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Setor segue preocupado e especialista orienta em como ajudar as plantas a enfrentarem esse período de estresse

 

SÃO PAULO/SP - O ano de 2024 foi de intensas preocupações para o agro brasileiro. E ele ainda não acabou, sendo as previsões meteorológicas para os últimos meses indicando um cenário alarmante, pois, ainda sob a influência do fenômeno El Niño, o País deverá enfrentar picos de calor extremo. Esse fenômeno está associado ao aumento das temperaturas médias globais e provoca efeitos climáticos adversos, como a intensificação dessas ondas e redução severa das chuvas em algumas regiões. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), a temperatura média em diversas regiões do Brasil pode aumentar em até 1,5°C acima do normal durante o último trimestre deste ano.

Este cenário climático traz sérias apreensões e impactos para o setor, especialmente porque ele afeta diretamente o desempenho das plantas e, consequentemente, a produtividade e rentabilidade dos cultivos. Segundo o engenheiro agrônomo e gerente de marketing técnico da Agroallianz, Renato Menezes, as altas temperaturas podem levar ao superaquecimento do tecido vegetal das plantas, mesmo quando elas “recebem a quantidade ideal de água durante o ciclo produtivo da cultura”.

“Esse estresse térmico impacta no crescimento, desenvolvimento e na capacidade produtiva, prejudicando tanto a qualidade, quanto na produtividade das culturas”, explica o especialista.

Estas alterações de clima já estavam sendo previstas há alguns anos. Estudos de David Lobell e Sharon Gourdj ainda de 2011, indicam que um aumento de 1°C nas temperaturas de média ambiental, podem reduzir o rendimento das principais culturas agrícolas, como milho, soja e trigo, em até 10%.

Impacto nas lavouras

Especialistas estimam que, caso as mudanças climáticas avancem no ritmo atual, o Brasil poderá perder até 11% de sua produção agrícola até 2050. Um desses motivos é porque conforme pontua Menezes, esse estresse térmico provoca danos às membranas celulares das plantas e reduz seu potencial fotossintético, afetando diretamente a capacidade de produção delas.

“Em cana-de-açúcar por exemplo, isso se traduz em menor acúmulo de açúcares no colmo e, por consequência, uma redução no rendimento durante o pós-processamento”, cita o especialista. As projeções publicadas em um estudo do Laboratório Nacional de Biorrenováveis do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) aponta que as mudanças climáticas poderão provocar queda na produção nacional de dessa cultura de até 20% nos próximos dez anos.

Já nos grãos, como a soja e o milho, o calor excessivo interfere na fecundação das flores e na formação dos grãos reduzindo significativamente o potencial produtivo das culturas. “Nas frutíferas, o cenário é igualmente preocupante. O calor elevado reduz a produtividade, prejudica a resistência ao transporte, encurta o tempo de prateleira e altera o sabor dos frutos, não atendendo exigências do mercado consumidor”, confidencia o profissional da Agroallianz.

Em 2023 por exemplo, as perdas na produção de uvas e maçãs no Sul do Brasil devido a temperaturas extremas foram de cerca de 20%, de acordo com a Associação Brasileira de Produtores de Frutas (Abrafrutas).

Portas abertas para as pragas e doenças

Mas, além dos impactos diretos na produtividade, essas altas temperaturas aumentam a vulnerabilidade das plantas a pragas e doenças. “O estresse térmico causado pelo calor induz a produção de compostos atrativos ao ataque de insetos e pode também tornar as plantas mais vulneráveis (às) a presença de doenças, elevando os custos com manejo de controle destes fatores limitantes de produtividade”, destaca Menezes. Conforme a Embrapa, o aumento das pragas devido ao estresse térmico pode gerar um acréscimo de 15% nos custos de produção.

Há ainda que destacarmos os impactos econômicos. De acordo com o Banco Mundial, a América Latina pode perder até US$ 100 bilhões por ano até 2050 devido às consequências das mudanças climáticas, incluindo o setor. Aqui, o agronegócio é responsável por cerca de 27% do PIB, o que significa que qualquer redução na produtividade pode ter repercussões severas na economia. Além disso, regiões como o Cerrado e o Sul, que dependem fortemente da agricultura, são as mais vulneráveis a esses impactos.

