EUA - Pela primeira vez desde o anúncio de que tentará a reeleição em 2024, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, iniciou uma viagem na última quarta-feira (10) para arrecadar fundos em uma corrida que pode superar todos os recordes de gastos de campanha.
Após criticar os republicanos pela estagnação nas discussões sobre a elevação do teto da dívida do país durante discurso em um subúrbio ao norte da cidade de Nova York, Biden tinha marcados na agenda dois eventos potencialmente lucrativos com doadores poderosos.
Em um deles, organizado por um poderoso financista, o valor do ingresso era de 25.000 dólares (cerca de R$ 125.000) por pessoa, segundo a emissora CNBC.
Nos Estados Unidos, o dinheiro move as campanhas eleitorais e um candidato pode até mesmo ser medido por sua habilidade para atrair doações. A teoria diz que, se há pessoas influentes suficientes dispostas a doar, então este candidato é um vencedor.
- Mais de 2 bilhões -
Os conselheiros de campanha de Biden disseram ao jornal The Washington Post que esperam arrecadar mais de 2 bilhões de dólares (cerca de R$ 10 bilhões) para ajudar o candidato octogenário a conseguir um segundo mandato na Casa Branca.
Pelo lado do ex-presidente Donald Trump, visto como o mais provável adversário republicano, seus colaboradores insistem em que, mesmo com as 34 acusações criminais que envolvem o pagamento de suborno à atriz pornô Stormy Daniels, as doações de para campanha do magnata só aumentaram.
A organização sem fins lucrativos Open Secrets, que faz o acompanhamento dos dados de financiamento de campanhas, estima que o ciclo de 2024 das eleições presidenciais pode ser o mais caro da história.
Em 2020, quando Biden finalmente derrotou Trump, a eleição presidencial custou a soma de 5,7 bilhões de dólares (quase 30 bilhões de reais), mais que o dobro do montante gasto em 2016, segundo a Open Secrets.
Além disso, as contribuições de campanha não vêm apenas de bilionários e grandes empresas. Em 2020, de acordo com a Open Secrets, Biden recebeu mais de 400 milhões de dólares (mais de R$ 2 bilhões) de pequenos doadores, com aportes individuais de até 200 dólares (cerca de R$ 1.000).
Os veículos de comunicação americanos insistem amplamente que Biden vai contar novamente com os recursos dos executivos do setor de tecnologia e de outros pesos pesados dos negócios, mas será que as doações serão mais modestas desta vez?
As últimas pesquisas de opinião não trazem boas notícias para Biden, que deverá superar as preocupações que giram em torno de sua idade e com o alto custo de vida nos Estados Unidos.
- Velho demais? -
Uma pesquisa recente feita em conjunto pela emissora ABC News e o jornal Washington Post revela que 68% dos americanos entrevistados acreditam que o democrata é muito velho para um segundo mandato. Já em relação a Trump, que tem 76 anos, apenas 44% pensam o mesmo.
Ademais, o índice de aprovação de Biden caiu para 36%, segundo o levantamento, um número inferior aos de Gerald Ford, Jimmy Carter e Trump no mesmo período de suas respectivas eleições presidenciais. Todos eles fracassaram em sua tentativa de conseguir a reeleição.
Nesse sentido, Biden precisa garantir que não será derrotado na batalha de arrecadação de fundos com Trump, que lançou formalmente sua candidatura presidencial no fim do ano passado.
As leis eleitorais dos EUA tornam difícil saber exatamente com quanto dinheiro conta cada candidato, com limites de doações estabelecidos pelo Comitê Eleitoral Federal, mas também com várias formas de contribuição individual.
A maior parte do fluxo de dinheiro chega através dos comitês de ação política (PAC) e dos também conhecidos como Super-PAC, que desempenham um papel fundamental, embora muitas vezes obscuro.
Os Super-PAC estão isentos de algumas restrições sempre que não entreguem o dinheiro diretamente a um candidato ou coordenem a maneira na qual os recursos vão ser investidos, o que permite a entrada do dinheiro corporativo.
Trump afirma que arrecadou cerca de 18 milhões de dólares (por volta de R$ 90 milhões) entre 15 de novembro de 2022 e 31 de março deste ano, de acordo com informações que vieram a público.
No entanto, sua campanha afirma que conseguiu quase esse mesmo valor - mais de US$ 15 milhões (R$ 75 milhões), segundo o site Politico - nas duas semanas posteriores à sua acusação formal em Nova York, em 31 de março, pela suspeita de falsificação de registros empresariais.
