a cidade precisa no total de 43 mil doses da vacina contra a COVID-19, portanto ainda falta receber mais de 26 mil doses para finalizar a primeira etapa do Plano de Imunização.
A manutenção de uma imunidade alta depende de diversos fatores, incluindo alimentação, exercícios físicos e até mesmo a roupa que você escolhe. Saiba mais!
SÃO PAULO/SP - Após muitas expectativas, o Brasil terminou o mês de janeiro de 2021 com mais de 2 milhões de vacinados contra a Covid-19, o que traz esperança pelo fim da pandemia e do isolamento social. No entanto, os cuidados com a saúde ainda são essenciais.
A vacinação de toda a população, seguindo as etapas de acordo com os grupos prioritários que são mais vulneráveis a contrair a doença ou ter sintomas graves, é fundamental para que a vida possa voltar ao normal.
A seguir, entenda como funciona o processo de imunização promovido pela vacina e também como preparar seu corpo para a vacinação.
As vacinas são desenvolvidas a partir de rígidos critérios científicos e sanitários para garantir tanto a segurança quanto à qualidade e eficácia.
O conhecimento acumulado de décadas de pesquisas em vacinas e os esforços globais, com elevados investimentos públicos e privados, permitiram que as vacinas contra a Covid-19 fossem desenvolvidas com eficácia comprovada em menos de um ano.
Um dos elementos que incluem a forma como a vacina funciona é o tipo de vacina, que pode ser:
vacina atenuada: na qual o vírus ou bactéria são enfraquecidos;
vacina inativada: na qual o vírus ou bactéria são inativados;
vacina com toxóides: composta por uma versão enfraquecida da toxina que a bactéria produz;
vacinas com subunidades: na qual são inseridas apenas partes do vírus ou bactérias.
Independentemente do tipo, a vacina funciona apresentando ao corpo o vírus ou bactéria responsável pela doença, no entanto, em uma versão na qual o vacinado não adoece, mas adquire imunidade.
Essa abordagem deve-se ao fato que a produção de anticorpos naturais do organismo funciona dessa forma, sendo que quando se contrai uma doença, o organismo consegue combatê-la produzindo anticorpos contra ela.
Apesar da eficácia da vacinação, é importante manter todos os cuidados sanitários até 15 dias depois da segunda dose, ao menos, e enquanto a maior parte da população ainda não foi vacinada.
Uma das formas de potencializar a produção de anticorpos – seja tomando a vacina ou mesmo contraindo uma doença, é manter a imunidade do corpo elevada, o que depende de uma série de cuidados diários.
Com a imunidade alta o corpo consegue ter uma resposta mais rápida e eficiente às doenças, evitando quadros graves, e também produzir anticorpos mais rapidamente caso seja vacinado. Confira algumas recomendações a seguir.
A alimentação nutritiva e balanceada é um dos principais elementos que favorecem a manutenção de uma imunidade elevada.
O consumo de alimentos in natura, como frutas, verduras, legumes e grãos, por exemplo, garante um melhor funcionamento do organismo devido à boa disponibilidade de nutrientes e vitaminas.
Deve-se ainda reduzir – não necessariamente eliminar – opções menos saudáveis, como processados e ultraprocessados, com excesso de sódio, açúcares em excesso e também muitos laticínios que aumentam os processos inflamatórios do organismo.
O consumo adequado de água é fundamental para manter uma alta imunidade. A recomendação é beber 0,35ml de água por quilo de peso corporal todos os dias.
Dessa forma, uma pessoa com 65 kg, por exemplo, deve consumir aproximadamente 2,27 litros de água diariamente.
O consumo adequado de água contribui para o bom funcionamento do metabolismo e também facilita a eliminação de toxinas presentes no organismo.
O momento de isolamento social é estressante e gera muita ansiedade, no entanto, essas condições afetam negativamente a imunidade. Dentre outros fatores destaca-se o aumento dos níveis de cortisol no sangue que intensifica processos inflamatórios.