Também há potencial de redução no volume de exportações agrícolas, diminuindo sua competitividade no mercado global. Quer dizer, temos muitas preocupações e é preciso pensar em como podemos amenizar isso tudo.

Ferramentas à mão do produtor

Diante desse cenário adverso, é essencial adotar tecnologias que ajudem as plantas a suportar as altas temperaturas e preservar seu potencial produtivoAAgroallianz por exemplo, oferece soluções inovadoras, como Osmobetan e Amino 75, produtos desenvolvidos para promover a termorregulação e a termoproteção das culturas. “Essas tecnologias ajudam as plantas a manterem sua eficiência fisiológica, mesmo sob condições de calor extremo, garantindo maior tolerância e consequente produtividade”, diz o especialista. Com os desafios trazidos pelas ondas de calor extremo, proteger a produção agrícola é essencial para garantir a rentabilidade da safra.

Regionais de Marília, Franca e São José do Rio Preto apresentaram maior expansão no primeiro semestre

 

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP - Diante da diversificação de culturas e da projeção de expansão na produção agropecuária no interior paulista, o Santander estima crescimento de 30% na carteira de crédito agro Pessoa Física até dezembro na Rede SP Interior do Santander. A Rede soma 12 regionais agro: Franca, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Limeira, Araraquara, Votuporanga, Araçatuba, Presidente Prudente, Bauru e Marília, além de Itapetininga e Piracicaba, recém incorporadas. No primeiro semestre, as regionais de Marília, com 14% de expansão na carteira, Franca e São José do Rio Preto, com aumento de 13% cada uma, se destacaram pelo desempenho. Em todos os segmentos de clientes agro do Banco no interior paulista, a carteira cresceu 12,1% até junho.

O Banco conta com nove líderes e 42 especialistas nessa região, equipe que atende de maneira personalizada clientes pessoa física e jurídica. “Nosso objetivo é estar em todas as regiões produtoras do estado – tanto com lojas físicas, como com o atendimento digital”, explica o Líder Sênior Agro, David Bocalon.

São Paulo possui o maior valor bruto de produção e a maior diversificação de culturas agrícolas do país. Em todo o estado, a Secretaria de Agricultura de São Paulo estima que mais de 350 mil produtores rurais atuam na produção de citros, cana, café, frutas, pecuária e avicultura, entre outros produtos.

Com a produção de café na cidade vizinha de Garça – reconhecida como um dos maiores polos cafeeiros no estado de São Paulo, inclusive com cafés especiais – a regional Marília vem ganhando espaço na carteira agro do Santander. O mesmo acontece com a Regional Franca, na Alta Mogiana, que desponta também na produção de cafés, graças à altitude. Em todo o estado, a Conab estima que a produção de café arábica alcance 4,7 milhões de sacas, volume 7% superior no comparativo anual. Já na Regional de São José do Rio Preto a pecuária e a produção de cana se sobressaem.

“Atuamos com diversos produtos destinados exclusivamente aos produtores rurais com foco tanto na fazenda – como Célula de Produto Rural e recursos para custeio e investimentos – quanto no fazendeiro – como cartão de crédito, seguro de vida, residência e automóveis, além de investimentos. Nosso modelo de atendimento a clientes agro vai além da loja, permitindo que os profissionais estejam, inclusive, em localidades nas quais o Banco não está presente. É um time organizado que amplia a força do Santander para realização de negócios no estado”, afirma o executivo.

Dados do primeiro trimestre de 2023 revelam a contribuição do setor para a economia nacional

 

SÃO PAULO/SP - Uma pesquisa conduzida pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) revelou um notável crescimento no mercado de trabalho do setor do agronegócio no país. O agro, como é popularmente conhecido, desempenhou papel crucial na geração de empregos, contribuindo significativamente para a economia nacional. No primeiro trimestre deste ano, o setor foi responsável por 27% dos empregos gerados no Brasil.