Na terça, Trump foi considerado responsável de agressão sexual e difamação contra uma ex-jornalista americana e deverá pagar 5 milhões de dólares (cerca de R$25 milhões) por danos e prejuízos. Resta saber quais serão os impactos disso em sua campanha e arrecadação.
Por sua vez, o governador republicano da Florida, Ron DeSantis - que é cotado como um dos aspirantes à candidatura presidencial de seu partido em 2024 - pode estar sentado sobre um cofre de campanha de mais de 100 milhões de dólares (R$ 500 milhões).
VENEZUELA - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou na quinta-feira (4) o governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de comandar o "saque" da refinaria Citgo, após uma decisão judicial que permite a venda de ações para pagar os credores.
"O que o governo de Joe Biden está fazendo é um dos roubos, um dos maiores saques já ocorridos contra qualquer nação do mundo e nós o rejeitamos, repudiamos", disse Maduro durante um evento em Caracas.
Maduro, cuja reeleição em 2018 não é reconhecida por Washington, que a considera fraudulenta, reagiu à decisão de um tribunal do estado de Delaware que autorizou o início do processo de venda de ações da empresa como compensação aos credores.
A decisão tem o aval, anunciado em 1º de maio, da Agência de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Departamento de Estado.
Na quarta-feira, a vice-presidente venezuelana Delcy Rodríguez afirmou que os atos "são absolutamente nulos", ao mesmo tempo que acusou Washington de "autorizar o leilão judicial da Citgo".
Maduro também acusou o opositor Juan Guaidó de apoiar o "roubo" da Citgo.
"É por isso que o rato Juan Guaidó fugiu, para coordenar no exterior o roubo da empresa Citgo", disse Maduro, em referência à viagem do líder opositor da Venezuela para os Estados Unidos.
Após uma reunião na Colômbia, delegações de 20 países - incluindo Estados Unidos - se expressaram a favor da flexibilização das sanções contra a Venezuela caso o governo de Caracas se comprometa a organizar eleições com garantias para a oposição em 2024.
Mas a decisão sobre o grupo Citgo foi uma "facada" nas gestões do presidente colombiano Gustavo Petro, segundo Maduro.
Os Estados Unidos já haviam autorizado o Parlamento venezuelano eleito em 2015, com maioria opositora e reconhecido como a última autoridade eleita democraticamente, a negociar "qualquer dívida" do governo ou da PDVSA.
O caso Citgo está relacionado com a indenização ao grupo canadense Crystallex pela expropriação em 2011 de uma mina no território da Venezuela, sem o pagamento de 1,2 bilhão de dólares determinados em uma arbitragem internacional.
Outros credores tentaram obter a liquidação de suas dívidas processando a Citgo, que tem sede em Houston - no estado americano do Texas - e que possui três refinarias e uma rede de postos de gasolina nos Estados Unidos.
EUA - O governo do presidente Joe Biden divulgou nesta quinta-feira um resumo de relatórios confidenciais que, no geral, culpam seu antecessor Donald Trump pela caótica retirada das tropas dos Estados Unidos do Afeganistão em agosto de 2021, dizendo que ele não conseguiu planejar a saída acordada com o Talibã.
O resumo do governo democrata, escrito a partir de documentos secretos do Departamento de Estado e do Pentágono enviados ao Congresso, gerou reações raivosas de parlamentares republicanos que têm exigido os documentos para sua própria investigação sobre a retirada.
“As escolhas do presidente Biden sobre como executar uma retirada do Afeganistão foram severamente limitadas por condições criadas pelo seu antecessor”, disse o resumo das revisões.
“O governo que estava de saída não forneceu planos para como conduzir a retirada final ou evacuar aliados norte-americanos ou afegãos”, acrescentou.
Michael McCaul, presidente republicano do Comitê de Relações Estrangeiras da Câmara, criticou veementemente o governo. Biden ordenou a retirada e foi “responsável pelo enorme fracasso de planejamento e execução”, disse McCaul, em um comunicado.
Por Nandita Bose e Jonathan Landay / REUTERS
BRASÍLIA/DF - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarcou ontem (9) para os Estados Unidos onde se encontrará com o presidente norte-americano, Joe Biden, em Washington. A reunião vai ocorrer hoje (10) à tarde, na Casa Branca, e segundo a Presidência, marca a retomada das relações entre os dois países, que em 2024 vão completar 200 anos de diplomacia. Geraldo Alckmin assume a Presidência da República na ausência do titular.
