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Pesquisa do Instituto de Economia Maurílio Biagi, da Acirp, aponta alta de 5,68% em relação a setembro; valor médio dos 13 itens que compõem a lista chega a R$ 710,87

 

RIBEIRÃO PRETO/SP - O custo da cesta de consumo alimentar em Ribeirão Preto alcançou R$ 710,87 em outubro, um aumento de 5,68% em comparação ao mês anterior. É o maior valor registrado em 2024, conforme pesquisa realizada mensalmente pelo Instituto de Economia Maurílio Biagi, da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (IEMB-Acirp).

A alta é atribuída aos impactos das queimadas e da estiagem prolongada, que seguem elevando os preços dos alimentos básicos.

“A seca e as queimadas nas regiões produtoras impactaram fortemente o custo da cesta de consumo em outubro. Produtos como a carne, que já vinham sofrendo com o preço dos insumos, foram ainda mais afetados por estas condições adversas”, avalia Livia Piola, analista do IEMB-Acirp.

 

Principais aumentos

A pesquisa, realizada em 18 de outubro em 15 estabelecimentos da cidade, aponta a alcatra como o item de maior variação no mês, com aumento de 12,06%, reflexo da menor oferta de gado para abate e da necessidade de confinamento dos animais, o que encarece a produção.

“O uso de ração e outros insumos afetados pelas queimadas, como soja e cana-de-açúcar, contribuiu para a alta no preço das carnes”, explica Livia.

Outro produto de destaque na pesquisa foi a batata, que subiu 9,35% em média e ainda apresentou variações expressivas em determinadas regiões, como no Centro, onde o aumento chegou a 56,71%.

 

Impacto no orçamento

Para um trabalhador que recebe salário líquido de R$ 1.305,82, o gasto com a cesta alimentar comprometeria cerca de 54,44% de sua renda em outubro, aumento de 2,93 pontos percentuais em relação a setembro.

Com uma carga horária mensal de 220 horas, esse trabalhador precisaria dedicar aproximadamente 119,76 horas para arcar com o custo dos alimentos, uma exigência de 6,44 horas a mais que no mês anterior.

 

Variação regional

Os dados regionais mostram que o Centro de Ribeirão Preto registrou a cesta mais cara, com valor total de R$ 837,04, um aumento de 21,14%, impulsionado pelo aumento no preço da batata. Já a zona Norte apresentou o menor custo, com R$ 662,16, embora tenha enfrentado aumento no preço do açúcar cristal, que variou 37,85% em relação a setembro.

 

Metodologia  

O levantamento da cesta básica em Ribeirão Preto avalia mensalmente 13 itens descritos no Decreto Federal nº 399/1938, que define as quantidades alimentares mínimas necessárias para atender às necessidades nutricionais de um indivíduo de idade adulta.    

A cesta considerada pela Acirp inclui carne bovina (6 kg de alcatra), leite longa vida (7,5 litros), feijão carioca (4,5 kg), arroz branco tipo 1 (3 kg), farinha de trigo (1,5 kg), batata inglesa (6 kg), tomate italiano (9 kg), pão francês (6 kg), café em pó (0,6 kg), banana nanica (90 unidades), óleo de soja (0,8 litro), açúcar cristal (3 kg) e margarina (0,75 kg).    

Os locais de compra são determinados com base na Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2017-2018. O pão francês é o único item cotado também em padarias, uma vez que 60% dos ribeirão-pretanos preferem comprar este produto nestes estabelecimentos.   

Tomate italiano, batata inglesa e arroz branco tiveram queda significativa em relação ao mês anterior, segundo pesquisa mensal IEMB-Acirp

 

RIBEIRÃO PRETO/SP - A cesta básica ficou, em média, 7,7% mais barata em julho com relação ao índice registrado pela Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp) no mês anterior. Tomate italiano, batata inglesa e arroz branco foram os itens com maior recuo de preços na cidade. 
A pesquisa mensal de inflação dos alimentos do Instituto de Economia Maurílio Biagi (IEMB-Acirp) foi feita no último dia 19 em dez supermercados/ hipermercados e quatro panificadoras distribuídos entre as regiões Norte, Leste, Oeste, Sul e Central de Ribeirão. 
O estudo apontou que, no período, a cesta mínima custou R$ 633,86 (-7,7% em relação a junho, quando os mesmos 13 itens chegaram a uma média de R$ 686,73). Livia Piola, analista do IEMB-Acirp, afirma que, apesar dos fatores climáticos desfavoráveis nos últimos meses e da alta do dólar ainda serem fatores de risco inflacionário, a deflação registrada em julho é o resultado do aumento na oferta de produtos in natura decorrente das safras de inverno.  
“Com temperaturas médias mais altas, acima da média histórica para o inverno, o ciclo e a maturação do tomate, por exemplo, sofreram adiantamentos, de modo que a oferta aumentou e provocou uma queda 41,41% no preço do item”, aponta Piola. 
No caso da batata e do arroz, a cotação caiu 23,5% e 10,75%, respectivamente. Com relação ao peso de cada categoria no dispêndio mensal, as carnes ainda lideram, ocupando 37,2% do orçamento total. 
Na sequência vieram frutas e legumes (26,89%), farináceos (21,46%), laticínios (7,16%), leguminosas (3,82%), cereais (2,63%) e óleos (0,84%).  

