SÃO PAULO/SP - Como canal direto de comunicação à disposição da sociedade, a Ouvidoria Nacional do Ministério Público (ONMP) pode ser acionada por qualquer cidadão que queira denunciar casos de “fura-fila” na vacinação contra a Covid-19.
Para fazer a denúncia, o cidadão pode acionar a Ouvidoria Nacional do MP por meio do Whatsapp (61 3366-9229), do e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., de mensagem direta nos perfis do CNMP nas redes sociais (Facebook, Instagram e Twitter), ou de formulário eletrônico disponível na página da ONMP.
Segundo o ouvidor nacional do Ministério Público, Oswaldo D’Albuquerque, “infelizmente, temos visto diariamente na mídia diversas denúncias dando conta de pessoas que não fazem parte do grupo prioritário estabelecido pelo Plano Nacional de Imunização que estariam ‘furando a fila’, sendo vacinadas em diversos locais do país. Essa conduta, além de imoral e antiética, caracteriza crime tipificado no artigo 268 do Código Penal, cuja pena varia de um mês a um ano de detenção. Nesse contexto, a Ouvidoria Nacional, mediante cooperação e integração com a Rede de Ouvidorias do MP brasileiro, disponibiliza aos cidadãos mais um canal de recebimento de denúncias contra a chamada ‘fura-fila da Covid-19'”.
Oswaldo D’Albuquerque também explicou que as denúncias recebidas pela ONMP serão encaminhadas aos Ministérios Públicos correspondentes para que sejam averiguadas e tomadas as providências cabíveis.
SÃO CARLOS/SP - Na segunda-feira (25), o vereador Ubirajara Teixeira – Bira (PSD) recebeu em seu gabinete o agente funerário Luiz Fernando Lazarini que foi solicitar apoio ao parlamentar em relação a vacinação contra a Covid-19.
Segundo Lazarini, que esteve representando a classe de agentes funerários, eles estão vulneráveis ao vírus, devido ao trabalho que realizam e os lugares que precisam frequentar. “Nós, assim como os profissionais de saúde, também estamos expostos ao risco de contrair a doença, pois frequentamos hospitais, Serviço de Verificação de Óbito (SVO), Instituto Médico Legal (IML) entre outros locais, além de termos contatos com pessoas que faleceram de coronavírus”, explicou.
Para Bira, os agentes funerários estão diariamente expostos ao novo coronavírus. “Analisando bem a reivindicação dos agentes funerários, eles estão em contato direto com pessoas que possam estar com coronavírus e também precisam de vacinação”, observou o vereador.
De imediato, Bira fez um ofício para encaminhar ao Departamento de Vigilância em Saúde explicando a situação e solicitando para incluir os agentes funerários no grupo prioritário para tomarem a vacina de imunização contra o Coronavírus. “Os agentes funerários não foram lembrados neste primeiro momento, por isso resolvi indicar ao Departamento de Vigilância em Saúde para incluí-los como prioritários na vacinação”, finalizou o vereador.
A enfermeira Cristiane Morais Borges Pereira, que atua na UTI-Covid, foi a primeira a ser imunizada
SÃO CARLOS/SP - Nesta quinta-feira, dia 21 de janeiro, o Hospital Universitário (HU) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) deu início à vacinação dos seus profissionais contra a Covid-19. Em ação organizada pela Vigilância Epidemiológica de São Carlos, a enfermeira Cristiane Morais Borges Pereira, que atua na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) - Covid, foi a primeira a ser imunizada. "Estou muito feliz e emocionada em participar deste momento. A vacina é mais uma ferramenta que nós, profissionais da Saúde, temos para lutar contra a Covid", disse Pereira.
No início da noite de ontem, o HU-UFSCar recebeu doses da vacina e, neste primeiro momento, os agentes que atuam na linha de frente nas áreas Covid do Hospital serão imunizados - profissionais da Saúde, docentes, residentes e trabalhadores da limpeza. A ampliação da cobertura para toda a equipe será gradativa, conforme a disponibilidade das doses da vacina.
"Era grande a expectativa para a vacina aqui no HU-UFSCar. A imunização é muito importante para trazer mais segurança aos nossos profissionais que atuam na linha de frente contra a doença. Estamos envidando esforços para que nenhum dos nossos colaboradores fique sem vacina", afirma a Superintendente do Hospital, Ângela Merice de Oliveira Leal.
