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SÃO CARLOS/SP - A Defesa Civil de São Carlos evitou na tarde da última segunda-feira (14/10), um  incêndio que poderia se tornar de grandes proporções. Durante um deslocamento pelo bairro Planalto Verde a equipe, formada por Denise Cabrera Cezare e Rosni Augusto Vendrasco, avistou um foco de incêndio que já se alastrava em direção a uma mata. Rapidamente os agentes interviram, fazendo uso de equipamentos de combate a incêndios.

Todos os treinamentos ofertados pela Defesa Civil do Estado, Corpo de Bombeiros de São Carlos e treinamentos diários para o uso correto e preciso dos equipamentos,  contribuíram para o êxito e efetividade dessa ação.   

Com emenda parlamentar destinada pelo deputado estadual Major Mecca, no valor de R$ 200 mil, foi adquirida uma pickup 4x4 com kit combate a incêndio para veículos; balsa inflável; gerador elétrico; holofote com torre de iluminação e capacete multiuso.

Já com recursos repassados pelo Ministério Público, no valor de R$ 143.240,00, a Defesa Civil investiu em outros equipamentos de combate a incêndios e modernização do Departamento.

“Se não fosse a ação rápida dos agentes da Defesa Civil, o fogo poderia ter atingido as residências ao lado, transformando a ocorrência em um incêndio de grandes proporções e fora de controle. Por isso a importância de buscarmos recursos para equipar cada vez mais a nossa Defesa Civil. Também é necessário aumentar o efetivo do Departamento com a criação do emprego de agente operacional”, disse Samir Gardini, secretário municipal de Segurança Pública.

Pedro Caballero, diretor da Defesa Civil, destaca a importância dos constantes treinamentos, e a necessidade de estar com um veículo sempre equipado e pronto para o atendimento de qualquer ocorrência. “A Defesa Civil tem como objetivo reduzir riscos e danos sofridos pela população em caso de desastres. Ela autua antes, durante e depois de desastres por meio de ações como prevenção, mitigação, resposta e recuperação”, finaliza Caballero.

BRASÍLIA/DF - Com mais de 2,3 mil focos de incêndio detectados nas últimas 48 horas, o Brasil já acumula este ano até o domingo (13), 226,6 mil registros detectados pelo Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O número representa aumento de 76% na comparação com o mesmo período de 2023.

De acordo com os dados do Inpe, do total de focos detectados, 49,4% ocorreram na Amazônia. O Cerrado é o segundo bioma mais afetado em números absolutos com 32,1%. O Pantanal, embora tenha registrado 6% do total de focos do país, foi o bioma que observou o maior crescimento de incêndios na comparação com 2023: um crescimento de 1.240%.

Áreas do Pantanal e da Amazônia estão com alerta de chuvas intensas, conforme boletim do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), divulgado nesta segunda-feira (14). No entanto, até dezembro, o Inmet prevê predomínio de chuva abaixo da média histórica em grande parte da Região Norte, com baixos níveis de umidade no solo em grande parte da região no mês de outubro. Na Amazônia, o estado do Pará registrou 466 focos de calor nas últimas 48 horas. Já o Mato Grosso contabilizou 189 focos.

O Matopiba (região que reúne os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), onde predomina o bioma Cerrado, apresentou 826 focos nas últimas 48 horas. A região está hoje com alerta de baixa umidade, com risco aumentado de incêndios florestais em uma faixa que se estende do Sul do Maranhão, passando por grande parte do Piauí e alcançando o centro-norte baiano.

De acordo com o governo federal, há 3.732 profissionais em campo atuando no enfrentamento aos incêndios florestais na Amazônia, Pantanal e Cerrado. Também foram disponibilizadas 28 aeronaves.

Na última sexta-feira (11), o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, declarou que o governo federal está totalmente mobilizado para atender todos os estados afetados. "Estamos constantemente monitorando e avaliando os mais variados casos. Não por acaso, mantemos uma Sala de Situação para discutir ações emergenciais diante das mudanças climáticas, que se tornam cada vez mais frequentes e severas", acrescentou.

 

Seca

A Agência Nacional das Águas e Saneamento Básico (ANA) declarou situação de escassez hídrica nos rios Madeira e Purus, no Amazonas; Tapajós e Xingú, no Pará; e em toda a região hidrográfica do Paraguai, no Pantanal. Com a baixa das águas dos rios, comunidades ficaram isoladas na Amazônia e vários rios atingiram os menores níveis observados nas séries históricas.

Nesse domingo (13), o Rio Paraguai registrou a mínima histórica superando o recorde registrado em 1964, na estação do município de Ladário, em Maro Grosso do Sul.

