SÃO CARLOS/SP - O presidente da Câmara Municipal, vereador Roselei Françoso (MDB), e o vice-prefeito Edson Ferraz estiveram juntos na manhã desta sexta-feira (7) no Aracê de Santo de Antônio para verificar os estragos causados pelas chuvas de quinta-feira à noite.
Roselei e Edson vistoriaram, primeiro, as lagoas de contenção construídas recentemente e que deveriam servir para evitar os alagamentos das ruas. “Certamente, as lagoas ajudaram a reduzir os danos, mas não foram suficientes”, explicou o presidente.
“É muito triste verificar esses danos e agora nós temos que colocar a Prefeitura para recuperar os estragos e minimizar os prejuízos”, salientou o vice-prefeito.
A Secretaria de Serviços Públicos da Prefeitura iniciou no início da manhã as obras de recuperação e desobstrução de ruas e entradas das chácaras. A Defesa Civil, a Secretaria de Segurança Pública e de Agricultura também estão no apoio.
De acordo com o vereador Roselei, a região do Aracê de Santo Antônio sempre sofreu com o problema de alagamento de suas ruas. “Com a construção das lagoas, imaginávamos que o problema estava solucionado”, lamentou.
Levantamento da Defesa Civil indicou que choveu 22 milímetros no início das 18 horas desta quinta-feira (7). Guarda Municipal e Defesa Civil trabalharam no atendimento de emergência para evitar acidentes. “Felizmente não registramos nenhum ferido ou acidentes mais graves”, salientou o vereador.
BARRETOS/SP - Na tarde de ontem,06, logo após as chuvas registradas, a prefeita Paula Lemos, juntamente com seus secretários, vistoriou vários pontos da cidade que foram danificados pelas chuvas.
Em entrevista, ela afirmou que diante dos estragos causados, baixou um decreto de calamidade pública na cidade de Barretos.
“Mantive contato com o governador João Doria, o vice Rodrigo Garcia e o secretário de Desenvolvimento Regional, Marcos Vinholi, que informaram que estão liberando uma verba de R$5 milhões para ajudar neste momento de calamidade”, afirmou Paula.
Titular do MMFDH integrou comitiva do Ministério da Saúde que levou médicos para a região
ILHÉUS/BA - O Governo Federal continua trabalhando para garantir acesso a saúde, direitos, assistência social e melhores condições às mais de 660 mil pessoas que vivem nos 165 municípios da Bahia atingidos pelas fortes chuvas nos últimos dias. Na segunda-feira (3), uma comitiva levou 34 médicos para atuarem no sul do estado – os profissionais integram o Programa Mais Médicos. Estavam presentes os ministros da Saúde, Marcelo Queiroga, da Cidadania, João Roma e da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves.
“Isso aqui é uma operação de guerra. Estamos trabalhando muito. O que estamos realizando nesta região é extraordinário e fundamental para que a situação se reestabeleça e as pessoas tenham um pouco mais de qualidade de vida. Não vamos baixar a guarda um minuto, cuidando do povo da Bahia”, disse a ministra Damares Alves, em Ilhéus (BA).
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, destacou a importância desses profissionais que chegam à região. “Vocês (médicos) vão estar lá na ponta, vocês são os nossos braços. Eu, o Roma e a Damares, nós somos os braços sociais do governo e vocês são a nossa voz lá na frente. Vocês é que vão levar nossa palavra à população que está sofrendo lá. A prioridade do nosso governo é atenção primária”, disse o ministro Queiroga.
A operação conjunta do Governo Federal une forças dos ministérios do Desenvolvimento Regional, da Cidadania e da Saúde, da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, além dos governos estadual e municipais. Além da ministra Damares Alves, as secretárias nacionais de Políticas Para as Mulheres, Cristiane Britto, e da Juventude, Emilly Coelho, integraram a comitiva.
Atuação
Nos últimos dias, técnicos do MMFDH promoveram iniciativas de proteção de crianças e adolescentes vítimas das enchentes. Além disso, a secretária-executiva da Pasta, Tatiana Alvarenga, se reuniu com entidades públicas e privadas, com o objetivo de realizar ações sociais para o resgate da dignidade e cidadania, além de viabilizar estratégias de inclusão produtiva para jovens e mulheres.
