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BRASÍLIA/DF - Após perder seu principal e talvez único aliado internacional, o presidente Jair Bolsonaro deu dois passos atrás e hasteou uma bandeira branca para Joe Biden, recém-empossado presidente nos Estados Unidos que substitui Donald Trump. Em carta enviada ao novo presidente, Bolsonaro fez o primeiro gesto para evitar que o Brasil se isole mais internacionalmente, num momento em que o Governo está sob pressão interna por falhar na “diplomacia da vacina” com a China e a Índia. Desejou êxito ao democrata e demonstrou que o país está preocupado com a manutenção do Acordo de Paris, o acordo global contra a crise climática que Biden acaba de retomar após a retirada determinada por Trump. Bolsonaro e equipe sempre demonstraram pouco apreço pelo trato que prevê que os países devam cumprir metas para frear o aquecimento global.

“Estamos prontos, ademais, a continuar nossa parceria em prol do desenvolvimento sustentável e da proteção do meio ambiente, em especial a Amazônia, com base em nosso Diálogo Ambiental, recém-inaugurado. Noto, a propósito, que o Brasil demonstrou compromisso com o Acordo de Paris com a apresentação de suas novas metas nacionais”, disse Bolsonaro.

Ao citar a política ambiental, o mandatário brasileiro muda o tom empregado em boa parte de sua gestão. No ano passado, após um debate entre Biden e Trump, no qual o democrata criticou o desmatamento e prometeu angariar 20 bilhões de dólares para o Brasil não queimar mais a Amazônia, Bolsonaro reagiu de maneira contundente. Considerou o comentário lamentável e desastroso. A questão ambiental, a economia verde, são questões centrais na agenda de Biden.

Nos últimos dias, o EL PAÍS ouviu de diplomatas europeus e asiáticos que os chanceleres de países europeus, principalmente, darão suporte a qualquer veto ou restrição que Biden fizer ao Brasil por conta política ambiental, daí a preocupação de Bolsonaro. De acordo com esses interlocutores, os europeus já pediram que o presidente americano faça essa pressão.

Na carta, Bolsonaro também demonstrou que espera um “excelente futuro para a parceria Brasil-EUA”. A carta foi publicada na íntegra em suas redes sociais. No documento, o brasileiro ainda expressou que espera que Biden cumpra um compromisso feito por seu antecessor, o de apoiar o ingresso do Brasil na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). “Na OCDE, com o apoio dos EUA, o Brasil espera poder dar contribuição mais efetiva e aumentar a representatividade da organização. Nosso processo de acessão terá, também, impacto fundamental para as reformas econômicas e sociais em curso em nosso país”.

A entrada na OCDE foi debatida por Bolsonaro e Trump, mas o americano deixou o tema apenas nos discursos. A carta entregue nesta quarta-feira tenta reparar a demora que o presidente brasileiro teve em reconhecer a vitória de Biden. Ele levou quase um mês para admitir que o democrata havia derrotado seu preferido declarado nas urnas. Ainda assim, aderiu, até o início de janeiro, à teoria infundada de Trump de que as eleições foram fraudadas e, ao contrário de vários líderes mundiais e de vizinhos, como o argentino Alberto Fernández, não criticou o ataque ao Capitólio.

Ampla crise diplomática

Para um futuro de algum sucesso entre os dois países a partir de agora era esperado esse primeiro gesto do Brasil para tentar acalmar os ânimos. A nova gestão democrata é considerada pragmática na seara internacional e não se espera que se atue para exacerbar conflitos, nem mesmo para com o Planalto. A guinada de Bolsonaro acenando a Biden e publicando nas redes sociais, sua principal correia de transmissão com sua base radical, é feita em um momento em que a política de relações exteriores do Brasil tem sido colocada em xeque. Nas últimas semanas, o Brasil fracassou em importar 2 milhões de doses da vacina de um laboratório Índia e não obteve aprovação para comprar insumos da China para produzir o imunizante em solo brasileiro. Enquanto isso, vê a Argentina obter acordo parecido.

Ideologizada, a política externa brasileira tem cometido vários deslizes. Em vários momentos seus protagonistas são personagens-chaves que deveriam apaziguar ao invés de estressar o relacionamento. Só com a China já houve sinais negativos enviados pelo próprio presidente, pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, pelo deputado federal e presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, Eduardo Bolsonaro, e pelo ex-ministro da Educação Abraham Weintraub.