A recomendação é buscar por atividades relaxantes, como meditação, fazer algum hobby, conversar com pessoas queridas e ter um descanso e sono de qualidade.
A obesidade está diretamente associada a complicações da Covid-19 e também outros agravantes na saúde, como maior predisposição à diabetes, hipertensão e problemas cardiovasculares.
Dessa forma, é importante unir alimentação e prática de exercícios para manter-se no peso ideal e evitar baixa na imunidade em decorrência do sobrepeso ou por doenças associadas à obesidade.
O sedentarismo é outro problema na sociedade e foi agravado devido à necessidade de isolamento social. A recomendação é que cerca de 20 minutos diários sejam suficientes (podendo ser mais), mas a prática deve ser regular.
Encontre um exercício que atende melhor suas necessidades e preferências, podendo ser caminhada, corrida, bicicleta, ioga, pilates, natação, musculação, dança e outros.
Lembre-se ainda que o excesso de exercícios físicos também é prejudicial ao corpo, pois queima demasiadamente à energia necessária para os processos fisiológicos e metabólicos do organismo.
Sim, as roupas que você usa podem afetar sua imunidade. Pessoas com tendência a problemas respiratórios, como asma, bronquite e rinite, por exemplo, podem ficar com a imunidade baixa se não usarem roupas que aqueçam.
Mesmo no verão é importante atentar-se às mudanças de temperatura e evitar, principalmente, ficar com a região torácica desprotegida.
Sendo assim, a moda fitness para os momentos de exercício e a moda para o dia a dia devem garantir o conforto térmico.
BRASÍLIA/DF - O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, apresentou na quarta-feira (17) um cronograma em que prevê a distribuição de cerca de 230,7 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 até julho. O anúncio foi feito durante reunião virtual com governadores, informou a pasta.
Na programação apresentada, o ministro incluiu as negociações com os laboratórios União Química/Gamaleya e Precisa/Bharat Biotech, que podem garantir ao Brasil a chegada da vacina russa Sputnik V e da indiana Covaxin, respectivamente. A previsão, de acordo com a pasta, é que o contrato com os dois laboratórios seja assinado ainda nesta semana. Os dois imunizantes ainda não possuem pedido de uso emergencial aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“[No cronograma] listamos todos os laboratórios com os quais o ministério vem trabalhando, com instituições como o Butantan e a Fiocruz já com compras e contratos executados, com previsões de entrega perto de 300 milhões de doses. Com os demais laboratórios contratados, chegamos a 450 milhões de doses [de vacinas] no total", afirmou o ministro Pazuello.
As próximas entregas aos estados acontecem ainda em fevereiro: serão 2 milhões de doses da AstraZeneca/Fiocruz, importadas da Índia, e 9,3 milhões da Sinovac/Butantan, produzidas no Brasil. Em março, a pasta também aguarda a chegada de 18 milhões de doses da vacina do Butantan e mais 16,9 milhões da vacina da AstraZeneca.
A assessoria do Ministério da Saúde informou o seguinte cronograma sobre a entrega das vacinas no país:
Janeiro | 2 milhões (entregues) |
Fevereiro | 2 milhões (importadas da Índia) |
Março | 4 milhões (importadas da Índia) + 27,3 milhões (produção nacional com IFA importado) |
Abril | 28,6 milhões (produção nacional com IFA importado) |
Maio | 28,6 milhões (produção nacional com IFA importado) |
Junho | 28,6 milhões (produção nacional com IFA importado) |
Julho | 3 milhões (produção nacional com IFA importado) |
Total (1º semestre) | 112,4 milhões de doses |
A partir do segundo semestre, com a incorporação da tecnologia da produção da matéria-prima (IFA), a Fiocruz deverá entregar mais 110 milhões de doses, com produção 100% nacional.