Custo de vida por região  
A região Central apresentou a cesta básica mensal mais cara do município (R$ 690,28), mas ainda assim houve uma redução de 6,36% nos preços em relação a junho, impulsionada pelo tomate italiano (-33,4%) e batata inglesa (-23,69%).  
A cotação mais em conta foi a da Norte, que chegou a R$ 557,13, com uma queda de 15,66% em relação ao mês anterior, puxada pelo tomate italiano (-57,64%). 
Leste foi a única com ligeira alta: R$ 685,78 (+ 2,75%). Oeste e Sul tiveram quedas: R$ 632,28 (- 3,47%) e R$ 628,06 (-12,64%), respectivamente.  

Metodologia  
O levantamento da cesta básica em Ribeirão avalia mensalmente 13 itens descritos no decreto nº 399/1938, que define as quantidades alimentares mínimas necessárias para atender às necessidades nutricionais de um indivíduo de idade adulta.    
A cesta considerada pela Acirp inclui carne bovina (6 kg de alcatra), leite longa vida (7,5 litros), feijão carioca (4,5 kg), arroz branco tipo 1 (3 kg), farinha de trigo (1,5 kg), batata inglesa (6 kg), tomate italiano (9 kg), pão francês (6 kg), café em pó (0,6 kg), banana nanica (90 unidades), óleo de soja (0,8 litro), açúcar cristal (3 kg) e margarina (0,75 kg).    
Os locais de compra são determinados com base na Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2017-2018. O pão francês é o único item cotado também em padarias, uma vez que 60% dos ribeirão-pretanos preferem comprar este produto nestes estabelecimentos.   

IEMB   
O Instituto de Economia Maurílio Biagi (IEMB) é um braço do Departamento de Relações Institucionais da Acirp, entidade que em 2024 completa 120 anos de atuação. O IEMB-Acirp foi criado em 1954 com objetivo de gerar dados socioeconômicos para orientação na gestão de empresas e da cidade. 

 

BRASÍLIA/DF - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou, na quarta-feira (3), o Plano Safra da Agricultura Familiar 2024/2025, com R$ 76 bilhões destinados ao crédito rural no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O valor é 6,2% superior ao anunciado na safra passada e o maior da série histórica.

“O plano safra exuberante pode não ser tudo que a gente precisa, mas é o melhor que a gente pode fazer”, disse Lula em discurso durante o evento no Palácio do Planalto. O presidente garantiu que o governo vai cuidar para que os produtores não tenham prejuízo e disse que é preciso incentivar a produção para reduzir a inflação dos alimentos.

“[Os preços dos alimentos] aumentam em função de determinadas intempéries, quando tem seca, quando chove demais. Então, a gente tem que incentivar as pessoas a plantarem o máximo possível e garantir que, na hora da colheita, a gente não vai deixar eles terem prejuízo porque plantaram demais. O governo tem que garantir um pagamento correto pra que aquelas pessoas possam fazer os seus produtos chegaram no supermercado”, disse Lula.

“Se a gente fizer isso, se a gente comprar as máquinas, produzir mais leite, mais queijo, plantar mais tomate, mais pepino, mais chuchu, não vai ter inflação de alimento. A inflação de alimento ela se dá quando a gente produz menos do que a demanda, que começa a ter escassez no supermercado e aí cada pessoa pede o preço que quiser. Mas a gente tiver produção correta, não faltará produto no supermercado, ninguém precisa aumentar o preço porque a gente vai ter excesso de comida nesse país”, acrescentou.

Segundo o governo, somadas outras ações anunciadas para a agricultura familiar, como financiamento de máquinas agrícolas de pequeno porte, a ampliação do microcrédito rural e a criação de fundos que ampliam o acesso ao crédito, o volume investido chega a R$ 85,7 bilhões.

O governo federal dará ainda mais incentivos a quem produzir alimentos que vão à mesa dos brasileiros e da biodiversidade. Cerca de dez linhas de financiamento de crédito rural do Pronaf tiveram redução de taxas. Para a produção orgânica, agroecológica e de produtos da sociobiodiversidade a taxa será de 2% no custeio e 3% no investimento. Quem produzir arroz, por exemplo, também encontrará juros reduzidos para o custeio, de 3%, no caso do convencional, e 2% no orgânico.