Diante da atual crise com os chineses, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, interveio e se encontrou com o embaixador do país em Brasília. Encontro que foi celebrado pelo embaixador Yang Wanming. O que forçou o Governo brasileiro a emitir uma nota dizendo que representantes do Itamaraty, da Saúde, da Agricultura e das Comunicações debateram o tema com a embaixada chinesa. E ainda ressaltou que “o Governo Federal é o único interlocutor oficial com o Governo chinês”.

 

 

*Por: Afonso Benites / EL PAÍS

MUNDO - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou, nesta quarta-feira (20), o retorno dos Estados Unidos ao Acordo de Paris. Biden prometeu colocar os Estados Unidos no caminho do saldo zero em emissões de gases de efeito estufa até 2050. Biden e a vice-presidente Kamala Harris tomaram posse na tarde de ontem, 20.

Biden também revogou uma licença que era essencial para o projeto de oleoduto Keustone XL e uma moratória a atividades de exploração de óleo e gás no Refúgio Nacional da Vida Selvagem no Ártico.

O presidente também assinou pelo menos seis decretos relacionados à imigração. Entre os decretos, está a suspensão imediata da proibição da entrada nos Estados Unidos de pessoas oriundas de diversos países, principalmente muçulmanos ou africanos, interromper a construção de um muro na fronteira com o México e reverter uma ordem do ex-presidente Donald Trump que impedia que imigrantes ilegais fossem contados na próxima redefinição dos distritos eleitorais para o Congresso dos EUA.

Biden ainda assinou um memorando direcionando o Departamento de Segurança Nacional e o procurador-geral dos EUA a preservar o programa Daca, que protege de deportação imigrantes que chegaram ao país como crianças, e para reverter a ordem executiva de Trump que pede fiscalização interna mais rígida à imigração.

O presidente também enviou ao Congresso um projeto de lei de imigração que abre caminho para a cidadania de imigrantes que vivem ilegalmente no país.

 

 

* Com informações da Agência Reuters

*Por Agência Brasil

EUA - Joe Biden assume nesta quarta-feira (20) como o 46º presidente dos Estados Unidos em uma cerimônia com limitações provocadas pela pandemia do novo coronavírus e com segurança reforçada, após o ataque ao Capitólio no início do mês. Acompanhado pela vice-presidente Kamala Harris eles tomam posse às 12h (14h no horário de Brasilia).

Devido à pandemia, a cerimônia de posse do democrata terá poucos convidados e não terá público, ao contrário do que tradicionalmente ocorre.

A equipe de transição de Biden já previa um evento limitado devido à covid-19, que nos Estados Unidos matou mais de 400 mil pessoas, mas o ataque ao Capitólio no dia 6 de janeiro fez com que a prefeitura de Washington reforçasse a segurança da cidade. Na tarde ontem, 25 mil membros da Guarda Nacional aguardavam a chegada de Biden, mais que o dobro do efetivo de cerimônias passadas.

A posse de Biden e Kamala Harris não terá desfile, multidões ou baile, mas estão previstos atos virtuais e televisionados para compensar a falta de público. O atual presidente, Donald Trump, não vai comparecer à posse e será substituído pelo vice, Mike Pence.

O número de convidados será limitado. Além de congressistas e dos membros do governo, estarão presentes os ex-presidentes Barack Obama, George W. Bush e Bill Clinton, acompanhados de suas esposas, e o vice-presidente Mike Pence. Segundo os organizadores, serão colocadas 200 mil bandeiras dos estados para representar aqueles que não poderão participar do ato.

Biden fará o juramento em uma Bíblia que está com sua família desde o século 19 e o padre jesuíta Leo O'Donovan, amigo de Biden, fará a oração inaugural. O juramento à bandeira será feita por uma chefe dos bombeiros de South Fulton (Geórgia) e Lady Gaga vai cantar o Hino Nacional.

Segundo a mídia local, a poetisa Amanda Gorman lerá um poema e haverá apresentações musicais de Jennifer López e de Garth Brooks.

Na conclusão da cerimônia, Biben fará a tradicional inspeção das tropas como novo comandante-chefe do país. O desfile até a Casa Branca, no entanto, será substituído por um desfile virtual com a participação de pessoas de todo os EUA, segundo informaram os organizadores. Já o baile foi substituído por um especial de 90 minutos apresentado pelo ator Tom Hanks com a participação de vários artistas como Justin Timberlake, Bruce Springsteen, Bon Jovi e Demi Lovato. O evento será transmitido em vários canais, além das redes sociais.

 

Donald Trump

Ontem (19), Donald Trump exibiu um vídeo com seu discurso de despedida, divulgado no canal da Casa Branca no YouTube. Trump disse que encerra seu mandato como 45º presidente dos EUA orgulhoso de sua gestão. "Nós fizemos o que viemos aqui para fazer - e muito mais".