O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) na Bahia, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio) e a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) são algumas das instituições que se disponibilizaram a apoiar as ações federais.
Balanço
De acordo com a Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec), até este domingo (2) são:
• Desabrigados: 32.594
• Desalojados: 57.451
• Feridos: 517
• Mortos: 25
SALVADOR/BA - A Defesa Civil da Bahia atualizou na noite de ontem (29) os números sobre o impacto das fortes chuvas nos municípios do estado. Até o momento, 37,3 mil pessoas estão desabrigadas (não possuem moradia) e 53,9 mil estão desalojadas (não conseguem acessar suas casas). Foram registradas 24 mortes e 434 feridos.
Segundo o governo estadual, 141 municípios foram afetados pelas chuvas. Do total, 132 estão em situação de emergência. 629 mil pessoas foram afetadas de alguma forma pelas inundações.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o mês de dezembro de 2021 é considerado o mais chuvoso em 15 anos. Na Bahia, as fortes chuvas foram provocadas pelo fenômeno da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), que provoca a permanência de nuvens sobre uma determinada área por até quatro dias consecutivos.
SALVADOR/BA - O governador da Bahia, Rui Costa, assinou ontem (26) novo decreto estadual que inclui mais 47 cidades na lista de municípios em situação de emergência em decorrência das chuvas intensas que atingem o estado neste mês. Até domingo, (25), 25 cidades faziam parte da lista. Com a atualização, o número chega a 72.
Com a medida, fica autorizada a mobilização de todos os órgãos estaduais para apoiar as ações de resposta ao desastre, reabilitação do cenário e reconstrução das cidades. Costa sobrevoou e visitou, neste domingo, municípios do sul baiano onde as chuvas se intensificaram desde a última quinta-feira (23), como Ilhéus, Itabuna e Itajuípe.
De acordo com o governador, 37 cidades da região estão embaixo da água, atingidas de forma mais intensa pela subida do nível dos rios. Domingo (25) eram 19.
“É uma tragédia gigantesca. Não me lembro se, na história recente da Bahia, tem algo dessa proporção pela quantidade de cidades, de casas envolvidas. É algo realmente assustador, o número de casa, de ruas, de localidades completamente embaixo de água”, disse o governador, em publicação no Twitter.
Neste domingo (25), foi instalada uma base de apoio em Ilhéus, fruto de ação conjunta de vários órgãos federais e estaduais, para socorro aos municípios afetados pelas enchentes. De acordo com Rui Costa, devido à distância, outros pontos serão criados em Itapetinga, Vitória da Conquista, Ipiaú e Santa Inês.
Uma força-tarefa com agentes de segurança pública está atuando na região. Ela é composta por bombeiros militares da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Norte, Maranhão, Paraíba, Sergipe, além das policias Militar da Bahia e da Rodoviária Federal (PRF). Vinte viaturas, 10 aeronaves, oito botes e um barco também foram mobilizados.
Ação federal
O governo federal também está mobilizando diversos órgãos e ministérios em ações de resposta ao desastre natural e reconstrução de infraestrutura danificada. Até o momento, mais de R$ 19 milhões já foram disponibilizados pela Defesa Civil Nacional.
Além da PRF, aeronaves e militares das Forças Armadas darão apoio aos municípios. A ajuda federal também inclui a liberação de recursos para a compra de combustível e a convocação de técnicos e de equipes da Força Nacional do Sistema Único de Saúde.
O ministro da Cidadania, João Roma, também esteve em Ilhéus neste domingo em reuniões com autoridades locais. “É crucial que, neste momento, a gente reforce o estado de alerta, retire as famílias que estão nas áreas de risco e trabalhe para preservar vidas. Na sequência, tomaremos todas as medidas para amparar essas pessoas”, escreveu, em publicação no Twitter.
Até o momento, o Corpo de Bombeiros da Bahia confirmou 18 mortes em decorrência das chuvas. Mais de 4,2 mil pessoas estão desabrigadas e 11,2 mil foram desalojados pelas inundações.
