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RÚSSIA - A Rússia produziu 17 mil doses de uma vacina contra a covid-19 para ser utilizada em animais, anunciou hoje (30) o regulador agrícola do país. A Carnivac-Cov foi registrada em março, depois de vários testes terem revelado que ela gera anticorpos contra o vírus em cães, gatos, raposas e visons.

De acordo com a agência Reuters, o primeiro lote vai ser fornecido em várias regiões do país, mas as autoridades russas dizem que vários países já demonstraram interesse em ter acesso ao imunizante.

Apesar de ainda terem que ser realizados mais estudos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já manifestou a preocupação com o risco de transmissão do vírus de humanos para os animais.

O regulador russo garante que a Carnivac-Cov é capaz de proteger espécies mais vulneráveis e até impedir mutações virais.

Ainda de acordo com as autoridades russas, estará já em andamento o processo para registrar o produto no exterior, especialmente na União Europeia.

 

 

*Por RTP

BRASÍLIA/DF - O Senado aprovou na quinta-feira (29) um projeto de lei (PL) que permite a quebra temporária de patentes de vacinas contra a covid-19. A proposta provocou muita discussão e dividiu a opinião dos senadores durante a sessão. O projeto teve 55 votos favoráveis e 19 contrários. Texto segue para a Câmara dos Deputados.

Na prática, os donos de patentes ficam obrigados a ceder ao poder público, se esse assim solicitar, todas as informações necessárias para a produção de vacinas e medicamentos de enfrentamento à covid-19. O relator da proposta, senador Nelsinho Trad, (PSD-MS), explicou que o governo federal terá 30 dias para a regulamentação, elaborando uma lista das patentes e pedidos de patentes sujeitos ao licenciamento compulsório.

A matéria permite também a quebra de patentes de testes de diagnóstico e medicamentos de eficácia comprovada contra a covid-19 enquanto estiver em vigor o estado de emergência de saúde. “Propomos prever que poderá ser concedida licença compulsória quando não forem atendidas as necessidades de emergência nacional ou de interesse público, declarados em lei ou ato do Poder Executivo Federal, ou diante de estado de calamidade pública de âmbito nacional, decretado pelo Congresso Nacional”, disse o relator.

O projeto original do senador Paulo Paim (PT-RS) dispensava o Brasil de cumprir, enquanto durasse a situação de emergência provocada pelo coronavírus, algumas exigências adotadas pela Organização Mundial do Comércio (OMC) no Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio (Trips). O substitutivo de Trad retirou essa previsão, com o apoio de Paim.

O relator também disse que países como Canadá e Israel tomaram essa iniciativa e negou que serão desrespeitados os tratados comerciais dos quais o Brasil participa.

 

 

* Com informações da Agência Senado

Por Marcelo Brandão – Repórter da Agência Brasil*

Israel está examinando dezenas de casos em que as pessoas tiveram inflamação do coração após receber a vacina contra o coronavírus da Pfizer/BioNTech.

 

ISRAEL - As autoridades de saúde estão investigando se os casos estão relacionados à injeção dada a mais de 5 milhões de pessoas, disse o comissário -Nachman Ash, em uma entrevista à uma rádio local. O governo identificou 62 incidentes de inflamação do músculo cardíaco, ou membrana do músculo cardíaco, segundo um estudo do Ministério da Saúde.

A condição se desenvolveu em uma em 100 mil pessoas que receberam a injeção, enquanto a taxa de incidência para homens de 18 a 30 anos foi de uma em 20 mil. Duas pessoas morreram e o resto se recuperou.

O estudo não mostra com certeza se há um maior índice de mortalidade ou um aumento nos casos de inflamação do músculo cardíaco, disse o Ministério da Saúde em resposta a perguntas por e-mail.

“Parece que o benefício da vacina é tão grande que mesmo se encontrarmos uma conexão entre alguns dos casos e a vacina, nenhuma ação sobre a vacina será justificada”, disse Ash na entrevista. “Não vimos uma taxa maior de miocardite do que seria esperado na população em geral”, disse ele.