Trump desejou que a administração de Joe Biden mantenha “a América a salvo e próspera". "Nós estendemos nossos melhores desejos e também queremos que eles tenham sorte - uma palavra muito importante."

O presidente também falou sobre o ataque ao Capitólio. "Todos os americanos ficaram horrorizados com o ataque ao nosso Capitólio. Violência política é um ataque a tudo que celebramos como americanos. Nunca pode ser tolerada."

 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, retorna à Casa Branca depois que a mídia declarou o candidato democrata dos Estados Unidos à presidência, Joe Biden, como o vencedor das eleições presidenciais dos Estados Unidos de 2020, em

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse em discurso que encerra seu mandato como 45º presidente dos EUA orgulhoso de sua gestão - Reuters/Carlos Barria/Direitos Reservados

 

 

Invasão do Capitólio

A vitória de Biden foi confirmada pelo Congresso norte-americano no dia 7 de janeiro. Biden teve 306 votos confirmados contra 232 para Donald Trump.

No dia anterior, logo após o início da sessão para confirmação dos votos, o Capitólio, sede do Parlamento norte-americano, foi invadido por manifestantes, em uma ação que resultou na morte de cinco pessoas, sendo uma delas um policial, e mais de 50 detidos. A Guarda Nacional precisou intervir para que a sessão conjunta entre Câmara e Senado, que foi suspensa com a invasão, pudesse ser retomada. Washington declarou toque de recolher.

Donald Trump chegou a afirmar por meio das redes sociais que a transição desta quarta-feira será pacífica, apesar de novamente falar em fraude no processo eleitoral. No dia 13, Trump foi acusado formalmente de incitar uma insurreição contra o governo dos Estados Unidos e a Câmara dos Representantes (equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil) abriu um processo de impeachment contra presidente sete dias antes dele deixar o cargo.

As eleições americanas ocorreram no dia 24 de outubro, mas, este ano, a disputa foi acirrada e o resultado oficial ocorreu praticamente com a confirmação do resultado pelo Congresso. Nos Estados Unidos, cada estado tem autonomia e o anúncio oficial de cada uma das unidades federativas deve ser feito até dia 14 de dezembro, quando o Colégio Eleitoral confirma um vencedor a partir da somatória do número de delegados de cada estado – que varia de 3 a 55 – são esses delegados que escolhem o vencedor do pleito. Os votos de delegados vão para o partido que receber 50% dos votos mais um.

Tradicionalmente, os principais veículos de mídia dos Estados Unidos antecipam o vencedor e, normalmente, os próprios candidatos “confiam” nesta apuração informal e “aceitam” a derrota ou “comemoram” a vitória.

Donald Trump sustentou desde a divulgação desse resultado preliminar que houve fraude nas eleições e apresentou diversos recursos e ações judiciais para recontagem em vários estados alegando, por exemplo, que os votos enviados pelo correio estariam sujeitos a adulterações. No entanto, Trump não conseguiu nem uma vitória nos tribunais.

 

Apioadores do presidente Donald Trump fizeram protesto em frente ao Congresso norte-americano.

Os protestos e a invasão ao Capitólio marcaram as eleições de 2020 e a história dos Estados Unidos - Reuters/Direitos Reservados©

 

Internacionalmente alguns chefes de estado preferiram esperar uma definição mais clara da situação eleitoral para cumprimentar Biden, como foi o caso da China, da Rússia e do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro.

O comunicado de Bolsonaro ocorreu um dia depois da votação do Colégio Eleitoral que confirmou a eleição do democrata como próximo presidente norte-americano.

“Estarei pronto a trabalhar com vossa excelência e dar continuidade à construção de uma aliança Brasil-EUA, na defesa da soberania, da democracia e da liberdade em todo o mundo, assim como na integração econômico-comercial em benefício dos nossos povos", disse Bolsonaro.

 

Relação Brasil-EUA

Para o professor Relações Internacionais da UnB, Juliano Cortinhas, a vitória de Biden nos Estados Unidos representará mais pragmatismo na relação entre os dois países e mais cobrança em relação a temas como o meio ambiente e direitos humanos.

"O pragmatismo me parece, do lado dos Estados Unidos, que será a palavra chave para a gente entender como eles vão olhar o Brasil. O Brasil está longe de ser prioridade para os Estados Unidos e vai continuar longe de ser. E certamente haverá muito mais cobranças em relação ao meio ambiente e em relação a direitos humanos."

