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EUA - Foi a segunda vez que a gigante do streaming apresentou números negativos, desde o lançamento de suas primeiras produções originais. A primeira foi em 2011, quando um investidor aproveitou o viés de baixa para tentar adquirir a empresa comprando suas ações no mercado. Na ocasião, a Netflix conseguiu impedir a compra hostil.

A Netflix divulgou o relatório financeiro do primeiro trimestre de 2022, onde registrou uma diminuição em seu número de assinantes. Após relatar quedas consistentes no ritmo de crescimento ao longo do ano passado, a empresa revelou ter perdido 200 mil clientes entre janeiro e março.

A plataforma perdeu assinantes em quase todas as regiões, exceto no mercado da Ásia e do Pacífico, onde teve um acréscimo líquido de mais de 1 milhão de assinantes, puxado pela diminuição no preço das assinaturas na Índia.

O aumento asiático ajudou a compensar uma queda impressionante entre os consumidores da América do Norte. Com concorrência cada vez mais acirrada pelas diversas ofertas de streaming, a empresa perdeu cerca de 640 mil assinantes na região.

O serviço também perdeu 350 mil assinantes na América Latina e mais 300 mil entre a Europa, Oriente Médio e África.

A projeção do relatório não é otimista, prevendo que o encolhimento deve aumentar no segundo trimestre, quando a Netflix espera perder até mais de 2 milhões de assinantes. Este número elevado leva em conta a decisão da empresa de suspender seu serviço na Rússia, onde possui cerca de 700 mil assinantes, em protesto contra a invasão da Ucrânia.

Para reagir às perdas, o streamer pretende impedir o compartilhamento de senhas entre pessoas de diferentes residências.

Em seu relatório para o mercado, a Netflix apontou que, no universo de suas 220 milhões de assinaturas pagas, cerca de 100 milhões de pessoas compartilhavam o serviço sem pagar. Deste total, 30 milhões usufruem de senhas de terceiros apenas nos EUA e Canadá.

O plano da plataforma é explorar “a melhor forma de monetizar o compartilhamento”. Em vez de condenar a prática, pretende cobrar por ela.

A ideia é oferecer o serviço com preço promocional, chamado a iniciativa de “uma grande oportunidade” para quem quiser compartilhar a senha com terceiros, “pois essas famílias já estão assistindo à Netflix e desfrutando de nosso serviço”.

No mês passado, a Netflix começou a fazer testes para a cobrança de compartilhamento em três países da América Latina (Chile, Costa Rica e Peru) e a experiência deve agora ser implementada em todo o mundo.

O crescimento acelerado da Netflix nos últimos anos foi o fator que fez os estúdios de Hollywood criarem seus próprios serviços de streaming, mas a desaceleração que a empresa começa a enfrentar também pode levar a concorrência a reavaliar o tamanho do mercado global do entretenimento online e os investimentos elevados dispendidos para competir por assinantes.

 

 

Pipoca Moderna

EUA - Mesmo em um cenário global de reabertura e de intensa competição, a Netflix apresentou bons resultados no terceiro trimestre de 2021. A plataforma de streaming registrou um aumento de 4,4 milhões em sua base de assinantes, acima dos 2,2 milhões no mesmo período do ano passado.

Dessa maneira, a empresa registrou lucro líquido de US$ 1,45 bilhão, alta de 83,4% na comparação com igual período do ano passado. A receita da companhia, por sua vez, subiu 16,27%, para US$ 7,5 bilhões, na mesma comparação.

O lucro por ação ficou em US$ 3,19, acima da projeção da FactSet, de US$ 2,56.O resultado além das expectativas é uma boa notícia em um contexto de acirrada competição do setor. Além de enfrentar os dois serviços da Disney – que, segundo analistas, deve superar a atual líder até 2025 –, a empresa também enfrenta a expansão global de rivais como HBO Max e Amazon.

No total, a Netflix soma 213,6 milhões de assinantes. A retomada das produções pós-covid-19, após um período de atraso de entregas de conteúdos por causa da pandemia de covid-19, ajudou no desempenho trimestral, segundo comunicado divulgado pela empresa.

Diante dos resultados, as ações da Netflix subiam ontem após o fechamento do mercado em Nova York.

 

 

Iander Porcella / ESTADÃO

EUA - A Disney+ continua crescendo mais que a concorrência. Durante a teleconferência para acionistas sobre os resultados financeiros positivos da Walt Disney Co. no terceiro trimestre, o CEO da companhia, Bob Chapek, revelou que o serviço de streaming adicionou mais 13 milhões de assinantes nos últimos três meses.

Com isso, a plataforma atingiu um total de 116 milhões, superando as previsões de Wall Street.

Para completar, Chapek revelou planos da expansão do serviço na Ásia, com o lançamento da Disney+ na Coréia do Sul, Hong Kong e Taiwan já em novembro, e anunciou a chegada no Leste Europeu, no Oriente Médio e na África do Sul para o começo de 2022.

Além da Disney+, as plataformas americanas Hulu e ESPN+ também registraram crescimento nos EUA, transformando o negócio direto ao consumidor no principal impulsionador de receitas da empresa. Só o streaming rendeu US$ 4,25 bilhões no trimestre, um aumento de 57% em relação ao mesmo período do ano passado.

Mas a grande surpresa no relatório para o mercado foram os rendimentos dos parques temáticos, que ao reabrirem após cerca de um ano fechados durante a pandemia, faturaram US$ 4,3 bilhões, graças principalmente ao público da Disneylândia e do Walt Disney World.

Até as unidade de televisão da Disney, que incluem o canal esportivo ESPN e a rede ABC, cresceram 33% em relação ao ano anterior, para US$ 2,19 bilhões.

Com tantas notícias positivas, a empresa relatou uma receita invejável de US$ 17 bilhões no trimestre, fazendo seu lucro por ação atingir US$ 0,80, muito acima da estimativa de US$ 0,55 do mercado.

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O anúncio fez as ações da Disney subirem mais de 10% nas negociações pós-mercado.

 

 

*Por: PIPOCA MODERNA

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