A Pfizer está ciente dos casos israelenses de miocardite, disse a empresa em um comunicado. “Não foi estabelecida uma relação causal com a vacina. Não há evidências neste momento para concluir que a miocardite é um risco associado” ao uso da vacina Pfizer-BioNTech, disse a empresa.

 

 

*Por; ISTOÉ DINHEIRO

BRASÍLIA/DF - Os cinco diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) rejeitaram, por unanimidade, a importação e o uso da vacina russa Sputnik V pelo Brasil. A decisão foi tomada na noite da segunda-feira (26). O imunizante é produzido pelo Instituto Gamaleya, da Rússia. Os diretores do órgão se reuniram, de forma extraordinária, para avaliar os pedidos de nove estados para a aquisição da vacina.

O diretor da Anvisa, Alex Machado Campos, que é o relator do pedido, considerou que o imunizante pode trazer riscos à saúde. Além disso, foram apontadas falhas e pendências na documentação apresentada pelo fabricante. Ele se baseou em pareceres técnicos de três gerências da Anvisa, que fizeram uma apresentação no início da reunião.

"Para os pleitos ora em deliberação, o relatório técnico da avaliação da autoridade sanitária ainda não foi apresentado, os aspectos lacunosos não foram supridos, conforme as apresentações técnicas. Portanto, diante de todo o exposto, verifica-se que os pleitos em análise não atendem, neste momento, às disposições da Lei 14.124 e da Resolução da Diretoria Colegiada 476, de 2021, razão pela qual eu voto pela não autorização dos pedidos de importação e distribuição da vacina Sputnik V solicitados pelos estados que já relacionamos", afirmou o diretor-relator. O voto do relator foi seguido pelos outros relatores da agência.

A deliberação foi marcada dentro do prazo estipulado pela Lei n º 14.124/21, e de acordo com a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, que determinou a análise da questão dentro do prazo de 30 dias. Caso não houvesse essa análise por parte da Anvisa, a vacina poderia ser importada.

Os estados que tiveram seus pedidos avaliados pela Anvisa foram: Bahia, Acre, Rio Grande do Norte, Maranhão, Mato Grosso, Piauí, Ceará, Sergipe e Pernambuco. Além desses, também estão com pedidos pendentes de avaliação, ainda dentro do prazo, os estados de Rondônia, Sergipe, Tocantins, Amapá e Pará, e os municípios de Niterói (RJ) e Maricá (RJ). Ao todo, esses pedidos somam 66 milhões de doses, que poderiam vacinar cerca de 33 milhões de pessoas, por meio de duas doses.     

Antes da votação dos diretores, gerentes de três departamentos da Anvisa apresentaram seus pareceres técnicos contra a compra da Sputnik V. Os relatórios foram incorporados ao voto do diretor-relator, Alex Machado Campos.

 

Vírus replicante 

Em sua apresentação, o gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes, argumentou que os lotes analisados mostram a presença de adenovírus com capacidade de reprodução no composto da vacina, o que traz riscos à saúde. A tecnologia utilizada na fabricação da Sputnik V é a do adenovírus vetor. Por meio dessa técnica, o código genético do Sars-Cov-2, que é o vírus da covid-19, é inserido no adenovírus e este, ao ser administrado em seres humanos por meio da vacina, estimula as células do organismo a produzir uma resposta imune.

O adenovírus é um vírus que possui uma capacidade natural de replicação no corpo humano, mas quando utilizado como imunizante, essa capacidade de reprodução deve estar neutralizada, o que não teria ocorrido no caso dos lotes da Sputnik avaliados pela Anvisa.   

"Um dos pontos críticos, cruciais, foi a presença de adenovírus replicante na vacina. Isso significa que o vírus, que deve ser utilizado apenas para carregar o material genético do coronavírus para as células humanas e promover a resposta imune, ele mesmo se replica. Isso é uma não conformidade grave", disse Mendes. "Esse adenovírus replicante foi detectado em todos os lotes apresentados da vacina Sputnik",

Esse procedimento, explicou o gerente-geral, está em desacordo com o desenvolvimento de qualquer vacina de vetor viral, de acordo com os parâmetros de autoridades regulatórias dos Estados Unidos e da União Europeia. Ele alertou que, uma vez no organismo humano, o adenovírus replicante poderia causar viroses e se acumular em tecidos específicos do corpo, como nos rins.