Neste plano safra, o governo ainda vem com uma nova estratégia nacional para ampliação da produção de arroz da agricultura familiar. São sete eixos principais: crédito, acompanhamento técnico, sementes, beneficiamento, comercialização e contratos de opção com o estabelecimento de um preço mínimo do produto.

O presidente pediu ainda que os sindicatos e organizações orientem os produtores sobre a existência dos créditos e programas e alertou que é preciso fiscalização para garantir que o dinheiro chegue na ponta.

Programa Ecoforte

Outro destaque do evento foi o lançamento do edital do programa Ecoforte para apoiar projetos de 40 redes de agroecologia, extrativismo e produção orgânica, cerca de 30 mil agricultores familiares. Serão destinados R$ 100 milhões para o programa, em projetos com valores entre R$ 1 milhão e R$ 3 milhões. O recursos são fruto de acordo de cooperação da Secretaria-Geral da Presidência e do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) com o BNDES e a Fundação Banco do Brasil.

Ainda, o governo lançou a iniciativa do Campo à Mesa, um edital de R$ 35 milhões para selecionar organizações da sociedade civil que fomentem sistemas de produção agroecológica. Outros dois editais lançados visam o fomento da organização produtiva e econômica de mulheres rurais: Quintais Produtivos, no valor de R$ 30 milhões, e Mulheres Rurais, de R$ 30,2 milhões.

Taxas reduzidas

Este Plano Safra da Agricultura Familiar tem taxas que variam de 0,5% a 6%, com redução para duas linhas de financiamento de custeio e oito de investimento.

As linhas de custeio do Pronaf reduzidas são para produtos da sociobiodiversidade como babaçu, jambu, castanha do Brasil e licuri, de 3% para 2%; e para produção de alimentos como feijão, arroz, mandioca, leite, frutas e verduras, de 4% para 3%.

Já as linhas de investimento que tiveram redução de 4% para 3% são: Pronaf Floresta, Pronaf Semiárido, Pronaf Jovem, Pronaf Agroecologia, Pronaf Bioeconomia, Pronaf Produtivo Orientado e Pronaf Mulher, para as agricultoras com renda familiar bruta anual de até R$ 100 mil.

O Pronaf Mais Alimentos ganhou uma sublinha de financiamento, com redução de 5% para 2,5% para compra de máquinas de pequeno porte. Também nessa linha, tiveram redução de 4% para 3% as atividades de aquisição e instalação de estruturas de cultivo protegido, inclusive equipamentos de automação, construção de silos, ampliação e construção de armazéns e câmaras frias destinados à guarda de grãos, frutas, tubérculos, bulbos, hortaliças e fibras, aquisição de tanques de resfriamento de leite e ordenhadeiras, aquicultura e pesca.

Mecanização

Outro destaque é a linha de crédito para aquisição de máquinas e implementos agrícolas de pequeno porte, específicos para a agricultura familiar, no âmbito do Programa Mais Alimentos. Os juros serão de 2,5%, metade da taxa de juros praticada no programa, para financiamento de máquinas de até R$ 50 mil, como microtratores, motocultivadores e roçadeiras. A linha é destinada à família com renda anual de até R$ 100 mil.

Ao todo, o Mais Alimentos deve destinar R$ 12 bilhões entre recursos equalizados e dos fundos constitucionais para compra de máquinas para a agricultura familiar nesta safra.

Para as máquinas de maior porte, incluindo tratores de até 70 cavalos de potência, o limite será de R$ 250 mil com 5% de juros e 7 anos para pagar.

Microcrédito

As famílias agricultoras de baixa renda, com renda até R$ 50 mil por ano, poderão acessar até R$ 35 mil pelo Pronaf B (Agroamigo ou microcrédito rural), a linha com taxa de juros de 0,5% e desconto de até 40% para quem paga em dia. A ampliação de limite de crédito para as famílias passou de R$ 10 mil para R$ 12 mil e, para as mulheres, de R$ 12 mil para R$ 15 mil.

Uma novidade é a criação de um limite independente para jovens rurais no Pronaf B, no valor de R$ 8 mil. “Dessa forma, a juventude poderá desenvolver projetos produtivos específicos, incentivando a autonomia e a permanência do jovem no campo”, argumentou o governo.

Garantia e cooperativismo

A agricultura familiar também será incluída em três fundos garantidores da União. O governo enviará projeto de lei para apreciação do Congresso para permitir a inclusão dos agricultores familiares e suas cooperativas no Fundo de Garantia de Operações (FGO) para a cobertura das operações contratadas no âmbito do Pronaf.