O HU-UFSCar está alinhado com o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 do Ministério da Saúde e com as diretrizes da Secretaria Estadual de Saúde e da Prefeitura Municipal de São Carlos.
ARARAQUARA/SP - O Governador João Doria participou nesta última quinta-feira (21) do início da imunização contra a COVID-19 em Araraquara. A técnica de enfermagem Vanda Marques dos Reis, 51 anos, foi a primeira a receber a dose da vacina do Butantan contra a COVID-19 na Unidade de retaguarda PS 24 horas (antigo Centro de Estabilização do Melhado), localizada na cidade.
“Quero homenagear a turma da linha de frente, os técnicos de enfermagem, enfermeiros, médicos e também faxineiros, equipes de limpeza, de apoio, da recepção e segurança dessa unidade hospitalar e de todas as outras de São Paulo e do Brasil. Vocês são a linha de frente, que ajudam a salvar vidas de brasileiros”, disse Doria.
Vanda é servidora pública há 23 anos e estava prestes a se aposentar, mas adiou a decisão para ajudar no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. Sempre trabalhou nos serviços de urgência e emergência da saúde, tendo sido a primeira profissional do serviço a ter diagnóstico de COVID-19. A técnica de enfermagem teve sintomas leves e ficou afastada por 16 dias, retornando à rotina no serviço após a recuperação. Mãe solo de dois filhos – de 17 e 25 anos, tem orgulho da formação deles e de sua fé.
“Me sinto honrada por ser escolhida a primeira aqui em Araraquara. Agradeço primeiro a Deus e a todos que estão na unidade comigo. Espero que todos em breve sintam isso e se vacinem, pois será a única maneira de enfrentarmos o vírus”, declara Vanda.
As doses da vacina do Instituto Butantan saíram da capital na quarta-feira (20) e, nesta manhã, já estavam preparadas para serem aplicadas nos primeiros profissionais que atuam na Unidade de retaguarda PS 24 horas (antigo Centro de Estabilização do Melhado), em Araraquara.
A distribuição das vacinas, seringas e agulhas para o interior começou na segunda-feira (18) para os cinco hospitais-escola do interior. Ainda na segunda, os Hospitais das Clínicas de Campinas e de Botucatu já começaram a aplicar as doses em suas equipes; na terça (19), o mesmo ocorreu no HC de Ribeirão Preto e no Hospital de Base de São José do Rio Preto, dando continuidade à campanha que começou no domingo (17) no HC de São Paulo, minutos após aprovação do uso da vacina do Instituto Butantan pela Anvisa.
Diariamente, caminhões com grades de vacinas e insumos saem do Centro de Distribuição e Logística (CDL), na capital, rumo aos polos regionais para redistribuição às Prefeituras, com recomendação de prioridade a profissionais de saúde que atuam no combate à pandemia. Os municípios também deverão imunizar a população indígena e quilombolas com apoio de equipes da atenção primária do SUS, segundo as estratégias adequadas ao cenário local.
Cada serviço de saúde será responsável pelo preenchimento dos sistemas de informação oficiais definidos pela Secretaria da Saúde para monitoramento da campanha.
A divisão das grades considera o quantitativo proporcional de vacinas esperado para São Paulo conforme o PNI (Programa Nacional de Imunizações), do Ministério da Saúde. O total de 1,5 milhão de doses é a referência para trabalhadores de saúde, baseado na última campanha de vacinação contra a gripe.
A campanha de imunização contra a COVID-19 em São Paulo será desenvolvida segundo a disponibilidade das remessas do órgão federal. À medida que o Ministério da Saúde viabilizar mais doses, as novas etapas do cronograma e públicos-alvo da campanha de vacinação contra a COVID-19 serão divulgados pelo Governo de São Paulo.
*GOVERNO DE SP
Município iniciou na tarde desta quinta-feira (21) a vacinação dos profissionais do Hospital e Maternidade Municipal. Nesta primeira etapa, Ibaté recebeu 280 doses da CoronaVac
IBATÉ/SP - A Prefeitura de Ibaté, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, deu início na tarde de quinta-feira (21) à vacinação contra a Covid-19 no município. Nesta primeira etapa as 280 doses, que chegaram pela manhã na cidade, serão destinadas aos profissionais que atuam na linha de frente de atendimento da doença no Hospital e Maternidade Municipal de Ibaté.