Para hoje (27), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) mantêm o alerta de risco de novas inundações e deslizamentos de terra na Bahia, devido ao acumulado de chuvas dos últimos dias e à previsão de novas precipitações.
Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil
SÃO CARLOS/SP - A noticia se repete chuva após chuva e como verão se aproxima e o roteiro é o mesmo há décadas, e nós como imprensa temos que noticiar, pois mais uma chuva e mais alagamentos em São Carlos.
No vídeo abaixo vocês podem acompanhar o alagamento na Rotatória do Cristo, mas informações que chegaram em nossa redação aponta alagamento no CDHU, no Centro (sem prejuízos para comerciantes) e em alguns pontos isolados da cidade.
SÃO CARLOS/SP - Uma chuva forte caiu na tarde desta 4ª feira (10), e o que aconteceu? Adivinhem? O córrego transbordou e a rotatória do Cristo ficou intransitável.
Agentes de trânsito fizeram um excelente trabalho, mesmo em baixo de muita chuva estavam orientando os motoristas. Nossa câmera flagrou um motociclista tentando passar e quase caiu com a moto. Já um ciclista teimoso também tentou e mesmo com a Defesa Civil e os Amarelinhos pedindo para ele voltar, o mesmo foi indo até ele ver que não dava, pois, a correnteza era forte, ai o cidadão deu meia volta.
Segundo Pedro Caballero, não houve outros pontos de alagamento na cidade. A chuva começou às 15h20, com total precipitado até 17h45 de 48,8mm.
Assista o vídeo exclusivo.
SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria de Obras Públicas, já iniciou a obra de drenagem com instalação de dissipador de energia no Córrego do Mineirinho, no trecho localizado na rua Francisco Possa, no bairro Santa Felícia.
A obra tem investimento de R$ 1,2 milhão com recursos do próprio município. O dissipador de energia (escala hidráulica) em gabiões possui 8 metros de largura por 8 de altura e 25 de cumprimento, com 45 metros lineares de tubulação dupla e diâmetro de 1,5 metros em cada tubo. Também estão sendo feitas galerias na rua Francisco Possa para captação de toda a água pluvial da região.
De acordo com o secretário de Obras Públicas o dissipador de energia é um dispositivo que disciplina a carga hidráulica de um curso d'água. “Estamos instalando esse dispositivo para promover a redução da velocidade de escoamento nas entradas, saídas ou mesmo ao longo da própria canalização de modo a reduzir os riscos dos efeitos de erosão nesse local e nas áreas adjacentes”, explica João Muller.
Para o prefeito Airton Garcia é uma obra muito importante para os moradores do Santa Felícia e adjacências. “A erosão abriu uma cratera imensa no local e já tinha virado um ponto de descarte de lixo. O pior é que o buraco poderia atingir a via que é a principal ligação entre os bairros Santa Felícia e Santa Angelina. Agora com essa obra todos esses problemas desaparecem, além de valorizar a região”, afirma o prefeito de São Carlos.
A empresa vencedora do processo licitatório também está realizando a recuperação de uma nascente do Córrego do Mineirinho no local da obra. O prazo de execução dos trabalhos é de 180 dias.
ALEMANHA - Cientistas afirmam que a mudança climática desempenhou um papel nas chuvas torrenciais e enchentes que devastaram partes do oeste alemão e de países vizinhos. Eventos do tipo devem se tornar mais frequentes, alertam.
Mais de 160 mortes foram confirmadas na Alemanha e outras mais de 30 na vizinha Bélgica após inundações devastadoras na semana passada. Holanda e Suíça também foram atingidas. Chuvas torrenciais fizeram com que rios e represas transbordassem, e enchentes causaram fortes correntezas, arrastando carros e destruindo casas.
Nas últimas semanas, a Alemanha registrou grandes variações no clima, com temperaturas elevadas e seca seguidas de chuvas intensas. Até que as enchentes catastróficas assolaram o oeste alemão e países vizinhos.