O FGO é um instrumento financeiro para reduzir riscos para as instituições financeiras e facilitar o acesso ao crédito, especialmente para pequenos produtores que enfrentam dificuldades em oferecer garantias reais. O texto do projeto autoriza o aumento de aporte no fundo por parte da União, bem como explicita os detalhes de como o aporte adicional será implementado nos próximos anos.

No caso das cooperativas da agricultura familiar, elas já poderão contar com a garantia do Fundo de Amparo às Micros e Pequenas Empresas do Sebrae e do Fundo Garantidor para Investimentos do BNDES.

Além da nova cobertura pelos fundos garantidores, as cooperativas também passarão a contar com um programa de fortalecimento, o Coopera Mais Brasil. Para 2024, está previsto o investimento de R$ 55 milhões para o apoio à gestão de 700 cooperativas.

O objetivo principal do governo é fomentar a organização coletiva dos agricultores familiares por meio do fortalecimento das cooperativas, associações e empreendimentos solidários. Entre as principais ações do programa estão o crédito facilitado, o acesso aos fundos garantidores e a assistência técnica para melhoria da gestão das cooperativas e acesso aos mercados.

“O programa irá estruturar e modernizar a gestão dos grupos organizados da produção familiar, estimular a agroindustrialização e impulsionar as práticas de comércio justo e solidário e as redes e arranjos produtivos locais”, explicou o governo.

Acesso à terra

Ainda, o governo disponibilizou recursos para regularização fundiária de imóveis rurais, incluindo todas as etapas do processo, como despesas com serviços de georreferenciamento, tributos, emolumentos e custas cartoriais. O limite de financiamento será de R$ 10 mil, com taxa de juros de 6% e 10 anos para pagamento, com 3 anos de carência.

Durante o evento, Lula também assinou o decreto que institui o Programa Nacional de Florestas Produtivas. O objetivo é recuperar áreas que foram alteradas ou degradadas para fins produtivos, com vistas à adequação e à regularização ambiental da agricultura familiar e à ampliação da capacidade de produção de alimentos saudáveis e de produtos da sociobiodiversidade.

Rio Grande do Sul

Outro decreto assinado altera os limites de aquisição de agricultores familiares e suas organizações no PAA Compra Direta em situações de calamidade, inicialmente para atender o Rio Grande do Sul, e ampliado para outros casos de calamidade. A medida facilita a aquisição para atender demandas emergenciais, como as Cozinhas Solidárias.

Entre as alterações do regulamento estão os limites das modalidades de Compra com Doação e Simultânea e Compra Direta de R$ 15 mil para R$ 30 mil por unidade familiar, por ano, desde que por tempo determinado e para atendimento de situações especiais ou emergenciais, devidamente reconhecidas. No caso de organizações fornecedoras, os limites passarão de R$ 1,5 milhão para R$ 6 milhões.

A medida também faz a suspensão excepcional, até 31 de dezembro de 2024, da aplicação dos limites para a modalidade Compra Direta, nas aquisições de alimentos destinadas ao atendimento das famílias afetadas pela calamidade pública no estado do Rio Grande do Sul.

Agronegócio

Complementando os valores para o setor rural, na tarde de hoje, Lula vai anunciar o Plano Safra 2024/2025 para o agronegócio, com R$ 400 bilhões para o financiamento da agricultura e da pecuária empresarial no país.

 

 

Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil

Levantamento do IEMB-Acirp aponta recuo de 0,55% na cesta básica da cidade; inflação acumulada do semestre é de 7,17%

 

RIBEIRÃO PRETO/SP - A pesquisa mensal da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão (Acirp) mostra que o preço da cesta básica no município registrou em junho queda de 0,55% em relação a maio. O kit de alimentos essenciais custou em média R$ 686,73. No acumulado do primeiro semestre, a inflação sobre o preço dos alimentos foi de 7,17% ao ano (a.a.). 
O levantamento foi feito pelos analistas do Instituto de Economia Maurílio Biagi (IEMB – Acirp), que visitaram dez supermercados/hipermercados e quatro panificadoras distribuídas entre as regiões Norte, Leste, Oeste, Sul e Central. 
Os altos índices de inflação registrados, segundo os pesquisadores, ainda são reflexos dos efeitos de eventos climáticos, como o El Niño e as chuvas no Rio Grande do Sul, que afetaram a oferta de alimentos no 1º semestre de 2024.  
“Para o próximo semestre, espera-se uma progressão na aceleração inflacionária nos alimentos, cujos preços devem continuar subindo devido à antecipação da La Niña, alta do dólar e persistência dos efeitos das chuvas no Sul”, avalia a analista do IEMB – Acirp Lívia Piola. 
No cenário nacional, a inflação registrada foi maior que o esperado por bancos, consultorias e corretoras. A projeção inicial para 2024 era que o índice se mantivesse em 3,5% a.a., mas as expectativas já subiram para algo entre 4,5% e 7,5%. 