A primeira profissional vacinada na cidade foi a auxiliar de enfermagem, Izildinha Aparecida de Souza, de 38 anos, que trabalha no Hospital de Ibaté desde o início da pandemia.
“Não tive nenhum receio em tomar a vacina e estou confiante. Atendo diretamente pacientes com a doença e é muito triste ver os idosos sofrendo e famílias inteiras contaminadas, tendo que ficar isoladas. Estamos muito felizes que agora temos a vacina e poderemos ser imunizados. É o início do fim da pandemia, desse caos que estamos vivendo. Rumo a dias melhores”, contou.
A secretária-adjunta da Saúde, Elaine Sartorelli Breanza, explica que a vacinação deve seguir os plantões do hospital. “Toda a linha de frente do nosso hospital será vacinada. As nossas equipes são divididas por plantões e todos os profissionais serão imunizados”, afirmou.
Atualmente, a rede municipal de Saúde de Ibaté conta com 380 profissionais. Segundo Elaine, os demais profissionais que atuam em outras unidades de saúde, como UBSs e PSFs, deverão ser os próximos a receber a vacina.
"Estamos seguindo as orientações do Governo do Estado para a vacinação e estamos muito animados com o início da imunização. É uma sensação de alívio muito grande. Uma esperança para todos da linha de frente, porque o medo de adquirir a doença era muito grande", concluiu.
Ela explica que uma sala do próprio hospital foi preparada para a vacinação. “Todos os profissionais, desde recepção, administrativos, serviços, enfermeiros, auxiliares, médicos, enfim, todos que trabalham no Hospital Municipal serão vacinados".
O prefeito José Luiz Parella comemorou o início da vacinação e espera que o Ministério da Saúde continue distribuindo as doses da vacina para que todos os grupos sejam imunizados.
“Nessa primeira fase, infelizmente, as doses de vacina não atenderão toda a população. Mas só de saber que a vacinação teve início em nosso país, já nos deixa esperançosos para ver, em breve, todos os brasileiros imunizados”, finalizou.
ANDRADINA/SP - Há 27 anos Luzia Arcângelo dos Santos Augusto, de 62 anos, se dedica a cuidar das pessoas como um verdadeiro sacerdócio. São décadas de um trabalho diário e abnegado. Sem descanso ela é uma das profissionais da rede municipal de saúde que atuaram dia após dia na linha de enfrentamento ao Covid-19, colecionando histórias de dor mas também aquelas de vitórias da vida.
“Sua dedicação não foi esquecida pelos colegas de trabalho que a escolheram para ser a primeira pessoa da rede pública a receber a primeira dose da vacina Coronavac na manhã desta quinta-feira (21)”, disse o vice-prefeito e médico Paulo Pereira Assis.
Luzia tem 12 anos de trabalho na Santa Casa de Andradina e mais de 15 na rede municipal, onde passou por UBSs, Central de Vacinas, Pronto Socorro e atualmente trabalha na UPA 24 Horas.
“Vi o Covid levar muita gente conhecida e popular na vida da nossa cidade e estou muito agradecida pela lembrança. Quero ser vacinada e ter muita força pra continuar nesta luta que ainda não acabou”, disse a enfermeira.
De acordo com o secretário de Saúde, Dr. João Leme, tudo está sendo preparado para dar início à vacinação em Andradina na Enfermaria da Central Covid, à partir das 8 horas desta quinta-feira (21). Na ocasião outras profissionais da Central Covid receberão a primeira dose.
“A vacina está sendo priorizada aos profissionais da saúde que atuam na linha de frente do combate ao Covid-19, que é o público considerado de maior vulnerabilidade devido ao frequente contato com pacientes nas unidades de atendimento e também a idosos maiores de 75 anos”, afirmou o secretário.
A inclusão de Andradina entre as primeiras cidades a receber a Coronavac foi anunciada pelo prefeito de Andradina Mário Celso Lopes durante uma audiência com o Secretário de Desenvolvimento Regional Marcos Vignoli, na semana passada.