 

 

FABÍOLA SINIMBÚ - REPÓRTER DA AGÊNCIA BRASIL

SÃO CARLOS/SP - O risco de incêndios continua alto para a região central do estado. São Carlos deve ter temperaturas na casa dos 40° nos próximos dias e com índices de umidade relativa do ar muito baixa e sem previsão de chuva, condições favoráveis que aumentam o risco para incêndios florestais.

Segundo Pedro Caballero, diretor da Defesa Civil de São Carlos, com a estiagem prolongada, índices de umidade do ar muito baixo e rajadas de ventos em determinados momentos, qualquer foco de fogo pode se transformar em incêndio. “O mais importante nesse momento em virtude da situação que estamos vivendo é ter prevenção e proteção, ou seja, quem não fez acero ainda deve fazer, a outra é que o cidadão observe se existe alguém colocando fogo, todos os incêndios foram propositais, é muito importante a fiscalização do próprio cidadão e a denúncia”.

Sobre o decreto de emergência o diretor explica que o atendimento tem que ser imediato. “A decretação de emergência é importante, porque temos um plano de contingência, com aproximadamente 20 entidades que trabalham juntas. No mês passado mais de 180 homens ajudaram apagar incêndios e o plano de emergência visa ter os recursos para poder atender a todos. Em agosto também usamos uma aeronave com 1.600 litros em cada voo, com duração de 15 minutos, porém para atender essa aeronave foi necessário um caminhão com o volume de água compatível e esse veículo se não for cedido pelo SAAE, precisa ser locado. Então o decreto é para poder suprir as deficiências e poder fazer contratação, quando necessário, para atender as necessidades do combate ao fogo. Quem pagou o caminhão com água para as aeronaves foi o Estado, que também já decretou estado de emergência, então é todo uma ação conjunta, dentro da lei, para agilizar o atendimento às áreas que estão queimando.

Caballero, ressalta, ainda, que o papel da Defesa Civil é coordenar as ações juntamente com as instituições. “É importante entender que a Defesa Civil é um centro de coordenação, de monitoramento e de apoio logístico para as instituições, em alguns momentos também somos operacionais de acordo com o protocolo, atendendo a emergência até a chegada da instituição responsável”, finaliza o diretor.

Flávio Okamoto, Promotor de Justiça, afirma que na maioria das queimadas os responsáveis se enquadram no código penal no artigo 250 que trata do crime de incêndio, que consiste em causar fogo e expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem. A pena para este crime é de reclusão de três a seis anos, mais multa. “Nós temos também o crime de provocar incêndio em mata ou floresta, sem colocar ninguém em risco, vida ou patrimônio das pessoas e tem o artigo 250 do código penal que tem o agravante de colocar em risco pessoas ou patrimônio alheio, nesses eventos que tivemos em agosto quase todos se enquadram no código penal, no artigo 250, porque eles atingiram lavouras, que já caracteriza o dano ao patrimônio das pessoas. Aqui em São Carlos temos relatos de pessoas que ficaram ilhadas pelo fogo, morte de animais domésticos, criação e estamos direcionando a denuncia criminal para essa punição mais grave, admitindo até mesmo prisão preventiva, então é crime punido com 3 a 6 anos de prisão e quando atinge florestas ou lavoura pode ser de 4 a 8 anos de cadeia”, finaliza o promotor.

A Fiscalização está sendo realizada com patrulhamento ostensivo e rural, aumentando a presença da Polícia Militar, Ambiental e da Guarda Municipal, mas a participação da população também é importante, fazendo denúncias, filmagens, fotografia de qualquer pessoa que esteja em atitude suspeita próximo de fumaça ou ateando fogo em algum local. A denúncia pode ser feita pelo 190 da Polícia Militar ou pelo 153 da Guarda Municipal.

SÃO CARLOS/SP - A primavera 2024 teve início às 9h44 do último domingo (22/9) no Hemisfério Sul, após um inverno sem chuvas e com grande variação de temperaturas dividida entre ondas de frio e calor e focos de queimadas e incêndios por todo o país.

Apesar da primavera ser considerada a estação do ano mais agradável com temperaturas amenas, aumento da umidade do ar, floração ou desabrochamento das flores, modificando a paisagem, a Defesa Civil do Estado de São Paulo, por meio do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) faz um alerta para risco de incêndios até a quinta-feira, (26/09), em função das temperaturas que podem chegar aos 39°C e a Umidade Relativa do Ar (URA) a 20% em algumas regiões do estado, exceto o litoral paulista.

O Mapa de Risco de Incêndio, uma das ferramentas tecnológicas que auxiliam a Defesa Civil no monitoramento de queimadas em vegetação durante o período da estiagem, indica grau máximo de risco em quase todas as faixas do estado.