Impactos  
As carnes, apesar da deflação média de 11,91% no custo do quilo da alcatra, seguem consumindo a maior parte do orçamento (33,39% do valor total da cesta). Na sequência vêm frutas e legumes (32,73%), farináceos (19,7%), laticínios (6,91%), leguminosas (3,78%), cereais (2,72%) e óleos (0,76%). O feijão também teve queda significativa de preço (-10,55%). No sentido oposto, a farinha de trigo subiu, em média,  21,73% e a banana nanica, 18,93%.  

Custo de vida por região  
O Centro apresentou a ração mensal mais cara do município (R$737,14), com um aumento de 0,53% em relação a maio. A zona Oeste foi a mais barata: R$ 655,02, uma queda de 2,41%. Já a região Norte, embora tenha mantido o segundo melhor custo-benefício da cidade, registrou a maior alta (7,01%), com a cesta custando R$ 660,68. Na sequência ficaram Leste (R$ 667,41 / -1,36%) e Sul (R$ 718,95 /- 3,40%).   

Metodologia  
O Instituto de Economia Maurílio Biagi (IEMB-Acirp) é um órgão do Departamento de Relações Institucionais da entidade que em 2024 completa 120 anos. O IEMB-Acirp foi criado em 1954 com objetivo de gerar dados socioeconômicos para orientação na gestão de empresas e da cidade.  
O levantamento da cesta básica feito pelo Instituto avalia mensalmente 13 itens descritos no Decreto Federal nº 399/1938, que define as quantidades alimentares mínimas necessárias para atender às necessidades nutricionais de um adulto.    
A cesta considerada pela Acirp inclui carne bovina (6 kg de alcatra), leite longa vida (7,5 litros), feijão carioca (4,5 kg), arroz branco tipo 1 (3 kg), farinha de trigo (1,5 kg), batata inglesa (6 kg), tomate italiano (9 kg), pão francês (6 kg), café em pó (0,6 kg), banana nanica (90 unidades), óleo de soja (0,8 litro), açúcar cristal (3 kg) e margarina (0,75 kg).    
Os locais de compra são determinados com base na Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2017-2018. O pão francês é o único item cotado também em padarias, uma vez que 60% dos ribeirão-pretanos preferem comprar este produto nestes estabelecimentos.

BRASÍLIA/DF - Quinze alimentos in natura ou pouco industrializados vão compor a cesta básica nacional e pagar imposto zero, com a reforma tributária. O projeto de lei complementar que regulamenta o tema, enviado ao Congresso, trouxe ainda 14 produtos com alíquota reduzida em 60%.

Na justificativa do projeto, o governo informou que se baseou nos alimentos in natura ou “minimamente processados” para definir a cesta básica nacional. O texto destacou que o governo seguiu as recomendações de alimentação saudável e nutricionalmente adequada do Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde.

Embora tenha citado motivos de saúde, alguns alimentos com gordura saturada, como óleo de soja e manteiga, ou com substâncias que criam dependência, como o café, foram incluídos na cesta básica nacional. Nesse caso, a justificativa é a de que esses itens são essenciais na alimentação do brasileiro e já fazem parte da cesta básica tradicional.

 

Confira a lista dos alimentos da cesta básica nacional:

  • arroz;
  • feijão;
  • leites e fórmulas infantis definidas por previsão legal específica;
  • manteiga;
  • margarina;
  • raízes e tubérculos;
  • cocos;
  • café;
  • óleo de soja;
  • farinha de mandioca;
  • farinha de milho, grumos e sêmolas de milho, grãos de milho esmagados ou em flocos;
  • farinha de trigo;
  • açúcar;
  • massas;
  • pães comuns (apenas com farinha de cereais, fermento biológico, água e sal).

 

O governo propôs uma lista estendida de alimentos com alíquotas zero. Eles não estão na cesta básica nacional, mas também não pagarão a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) nem o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). São eles:

  • ovos;
  • frutas;
  • produtos hortículas.

 

Outros 14 tipos de alimentos tiveram alíquota reduzida em 60% no projeto de lei:

  • carnes bovina, suína, ovina, caprina e de aves e produtos de origem animal (exceto foie gras), miudezas comestíveis de ovinos e caprinos;
  • peixes e carnes de peixes (exceto salmonídeos, atuns; bacalhaus, hadoque, saithe e ovas e outros subprodutos);
  • crustáceos (exceto lagostas e lagostim) e moluscos;
  • leite fermentado (iogurte), bebidas e compostos lácteos;
  • queijos tipo muçarela, minas, prato, queijo de coalho, ricota, requeijão, queijo provolone, queijo parmesão, queijo fresco não maturado e queijo do reino;
  • mel natural;
  • mate;
  • farinha, grumos e sêmolas de cerais, grãos esmagados ou em flocos de cereais (exceto milho);
  • tapioca;
  • óleos vegetais e óleo de canola;
  • massas alimentícias;
  • sal de mesa iodado;
  • sucos naturais de fruta ou de produtos hortícolas sem adição de açúcar ou de outros edulcorantes e sem conservantes;
  • polpas de frutas sem adição de açúcar ou de outros edulcorantes e sem conservantes

 

O projeto também propôs alguns produtos de limpeza que pagarão alíquota reduzida em 60%. Segundo o governo, esses itens são bastante consumidos pela população de baixa renda:

  • sabões de toucador;
  • pastas de dentes;
  • escovas de dentes;
  • papel higiênico;
  • água sanitária;
  • sabões em barra.