Para Cortinhas, o Brasil precisa fazer a "lição de casa" para mostrar ao governo Biden que é um país importante com o qual os EUA tem interesse e legitimidade para negociar. "Hoje o que eu vejo nessa relação bilateral será muito mais cobranças vindas de lá. O foco [tende a ser] nos grandes parceiros dos Estados Unidos, [como] China, União Europeia principalmente, e outros países com os quais eles têm parcerias mais estratégicas."

Para o professor o Brasil terá um cenário diferente e bastante difícil pela frente.

 

 

 

* Com informações de agências internacionais

Por Agência Brasil*

 

MUNDO - O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, assinará ordens executivas no dia de sua posse, na próxima semana, para lidar com a pandemia, a debilitada economia americana, as mudanças climáticas e a injustiça racial, disse um assessor sênior neste sábado (16).

"Todas essas crises exigem ação urgente", afirmou seu novo chefe de gabinete, Ron Klain, em um comunicado, acrescentando que Biden assinará "cerca de uma dúzia" de decretos depois de assumir o cargo na quarta-feira.

"Em seus primeiros dez dias de mandato, o presidente eleito Biden tomará medidas decisivas para enfrentar essas quatro crises, prevenir outros danos urgentes e irreversíveis e restaurar o lugar da América no mundo", acrescentou Klain.

Ao ocupar a Casa Branca deixada por Donald Trump, Biden também herdará uma série de desafios.

Os Estados Unidos estão se aproximando rapidamente de 400.000 mortes pela covid-19, registrando mais de um milhão de novos casos por semana à medida em que o coronavírus se espalha de maneira incontrolável.

A economia também está fraca, com 10 milhões de empregos a menos disponíveis em comparação com o início da pandemia. E os consumidores e empresas americanas estão lutando para se manter à tona.

Biden revelou esta semana planos para arrecadar 1,9 trilhão de dólares para impulsionar a economia por meio de novos pagamentos de estímulo e outras ajudas, e disse que planeja acelerar os esforços para distribuir a vacina contra a covid-19 em todo o país.

Conforme prometido anteriormente, entre os decretos que serão assinados em seu primeiro dia estão um plano para os EUA retornarem ao acordo climático de Paris e outro para reverter a proibição, estabelecida por Trump, da entrada de pessoas de certos países de maioria muçulmana no país, de acordo com a nota de Klain.

"O presidente eleito Biden tomará medidas, não apenas para reverter os danos mais graves da administração Trump, mas também para começar a fazer nosso país avançar", declarou Klain.

MUNDO - As estrelas do pop Lady Gaga e Jennifer Lopez cantarão na cerimônia de posse de Joe Biden em 20 de janeiro em Washington, anunciou na quinta-feira (14) a equipe democrata, evento que será marcado pela covid-19 e pelo ataque ao Capitólio promovido por uma multidão incentivada pelo presidente Donald Trump.

Lady Gaga cantará o hino nacional dos EUA nas escadas do Capitólio, depois Jennifer López realizará uma "performance musical", anunciou o comitê organizador do evento.

Ambas as artistas apoiaram Biden durante sua campanha.

Lady Gaga, a quem o presidente eleito chama de "grande amiga", já performou em seu último grande comício, e quando era vice-presidente de Barack Obama trabalharam juntos em uma campanha contra o assédio sexual.

A cerimônia de posse do democrata será diferente de qualquer outra. Tanto os organizadores como a prefeita da capital pediram aos americanos que não saiam nas ruas e que acompanhem o evento virtualmente em casa, já que o país sofre o maior pico da pandemia.

Haverá um "campo de bandeiras" em partes do "Mall", a imensa explanada situada frente ao Congresso onde se levantam museus e monumentos oficiais de Washington.

Essas bandeiras representarão "os cidadãos americanos" que não podem presenciar o ato ao vivo, especificou a equipe de Biden.

A cerimônia de inauguração será realizada em um clima de extrema tensão, provocado pelo ataque ao Capitólio protagonizado por partidários de Trump em 6 de janeiro para protestar contra a certificação da vitória do democrata.

A segurança foi significativamente reforçada na cidade e o Pentágono autorizou o envio de até 20.000 efetivos da Guarda Nacional.

Após a cerimônia, Biden irá imediatamente para o Cemitério Nacional de Arlington com três de seus antecessores: Barack Obama, Bill Clinton e George W. Bush, para depositar uma oferenda floral no túmulo do soldado desconhecido e fazer um apelo pela unidade.