Os estudos mostram que os salários dos trabalhadores do setor tiveram um aumento médio de 5,9% nos primeiros três meses de 2023, superando em 0,5% a média nacional. Além disso, ocorreu um crescimento de 6,1% no número de empregados com carteira assinada em comparação com o mesmo período do ano anterior, registrando a impressionante marca de 28,1 milhões de empregados.

O boletim revela que este crescimento nos postos se reflete, principalmente, no desempenho da produção agrícola interna. É prevista uma safra recorde de grãos para o período 2022/2023, além das projeções otimistas na produção de café e cana-de-açúcar.

Romário Alves, CEO e Fundador da Sonhagro, destacou a importância do setor “O constante crescimento do agronegócio no Brasil é um pilar fundamental para a nossa economia. Os números surpreendentes de criação de empregos refletem a importância desse setor em impulsionar o desenvolvimento econômico”.

No relatório da CNA também são apresentados dados sobre a participação das mulheres no setor do agronegócio. No primeiro trimestre de 2023, houve um aumento de 1,3% na presença feminina em comparação com o mesmo período do ano anterior. Já na mão de obra, o crescimento foi de 6,1%, representando um aumento de mais de 532,1 mil pessoas com carteira assinada.

Movimentando a economia e aquecendo o mercado de trabalho, o agro cresceu 21,6% de janeiro a março desse ano, impulsionando o Produto Interno Bruto (PIB) com um avanço de 1,9%, o maior desde 1996, que só demonstra a força do setor.

SÃO PAULO/SP - O Parque da Água Branca, na zona oeste da capital paulista, receberá, nesta quinta-feira (11) a quarta edição da Feira Nacional da Reforma Agrária, organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). O evento, que terá entrada gratuita, vai até a noite de domingo (14).

A feira contará com 30 cozinhas instaladas no parque, que vão preparar 95 pratos regionais diferentes. Do Nordeste, os destaques serão sarapatel, moqueca, bobó de camarão, ginga com tapioca, panelada e baião de dois. Da região amazônica, haverá arroz de cuxá com camarão, galinha caipira no leite de coco de babaçu, maniçoba, pato no tucupi, chambaril, damorida e tambaqui ao leite de castanha.

Dos pratos típicos da Região Centro-oeste, serão oferecidos ventrecha de pacu, arroz com pequi, frango com gueroba (guariroba) e galinhada. Do Sul, haverá entrevero de pinhão, arroz com lula, polenta e arroz carreteiro. Do Sudeste, os destaques serão porco no tacho, lombo de jaca, feijoada, feijão tropeiro e moqueca capixaba.

Além dos pratos, os visitantes poderão adquirir cerca de 1,5 mil produtos agrícolas saudáveis, vindos de mais de 1,2 mil municípios onde as famílias agricultoras do MST estão organizadas. O evento contará ainda com três palcos por onde passarão mais de 200 artistas de várias regiões do país, entre os quais, Zeca Baleiro, Alessandra Leão, Ivan Lobo, Jorge Aragão, Gaby Amarantos e Jhony Hooker, além da Escola de Samba Camisa Verde e Branco. Também estão previstos shows de Lenine, Larissa Luz, Liniker, Alzira Espíndola, Tulipa e Chico Cesar.

A programação completa pode ser vista aqui.

 

 

Por Bruno Bocchini – Repórter da Agência Brasil

SÃO PAULO/SP - Segurança jurídica no campo, com a não tolerância às invasões de terras, proteção da produção nacional, incentivo às exportações e suprimento de fertilizantes estão entre as principais demandas de entidades do agronegócio ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, do PT. As cadeias produtivas que compõem o agronegócio respondem por um quarto do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e por quase 50% das exportações, segundo dados do governo federal. O setor, que mais apoiou a candidatura à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), espera manter “um bom diálogo” com o novo governo de Lula.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que reúne as federações da agricultura de todos os estados brasileiros, disse esperar que o novo governo aja para ampliar os destinos das exportações “e proteger a produção nacional das barreiras ao comércio abertas ou disfarçadas de preocupações com a saúde e o meio ambiente”.