A região de Araçatuba, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, receberá 3.640 doses da vacina Coronavac, produzida por meio de parceria do Instituto Butantan com o laboratório Sinovac. Para Andradina virão 996 doses da Coronavac.
MUNDO - A Amazon ofereceu nessa última 4ª feira (20), dia da posse do novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, seu sistema operacional para ajudar a vacinar a população norte-americana. A meta de Biden é imunizar 100 milhões de pessoas nos primeiros 100 dias de mandato.
O chefe de negócios internacionais da Amazon, Dave Clark, enviou uma carta a Biden para pedir que seus funcionários sejam vacinados o quanto antes. A Amazon é o 2º maior empregador do país. A empresa tem 800 mil funcionários e a maioria é de trabalhadores essenciais, que não podem fazer o trabalho de casa.
Na carta, a empresa oferece recursos para ajudar no plano nacional de vacinação.
“Estamos comprometidos a ajudar seu governo nos esforços de vacinação, enquanto trabalhamos juntos para proteger nossos funcionários e continuamos oferecendo serviços essenciais durante a pandemia”, diz o texto.
A Uber também ofereceu apoio logístico para ajudar na campanha. Em dezembro, o chefe executivo da empresa, Dara Khosrowshahi, pediu aos governos estaduais que os motoristas sejam rapidamente vacinados para que possam colaborar mais com o plano de distribuição de vacinas.
Além de vacinar pelo menos 100 milhões de pessoas até 30 de abril, Biden prometeu aprovar um pacote de estímulos de US$ 1,9 trilhão para reduzir impacto econômico e social da pandemia.
No dia 14 de janeiro, ao apresentar o plano de resgate econômico, Biden considerou que a distribuição da vacina “tem sido um fracasso” e ressaltou que eles “não têm tempo a perder” para enfrentar a situação atual.
Antecipando as críticas de que esse novo plano poderia aumentar o endividamento do país e prejudicar as finanças públicas, o presidente norte-americano destacou que “o retorno dos investimentos em termos de emprego evitará prejuízos econômicos no longo prazo”.
*Por: PODER360
BRASÍLIA/DF - A vacinação contra a covid-19 começa na próxima quarta-feira (20), às 10h, em todo o país, para os grupos prioritários. O anúncio foi feito neste domingo (17), pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, durante coletiva no Rio de Janeiro.
Segundo o ministro, serão inicialmente 3 milhões de pessoas a serem vacinadas, com duas doses cada uma, totalizando 6 milhões de doses da CoronaVac, produzida pela empresa chinesa Sinovac e o Instituto Butantan. O uso emergencial da CoronaVac foi aprovado hoje (17) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O ministro abriu a coletiva se solidarizando com as famílias das vítimas e agradecendo aos profissionais de saúde na linha de frente da pandemia.
“Quero começar me solidarizando com cada família que perdeu um ente querido. Já passamos de 200 mil mortes em nosso país. E agradecer a todos os profissionais de saúde, que já salvaram mais de 7 milhões de pessoas vítimas da covid-19. Hoje o Brasil passa por um momento de grande avanço, esperança e conforto aos brasileiros, que aguardavam por esta notícia. Está dado o primeiro passo para a maior campanha de vacinação do mundo contra o coronavírus”, disse Pazuello.
O ministro afirmou que o importante é garantir a todos os estados as doses da vacina, em igualdade de condições, respeitando a questão da gravidade local.
“O Ministério da Saúde tem em mãos, neste instante, as vacinas, tanto do Butantan quanto da AstraZeneca [em parceria com a Fiocruz]. E nós poderíamos, num ato simbólico, ou numa jogada de marketing, iniciar a primeira dose em uma pessoa. Mas em respeito a todos os governadores, prefeitos e todos os brasileiros, o Ministério da Saúde não fará isso”, frisou o ministro.
Pazzuelo destacou que existe um pacto federativo histórico entre a União e os estados, que deverá ser respeitado, com a saúde da população colocada acima de tudo.
“Quebrar essa pactuação é desprezar a igualdade entre os estados e todos os brasileiros. É desprezar a lealdade federativa. Senhores governadores, não permitam movimentos políticos eleitoreiros se aproveitando da vacinação nos seus estados. O único objetivo, neste momento, tem que ser o de salvar mais vidas e não fazer propaganda própria”, destacou o ministro.