Antes, também estão previstos encontros do presidente brasileiro com o senador Bernie Sanders, com deputados do partido Democrata e com representantes da Federação Americana de Trabalho e Congresso de Organizações Industriais (AFL-CIO).
“Queremos construir relações de parceria e crescimento entre nossos países, pelo desenvolvimento da nossa região, debater ações pela paz no mundo e contra as fake news”, escreveu Lula em publicação nas redes sociais.
Bom dia. Hoje embarco aos EUA, onde me reunirei com o presidente @POTUS na Casa Branca. Queremos construir relações de parceria e crescimento entre nossos países, pelo desenvolvimento da nossa região, debater ações pela paz no mundo e contra as fake news.
— Lula (@LulaOficial) February 9, 2023
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, a pauta do encontro com Biden terá três temas centrais: democracia, direitos humanos e meio ambiente. Os dois presidentes devem discutir como os dois países podem continuar trabalhando juntos para promover a inclusão e os valores democráticos na região e no mundo.
Lula e Biden foram eleitos e assumiram seus mandatos em contextos similares, de denúncias de supostas fraudes eleitorais e em meio a tentativas de golpe. Assim como as invasões e depredações às sedes dos Três Poderes, de 8 de janeiro, o Capitólio, sede do Legislativo dos Estados Unidos, foi atacado em janeiro de 2021 por radicais insatisfeitos com a derrota eleitoral do ex-presidente Donald Trump.
Ao falar, nesta terça-feira (7), sobre os preparativos da viagem do presidente, o secretário das Américas do Itamaraty, embaixador Michel Arslanian Neto, lembrou que Lula conversou recentemente com Biden, por telefone, em duas oportunidades. A primeira, quando foi declarado vencedor das eleições presidenciais em outubro do ano passado, e a segunda, no dia 9 de janeiro, um dia após os atos golpistas em Brasília.
“Os dois países estão experimentando desafios semelhantes, uma preocupação comum com o tema da radicalização, violência política, com o tema do uso das redes [sociais] para a difusão de desinformação e discurso de ódio. Então, com as duas principais democracias do mundo se reunindo em seu mais alto nível, será uma oportunidade ímpar para que enviem uma mensagem de forte apoio a processos políticos, sem recursos a extremismos, à violência e com o uso adequado das redes sociais”, destacou o embaixador.
Já na área ambiental e de mudanças do clima, o Brasil pretende se apresentar como ator ativo e comprometido com suas obrigações de reativar os instrumentos de proteção ambiental, mas também pretende buscar engajamento dos países envolvidos, para cumprimento de suas obrigações em termos de financiamento na área climática.
Sobre a pauta relacionada a direitos humanos, devem ser debatidos temas como o combate à fome e à pobreza em âmbito global, os direitos dos povos indígenas e o combate ao racismo, além da integração dos dois milhões de brasileiros que vivem nos Estados Unidos – maior comunidade do Brasil no exterior.
A secretária do Departamento do Interior dos Estados Unidos, Deb Haaland, foi líder da delegação norte-americana na posse de Lula, em nome do presidente Joe Biden. Haaland é responsável pelas políticas dos povos indígenas em seu país, e quando esteve em Brasília, encontrou a presidente da Funai, Joenia Wapichana.
Na esfera econômica, o governo brasileiro busca a dinamização de investimentos, em particular na transição energética e geração de energia limpa, e uma maior integração das cadeias produtivas. Ambos os líderes conversarão, igualmente, sobre as principais questões da agenda internacional, como paz e segurança e governança no G-20.
Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil e principal destino das exportações de produtos industrializados. No ano passado, o intercâmbio total entre os dois países foi de cerca de US$ 88,7 bilhões, valor inédito na série histórica. Além disso, é o país com o maior estoque de investimentos no Brasil, estimado em US$ 123 bilhões.
A viagem do presidente Lula atende a convite do presidente Joe Biden. Ele ficará hospedado na Blair House, residência oficial onde o presidente dos Estados Unidos recebe os convidados mais importantes.
Integram a comitiva, a primeira-dama Janja Lula da Silva e os ministros das Relações Exteriores, Mauro Vieira; da Fazenda, Fernando Haddad; do Meio Ambiente, Marina Silva; e da Igualdade Racial, Anielle Franco. Também acompanham o presidente o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Márcio Elias Rosa; o líder do governo no Senado, Jacques Wagner; e o assessor-chefe da Assessoria Especial da Presidência da República, embaixador Celso Amorim.