O presidente João Martins de Silva Junior, disse, em nota, que a CNA sempre acreditou que a liberdade e a democracia são os fatores essenciais para o desenvolvimento da produção rural. “Para que a produção rural possa continuar sendo a segurança do abastecimento para o mercado interno e a principal fonte de nossas exportações, precisamos que o governo do país, acima de tudo, proporcione segurança jurídica para o produtor, defendendo-o das invasões de terra, da taxação confiscatória ou desestabilizadora, ou dos excessos da regulação estatal”, afirmou.

A CNA disse esperar que o governo Lula adote uma gestão fiscal equilibrada para que a economia possa crescer com estabilidade. “Na busca do crescimento da economia e da justiça social, somos um só povo e a política não pode nos separar.”

A Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), que integra as cadeias produtivas do setor, disse que “a expectativa para o governo democrático é a pacificação do país, a implantação de uma política econômica que leve a um crescimento equilibrado dos diferentes setores e a integração entre a iniciativa privada e o poder público para a continuidade de políticas públicas em prol um agronegócio pujante, produtivo, sustentável e capaz de contribuir para a erradicação da insegurança alimentar no mundo, provendo o país de comida e energia de qualidade”.

Para a entidade, são necessários a retomada da diplomacia para tratar das questões da geopolítica global, defendendo os interesses nacionais; o combate consistente ao desmatamento de áreas ilegais nos biomas brasileiros, especialmente na Amazônia; a consolidação de políticas ambientais de proteção à biodiversidade; o estímulo das atividades sob responsabilidade do setor privado; e o diálogo incessante entre os entes privados e o governo para formação de políticas adequadas para a competitividade do agro nacional.

 

Reformas

A Abag considera também importante o novo governo implementar as reformas administrativa e tributária, reduzindo o Custo Brasil. “Fundamental também será a manutenção de uma política de recursos para continuidade do desenvolvimento tecnológico para o setor, apoio a mecanismos de financiamentos para custeio e investimento destinados ao produtor rural.” Ainda segundo a entidade, será preciso empenho para aumento significativo dos recursos a serem empregados na infraestrutura de transporte da safra e a armazenagem de estoques reguladores, além de suprimento sustentável de fertilizantes e outros insumos necessários à maior produção e produtividade agrícola.

A Abag ressaltou ainda esperar que o governo eleito se preocupe com a segurança jurídica no campo, o combate à criminalidade dentro do meio rural e realize campanhas de combate às críticas recebidas pelo agronegócio brasileiro, interna e externamente.

A Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), que representa as indústrias de torrefação e moagem de café de todo o país, disse esperar que o presidente eleito reconheça a importância da cadeia do café para a economia brasileira e mantenha o diálogo com o setor. O café é um dos produtos mais emblemáticos na história econômica do país. Há 150 anos o Brasil é o maior produtor mundial de café e também se tornou o maior exportador deste produto.

O Brasil produz 53 milhões de sacas de café (3,1 milhões de toneladas), mas o consumo brasileiro de 4,84 quilos per capita ao ano é considerado baixo. A maior parte da produção é exportada. Questionada sobre as demandas ao presidente eleito, a entidade disse ter confiança de que o presidente eleito reconhecerá essa importância e apoiará um setor tão vital. “Seguimos confiantes na expansão do consumo do nosso produto, um alimento presente nos lares de 98% que sustenta uma cadeia responsável por gerar 8,4 milhões de empregos diretos e indiretos”, disse, em nota.

 

Otimismo

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) , Normando Corral, disse que a vitória do candidato do PT não abala o otimismo da entidade em relação aos próximos anos. “Vejo a vitória de Lula com uma certa tranquilidade porque tenho muita esperança no novo Congresso e nos novos governadores eleitos. Muitos são políticos jovens.”