Em São Paulo, o governo estadual iniciou hoje a vacinação contra o novo coronavírus, imunizando uma enfermeira que trabalha na linha de frente contra o vírus.
Pazuello comentou como deverá ser o processo de vacinação, a partir de quarta-feira, sendo que a responsabilidade da operação logística será dos municípios, definindo quem são os grupos prioritários a receberem as primeiras doses. Segundo o ministro, as doses começarão a ser entregues aos estados a partir das 7h desta segunda-feira (18), com apoio do Ministério da Defesa, com deslocamento aéreo.
“Os grupos prioritários são mais controlados. Idosos em instalações de longa duração, que a vacina vai até eles, profissionais de saúde que estão na linha de frente, em que forma de comunicação é em outro nível, vai no aplicativo Conecte SUS, onde faz a inscrição para a vacinação, os índios aldeados, [que a vacinação] vai até a aldeia. Então esses grupos iniciais são mais simples de serem trabalhados. Isso vai dando tempo para a estrutura se organizar para os públicos maiores. Neste momento, os prioritários são muito mais simples de se fazer. E isso está no plano de execução do município, que executa a vacinação”, explicou o ministro.
Neste domingo (17), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou o uso emergencial no país das vacinas CoronaVac, do Instituto Butantan, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, e da AstraZeneca, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o consórcio Astrazeneca/Oxford. A reunião durou cerca de cinco horas.
No caso da CoronaVac, a taxa de sucesso na prevenção da doença em relação ao grupo que tomou placebo (medicamento inócuo) atingiu 50,39%, segundo a agência. Para a AstraZeneca, a Anvisa confirmou a eficácia global do imunizante em 70,42%.
*Por Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil
MUNDO - O governo indiano proibiu a exportação de doses da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca e pela Universidade de Oxford que forem produzidas no país asiático pelo menos até março ou abril.
A informação foi divulgada no domingo (3/01) pelo chefe do Instituto Serum, da Índia, Adar Poonawalla. A empresa é a maior produtora de vacinas do mundo e foi contratada pela AstraZeneca para produzir 1 bilhão de doses do imunizante para países em desenvolvimento, incluindo a Índia.
A decisão frustra o plano da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de importar ainda neste mês duas milhões de doses prontas da vacina de Oxford/AstraZeneca produzidas na Índia, o que permitiria iniciar a imunização dos brasileiros pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em janeiro. A importação excepcional dessas doses havia sido autorizada no sábado (2/01) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Sem as vacinas produzidas na Índia, a previsão da Fiocruz, parceira de Oxford/AstraZeneca no Brasil, é entregar ao SUS o primeiro lote do imunizante, com um milhão de doses, na semana de 8 a 12 de fevereiro. A partir do final de fevereiro, a projeção é entregar 3,5 milhões de doses por semana. Ao longo do primeiro semestre, essa vacina será produzida no Brasil a partir do insumo farmacêutico importado da empresa chinesa WuXi Biologics, parceira da AstraZeneca.
A licença de uso emergencial à vacina de Oxford/AstraZeneca pelo governo indiano foi concedida no sábado (2/01), com a condição de que toda a produção do imunizante pelo Instituto Serum fosse incialmente destinada ao governo do país. "Recebemos uma licença restrita apenas para dar e fornecer [a vacina] ao governo da Índia porque eles querem priorizar os segmentos mais vulneráveis e necessitados", disse Poonawalla.
O presidente do Instituto Serum afirmou à agência Reuters que as exportações poderiam começar a ser feitas depois de a empresa entregar 100 milhões de doses para o governo indiano. Ele espera que a restrição seja amenizada em março ou abril.
O plano de imunização da Índia prevê vacinar 300 milhões de pessoas até agosto, incluindo agentes de saúde, policiais e pessoas mais vulneráveis devido à sua idade ou outras doenças.
A decisão do governo indiano deve atrasar também a entrega de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca para o Covax Facility, um consórcio liderado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para comprar e distribuir imunizantes a países de renda baixa e média. O Instituto Serum já se comprometeu a fornecer 200 milhões de doses para o consórcio, cuja entrega agora deverá aguardar a liberação do governo indiano.