À noite, o ator Tom Hanks apresentará um programa especial que será transmitido pelos principais canais americanos e que contará com a presença de vários artistas, como Justin Timberlake.

Aretha Franklin cantou na primeira cerimônia de inauguração de Obama, assim como Bruce Springsteen, U2, Shakira e Stevie Wonder.

Quatro anos depois, em sua reeleição, Beyoncé cantou o hino nacional.

Em 2017, Trump teve que se contentar com artistas menos renomados, já que o republicano não desperta muitas simpatias no mundo do entretenimento.

O atual presidente afirmou que não comparecerá à cerimônia em 20 de janeiro.

 

 

*Por: AFP

MUNDO - A proposta do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, de despejar US $ 1,9 trilhão em uma economia conturbada pode lançar as bases para um aumento nos empregos e gastos que muitos economistas dizem ser necessários para evitar danos de longo prazo de uma recessão pandêmica recorde.

Os analistas já começaram a marcar suas previsões para o crescimento econômico este ano, depois que as eleições da semana passada na Geórgia entregaram o controle de ambas as casas do Congresso aos democratas.

Muitos, porém, haviam feito um lápis em pacotes menores, mais na linha do estímulo de US $ 892 bilhões aprovado em dezembro.

Gastar muito com a implantação de vacinas, testes e para fortalecer os governos estaduais e locais na linha de frente desses esforços poderia ajudar a acabar com a crise de saúde do país, que continua na raiz da crise econômica.

O pacote proposto pelo próximo governo democrata fornece ajuda direcionada que, segundo os economistas, proporciona o impulso econômico mais eficaz, incluindo um aumento do atual benefício semanal extra para os desempregados, de US $ 300 para US $ 400.

Também direcionaria US $ 170 bilhões para a reabertura de escolas, cujo fechamento em muitas partes do país obrigou milhões de trabalhadores, principalmente mulheres, a deixar seus empregos.

E colocaria US $ 1.400 extras nas mãos da maioria dos americanos - dinheiro que pode ser gasto com aluguel ou comida para quem precisa, ou economizado para gastar em viagens ou jantar fora no final do ano, quando a distribuição mais ampla da vacina permitir a vida cotidiana para voltar mais perto do normal.

Os novos gastos chegam em um momento crítico para a maior economia do mundo. O ressurgimento do COVID-19 no inverno reverteu um mercado de trabalho parcialmente recuperado no mês passado, com os empregadores eliminando 140.000 empregos, especialmente cargos de baixa renda em restaurantes, bares e outras indústrias de serviços de alto contato.

Ao todo, o novo pacote, que ainda deve ser votado pelo Congresso, elevaria para US $ 5,2 trilhões o estímulo fiscal total entregue à economia dos EUA desde o início da crise, equivalente a cerca de um quarto da produção econômica anual dos EUA.

Isso é um estímulo suficiente para a economia recuperar todo o declínio da recessão COVID-19 até o terceiro trimestre deste ano, estima o economista da Moody's Ryan Sweet. Mas, acrescenta, “a recuperação do mercado de trabalho vai demorar mais tempo”.

RESPOSTA ALIMENTADA?

O plano de Biden será bem-vindo no Federal Reserve, onde alguns funcionários estavam preocupados no final do ano passado com uma resposta fiscal cada vez menor à crise. Em seus últimos dias como presidente, o republicano Donald Trump dedicou a maior parte de sua energia a um esforço fracassado para contestar os resultados da eleição de novembro e não se engajou amplamente no pacote de ajuda menor que foi aprovado pouco antes do final do ano.

No início da quinta-feira, o presidente do Fed, Jerome Powell, observou que os gastos iniciais e vigorosos do governo ajudaram a salvar a economia de um destino muito mais terrível.

E estava claro que o Fed não responderia aos gastos adicionais do governo como fez aos cortes de impostos sob Trump, apertando lentamente a política monetária.

“Agora não é hora de falar sobre saída”, disse Powell, referindo-se à política monetária super fácil do Fed, que inclui um programa maciço de compra de títulos e taxas de juros que devem permanecer próximas de zero por anos.

Naquela época, a economia estava há anos no que se revelaria uma expansão recorde e, com o mercado de trabalho em alta, o estímulo extra foi visto como um superaquecimento potencial da economia.

Não agora, com 10,7 milhões e crescendo sem trabalho e uma taxa de desemprego de 6,7%, quase o dobro do nível pré-pandemia.

O Fed se comprometeu a manter as taxas de juros em seu nível atual próximo a zero até que a inflação alcance e esteja a caminho de ultrapassar 2%, e a economia alcance o pleno emprego.