Ele disse que a relação das entidades do agronegócio com o governo Lula será de diálogo, mas com ressalvas. “Tenho receio de que algumas coisas possam acontecer e impeçam um bom diálogo. Uma delas, que sempre nos preocupou, é a insegurança jurídica quanto a esses movimentos ditos sociais, mas que não são, como o MST (Movimento dos Sem Terra). O mercado é soberano sobre o que acontece com a produção agropecuária. Se radicalizar nesse ponto, obviamente vai ter uma radicalização do contrário”, pontuou.

 

 

José Maria Tomazela / ESTADÃO

SÃO PAULO/SP - Considerado um dos principais pilares da economia nacional, o agronegócio ganhou um índice exclusivo na Bolsa de Valores (B3). Em maio, foi criado o Índice Agro Free Float Setorial (IAGRO-FFS ou IAGRO B3), que acompanha o desempenho de empresas do setor primário, agroindústria, insumos e agrosserviços. A novidade tem despertado a curiosidade dos investidores.

O IAGRO B3 é o primeiro índice com temática agro do país. De acordo com informações da B3, ele responde à demanda do mercado e tem como principal objetivo facilitar a atração de investimentos para o setor.

Os ativos de 32 empresas compõem o IAGRO B3. As cinco companhias com maior peso na carteira são JBS (JBSS3) a Suzano (SUZB3), com 7,43%; Ambev (ABEV3) e Cosan (CSAN3), com 6,22%; e a Klabin (KLBN11) com 6,1%.

A metodologia criada pela B3 estabeleceu que apenas ativos de empresas do setor do agronegócio que atendem critérios de liquidez específicos poderiam compor a carteira do IAGRO B3.

Índices setoriais

A B3 tem outros índices específicos para setores da economia nacional, como o Índice de Commodities Brasil (ICB B3), o Índice de Energia Elétrica (IEE B3), o Índice do Setor Industrial (INDX B3) e o Índice Imobiliário (IMOB B3).

Apesar de grandes empresas da mineração estarem listadas na B3 — como a Vale S.A. (VALE3), a Companhia Brasileira de Alumínio (CBAV3), a Bradespar (BRAP4) e a CSN Mineração (CMIN3) —, não há um índice temático exclusivo sobre o setor.

Os índices da B3 orientam os investidores na hora de escolher onde aplicar seus recursos financeiros. Por meio deles, é possível mensurar o desempenho dos ativos negociados na bolsa.

Além dos índices setoriais, a B3 tem índices amplos, de governança, de sustentabilidade e em parceria com a S&P Dow Jones. Uma avaliação prévia permite identificar quais ativos atendem aos interesses do investidor e se é o melhor momento para adquiri-los.

A vez do agronegócio

Para quem deseja em investir no agronegócio, o mercado financeiro aponta que este é o momento ideal. A atividade segue como uma das mais importantes para a economia no momento de vacinação e maior controle da pandemia da Covid-19.

Incluir ativos do agronegócio na carteira pode ser uma alternativa para diversificar os investimentos e aumentar o patrimônio financeiro. No entanto, também é necessário considerar os riscos da operação.

Ações são investimentos em renda variável, modalidade que pode propiciar um retorno financeiro maior em comparação com a renda fixa, mas que também confere mais riscos.

No caso específico do setor do agronegócio, os riscos estão associados, sobretudo, à sazonalidade, aos fatores climáticos e à demanda internacional. Por isso, o acompanhamento do IAGRO B3 é um termômetro sobre o desempenho do setor, mas também é recomendável que o investidor estude sobre a empresa na qual pretende aplicar seus recursos, analisando relatórios e projeções.

Como investir

Para ações do agronegócio, o investidor deve ter uma conta em uma plataforma de investimentos. A compra e venda de ativos na B3 é feita de forma on-line.

Em caso de dúvida sobre como compor uma carteira diversificada com ações do setor, a equipe de suporte da plataforma de investimentos pode orientar na hora da escolha.