Janeiro | 8,7 milhões (entregues) |
Fevereiro | 9,3 milhões |
Março | 18,1 milhões |
Abril | 15,9 milhões |
Maio | 6 milhões |
Junho | 6 milhões |
Julho | 13,5 milhões |
Total | 77,6 milhões de doses |
Até setembro, serão entregues mais de 22,3 milhões de doses da Coronavac, totalizando os 100 milhões contratados pelo Ministério da Saúde.
Março | 2,6 milhões (vacina importada da AstraZeneca/Oxford) |
Até junho: | 8 milhões (vacina importada da AstraZeneca/Oxford) |
Total: | 10,6 milhões de doses |
Março | 400 mil (importadas da Rússia) |
Abril | 2 milhões (importadas da Rússia) |
Maio | 7,6 milhões (importadas da Rússia) |
Total | 10 milhões de doses |
Com a incorporação da tecnologia da produção do IFA, a União Química deverá produzir, no Brasil, 8 milhões de doses por mês.
Março | 8 milhões (importadas da Índia) |
Abril | 8 milhões (importadas da Índia) |
Maio | 4 milhões (importadas da Índia) |
Total | 20 milhões de doses |
*Por Agência Brasil
SÃO PAULO/SP - Os trabalhadores que se recusarem a tomar a vacina contra a covid-19 poderão ser demitidos por justa causa, de acordo com MPT (Ministério Público do Trabalho).
O órgão elaborou um guia interno para orientar a atuação dos procuradores. “Como o STF já se pronunciou em três ações, a recusa à vacina permite a imposição de consequências”, diz o procurador-geral do MPT, Alberto Balazeiro, ao jornal O Estado de S. Paulo
No ano passado, o STF (Supremo Tribunal Federa) decidiu que o Estado pode impor medidas restritivas àqueles que se recusarem a tomar o imunizante, embora não possa forçar ninguém a ser vacinado. As ações poderiam incluir multa, proibição se se matricular em escolas e o impedimento à entrada em determinados lugares.
“Sem uma recusa justificada, a empresa pode passar ao roteiro de sanções, que incluem advertência, suspensão, reiteração e demissão por justa causa. A justa causa é a última das hipóteses”, declara o procurador-geral do MPT.
Balazeiro ressalta que a empresa precisa incluir em seu PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) o risco de contágio pelo coronavírus e acrescentar a vacina ao PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional).
“A recusa em tomar vacina não pode ser automaticamente uma demissão por justa causa. Todos temos amigos e parentes que recebem diariamente fake news sobre vacinas. O primeiro papel do empregador é trabalhar com informação para os empregados”, afirma o procurador-geral.
As empresas devem seguir o Plano Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, que determina grupos prioritários.
Caberá ao trabalhador comprovar a sua impossibilidade de receber o imunizante, quando estiver disponível, com a apresentação de documento médico. Mulheres grávidas, pessoas alérgicas a componentes das vacinas ou portadoras de doenças que afetam o sistema imunológico, por exemplo, não precisam tomar o imunizante. Nesses casos, a empresa precisará negociar para manter o funcionário em home office ou no regime de teletrabalho.
“A saúde não se negocia quanto ao conteúdo, mas sim quanto à forma. Não posso negociar para que uma pessoa não use máscara, mas posso negociar se ela vai ficar em casa. O limite é a saúde, que é um bem coletivo”, diz o procurador-geral.
Na demissão por justa causa, tem direito apenas ao recebimento do salário e das férias proporcionais ao tempo trabalhado. Ele fica impedido de receber o aviso prévio e 13° salário proporcional.
*Por: PODER360
CHINA - A autoridade reguladora de medicamentos da China aprovou no sábado(6) de forma "condicional" uma segunda vacina contra a covid-19, a CoronaVac, produzida pela Sinovac.
A autorização vem após vários ensaios da vacina em países como Brasil e Turquia, embora "os resultados em termos de eficácia e segurança ainda não tenham sido confirmados", diz a Sinovac, em nota à imprensa.