 

Em todos os casos, o governo optou por listas reduzidas, com prioridade para alimentos sadios ou o consumo pela população mais pobre. No início de abril, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) encaminhou um pedido ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para ampliar o conceito de cesta básica e incluir alguns itens de luxo.

Os supermercados defendiam a isenção de impostos para itens como fígados gordos (foie gras), camarão, lagostas, ostras, queijos com mofo e cogumelos. Já itens como caviar, cerveja, vinho, champanhe e chocolate teriam redução de 60% na alíquota.

 

Ultraprocessados

Apesar da justificativa de preservar a saúde, em outro ponto do projeto de lei, o governo excluiu alimentos ultraprocessados do Imposto Seletivo, que incidirá sobre alimentos considerados prejudiciais à saúde. Apenas bebidas com adição de açúcar e conservantes sofrerão a incidência do imposto.

Em março, um manifesto assinado por médicos como Drauzio Varella e Daniel Becker, além de personalidades como as chefs Bela Gil e Rita Lobo, pedia a inclusão dos produtos ultraprocessados no Imposto Seletivo. Intitulado “Manifesto por uma reforma tributária saudável”, o texto teve apoio de organizações como a Associação Brasileira de Nutrição (Asbran), a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

 

 

Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil

IBATÉ/SP - O Fundo Social de Solidariedade de Ibaté recebeu nesta semana, através do Fundo Social do Governo do Estado de São Paulo (FUSSP), 250 kits de alimentos, os quais serão destinados às famílias em situação de vulnerabilidade social atendidas pela Secretaria Municipal de Assistência Social.

Os kits são compostos por arroz, feijão, macarrão, extrato de tomate, óleo, sardinha, biscoito, açúcar, sal, farinha de mandioca, carne seca e leite em pó.

As famílias que buscam atendimento na Assistência Social realizam um cadastro. “Todas as famílias que buscam atendimento na Assistência Social preenchem um cadastro e passam por uma avaliação técnica que determina o tipo de auxilio necessário. A Assistência Social também faz o acompanhamento dessas famílias”, explicou Amanda Affonso, coordenadora da Assistência Social. 

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“É um trabalho social importante do Governo do Estado. Agradecemos pela distribuição desses 250 kits, por esse apoio à Ibaté. Com essa ajuda, o município conseguirá atender mais pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade”, destacou o prefeito, José Luiz Parella. 

A Coordenadora relata que a Prefeitura continua realizando a aquisição de cestas básicas e a doação do estado ajuda a suplementar a demanda. “Nossa demanda por famílias que necessitam de cestas básicas é sempre crescente”, concluiu. 

A Secretaria de Promoção e Bem-Estar Social está aberta ao recebimento de doações e possui um sistema de cadastro para a população e as doações podem ser realizadas diretamente na sede. Mais informações no telefone (16) 3343.3043.

Hipopó, marca da Cory Alimentos, e Falaguasta Pizza firmam parceria e apresentam dois novos sabores de pizza doce tendo o personagem e o chocolate da marca como protagonista. Lançamento acontece neste sábado, dia 16

 


 
RIBEIRÃO PRETO/SP - Para unir duas paixões nacionais, pizza e chocolate, a marca Hipopó - da Cory Alimentos – acaba de fechar uma parceria com a Falaguasta Pizza, em Ribeirão Preto, e vira protagonista de duas versões do clássico prato italiano. A partir deste sábado, dia 16 de março, a rede oferecerá em seu cardápio duas opções de pizzas doces com chocolates Hipopó.
 
O lançamento especial, com a presença do personagem Hipopó, ocorre no mesmo dia na Casa Falaguasta, localizada na Rua Visconde de Abaeté, 701, no Jardim Sumaré, em Ribeirão Preto. 
 
Serão dois sabores de pizzas doces disponíveis – mesclada e meio a meio (choco preto e choco branco) – para a escolha do cliente, que ainda poderá garantir um voucher de desconto para ser usado na loja de fábrica da Cory, localizada no bairro Lagoinha. A dinâmica consiste na leitura de um QR Code, que estará afixado nas mesas da Casa Falaguasta, e concederá 20% de desconto na loja de fábrica da Cory.
 