O retorno ao Brasil está previsto para sábado (11).
Os Estados Unidos são o terceiro país visitado por Lula, desde que assumiu o mandato. Em janeiro, ele esteve na Argentina e no Uruguai, onde tratou das relações bilaterais entre os países, a integração da América Latina e o fortalecimento do Mercosul, o bloco econômico composto por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
Também estão previstas viagens para China e Portugal nos próximos meses. Lula também recebeu convite do presidente da França, Emmanuel Macron, para visitar o país.
Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil
KIEV - Kiev continua a pressionar os seus aliados para obter aviões F-16 e misséis de longo alcance, mas o Presidente norte-americano, Joe Biden, veio dizer não a um possível envio destes aparelhos a Kiev.
"Não", foi a resposta de Joe Biden aos jornalistas norte-americanos que o interrogaram na noite de segunda-feira sobre o possível envio de aviões F-16 para a Ucrânia. O Presidente norte-americano vem assim frustrar as esperanças de Kiev para uma escalada do conflito com Moscovo, possivelmente com incursões no território russo com armamento mais pesado.
Ao lado do Presidente norte-americano está Olaf Scholz, chanceler alemão, que na segunda-feira lembrou que uma escalada do conflito teria consequências graves para o mundo inteiro, e apelou a um "debate sério" sobre a guerra. Estes dois países cederam já a Kiev na semana passada ao concordarem enviar tanques militares para reforçar o exército ucraniano.
Joe Biden não deu sequer certeza sobre a sua presença na Europa para assinalar o primeiro ano da invasão da Ucrânia por parte da Rússia, dizendo apenas que estava previsto vir à Polónia, mas que não há data certa para esta deslocação.
Do seu lado, Kiev insiste que vai conseguir os aviões, como garantiu um dos conselheiros de Volodymyr Zelensky, Yuriy Sak. Para Emmanuel Macron, Presidente francês, que se reúne hoje no Palácio do Eliseu com o ministro da Defesa ucraniano, "nada está fora de questão" no que diz respeito ao armamento a Kiev. No entanto, o chefe de Estado francês disse que a Ucrânia ainda não formulou este pedido a Paris e que os caças não podem servir para atacar solo russo.
Os aviões F-16 são produzidos pela empresa Lockheed Martin, o maior produtor de armamento dos Estados Unidos e cabe ao Governo norte-americano aprovar as vendas e transferências de qualquer caça construído nos Estados Unidos. Mesmo se os Estados Unidos estivessem dispostos a ceder os aviões F-16 ou a deixar um país fornecer a sua frota de F-16 à Ucrânia, o treino de um piloto para este tipo de aviões dura meses ou anos, atrasando a possibilidade deste engenho entrar imediatamente na guerra em solo ucraniano.
por RFI
EUA - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aprovou uma declaração de estado de emergência para a Califórnia depois que uma semana de tempestades matou pelo menos 12 pessoas nos últimos 10 dias e cortou a energia de centenas de milhares de residências e empresas no estado.
A declaração de emergência autoriza a Agência Federal de Gerenciamento de Emergências (FEMA) a coordenar os esforços de socorro e mobilizar recursos emergenciais, disse a Casa Branca em um comunicado.
Na última semana, o clima gerou violentas rajadas de vento que derrubaram caminhões, inundaram as ruas de pequenas cidades ao longo da costa norte da Califórnia e provocaram uma tempestade que destruiu um píer em Santa Cruz.
Reportagem de Jyoti Narayan em Bengaluru / REUTERS
WASHINGTON – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que as novas leis norte-americanas que dão incentivos para a produção doméstica de chips de computador e peças de energia renovável nunca tiveram a intenção de excluir aliados europeus e podem ser ajustadas.
Falando com o presidente francês Emmanuel Macron em uma coletiva de imprensa conjunta na Casa Branca, Biden disse: “Há ajustes que podemos fazer que podem tornar fundamentalmente mais fácil para os países europeus participar e/ou ficar por conta própria.”
Biden não detalhou quais ajustes poderiam ser feitos e as opções legislativas podem ser escassas. Há pouco apetite no Capitólio para reabrir projetos de lei polêmicos e os republicanos, que provavelmente não tomarão medidas para agradar o presidente democrata, ganharam o controle da Câmara.