Segundo a empresa, o antígeno - vírus inativo - pode ser usado para vacinação "de pessoas a partir dos 18 anos para prevenir doenças causadas pelo coronavírus SARS-CoV-2" e deve ser aplicado em duas doses de 0,5 mililitros cada uma, em um intervalo de 14 a 28 dias.
A aprovação condicional significa que a vacina agora pode ser dada ao público em geral, embora a pesquisa ainda esteja em curso. A empresa terá de apresentar dados de acompanhamento, bem como relatórios de quaisquer efeitos adversos após a vacina ser vendida no mercado.
É a segunda vacina produzida localmente a receber aprovação condicional. Em dezembro, Pequim autorizou a vacina estatal da Sinopharm.
Tanto a injeção da CoronaVac quanto a injeção de Sinopharm são vacinas inativadas de duas doses, contando com a tecnologia tradicional que torna mais fácil o transporte e o armazenamento do que as vacinas da Pfizer, que requerem armazenamento extrafrio o que pode fazer a diferença para os países em desenvolvimento com menos recursos.
Na sexta-feira (5) a Sinovac apresentou os procedimentos da sua vacina CoronaVac contra covid-19 perante a autoridade sanitárias do México.
"Temos uma nova vacina no horizonte, da firma Sinovac, que se chama CoronaVac", disse o subsecretário da Saúde e estrategista do governo mexicano para combater a pandemia, Hugo López-Gatell, informando que o pedido já foi apresentado na Comissão Federal para a Proteção contra Riscos Sanitários (Cofepris).
No mesmo dia, o secretário dos Negócios Estrangeiros do México, Marcelo Ebrard, anunciou que a também chinesa CanSino vai pedir autorização para uso de emergência da vacina produzida pela empresa.
A vacina da Sinovac foi sujeita a intenso escrutínio e recebeu críticas por falta de transparência, tendo sido apontados diferentes dados de eficácia em diferentes países em todo o mundo.
Enquanto os testes realizados na Turquia mostraram eficácia de 91,25%, os dados fornecidos pela Indonésia apontaram para 65,3%, e o Brasil baixou os dados para 50,4% uma semana após o anúncio de 78%.
O ensaio no Brasil envolveu 12.396 voluntários e registou 253 infeções, disse a empresa em comunicado na sexta-feira.
A Fase 3 dos ensaios clínicos foi realizada no Brasil, no Chile, na Indonésia e na Turquia, com um total de 25.000 voluntários.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.285.334 mortos resultantes de mais de 104,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo balanço feito pela agência de notícias francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
*Por Reuters/Lusa/RTP
BRASÍLIA/DF - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou na quarta-feira (3) o fim da exigência de estudos da fase 3 em andamento no Brasil para autorização emergencial de vacinas no país. Esta é a principal mudança trazida na atualização do guia para uso emergencial de imunizantes contra a covid-19. São os estudos da fase 3 que mostram o percentual de eficácia da vacina, quantas doses devem ser aplicadas, além da avaliação de eventuais reações adversas.
"Essa atualização faz parte da estratégia regulatória do Brasil de favorecer acesso. Ela está apartada de qualquer discussão que seja fora do âmbito técnico, para que o Brasil garanta que tenha acesso a vacinas com qualidade, eficácia e segurança", disse a diretora da Anvisa, Meiruze Freitas, durante coletiva de imprensa para comunicar as alterações.
Com a mudança, a norma da Anvisa segue exigindo estudo de desenvolvimento clínico da vacina na fase 3, mas agora ele não precisa estar sendo conduzido no Brasil. O guia passa a contar com a seguinte redação: "A vacina deve preferencialmente possuir um Dossiê de Desenvolvimento Clínico de Medicamento (DDCM) anuído pela Anvisa e o ensaio clínico fase 3, pelo menos, em andamento e em condução no Brasil".
No caso de fase 3 realizada no exterior, caberá ao laboratório requerente apresentar os dados brutos do estudo, fazer o acompanhamento dos participantes dos testes para avaliação de eficácia por, pelo menos, um ano e apresentar demonstração de que os estudos pré-clínicos e clínicos foram conduzidos conforme as diretrizes aceitas nacional e internacionalmente. O prazo de análise para vacinas sem estudo de fase 3 desenvolvido no Brasil será de até 30 dias.