Esse imunizante também já foi aprovado para uso pelo Reino Unido, que começou a aplicá-lo em sua população nesta segunda-feira (4/01).
A vacina de Oxford/AstraZeneca é a priorizada no momento pelo governo brasileiro para a imunização contra a covid-19. Segundo o acordo assinado entre Fiocruz e Oxford/AstraZeneca, as primeiras 100 milhões de doses destinadas aos brasileiros serão produzidas a partir do princípio ativo importado do parceiro da AstraZeneca na China, que então será preparado, envasado e rotulado no Brasil.
Durante o segundo semestre de 2021, a Fiocruz terá o controle total da tecnologia e passará a produzir também o princípio ativo no país. A meta é entregar 210 milhões de doses no ano que vem ao SUS. A Fiocruz afirma que pretende fazer o pedido para autorização de uso do imunizante nos próximos dias.
O Instituto Butantã, ligado ao governo de São Paulo, também importou doses de uma vacina contra covid-19 produzida em parceria com a empresa chinesa Sinovac. O governo paulista diz que seu estoque já chega a 10,8 milhões de doses, e as autoridades paulistas preveem que a imunização no estado comece em 25 de janeiro, mas ainda não solicitaram o registro à Anvisa.
*Por: dw.com
BRASÍLIA/DF - O Brasil vai se recuperar parcialmente neste ano do tombo recorde sofrido em 2020, indicam projeções de instituições financeiras consultadas pelo Poder360.
Mas os próximos meses ainda são cheios de incertezas. A economia brasileira está na pior crise da sua história.
A saída depende de uma forte campanha de vacinação contra o coronavírus, que ainda não começou. O governo afirma que o início da imunização pode ficar, na pior das hipóteses, para depois de 10 de fevereiro. A data mais otimista do Ministério da Saúde é 20 de janeiro.
O dilema fiscal continua. Há temor dos economistas de que um descontrole das contas públicas possa estimular a inflação e os juros.
Os prognósticos da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) para a economia brasileira são de uma recessão de 5% em 2020 e crescimento de 2,6% em 2021. O Fundo Monetário Internacional estima alta de 2,8% para este ano. A PwC vê 2,9%. A agência de classificação de risco Fitch Ratings é mais otimista: avanço de 3,1% em 2021.
Se concretizado, o aumento do PIB recupera o volume perdido na pandemia de covid-19. Mas o crescimento brasileiro pode ficar abaixo da média global e da América Latina.
fornecido PODER360Entre o G20, grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo, os asiáticos devem se destacar. A Índia — que deve ter fechado 2020 com queda do PIB superior a 9% — pode acabar 2021 com um crescimento de 7,9% a 11%. A China, epicentro do coronavírus, deve subir mais de 8%. Juntos, esses 2 países têm cerca de 3 bilhões de habitantes.
“O mundo está para lá, na Ásia. E o crescimento também. Há centenas de milhões de pessoas ascendendo para um nível de consumo na Índia e na China. Quando a gente olha para o Brasil, com 210 milhões de pessoas, a gente está atrás. É um local secundário para investimentos”, disse Bruno Porto, sócio da empresa de consultoria e auditoria PwC.
O especialista disse ser necessário um planejamento de longo prazo para atrair investimentos ao Brasil. Em 2020, os estrangeiros retiraram R$ 33,61 bilhões da Bolsa. “A gente não acompanhou o que a Índia e a China fizeram. Mas uma coisa é certa, eles evoluem”.
Na avaliação que faz da economia brasileira, a OCDE cita a necessidade de mais reformas. Fala em uma real abertura comercial. O órgão relata que uma empresa de médio porte no Brasil gasta, em média, 1.500 horas por ano para lidar com a carga de impostos. Na América Latina, esse tempo é de 317 horas por ano. Nos países da OCDE, de 159 horas.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, diz compreender os problemas. Segundo ele, com a vacinação em massa o Brasil irá bater as duas asas e voar em 2021. Esse voo será um desafio.
O desemprego, por exemplo, deve piorar antes de uma melhora. A desocupação está no recorde histórico, com 14 milhões de desempregados (14,4%). A economia deve ter algum alento no 1º trimestre, mas o auxílio emergencial acabou. Os brasileiros desamparados tendem a procurar postos de trabalho e reaparecerão nas estatísticas.