Lúpulo usado hoje nas cervejarias do Brasil é quase 100% importado. Pesquisas da USP apontam as variedades da planta que melhor se adaptam ao clima tropical e com maior potencial para a qualidade da cerveja

 

RIBEIRÃO PRETO/SP - Após dois anos estudando a produção nacional do lúpulo, insumo essencial para a fabricação da cerveja, pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP afirmam que a planta colhida no Brasil tem qualidade equiparável às cultivadas pelos Estados Unidos e República Tcheca, dois grandes produtores internacionais da planta.

Responsável pelo amargor e aroma característicos da bebida, o lúpulo utilizado hoje pelas cervejarias brasileiras é praticamente 100% importado. Com a demanda em alta, pelo aumento do consumo e da quantidade de cervejarias artesanais, os resultados das pesquisas devem agradar produtores agrícolas e as indústrias que dependem da planta. É o que acredita o coordenador de um dos grupos de estudo do lúpulo nacional, o professor Fernando Batista da Costa.

Conta o professor Costa que, desde meados de 2019, eles cultivam e acompanham o desenvolvimento do lúpulo plantado em área do campus de Ribeirão Preto da USP. Os pesquisadores observam, principalmente, a produção de cones (inflorescência, parte da planta de onde se extrai a substância para preparar a cerveja), em busca da variedade que melhor se adapte às condições de solo e clima, consideradas barreiras para a produção no País, já que a planta é típica de clima temperado.

Mas, se depender dos achados da equipe do professor Costa, o sucesso do lúpulo em terras tropicais é certo, pois, das quatro variedades em estudo, os pesquisadores aprovaram duas, a Chinook e a Cascade, que se desenvolveram e produziram cones em quantidade suficiente para a indústria. “Um lúpulo tão bom quanto o importado”, enfatiza Costa. Além da produção e desenvolvimento dos cones do lúpulo, a equipe estuda a parte fisiológica, verificando a fotossíntese, as trocas gasosas e o estresse oxidativo.

Outra equipe da FCFRP, coordenada pelo professor Leonardo Gobbo Neto, se dedica ao estudo metabolômico do lúpulo, parte que analisa as principais substâncias que dão aroma e sabor à bebida, como os óleos voláteis e os chamados ácidos amargos. Integrante desta equipe, o pesquisador Guilherme Silva Dias diz que está em busca da dosagem ideal do lúpulo nacional para a composição da cerveja, realizando diferentes testes à procura dos “metabólitos do lúpulo que contribuem para o perfil sensorial da bebida pronta”. O professor Gobbo Neto informa que este estudo deve contribuir para que as cervejarias, nacionais e internacionais, consigam produzir o perfil desejado de uma cerveja.

A composição química do lúpulo, comenta Dias, é básica para a fabricação da cerveja porque “é extremamente complexa, contribuindo com o amargor, que é muito importante para compensar o dulçor proveniente do malte e tornar a bebida agradável ao palato”. Além de contribuir para o aroma e a formação de espuma, é responsável ainda pela conservação, atuando “como antioxidante e antimicrobiano, protegendo a cerveja de processos oxidativos e de possíveis contaminações”.

Dias realiza seus estudos em uma variedade de lúpulo cultivada nos Estados Unidos. Segundo o pesquisador, o trabalho já está em fase final e as cervejas, produzidas com o lúpulo cultivado no campus de Ribeirão Preto da USP, “estão prontas para passar por um painel sensorial”. Ele explica que esta é uma etapa de degustação feita por diversas pessoas em eventos específicos, que irá verificar a aceitação da bebida da USP em comparação à bebida que utiliza o mesmo lúpulo importado dos EUA.

 

Produção nacional de lúpulo cresce 110%

O mercado de cervejas artesanais vem se expandindo no Brasil e a proliferação de microcervejarias fez muito cervejeiro repensar a compra de insumos para a produção da bebida. Só em 2019, o Brasil importou 3.600 toneladas de lúpulo, de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Mas, há cerca de quatro anos, a necessidade de alternativas à importação levou alguns produtores nacionais a iniciar o cultivo do insumo.