 

Documentação

Em outra avaliação, dessa vez sobre as empresas que fabricam a vacina, a Gerência Geral de Inspeção e Fiscalização da Anvisa informou que não foi apresentado o relatório técnico de aprovação do imunizante russo para verificar o controle de qualidade na fabricação.

Por causa disso, a Anvisa analisou documentos próprios e de outras autoridades regulatórias internacionais e solicitou a realização de uma inspeção presencial em duas das empresas que fabricam a vacina na Rússia, a Generium e a UfaVITA. A inspeção no Instituto Gamaleya, que é o desenvolvedor da vacina, foi negada pelo governo russo. Essa inspeção foi realizada ao longo da semana passada por três técnicos enviados pela agência. Na visita, de acordo com a gerente de inspeção, Ana Carolina Merino, foram constadas não conformidades na fabricação da vacina, que impactam, entre outras, na garantia de esterilidade do produto.

"Neste momento, o risco inerente à fabricação não é possível de ser superado, tanto para o insumo fabricado pela Generium quanto pelos produtos acabados fabricados pela Generium e pela UfaVITA, então a nossa gerência não recomenda a importação da vacina", afirmou.

Em outro parecer, a gerente-geral de Monitoramento de Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária da Anvisa, Suzie Marie Gomes, afirmou haver falta de informações conclusivas sobre eventos adversos de curto, médio e longo prazos decorrentes do uso da vacina, o que prejudica a avaliação do produto. "Eu chamo a atenção também para que a ausência de dados também é informação. A ausência de comprovação é considerada uma evidência, e uma evidência forte, sobretudo quando temos uma estimativa de população exposta ao risco que beira os 15 milhões de cidadãos", afirmou.

 

 

*Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil

SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Saúde, através dos Departamentos de Vigilância em Saúde e de Gestão e Cuidado Ambulatorial, antecipou para esta terça-feira (20/04) a vacinação de idosos com 66 anos completos. Para atender essa faixa etária estarão disponíveis as unidades básicas de saúde do Santa Felícia, da Vila São José, da Redenção, do Azulville e do Cidade Aracy. O horário de vacinação nas unidades fixas é das 9h às 13h.

Os idosos também podem procurar os postos volantes que funcionam das 9h às 14h na modalidade drive thru, montados na FESC I, na Vila Nery e no Estádio Municipal Prof. Luís Augusto de Oliveira “Luisão”, na Vila Prado,

FERIADO – Já na quarta-feira, dia 21 de abril, feriado nacional, a Secretaria Municipal de Saúde vai atender idosos com 65 anos completos ou mais, somente em 4 postos volantes, das 9h às 16h. Além da FESC e do Luisão, serão montados mais dois postos com sistema drive thur, sendo uma na UNICEP (no final da rua Miguel Petroni) e outro no estacionamento do Shopping Iguatemi. Neste dia as unidades básicas estarão fechadas.

“Nesta terça vamos atender somente pessoas com 66 anos completos ou mais. Na quarta iniciamos a vacinação dos idosos com 65 anos completos ou mais. A nossa intenção separando as idades é não criar aglomeração”, explica Denise Braga, diretora do Departamento de Gestão e Cuidado Ambulatorial.

A partir de quinta-feira, dia 22 de abril, as unidades básicas de saúde voltam a funcionar das 9h às 13h e os postos volantes da FESC e Luisão permanecem atendendo também, porém das 9h às 14h. 

Os demais grupos de idosos também continuarão sendo imunizados, tanto com a primeira dose como aqueles que já podem receber a segunda e última dose (verificar a data agendada no cartão de vacinação).