O enorme estímulo adicional em face de um Fed quiescente levanta o fantasma para alguns de que um boom econômico no final deste ano poderia elevar os preços de forma desconfortável ou sobrecarregar os preços dos ativos.

“Não sei se entendemos completamente todos os impactos de injetar tanto dinheiro na economia quando uma parte significativa da economia ainda está reprimida pela pandemia”, disse o professor de economia da Universidade de Oregon, Tim Duy.

 

 

 

*Reportagem de Howard Schneider e Ann Saphir; Edição de Daniel Wallis / REUTERS

MUNDO - Depois de quatro anos lidando com o presidente dos EUA Donald Trump, a Ásia pode esperar que o presidente eleito Joe Biden melhore os laços com as nações que tradicionalmente apóiam e ponha fim a uma “guerra comercial boba” com a China, disse o ex-premiê da Malásia, Mahathir Mohamad.

“Espero que seja diferente de Trump, porque Trump não sabia praticamente nada sobre o Sudeste Asiático”, disse Mahathir em uma entrevista gravada em 7 de janeiro e transmitida na conferência Reuters Next na quinta-feira.

“Trump costumava ser contra quase todos os países, mas agora acho que Biden gostaria de reverter essa política e ter algum entendimento ou relações amigáveis ​​com muitos dos países, que no passado apoiaram bastante a América”.

Biden disse em novembro que os Estados Unidos estarão "prontos para liderar" novamente no cenário global quando ele formalmente assumir o controle em 20 de janeiro, depois que o mundo se debateu com a política "América em Primeiro Lugar" de Trump, que antagonizou aliados e desencadeou uma guerra comercial com a China.

“Não acredito que ele vá continuar com essa guerra comercial boba com a China. Deve haver alguma tentativa de talvez resolver alguns dos problemas de desequilíbrio no comércio, mas ter a guerra comercial não é algo que eu acho que Biden continuará ”, disse Mahathir, que em 2018 se tornou o primeiro-ministro mais antigo do mundo a tomar escritório aos 93 anos de idade.

As duas maiores economias do mundo estão em desacordo desde julho de 2018 sobre as demandas dos EUA para que a China adote mudanças nas políticas que protejam melhor a propriedade intelectual americana e tornem o mercado chinês mais acessível às empresas americanas.

Sua guerra comercial prejudicou o crescimento global e derrubou as cadeias de suprimentos nos últimos dois anos.

Mahathir disse que a Malásia, como a maioria dos países, precisa ser mais sensível ao que a China deseja, já que a potência asiática é grande demais para ser confrontada em questões como desequilíbrios comerciais ou violações dos direitos humanos.

“A China não tratou bem os muçulmanos, mas não podemos enfrentá-los ... temos que ter muito cuidado com a forma como lidamos com a China”, disse ele.

 

Para obter mais informações sobre a conferência Reuters Next, clique www.reuters.com/business/reuters-next

 

 

*Por: REUTERS

MUNDO - Os eleitores se reunirão nas capitais estaduais de todo o país na segunda-feira para votar formalmente em Joe Biden como o próximo presidente dos Estados Unidos, encerrando efetivamente a tentativa frenética do presidente Donald Trump, mas fracassada de reverter sua derrota na eleição de 3 de novembro.

Os votos em cada estado, tradicionalmente uma reflexão tardia, assumiram uma importância descomunal neste ano à luz do ataque sem precedentes de Trump ao processo democrático da nação. Empurrando falsas alegações de fraude generalizada, Trump pressionou os funcionários do estado a rejeitar os resultados das eleições e declará-lo o vencedor.

Nos Estados Unidos, um candidato torna-se presidente não por ganhar a maioria do voto popular nacional, mas por meio de um sistema de Colégio Eleitoral, que distribui votos eleitorais aos 50 estados e ao Distrito de Columbia, em grande parte com base em sua população. (Aqui está um gráfico de como funciona o Colégio Eleitoral: tmsnrt.rs/3lUKcgv )

Os resultados das eleições mostram que Biden, o ex-vice-presidente democrata, ganhou 306 dos 538 votos eleitorais disponíveis - excedendo os 270 necessários. Trump, um republicano, ganhou 232.

Em capitais como Lansing, Michigan; Harrisburg, Pensilvânia; e Atlanta, Geórgia, os eleitores - geralmente partidários leais - se reunirão para depositar formalmente esses votos.

Embora às vezes haja um punhado de eleitores "desonestos" que votam em alguém que não seja o vencedor do voto popular de seu estado, a grande maioria aprova os resultados de seu estado e as autoridades não esperam nada diferente na segunda-feira.