No ano passado, a área plantada aumentou 110% em relação a 2019, com o lúpulo ocupando 42 hectares e produzindo 24 toneladas, segundo a Associação Brasileira de Produtores de Lúpulo (Aprolúpulo). Esse é o caso de Thiago Cunha, produtor rural pioneiro no plantio de lúpulo em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. “Eu resolvi fazer um teste aqui em Ribeirão Preto para ver se o clima era favorável, se a planta se desenvolve bem”, conta o produtor. E o resultado surpreendeu: a boa adaptação ao clima e solo fez o produtor expandir a plantação, que passará dos atuais 500 pés para mil no próximo ano.

Cunha cultiva três espécies de lúpulo, a Comet, a Cascade e a Mantiqueira. Ele conta que as duas primeiras têm alto índice de demanda pelos cervejeiros, ao contrário da Mantiqueira, mas que optou por esta também, já que todas as três se deram “muito bem no clima de Ribeirão Preto”.

O estudo coordenado pelo professor Costa confirma o que o produtor rural observou na prática com a Cascade. As espécies Chinook e Cascade foram as que melhor se adaptaram às condições climáticas da região com “um desenvolvimento adequado”. Outras duas espécies analisadas também cresceram e produziram cones, “porém a quantidade não foi suficiente; não seria também suficiente para a indústria, de acordo com nosso estudo”, adianta.

Município fica em 24º lugar no ranking de desenvolvimento rural sustentável paulista

SÃO CARLOS/SP - A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Programa “Cidadania no Campo – Município Agro Ciclo 2019/2020”, divulgou nesta terça-feira (08/12) a lista dos municípios contemplados com a certificação. São Carlos foi classificado em 24º lugar entre os 400 municípios participantes. O objetivo é o desenvolvimento rural sustentável dos municípios. O certificado é conferido pelo desempenho da gestão e no atendimento aos cidadãos do campo.
De acordo com o Decreto Estadual nº 64.467/2019, o “Sistema Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável – Cidadania no Campo” tem como objetivo promover a elaboração e execução de planos de desenvolvimento agropecuário e agroindustrial no Estado, em conformidade com as diretrizes de política pública denominadas “Cidadania no Campo 2030” (Decreto Estadual nº 64.320/2019), implementadas por meio de ações integradas com os municípios parceiros. 
Assim, foi lançada a Resolução SAA nº 40/2019, que estabelece as normas técnicas, os procedimentos, critérios e mecanismos de avaliação de desempenho e monitoramento de ações, denominadas “Cidadania no Campo – Município Agro”, que visam à implementação de ações integradas junto aos municípios que decidirem participar do Sistema Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável.
O Sistema Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável – Cidadania no Campo engloba 10 diretivas, sendo que o município de São Carlos recebeu pontuação em todas: estrutura institucional; infraestrutura rural; produção e consumo sustentável; defesa agropecuária; abastecimento e segurança alimentar; fortalecimento social do campo; solo e água; biodiversidade; resiliência e adaptação às mudanças climáticas e interação campo-cidade.
O Estado de São Paulo possui 645 municípios, onde 400 municípios foram credenciados no sistema integrado de agricultura e abastecimento. Dos credenciados, somente 24 foram certificados, sendo São Carlos um deles. 
“Se nós visualizarmos dentre os municípios do Estado com mais de 200 mil habitantes somente o município de Jundiaí e São Carlos foram certificados. Isto mostra que São Carlos, sendo um município de médio porte, além de sua importância na indústria, comércio e serviços, prioriza também o setor rural”, enfatiza o secretário de Agricultura e Abastecimento, Caio Solci.
Solci disse, ainda, que o município receberá como prêmio R$ 100 mil para ser investido na melhoria das estradas rurais do município. “A partir de um trabalho continuo da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento de São Carlos ao longo dos últimos anos a frente do desenvolvimento agropecuário local, principalmente no que tange as políticas públicas de fortalecimento à agricultura familiar e segurança alimentar e nutricional, contribuiu para conquistarmos está certificação”, finaliza o secretário.

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