No entanto, a França está pressionando a Casa Branca a usar poderes executivos para afrouxar alguns dos incentivos da Lei de Redução da Inflação, disse uma fonte do governo francês à Reuters sob condição de anonimato. A lei climática que favorece a produção doméstica dos EUA pode restringir o comércio, dizem países europeus.
Biden disse que não pede desculpas por promover a fabricação norte-americana de bens essenciais, mas disse que uma grande legislação geralmente requer ajustes para lidar com consequências não intencionais.
“Vamos continuar a criar empregos industriais na América, mas não às custas da Europa”, disse Biden.
Por Jeff Mason, Rick Cowan, Patricia Zengerle, Michel Rose e Jarrett Renshaw / REUTERS
EUA - O Presidente francês Emmanuel Macron viajará para Washington esta semana para se encontrar com o Presidente americano Joe Biden na primeira visita de um líder estrangeiro aos Estados Unidos desde a pandemia de SIDA-19.
De acordo com a Casa Branca, Macron e Biden encontrar-se-ão em Washington para um jantar oficial na sexta-feira 1 de Dezembro, no qual os dois líderes discutirão "uma cooperação estreita e contínua" sobre desafios globais comuns, bem como áreas de interesse bilateral.
Esta será a primeira visita de estado da Administração Biden, uma vez que tais visitas tinham sido interrompidas devido ao coronavírus. Os EUA acolherão agora o presidente do seu "aliado mais antigo", de acordo com a carta do governo dos EUA.
por Pedro Santos / NEWS 360
EUA - O Presidente dos EUA Joe Biden reagiu cedo na quarta-feira ao anúncio do ex-Presidente dos EUA Donald Trump de que lançou oficialmente a sua candidatura para as eleições presidenciais de 2024, acusando o ex-presidente de falhar o país.
"Donald Trump falhou os Estados Unidos", escreveu Biden numa mensagem publicada no seu perfil no Twitter, acompanhada por um vídeo em que criticou Trump principalmente por "atacar o sistema de saúde" e "codificar os extremistas".
No documento audiovisual, Biden enumerou uma série de características do mandato de Trump: "manipular" a economia em benefício dos ricos, através de impostos mais baixos; atacar os direitos das mulheres, apelando a sanções para aqueles que abortam; incitar multidões violentas, propondo o levantamento das penas dos participantes do assalto ao Capitólio; ou apresentar os piores dados de emprego do país.
"Trump é o único presidente moderno que deixa o cargo presidencial com menos empregos do que quando chegou", critica uma 'locução' no vídeo partilhado pelo líder do Partido Democrata.
Pela sua parte, a Casa Branca publicou uma compilação dos sucessos da Administração Biden, destacando a criação de empregos, as medidas climáticas e o plano de salvamento pós-pandémico.
Trump apresentou oficialmente a sua candidatura às eleições presidenciais de 2024 esta terça-feira, afirmando a sua intenção de "tornar a América grande e gloriosa novamente".
"A fim de tornar a América grande e gloriosa novamente, esta noite anuncio a minha candidatura à presidência dos Estados Unidos", disse Trump aos aplausos da sua residência na Florida, em Mar-a-Lago, de acordo com declarações relatadas pelos meios de comunicação social.
Aludindo à sua derrota - que ainda não reconheceu - nas últimas eleições presidenciais de 2020, o ex-presidente dos EUA detalhou que este marco "não era o fim", mas "apenas o início" da sua luta para "salvar o sonho americano".
Trump vinha sugerindo há semanas os seus planos de concorrer às primárias republicanas e tinha confirmado os seus planos de fazer "um grande anúncio" na terça-feira.
O magnata enfrentará quase certamente o actual governador da Florida, Ron DeSantis, que ganhou o apoio de parte do Partido Republicano após a sua forte exibição nas eleições intercalares da semana passada.
Pedro Santos / NEWS 360
EUA - A agenda de Joe Biden está em jogo nesta quarta-feira (9) em uma madrugada eleitoral tensa, na qual a esperança de onda vermelha sonhada pelos republicanos não se concretizou, embora Ron DeSantis, possível rival de Donald Trump como pré-candidato nas eleições presidenciais de 2024, tenha conquistado uma grande vitória na Flórida.
Os republicanos conquistaram vitórias na votação de terça-feira, mas não parecem ter alcançado a rejeição generalizada ao governo do presidente Joe Biden nas eleições de meio de mandato que podem definir o futuro político do chefe de Estado democrata e de seu antecessor Donald Trump.