Especialistas afirmam que eventos climáticos extremos como esse, que costumavam acontecer uma vez a cada geração, podem ocorrer com mais frequência no futuro e com mais intensidade – um sinal dos impactos da mudança climática.
"Normalmente, só vemos um clima como este no inverno", afirmou Bernd Mehlig, autoridade ambiental do estado da Renânia do Norte-Vestfália, um dos mais atingidos pela recente catástrofe na Alemanha, ao lado da Renânia-Palatinado. "Algo assim, com essa intensidade, é completamente incomum no verão", disse à emissora WDR.
"Esse é o novo normal", afirmou Johannes Quaas, meteorologista da Universidade de Leipzig. "A mudança climática também está mudando a definição de clima normal. Estamos lentamente nos aproximando de um novo normal que inclui padrões diferentes de precipitações."
Eventos climáticos mais intensos
Temperaturas mais altas fazem com que eventos climáticos extremos sejam mais intensos. Quando o ar esquenta, ele contém mais umidade, um fenômeno que cientistas descobriram já no século 19. Uma alta de 1 grau Celsius na temperatura aumenta a capacidade do ar de reter umidade em 7%. Temperaturas em ascensão em nível global também estão levando a uma evaporação mais rápida em terra e no mar – causando mais eventos de precipitação extrema e tempestades mais fortes.
"As chuvas que vimos na Europa nos últimos dias são condições climáticas extremas, cuja intensidade está sendo reforçada pela mudança climática – e vai continuar ganhando força com mais aquecimento", afirmou Friederike Otto, do Instituto de Mudança Ambiental da Universidade de Oxford.
O Serviço Meteorológico Alemão (DWD) afirmou que eventos de fortes precipitações se tornaram mais intensos com a alta das temperaturas. O DWD observou, no entanto, que foi registrado um maior aumento das temperaturas no inverno e que o quadro ainda não está claro para os meses de verão, quando fortes tempestades costumam ocorrer.
Um estudo sobre precipitações extremas durante o verão de 2013, que levaram a graves enchentes dos rios Danúbio e Elba, não identificou uma influência da mudança climática. O DWD afirmou que não pode dizer se o aquecimento global fez com que as inundações recentes fossem mais intensas até que um estudo do tipo seja feito.
Tempestades mais lentas
Duas semanas antes das inundações, uma pesquisa feita por um grupo de cientistas no Reino Unido apontou que o aquecimento global vai aumentar a probabilidade de chuvas intensas na Europa. O estudo sugere que, devido a uma redução na diferença de temperaturas entre os polos e os trópicos, tempestades se movem de maneira mais lenta do que costumavam fazer em verões passados. Isso poderia levar a fortes precipitações numa área específica e elevar o risco de enchentes.
De acordo com o estudo, tempestades que se movem lentamente – antes um evento incomum na Europa – podem ocorrer 14 vezes mais frequentemente em todo o continente até o fim deste século.
"Como um país industrializado, a Alemanha está se aquecendo duas vezes mais rápido do que a taxa de aquecimento global", afirma Quaas. "Isso significa que as chances de chuvas fortes são 20% maiores em comparação com o século 19 – e 10% maiores do que quando eu nasci, há cerca de quatro décadas."
Quando o solo e sistemas de drenagem não conseguem absorver a água rapidamente ou fatores como o desenvolvimento urbano impendem que a chuva se dissipe, pode haver inundações torrenciais e danos significativos.
Prever condições climáticas extremas não é difícil, mas ainda é quase impossível prever com precisão onde exatamente uma tempestade vai despejar grandes quantidades de chuva e que áreas serão mais afetadas, afirma Quaas. Isso faz com que seja difícil comunidades se prepararem para desastres e mitigarem as perdas, aponta.
Além disso, com a destruição de vegetação e de outras barreiras terrestres como resultado da mudança nos padrões de temperatura e clima, muitas zonas naturais de inundação desapareceram.
"Enquanto continuarmos emitindo CO2, provavelmente continuaremos vendo chuvas fortes como as recentes", conclui o meteorologista.
Autor: Monir Ghaedi / DW
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