CADASTRO - É importante realizar o pré-cadastro do idoso no site www.vacinaja.sp.gov.br (não precisa levar impresso), o que agiliza o atendimento. No ato da imunização, é necessário que a pessoa apresente documento oficial com foto e CPF e, no caso dos idosos que agora receberão a segunda dose, devem levar também o cartão de vacinação. O idoso também deve preencher anteriormente o cadastro local no link http://coronavirus.saocarlos.sp.gov.br/VacinaJa e levar impresso. Quem não tiver como imprimir e for preencher o formulário no local, deve levar a própria caneta.

A Vigilância Epidemiológica recebeu do Departamento Regional de Saúde (DRS-III Araraquara) nesta segunda-feira (19/04) 7.820 doses da vacina AstraZeneca/Oxford/Fiocruz, sendo 4.770 doses para imunização de idosos com 66 e 65 anos e 3.050 para a segunda dose dos idosos que foram vacinados em fevereiro com a vacina AstraZeneca.

VACINAS CONTRA COVID: Quais os Efeitos colaterais catalogados até agora?

 

SÃO PAULO/SP - A deputada estadual Leticia Aguiar (PSL) enviou requerimento de informações ao secretário de estado da Saúde, Jean Gorinchteyn, cobrando a divulgação dos dados sobre o monitoramento contínuo da segurança das vacinas quando elas já se encontram disponibilizados e em uso pela população.

“Todas as vacinas em uso no Brasil estão na Fase IV de ensaios clínicos, quando já estão sendo distribuídos para a população. Entretanto temos visto e recebido relatos de diversas pessoas que desenvolveram a forma grave do Coronavírus mesmo após vacinadas” disse Leticia Aguiar.

A deputada defende que somente o acesso as informações podem evitar fake News sobre a eficácia das vacinas: “Não são raras as mensagens que nos chegam com denúncias de pessoas que morreram após terem sido vacinadas. A informação correta, transparente e avalizada pela ciência tem que ser disponibilizada à população”, declarou Leticia.

O requerimento de informações protocolado na Assembleia Legislativa na semana passada questiona o secretário de estado da Saúde solicitando a divulgação dos dados e dos efeitos colaterais causados pelas vacinas aplicadas aos paulistas.

Entre os questionamentos a parlamentar paulista quer saber se afinal existe um monitoramento da Secretaria da Saúde?

Quem realiza o monitoramento contínuo da segurança destes produtos quando eles já se encontram disponibilizados e em uso pela população?

E principalmente quais medidas estão sendo tomadas para as pessoas imunizadas que apresentam sintomas da covid ou efeitos colaterais?

“Deixo meus questionamentos reafirmando mais uma vez a importância das vacinas, mas principalmente ao direito a informação cientificamente comprovada ao alcance de todos para evitar que informações falsas sejam disseminadas.”

Com isso, a parlamentar quer garantir a internalização do conhecimento adquirido com a realização destes estudos e contribuir para a integração de todas as etapas do processo de (P&D). Cabe ressaltar ainda que é necessária a realização de atividades de farmacovigilância para todas as vacinas produzidas, com monitoramento contínuo da segurança.

SÃO CARLOS/SP - O comandante do 38º Batalhão da Polícia Militar do Interior (BPM/I), Tenente Coronel Otávio Augusto de Lima Seminate, repassou na tarde desta segunda para vice-prefeito Edson Ferraz e para a secretária de Cidadania e Assistência Social, Glaziela Solfa Marques, 520 kg de alimentos arrecadados durante a vacinação dos profissionais das forças de segurança pública que compõem a linha de frente na prestação de serviços essenciais à população.

A imunização foi realizada pela equipe da Vigilância Epidemiológica e da Atenção Básica de 5 a 9 de abril no próprio BPM/I que funcionou como um posto regional de vacinação já que além dos policiais de São Carlos, também foram vacinados os profissionais que trabalham em Ribeirão Bonito, Ibaté, Dourado, Descalvado, Santa Rita do Passa Quatro e Porto Ferreira. Também receberam a vacina contra a COVID os policiais militares da Infantaria, Corpo de Bombeiros e Policiamento Ambiental de São Carlos, Polícia Civil da região, Polícia Técnica Científica e Guardas Municipais de São Carlos, Ibaté e Porto Ferreira.