O veredicto das urnas foi mais claro nas disputas para governadores dos estados comandados por republicanos, como Greg Abbott, promotor de políticas migratórias rígidas no Texas, ou a vitória esmagadora da estrela emergente Ron DeSantis na Flórida, consolidando sua posição como um dos principais pré-candidatos à Casa Branca em 2024.
DeSantis, de 44 anos, afirmou que a luta está apenas começando, o que possivelmente vai contrariar Trump, que pretendia usar os resultados das 'midterms' como trampolim para as próximas eleições presidenciais. Ele inclusive prometeu fazer um "grande anúncio" em 15 de novembro.
Trump pode celebrar o triunfo de alguns candidatos comprometidos com sua causa, como a cadeira no Congresso obtida pela latina Mónica De La Cruz, defensora de sua política migratória, no Texas, e em particular a vitória de J.D. Vance como senador por Ohio, um dos redutos industriais e agrícolas dos Estados Unidos.
A derrota na disputa pelo Senado em Ohio é uma grande decepção para Biden, mas os democratas também conseguiram vitórias importantes. O partido retomou dos republicanos dois governos estaduais: Maryland e Massachusetts, onde Maura Healey será a primeira governadora abertamente lésbica a comandar um estado.
E na Flórida foi um democrata, Maxwell Frost, de 25 anos, que se tornou o primeiro membro da "Gerração Z" a entrar para o Congresso, com uma cadeira na Câmara de Representantes.
A democrata Kathy Hochul levantou o ânimo dos democratas ao manter o governo do estado de Nova York, onde os republicanos acreditavam que poderiam derrotá-la.
- "Não é uma onda republicana" -
Com muitas dificuldades devido ao nível recorde da inflação, Joe Biden pode perder o controle da Câmara de Representantes e do Senado nas eleições de meio de mandato, que tradicionalmente são desfavoráveis para o partido que está na Casa Branca.
Mas a "gigantesca onda vermelha", a cor dos republicanos, prometida por Donald Trump, ainda não se concretizou, embora a apuração esteja longe do fim.
"Não é uma onda republicana com certeza", afirmou o influente senador Lindsey Graham, amigo do ex-presidente, ao canal NBC.
O senador republicano Ted Cruz, que previa um "tsunami vermelho", afirmou que o partido ainda pode ter maioria na Câmara e Senado, mas admtiu que "não foi uma onda tão grande como esperava".
O líder da minoria republicana na Câmara de Representantes Kevin McCarthy, também acredita no controle da Casa. "Está claro que vamos a recuperar a Câmara", afirmou.
A maioria no Senado é incerta, pois tudo depende de alguns estados cruciais, como Geórgia, Arizona e Pensilvânia, com disputas muito acirradas.
Uma das maiores incógnitas já foi definida: na Pensilvânia os democratas conquistaram uma cadeira potencialmente decisiva com a vitória de John Fetterman contra o candidato trumpista Mehmet Oz, informou a imprensa local.
- "Seguro de saúde e dinheiro" -
Neste estado, Lasaine Latimore, um afro-americano de 77 anos, esperava uma vitória dos democratas "porque eles estão mais do lado do povo".
"Eu quero apenas um seguro de saúde e mais dinheiro para meus cuidados dentários e meus óculos", acrescentou, seguindo o discurso da campanha de Biden, que se apresentou como o presidente da classe média e dos pobres.
Um argumento que teve pouco peso diante da campanha agressiva dos republicanos, que acusam o presidente democrata de ter provocado a disparada da inflação e ter permitido o aumento dos níveis de violência.
Se o democrata de 79 anos perder a maioria em uma das câmaras, sua margem de manobra se dissipa. Ele ficará paralisado diante dos republicanos que prometem usar todas as armas parlamentares: investigações, inclusive sobre seu filho Hunter Biden, e bloqueio orçamentário.
Mas se perder o Senado também, uma possível candidatura à reeleição em 2024 ficará sob risco.
Além de todas as cadeiras na Câmara de Representantes, um terço do Senado e vários governos estaduais e cargos locais, dezenas de referendos foram organizados na terça-feira, em particular sobre o direito ao aborto.
Mais de 140 candidatos republicanos que questionam o resultado das eleições presidenciais de 2020 foram eleitos nas disputas para cargos nacionais e locais, segundo a imprensa americana.
Porém, alguns nomes importantes que apoiaram as teses sem provas propagadas por Donald Trump foram derrotados, como o governador da Pensilvânia Doug Mastriano.
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