Muitos dos planos defendidos por Guedes como prioridade foram postergadas nos últimos 2 anos de governo. Agora, viraram promessas para 2021 e 2022.
Para contornar essa tempestade, Guedes defende a PEC Emergencial para conter gastos públicos. Uma reforma tributária para criar empregos. A reforma administrativa para reduzir despesas com o funcionalismo.
Outra meta é realizar 9 privatizações em 2021. Na lista, estão os Correios e Eletrobras, que dependem de aval do Congresso. Será muito difícil a aprovação no Legislativo, com a campanha de 2022 cada vez mais próxima e o presidente pleiteando uma reeleição.
Na avaliação do diretor-executivo da Rio Claro Investimentos, João Pessine Neto, faltou articulação política nos últimos 2 anos de mandato para aprovar reformas. “Ficou aquém do esperado nesta 1ª metade do mandato. Também observou-se ganho da corrente mais desenvolvimentista dentro do governo Bolsonaro, com o fortalecimento da ala militar”, declarou o economista.
Segundo Bruno Porto, é necessário um maior alinhamento entre Guedes e Bolsonaro na hora de negociar as prioridades do país. Ele relata que o Brasil está há anos preso num ciclo em que medidas importantes são sempre adiadas por causa de eleições. É o caso das últimas reformas, que ficaram para depois do pleito municipal. Agora, o governo aguarda a eleição para as Presidências do Senado e da Câmara. “No final das contas todo mundo perde. As coisas não caminham”.
O risco de um descontrole das contas públicas é apontado como um dos principais fatores de incerteza doméstica. O Brasil já tinha um patamar elevado de dívida pública antes do coronavírus. Desde 2014, o país tem gastado mais do que arrecada com impostos, o que resulta num deficit primário e amplia a endividamento. A pandemia só piorou tudo.
Nas contas do Tesouro Nacional, o país terminará o ano com dívida equivalente a 93% do PIB, uns dos maiores patamares entre os emergentes.
O banco Itaú espera que o cenário desafiador será concentrando nos primeiros meses do ano, até março, quando o Orçamento de 2021 deve ser aprovado. “Com o gasto cumprindo o teto, a dívida bruta deve recuar nos próximos anos, alcançando 89% do PIB em 2020, 84% do PIB em 2021 e 83% do PIB em 2022, ante 74% do PIB em 2019”.
O economista Fábio Pina, da Fecomercio-SP, espera que em 2021 os principais indicadores tenham resultados positivo, com PIB em recuperação, juros baixos e inflação contida.
Para ele, uma das medidas que devem ser preservadas é a regra do teto de gastos, que limita o aumento das despesas da União acima da inflação do ano anterior. Pina explica que o teto é uma forma de obrigar o Estado a redimensionar suas prioridades e evitar aumento dos impostos.
A expectativa em dezembro de 2019 da entidade – e de todo o mercado – era que 2020 terminasse com alta do PIB em relação ao ano anterior. Na bolsa, os investidores estavam otimistas. O desconhecido coronavírus chegou ao radar dos mercados com maior intensidade em fevereiro. O vírus assolava uma pequena parte da China. Não se sabia qual o impacto nas semanas subsequentes. Depois, a covid-19 de espalhou.
Atualmente, mais de 80 milhões de pessoas foram contagias pelo Sars-CoV-2 e adoeceram. Para evitar a covid-19, a Organização Mundial da Saúde recomendou o isolamento social. Ficar em casa. Países decretaram medidas de lockdown em seus territórios, já que não havia uma vacina. O vírus desordenou toda a economia mundial. No Brasil, não foi diferente.
Hoje a Fecomércio-SP estima queda de 4,5% do PIB em 2020. “Falar que o ano foi bom seria cinismo da minha parte. Mas o ano foi menos ruim do que a gente imaginava. O Brasil soube reagir a uma pandemia. O ano que vem é muito incerto. A gente tem que calibrar as expectavas para não se frustrar”, disse Pina.
Abaixo, leia algumas projeções do mercado para 2021:
fornecido PODER360
*Por: Douglas Rodrigues / PODER360
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