Trump pediu aos legisladores estaduais republicanos que apontassem seus próprios eleitores, essencialmente ignorando a vontade dos eleitores. Os legisladores estaduais rejeitaram amplamente a ideia.

Os votos expressos na segunda-feira serão enviados ao Congresso para serem contados oficialmente em 6 de janeiro, a etapa final do complexo processo eleitoral dos Estados Unidos.

Trump disse no final do mês passado que deixará a Casa Branca se o Colégio Eleitoral votar em Biden, mas desde então tem pressionado sua campanha sem precedentes para reverter sua derrota, entrando sem sucesso em vários processos questionando a contagem de votos dos estados. Na sexta-feira, a Suprema Corte dos EUA rejeitou uma ação movida pelo Texas que buscava invalidar os resultados em quatro estados vencidos por Biden.

Assim que a votação do Colégio Eleitoral estiver concluída, a única jogada remanescente de Trump seria convencer o Congresso a não certificar a contagem em 6 de janeiro. A lei federal permite que legisladores individuais desafiem os votos eleitorais dos estados, o que leva a Câmara dos Representantes e o Senado a debater as objeções antes de votar se deve mantê-las.

Mo Brooks, um congressista republicano conservador, prometeu apresentar contestações quando o Congresso rever a votação no mês que vem, embora seja quase certo que ambas as câmaras rejeitariam seu esforço. Os democratas controlam a Câmara, enquanto vários republicanos moderados no Senado já aceitaram publicamente a vitória de Biden.

Em 2016, Trump ganhou o Colégio Eleitoral apesar de perder o voto popular para a democrata Hillary Clinton por quase 3 milhões de votos. A votação formal atraiu atenção extra quando alguns ativistas democratas pediram aos eleitores que “se rebelassem” contra Trump. No final, sete eleitores romperam as fileiras, um número incomumente alto, mas ainda muito pequeno para influenciar o resultado.

Mesmo que a votação de segunda-feira ocorra sem problemas, os esforços de Trump - como encorajar as legislaturas estaduais a nomearem seus próprios conjuntos de eleitores "em duelo" - expuseram as possíveis falhas no sistema, disse Robert Alexander, professor da Ohio Northern University que escreveu um livro sobre o Colégio Eleitoral.

“Há muitas minas terrestres no Colégio Eleitoral e esta eleição realmente revelou muitas delas”, disse ele.

Embora os votos eleitorais normalmente envolvam alguma pompa e circunstância, a maioria dos eventos neste ano será significativamente reduzida devido à pandemia do coronavírus.

Em Michigan, por exemplo, os 16 eleitores podem trazer apenas um único convidado; O Arizona mudou sua cerimônia do edifício do capitólio para uma instalação governamental despretensiosa e reduziu a lista de convidados. Pelo menos um estado, Nevada, pretende realizar seu voto eleitoral inteiramente virtualmente.

O processo de escolha dos eleitores varia em cada estado. Em alguns, os partidos estaduais escolhem eleitores em convenções locais ou estaduais, enquanto em outros, a liderança do partido escolhe a chapa. Na Pensilvânia, os próprios candidatos presidenciais escolhem seus eleitores, enquanto na Califórnia, os indicados democratas ao congresso os selecionam.

Alguns eleitores, como Stacey Abrams, a ex-candidata a governador da Geórgia, são figuras políticas bem conhecidas. Mas a maioria são devotos de longa data do partido estadual, como Bonnie Lauria, uma operária aposentada da General Motors em West Branch, Michigan.

“Já ocupei a maioria dos cargos, desde o nível local até a central estadual”, disse o homem de 79 anos. “Este é um do qual não tive o privilégio de fazer parte. Estou feliz que seja minha vez”.

Outro eleitor democrata de Michigan, Blake Mazurek, um professor de história de 52 anos, disse esperar que a votação envie uma mensagem de que o sistema democrático ainda está funcionando, apesar da retórica de Trump.

“Espero que haja um sentimento de segurança para muitos na América de que nosso país não está totalmente quebrado”, disse ele.

 

 

 

*Por: Joseph Axe / REUTERS

MUNDO - Sob o governo do presidente Donald Trump, os Estados Unidos aumentaram significativamente a ajuda militar a Taiwan e aumentaram o envolvimento com a ilha. Com Joe Biden tendo derrotado Trump na eleição presidencial do mês passado, os taiwaneses estão esperando ansiosamente para ver se o novo governo seguirá o exemplo de Trump.