"Hipopó é uma marca que está no coração das pessoas que vivem no interior de São Paulo. Firmar parceria com a Falaguasta, além de ser uma satisfação, reforça o propósito de oferecer experiências marcantes. Assim como aconteceu com o Rafael, que nos procurou, estamos abertos a projetos com empresas ousadas e que tenham valores parecidos com os nossos", afirma o diretor de marketing, vendas e inovação da Cory, Daniel Andreolli.
 
Após o lançamento, as pizzas com chocolates Hipopó estarão no cardápio de todas as unidades da rede Falaguasta Pizza (Casa Falaguasta e Falaguasta Express) em Ribeirão Preto e Sertãozinho, totalizando seis lojas, por tempo limitado.
 
“Procurei a Cory por acreditar que o Hipopó é uma marca forte e as crianças gostam, fez parte da minha infância. O personagem atrai e a Falaguasta é a pizzaria da família. Por isso, agregar a marca Falaguasta com a Hipopó nesse momento, é de grande valia para nós e acredito que também para a Cory, por sermos uma das maiores pizzarias de Ribeirão e ter como missão proporcionar momentos felizes entre famílias, colaboradores e amigos”, sintetiza o CEO da Falaguasta Pizza, Rafael Falaguasta.

IBATÉ/SP - O Fundo Social de Solidariedade de Ibaté recebeu na última semana 500 kits de alimentos para entregar às famílias em situação de vulnerabilidade social do município. As doações foram enviadas pelo Fundo Social de São Paulo (FUSSP), segundo informou a coordenadora da Assistência Social, Amanda Affonso.
 
Os alimentos já estão sendo repassados para a Secretaria de Promoção e Bem-Estar Social, para que os distribua para as famílias cadastradas. “As famílias que buscam atendimento na Assistência Social realizam um cadastro e passam por uma avaliação técnica que determina o tipo de auxílio necessário. A Assistência Social também faz o acompanhamento dessas famílias”, contou Amanda. A Coordenadora relata que a Prefeitura de Ibaté continua realizando a aquisição de cestas básicas e a doação do estado ajuda a suplementar a demanda. 
 
As cestas básicas são compostas por arroz, feijão, macarrão, extrato de tomate, óleo, sardinha, biscoito, açúcar, sal, farinha de mandioca, carne seca e leite em pó.
 
Sabendo da necessidade que muitas famílias estão passando, o Programa Alimento Solidário é destinado aos 644 municípios do Estado, assim auxiliando todos os moradores dessas localidades que estão em situação de vulnerabilidade social.
 
“Muitas pessoas perderam empregos, suas rendas e vivem uma situação difícil. Por isso esses kits chegaram em um momento muito bom e temos a certeza que contribuirá como complemento para ajudar as famílias mais carentes de nosso município”, finaliza a coordenadora da Assistência Social.
 
A Secretaria de Promoção e Bem-Estar Social está aberta ao recebimento de doações e possui um sistema de cadastro para a população e as doações podem ser realizadas diretamente na sede. Mais informações no telefone (16) 3343.3043 ou 3343-5733.

Gulfood é realizada em Dubai entre 19 e 23 de fevereiro e é um dos maiores eventos do mundo no setor; a expectativa é de reunir mais de 5 mil expositores

 
A Cory Alimentos participa entre os dias 19 a 23 de fevereiro, nos Emirados Árabes, da edição 2024 da Gulfood, umas das maiores feira de alimentos e bebidas do mundo.
 
O evento, que acontece em Dubai, é responsável por influenciar cada vez mais as tendências do setor e espera reunir mais de 5 mil expositores de 127 países. Já em relação ao público, a feira recebeu em sua última edição, 134 mil visitantes de diferentes nacionalidades.
 
Presente há mais de 15 anos na Gulfood, a Cory participará da edição de 2024 totalmente renovada, com destaque para a marca Hipopó.
 
"Essa é uma grande oportunidade de receber nossos atuais parceiros da África e Oriente Médio, além de prospectar novos mercados", destaca Nelson Nascimento do Castro, presidente da empresa.
 
Por sua localização geográfica, a Gulfood é considerada estratégica para os mercados asiáticos, europeus e africanos.
 
Sobre a Cory
Fundada em 1969, a Cory é uma empresa genuinamente brasileira, que começou com uma padaria. Ao longo do tempo, se estruturou, investindo em novas criações e inovando o mercado com produtos como balas, drops, biscoitos e chocolates. Atualmente são duas fábricas no país, localizadas nos municípios de Ribeirão Preto/SP e Arceburgo/MG e mais de 500 colaboradores. Em seu portfólio estão produtos e marcas consagrados como Icekiss; Chita; Azedinha; Lilith; Cory Pão Dimel; Cory Palitos; Hipopó; Show Gol; Quero Quero; e Dimel.