O vice-prefeito Edson Ferraz agradeceu em nome do prefeito Airton Garcia a colaboração do Batalhão. “Antes da pandemia repassávamos através da Cidadania cerca de 400 cestas básicas para famílias necessitadas, hoje esse número ultrapassa 1.600 cestas mensalmente. A pandemia tirou a única renda de muitas pessoas e a campanha é exatamente para beneficiar famílias carentes e com déficit nutricional”, disse Ferraz.

“Agradeço a colaboração dos policiais, guardas municipais e demais profissionais da segurança pública no engajamento da campanha “Vacina Contra a Fome”. Se cada grupo que for vacinado doar um pouco, vamos arrecadar muito. Todos os alimentos serão repassados para famílias em vulnerabilidade social”, garantiu a secretária Glaziela Solfa Marques.

O comandante do 38º Batalhão da Polícia Militar do Interior (BPM/I), Tenente Coronel Otávio Augusto de Lima Seminate, lembrou que a Policia Militar nunca parou desde o início da pandemia. “Nossos homens estão nas ruas dia e noite e por meio desse contato com a sociedade sabem bem as mazelas que a pandemia trouxe. Além da doença, a fome passou a fazer parte da realidade de muitas famílias, por isso essa ajuda é importante”.

PARAGUAI - A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) disse que receberá 50 mil doses de vacinas contra covid-19 doadas pelo laboratório chinês Sinovac Biotech para imunizar jogadores de futebol profissionais que participam de torneios de primeira categoria.

"Se trata de um apoio concreto por parte da empresa chinesa para a realização da Copa América e das demais competições do futebol sul-americano", disse a entidade em comunicado, no qual destacou a mediação do presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, para fechar o acordo.

A Conmebol se viu obrigada a adiar a quinta e a sexta rodadas das eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2022 em março por causa das dificuldades de deslocamento dos jogadores, em meio às restrições impostas por causa da pandemia.

A Copa América está programada para começar em junho e será pela primeira vez disputada em duas sedes - Argentina e Colômbia. O presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, disse dias atrás que a organização buscava vacinas para que o torneio pudesse ser disputado com público nos estádios.

A Copa Libertadores e a Copa Sul-Americana estão atualmente sendo disputadas.

O comunicado afirma que a vacinação "estará concentrada nos elencos principais do futebol profissional sul-americano dos torneios de primeira categoria, masculinos e femininos", sem dar detalhes do procedimento.

O anúncio acontece em um momento em que os governos dos países sul-americanos buscam adquirir a maior quantidade possível de doses de vacinas para imunizar suas populações, enquanto a covid-19 avança na região.

A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) disse na semana passada que a América do Sul era a região mais preocupante do mundo por causa do aumento dos contágios e do número de mortos. Disse também que não havia acesso equitativo às vacinas.

 

 

*Por Daniela Desantis / REUTERS

De 12 de abril a 10 de maio serão vacinados contra a H1N1 crianças, gestantes, puérperas, povos indígenas e trabalhadores da saúde. A vacinação para idosos começa em 11 de maio

 

SÃO CARLOS/SP - A 23ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe de 2021 começa na próxima segunda-feira, dia 12 de abril, em todo o país. A imunização se estende até 9 de julho. Esse ano o Ministério da Saúde dividiu a campanha em três etapas, sendo que inicialmente serão vacinadas crianças (de 6 meses a menos de 6 anos), gestantes, puérperas (pessoas que tiveram filho há pouco tempo), povos indígenas e trabalhadores da saúde. A primeira etapa vai até o dia 10 de maio.
Em São Carlos a vacinação desta primeira fase será realizada nas unidades básicas de saúde (UBS’s) do Delta, Santa Paula, Vila Nery, Maria Stella Fagá, Botafogo e Cruzeiro do Sul, de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 15h30.