Um alto funcionário do Pentágono, David Helvey, disse em um discurso de outubro que os Estados Unidos estão encorajando Taipei a comprar o maior número possível de mísseis de cruzeiro de defesa costeira, junto com minas, artilharia móvel e equipamento avançado de vigilância. Ele disse que isso daria a Taiwan a melhor chance de vencer "na luta que eles não podem perder".

Mais dessas armas estão a caminho. Em outubro, a administração Trump aprovou o pedido de Taipei para comprar 400 mísseis antinavio Harpoon e lançadores, transportadores e sistemas de radar associados que irão aumentar as defesas da ilha contra ataques navais e anfíbios. No mesmo mês, aprovou a venda de 135 mísseis de cruzeiro avançados lançados do ar para a força aérea de Taiwan.

Os mísseis aumentariam a capacidade de Taipé de atacar navios de guerra do Exército de Libertação do Povo ou alvos terrestres na costa chinesa em um conflito. Taiwan também está acelerando o desenvolvimento de seus capazes mísseis anti-navio, de defesa aérea e de ataque terrestre de fabricação nacional.

Pequim está profundamente infeliz com a tendência de Trump. Quer que os Estados Unidos cessem imediatamente as vendas de armas e o contato militar com a ilha. Taiwan é um “assunto interno da China” e as vendas de armas “são uma provocação política contra a China, encorajam a arrogância das forças separatistas da 'independência de Taiwan' e minam a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan”, disse o Escritório de Assuntos de Taiwan em Pequim em uma afirmação.

O reforço da capacidade de defesa de Taiwan há muito tem apoio bipartidário nos Estados Unidos, disse o ministério da defesa de Taiwan à Reuters. “O próximo governo dos EUA continuará a cumprir as promessas relacionadas”, acrescentou, referindo-se às recentes vendas de armas.

A equipe de transição Biden se recusou a comentar sobre esta história. Alguns dos comentários anteriores de Biden, no entanto, causaram preocupação em Taiwan.

Em 2001, por exemplo, o então senador Biden criticou o presidente republicano George W. Bush por dizer que os Estados Unidos tinham a “obrigação” de defender Taiwan, uma exigência não explicitada na Lei de Relações com Taiwan. A lei, que rege as relações dos Estados Unidos com Taipei, foi aprovada depois que os Estados Unidos estabeleceram laços com Pequim, há quatro décadas.

 

 

*Por David Lague , Michael Martina / REUTERS

MUNDO - A Califórnia certificou nessa 6ª feira (4) a vitória de Joe Biden no Estado. Com isso, o democrata soma mais 55 delegados e tem, oficialmente, 279 –9 a mais do que os 270 necessários para comandar o país pelos próximos 4 anos.

Projeções dos principais veículos de mídia já apontavam Biden como vencedor. O resultado, no entanto, precisa ser certificado por cada um dos Colégios Eleitorais estaduais dos EUA para ser válido.

Os Colégios Eleitorais se reunião em 14 de dezembro para formalmente votar em seus candidatos. Depois, os votos serão recebidos em 6 de janeiro no Senado norte-americano. A posse está marcada para 20 de janeiro.

O atual presidente dos EUA, Donald Trump, ainda não admitiu a derrota. Diz, sem apresentar provas, que as eleições foram fraudadas. O republicano entrou com ações judiciais e pedidos de recontagem de votos em diversos Estados. Na maioria, os processos foram indeferidos ou abandonados.

O secretário de Justiça dos Estados Unidos, William Barr, disse na 3ª feira (1º.dez) que não há evidência de fraude nas eleições norte-americanas. “Até agora, não enxergamos fraude em uma escala que pudesse ter alterado o resultado das eleições”, declarou.

A declaração do secretário de Justiça praticamente encerra os esforços republicanos para contestar o pleito. William Barr, indicado por Donald Trump, foi alvo de críticas depois de autorizar procuradores federais a investigar alegações de irregularidades eleitorais antes mesmo de os resultados terem sido certificados.

Durante uma festa de Natal na Casa Branca na 3ª (2.dez), Trump, verbalizou sua intenção de concorrer à Presidência em 2024. “Foram 4 anos estupendos. Estamos tentando fazer outros 4. Se não, ver-nos-emos em 4 anos”, disse o republicano.

A GSA, agência que cuida do processo de transição de governos, demorou para reconhecer a vitória de Joe Biden, e estava travando a passagem de bastão no executivo. Na última semana, no entanto, a administração Trump deu sinal verde para que a transição começasse.

 

 

*Por: PODER360

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