SÃO PAULO/SP - O El Niño, fenômeno natural responsável pelo aumento das temperaturas do oceano Pacífico, surgiu mais forte do que o esperado e tem causado fortes chuvas na região Sul e um clima quente e seco no restante país.

Segundo especialistas ouvidos pelo R7, a permanência do cenário põe a agricultura em estado de alerta e ameaça o bolso dos brasileiros nos próximos meses. O real arrefecimento dos efeitos climáticos é estimado apenas para fevereiro.

Alê Delara, diretor da Pine Agronegócios, explica que o efeito surpreendente do fenômeno resultou no aquecimento do oceano em um nível 1,5ºC superior à previsão inicial, de 0,5ºC. "Veio um 'Super El Niño', com um aumento de até 2ºC nas temperaturas [do Pacífico]", diz ele.

Para André Braz, coordenador dos índices de preços do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), o El Niño mais rigoroso tem potencial para comprometer parte da safra de 2024, a depender do volume de chuvas nos últimos dias deste ano, e impactar diretamente o preço dos alimentos.

"Se essa frente fria não for muito significativa, a situação pode se complicar, porque, se não chover agora, o enchimento dos grãos é comprometido, e, consequentemente, podemos ter um preço mais alto das commodities em 2024", afirma Braz. "Se as chuvas realmente ocorrerem, a pressão dos preços tende a ser menor", complementa Delara, na mesma linha de raciocínio.

O BC (Banco Central) também demonstra preocupação com o possível impacto do fenômeno climático nos preços. "O Comitê, após acumular mais evidência, elevou um pouco o impacto inflacionário do fenômeno climático do El Niño sobre a inflação de alimentos", destaca um trecho da última ata do Copom (Comitê de Política Monetária).

O cenário também foi listado no RTI (Relatório Trimestral de Inflação) divulgado na quinta-feira (21) como uma das preocupações para o futuro dos preços no Brasil. "Eventos climáticos e, especificamente, a chegada do El Niño têm ampliado as preocupações com a oferta global de grãos, como trigo, milho, arroz, soja, café e açúcar", diz o texto.

Na tentativa de driblarem os efeitos climáticos, produtores do Centro-Oeste têm assumido parte da plantação do arroz, historicamente realizada no Sul, região muito afetada pelas chuvas. “O arroz subiu muito no mundo inteiro, e os produtores com alguma condição migraram para o arroz e não estão finalizando o plantio da soja. A depender da área plantada, isso pode compensar, em parte, a redução de produtividade do Rio Grande do Sul”, relata Delara.

O movimento tende a agravar a situação da inflação de alimentos, que voltou a subir nos últimos dois meses, após uma sequência de quatro deflações apuradas entre junho e setembro. Em novembro, a alta de 0,63% do grupo de alimentação e bebidas guiou o avanço de 0,28% do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial do Brasil.

"O El Niño já reflete parte dessas variações, mas não muito, porque nessa época do ano é comum existir uma redução da oferta de alguns alimentos devido ao calor. A questão é que o fenômeno intensifica as temperaturas, o que acaba prejudicando os preços além do previsto. Não dá para culpar 100% o El Niño", explica Braz, ao ressaltar que parte da inflação do período é sazonal.

Efeito cascata

Como consequência dos impactos do El Niño nas lavouras de soja e milho, a tendência se reflete na possível contaminação dos preços da carne, do frango, dos ovos e de outros alimentos, já que as rações utilizadas na alimentação do gado e das aves são produzidas a partir das duas commodities.

"A oferta dessas commodities vai influenciar diretamente nos produtos que os consumidores compram nos supermercados, como as carnes, o óleo de soja, os derivados de milho e as massas, que devem aumentar de preço no primeiro semestre de 2024", prevê Delara.

André Braz reforça que o milho e a soja são a base do trato animal na pecuária, e as eventuais altas chegam, inevitavelmente, até o bolso das famílias. "É provável que os preços de todos os derivados avancem, porque as aves dependem do milho para a produção de ovos, e isso afeta outros alimentos."

O pesquisador da FGV/Ibre destaca ainda que as proteínas são os produtos mais afetados pelo efeito dominó. "Neste ano, a situação foi favorável, porque o milho e a soja caíram muito de preço. Graças a essa queda de quase 30%, as carnes não foram as vilãs da inflação", recorda.

O diretor da Pine Agronegócios estima ainda que o efeito cascata envolva algumas hortaliças, que já tiveram movimento de alta, e outros grãos. "O feijão pode ser impactado, porque o atraso do plantio da soja vai retirar uma parte da janela de plantio do milho de primeira safra", observa ele.

 

 

Alexandre Garcia, do R7

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