"A vacina com estudo de fase 3 aqui no Brasil ou no exterior vai ter que seguir o mesmo critério de segurança, qualidade e eficácia. A única diferença vai ser a necessidade de apresentar dados que permitam que nós tenhamos confiança no estudo no exterior e que esse estudo mostre que a vacina serve para a população brasileira. E nós como agência reguladora vamos assegurar isso", afirmou Gustavo Mendes, gerente-geral de medicamentos da Anvisa.
Até agora, no Brasil, existem duas vacinas com autorização de uso emergencial: a Coronavac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a Sinovac; e o imunizante desenvolvido pela farmacêutica AstraZeneca, em parecia com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A flexibilização nas regras do pedido de uso emergencial pode beneficiar, por exemplo, o laboratório União Química, que está à frente da produção da vacina russa Sputnik V no Brasil. O imunizante ainda aguarda autorização de estudo fase 3 no país, mas agora não dependerá mais desse pré-requisito para encaminhar o pedido.
De acordo com Meiruze Freitas, a expectativa é que a nova redação do guia para uso emergencial amplie a oferta de vacinas no país. "A gente ainda não recebeu isso diretamente de nenhuma empresa, mas eu espero fortemente que tenha impacto. Isso certamente possibilitaria para a Moderna, Novavax e um monte de outras vacinas, dentro inclusive do portfólio da Covax Facility ".
*Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil
SÃO CARLOS/SP - A Diretoria de Vigilância em Saúde de São Carlos retira nesta quarta-feira (03/02), a partir das 12h, na Diretoria Regional de Saúde de Araraquara (DRS III), o segundo lote com 4.200 doses da vacina CORONAVAC. A saída de Araraquara está prevista para 13h30 com escolta.
No dia 21 de janeiro a Prefeitura recebeu o primeiro lote da CORONAVAC com 3.960 doses, das quais 3.550 já foram aplicadas nos profissionais de saúde. A imunização da saúde continua, já que o município tem cadastrado mais de 9.500 profissionais nessa área.
Da AstraZeneca/Oxford o município já recebeu 3.050 doses, sendo que 700 delas serão aplicadas nesta quinta-feira (04/02) em idosos das instituições de longa permanência (abrigos). Já no dia 8 de fevereiro tem início a vacinação do idosos com 90 anos ou mais.
Com a chegada da segunda remessa da vacina do Butantan, São Carlos contabiliza 11.210 doses do imunizante contra a COVID-19, sendo 8.160 doses da CORONAVAC (3.960 do primeiro lote e 4.200 agora no segundo lote) e 3.050 da AstraZeneca/Oxford.
Sérgio Vieira alerta que a guerra de ideais pode colocar vidas em risco ao fazer a população duvidar da importância da imunização
SÃO PAULO/SP - O Brasil é um dos maiores epicentros mundiais da pandemia de Covid-19. As estimativas oficiais apontam 8.844.577 casos da doença — destes, 217.037 resultaram em mortes. Diante da urgência para salvar vidas e principalmente do início da vacinação em diversos países do globo, a Anvisa deu aval para o uso emergencial de dois imunizantes: a Coronavac, da farmacêutica Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, e a de Oxford/AstraZeneca, com participação da Fiocruz.
Até o momento, o imunizante que deu início a vacinação do primeiro grupo prioritário é a Coronavac, criticada inúmeras vezes pelo presidente Jair Bolsonaro, não apenas pela origem de laboratórios chineses como por ser um resultado de negociação do Governo de São Paulo, atualmente chefiado por João Dória, tido como um dos candidatos em potencial a concorrer à presidência em 2022, e pelo Instituto Butantan.
O advogado e entusiasta político Sérgio Vieira, explica que o fato da Coronavac ser alvo de uma briga política silenciosa é perigoso, pois pode colocar em risco a adesão da população.