As Unidades de Saúde da Família (USF’s) vão aplicar tanto as vacinas contra a COVID-19 quanto a da gripe, porém com agendamento.“Como as unidades de saúde da família conhecem sua população, vão fazer contato com as pessoas e organizar para alguns dias vacinar COVID e outros vacinar gripe, e assim conseguir vacinar toda a população do território de cada unidade”, explica Denise Braga, diretora do Departamento de Gestão e Cuidado Ambulatorial, lembrando que todos os protocolos sanitários serão cumpridos em todas as unidades e que não há necessidade de aglomeração.

A segunda etapa vai de 11 de maio a 8 de junho e contempla idosos (com 60 anos ou mais) e professores das redes pública e particular de ensino. Já a última etapa da campanha, a ser realizada entre 9 de junho a 9 de julho, contemplará pessoas com comorbidades (hipertensão, diabetes, asma, entre outras) ou deficiências permanentes, assim como caminhoneiros e trabalhadores do transporte coletivo rodoviário e portuário, membros das forças de segurança e do Exército, além de funcionários do sistema prisional. A população privada de liberdade e adolescentes e jovens de 12 a 21 anos que cumprem medidas socioeducativas também serão imunizados nesta fase.  

A influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório e é de alta transmissibilidade. A estratégia de vacinação contra a influenza foi incorporada no Programa Nacional de Imunizações (PNI) em 1999, com o propósito de reduzir internações, complicações e óbitos na população-alvo. 
Crislaine Mestre, diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, disse que as doses da vacina contra a gripe para a primeira etapa da campanha chegam no próximo sábado (10/04). “Em 2020, imunizamos 70.869 pessoas em São Carlos, com cobertura vacinal de 80,54%. Foi o ano com mais procura pela vacina, uma vez que a pandemia já tinha começado, mas nossa meta é sempre alcançar 90% do público alvo”, explica a diretora.

Entre os 70.869 imunizados em 2020, 33.204 estavam no grupo de idosos (113,48%), 8.927 profissionais da saúde (113,95%), 6.863 crianças (41,57%), 963 gestantes (40,96%), 214 puérperas (55,30%). Também já foram imunizados 1.348 professores (redes pública e particular), 2.887 adultos de 55 a 59 anos, 6.640 pessoas da força de segurança e salvamento, 13.726 pessoas com comorbidades e dos demais grupos outras 2.073 pessoas.

O Ministério da Saúde ressalta que neste momento é importante que seja priorizada a administração da vacina contra a COVID-19, mesmo para as pessoas contempladas no grupo prioritário da Influenza. A Norma Técnica do Ministério da Saúde diz que o intervalo mínimo entre as imunizações deve ser de 14 dias entre as vacinas.

Phizer/BioNTech e Moderna arriscaram quase tudo em um curto espaço de tempo e conseguiram testar e produzir em larga escala duas vacinas com base em RNA contra a COVID-19, em uma exitosa campanha que abriu uma nova janela no campo da imunologia.

 

SÃO CARLOS/SP - Embora diversos pesquisadores no mundo estivessem trabalhando nessa vertente há já algum tempo, o certo é que pandemia obrigou a uma aceleração no desenvolvimento dessa tecnologia que tem como principal combatente o próprio corpo humano.

trajeto da vacina - NIH.jpg

É do conhecimento de todos que uma vacina tem o objetivo de “despertar” e “sensibilizar” o sistema imunológico, utilizando algum material extraído de determinadas bactérias, vírus, etc., de forma a que o corpo humano desenvolva uma espécie de “memória”. Assim, quando determinadas bactérias ou vírus atacam, o sistema imunológico reconhece esse ataque e responde contra-atacando.

A emergência da pandemia da COVID-19 obrigou a que cientistas de todo o mundo se unissem em torno do desenvolvimento de diversas vacinas, tendo apostado naquelas que são tidas como convencionais, ou seja, com base no vírus inativado, ou em seus fragmentos, cultivando-o em laboratório. Processo moroso e arriscado, contudo, exitoso, quando se fala em COVID-19.

Contudo, a janela da ciência se escancarou quando foi apresentada a proposta de desenvolver vacinas contra a COVID-19 de RNA, produzidas em laboratório. “A abordagem do RNA é um fato bastante interessante e importante porque esses RNA’s, idênticos aos virais, são introduzidos dentro de células do sistema imune do corpo humano e as induzem a produzirem partes de uma proteína que o vírus também fabrica (SPIKE), facilmente identificada por cada uma das pontas que já conhecemos na imagem do vírus da COVID-19. Com a fabricação dessas proteínas, o sistema imunológico fica com uma espécie de “impressão digital” e, em contato com o vírus, reconhece que isso é algo perigoso que não pertence ao corpo humano, desenvolvendo então uma imunidade”, salienta o Prof. Valtencir Zucolotto, pesquisador e docente do IFSC/USP, Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia (GNano).

Entrada fulgurante da nanomedicina no combate à COVID-19

Ao contrário do DNA, que é uma molécula relativamente mais estável e que se pode armazenar ao longo de meses e anos a temperaturas que variam entre 4° e -20°, o RNA é muito mais instável, degradando-se com bastante facilidade, motivo pelo qual o desenvolvimento de uma vacina RNA se torna extremamente complexa. Foi para resolver esse problema que os cientistas decidiram introduzir o RNA em uma cápsula que pudesse travar essa instabilidade a longo prazo – uma nanocápsula lipídica. Essa “roupagem” nanotecnológica evitaria também que o RNA fosse degradado por enzimas do corpo humano. “No início dessa nova pesquisa os cientistas se debateram com uma contrariedade, que era a necessidade de manter a vacina a uma temperatura extrema de -80°, algo que foi sendo aprimorado até os dias de hoje, mantendo-a a uma temperatura ideal de -20º, algo que é compatível através da utilização de uma geladeira industrial. “Tudo isso foi graças à estabilidade que essa nanopartícula oferece para acolher o RNA, sendo que a partir daí o início da aplicação da vacina estava desenhado”, pontua Zucolotto.

A introdução do RNA no corpo humano

A área de nanomedicina designada “Smart Drug Delivery” já vem sendo estudada e desenvolvida há décadas, usando nanopartículas (ou nanocápsulas), algo que tem sido uma constante no GNano do IFSC/USP. De fato, quando se administram essas nanocápsulas no corpo humano, dependendo de como elas foram preparadas, elas circulam por algum tempo no organismo até começarem a funcionar para aquilo que foram desenhadas. Por exemplo, se elas foram projetadas para atingir um tumor, elas podem se acumular nessa região, destruindo somente as células tumorais. Algo semelhante acontece no caso da vacina RNA, como explica o Prof. Zucolotto. “Essas nanopartículas vão para dentro das células, produzindo partes das proteínas do vírus da COVID-19, fazendo com que o corpo comece a produzir numa resposta imunológica contra isso. Resultado: a pessoa fica imune”. A importância da nanocápsula é que ela garante a atividade e estabilidade do RNA, de forma a que ele entre e permaneça no corpo, completamente ativo.

Estas pesquisas e testes já estavam sendo feitas anteriormente à pandemia, obviamente em escala bastante reduzida e de forma experimental em seres humanos, sendo que neste desenvolvimento de vacinas tudo isto foi aplicado em termos globais, sendo, por isso, a consolidação da nanomedicina no mundo. Um imunizante guardado dentro de uma nanocápsula e destinado a bilhões de pessoas.

Estados Unidos, Alemanha, Áustria, França, Itália, Grécia, Portugal, Espanha e República Tcheca foram os primeiros países a administrarem a vacina RNA.

Os trabalhos no GNano

Quanto aos trabalhos que estão sendo desenvolvidos no GNano, cuja coordenação está a cargo do Prof. Zucolotto, eles estão divididos em duas áreas distintas: diagnóstico e terapia. Na área de diagnóstico estão sendo desenvolvidos sistemas para detecção da COVID-19, enquanto, que na de terapia, os trabalhos se direcionam para o encapsulamento de duas moléculas antivirais para a COVID-19, nomeadamente para o tratamento da inflamação dos alvéolos pulmonares.

Ambas as pesquisas ainda estão em sigilo.

 

 

*Por: Rui Sintra - Jornalista IFSC/USP

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