“Ficou comprovado por meio da Anvisa a importância do uso das vacinas como uma das melhores estratégias para vencer a pandemia, visto que não há medicamentos eficazes que possam ser usados contra o vírus. Desta forma, a maneira como os imunizantes foram colocados inviabilizou até mesmo a negociação de doses para o Plano Nacional de Imunização com outros países”, exemplifica.
Segundo o advogado, um claro exemplo de como essa polarização da vacina afeta a população é que as doses utilizadas pelos Governo Federal não foram, necessariamente, obra de uma negociação do mesmo.
“Caso não houvesse inciativa de negociação dos estados, como estaríamos nesse ponto? A imunização seria possível nesse momento? Além disso, o presidente questionou inúmeras vezes a eficácia da vacina e afirmou até mesmo que não a tomaria, qual a responsabilidade dessa fala no contexto onde as pessoas precisam ser conscientizadas quanto a importância da escolha individual de se vacinar?”, questiona.
Na terça-feira, 19 de janeiro, a Fiocruz afirmou que ao Ministério Público Federal que o imunizante Oxford/AstraZeneca só será entregue em março devido a um atraso de insumos para fabricação, porém as doses oriundas da Índia chegaram ao país nessa semana e estão sendo distribuídas por estados e municípios. Da mesma forma, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, cobrou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defenda a Coronavac.
“Outros órgãos estão pressionando o Governo Federal, que deveria ser que está a frente das negociações. O Itamaraty, por exemplo, pode atuar na agilidade para a entrega dos insumos de origem internacional. O que será da vacinação se o Governo Federal e o presidente não agirem a fim defender e disseminar a importância do produto que pode acabar com a pandemia?”, questiona Sérgio.
ISRAEL - Israel concordou em transferir 5.000 doses de vacinas contra a covid-19 para palestinos da Cisjordânia. A informação foi confirmada neste último domingo (31.jan.2021) pelo gabinete do ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz.
Israel é um dos países mais avançados do mundo na vacinação. Quase 1/3 dos 9,3 milhões de habitantes do país recebeu a 1ª dose da vacina e 1,7 milhão pessoas receberam as duas doses necessárias para a imunização, segundo o Ministério da Saúde.
A campanha de vacinação do país inclui cidadãos árabes de Israel e palestinos residentes na área anexa de Jerusalém Oriental. Mas os palestinos que vivem na Cisjordânia sob o domínio da Autoridade Palestina e aqueles que vivem sob o domínio do Hamas em Gaza não estão incluídos no plano de imunização israelense.
Desde 1967, esses 2 territórios palestinos estão sob ocupação militar de Israel.
O regime de controle teve um efeito direto no acesso dos palestinos à saúde. A ocupação deixou o sistema palestino subabastecido e com instalações médicas insuficientes. Os palestinos foram forçados a contar com ajuda externa para atender às suas necessidades de saúde básicas.
Com isso, as autoridades palestinas não têm condições de implementar estratégias eficazes para combater a pandemia e adquirir os medicamentos e vacinas necessários.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) expressou preocupação com a desigualdade entre Israel e Palestina. Grupos internacionais de direitos humanos e especialistas da ONU (Organização das Nações Unidas) têm dito que Israel é responsável pelo bem-estar dos palestinos nessas áreas. Israel afirma que, sob os acordos de paz provisórios da década de 1990, o país não é responsável pelos palestinos, e que, até então, não recebeu nenhum pedido de ajuda.
Os palestinos tentam obter vacinas por meio da Covax, iniciativa liderada pela OMS para fornecer vacinas aos países mais pobres, mas é provável que isso leve muito tempo.
No início de dezembro, a Autoridade Palestina anunciou também um acordo com a Rússia para receber 4 milhões de doses da Sputnik V. No entanto, as autoridades russas argumentaram que ainda não têm suprimentos suficientes para cumprir ordens não domésticas.
*Por: PODER360
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