De acordo com a Defesa Civil, neste período, o Estado de São Paulo será dominado por um clima seco e estável. Sem previsão de chuvas, a atenção se volta para a elevação gradual das temperaturas, que trarão uma sensação de calor e clima seco.

Como o tempo estará seco, os índices de Umidade Relativa do Ar (URA) devem cair no período da tarde elevando o risco de incêndios com atenção especial em áreas de vegetação.

O diretor da Defesa Civil de São Carlos, Pedro Caballero, confirma a previsão da Defesa Civil Estadual e explica que o Estado, em colaboração com os municípios, implementa diversas medidas preventivas, incluindo vistorias nas áreas mais vulneráveis às queimadas, medidas de proteção como aceiros e o reforço nas campanhas de conscientização direcionadas à população.

Entre as orientações para a população ressalta que “o risco elevado para queimadas e tempo quente e seco, a população deve redobrar os cuidados com a saúde, mantendo hidratação constante, se proteger do sol e evitar a prática de atividades físicas ao ar livre nos horários de sol e calor intenso, estendendo o cuidado da saúde com idosos, crianças e animais domésticos”, orienta Pedro Caballero.

A Defesa Civil de São Carlos informa, ainda, que a primavera começou com altas temperaturas e tempo seco, com sol e variação de nebulosidade em grande parte do estado de São Paulo. Segundo a Meteorologia - Cyan Agroanalytics, até sexta-feira (27/09), os índices de Umidade Relativa do Ar estarão abaixo de 30%, elevando o risco de incêndios. As temperaturas permanecerão acima da média, aumentando gradualmente ao longo dos próximos dias. As máximas podem atingir até 39°C até sexta-feira na região.

Entre sexta (27/09) e sábado (28/09), uma frente fria se aproximará, trazendo aumento de nebulosidade e possibilidade de chuvas rápidas e isoladas. No fim de semana, espera-se um alívio no calor e aumento da umidade relativa do ar, mesmo em áreas em que não tenha ocorrido precipitação.

SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e o Parque Ecológico de São Carlos, órgão vinculado à Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento,  alertam à população sobre os graves incêndios que atingiram grandes áreas de vegetação em São Carlos e na região, resultando num grande número de animais silvestres feridos e que tentam fugir dos seus habitats, desorientados, sem abrigo, água ou alimento.

A Secretaria e o Parque pedem a colaboração da população para ao avistar animais silvestres em áreas urbanas ou próximas de suas residências, ofereçam água sem se aproximar, tocar ou tentar levar o animal para casa. Animais silvestres, mesmo em situação de vulnerabilidade, podem se assustar e agir de forma imprevisível.

Caso encontre algum animal ferido ou vagando pela cidade, basta entrar imediatamente em contato com as autoridades competentes como Policia Militar Ambiental pelo telefone (16) 3368-4724, Corpo de Bombeiros (16) 3361-4041 ou para a Guarda Municipal (16) 3364-2112 para que seja realizado o resgate e tratamento adequado deste animal.

Outras informações podem ser obtidas na Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável pelo telefone (16) 3362-1068 ou no Parque Ecológico (16) 3361-4456.

SÃO CARLOS/SP - São Carlos se destacou como a cidade com o maior número de focos de incêndio no estado de São Paulo nas últimas 24 horas, segundo dados do Programa de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Dos 327 focos registrados em todo o estado de SP, 52 ocorreram no município.

A situação em São Carlos é especialmente preocupante, uma vez que a cidade figura na lista de áreas com focos ativos de incêndio, o que mobilizou uma atenção especial da Defesa Civil local para ações de combate. A fumaça resultante das queimadas pode se intensificar e se espalhar pelo estado nos próximos dias.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), uma frente fria se deslocará pela região no fim de semana, com ventos moderados a fortes, que podem atingir até 50 km/h. Esses ventos, previstos para sexta-feira (13) e, principalmente, no sábado (14), devem soprar em uma direção que favorece o transporte de mais fumaça para outras áreas do estado, agravando a qualidade do ar.

A Defesa Civil alerta para os impactos potenciais dessas queimadas, não só para a saúde da população, que pode enfrentar aumento de problemas respiratórios devido à fumaça, como também para os riscos ambientais e a segurança das áreas afetadas.

SÃO CARLOS/SP - Na tarde de ontem, 10 de setembro, durante patrulhamento de rotina no Residencial Flamboyant, uma viatura da Guarda Municipal foi abordada por funcionários da empresa Raízen. Eles relataram que estavam seguindo um veículo suspeito de envolvimento em crimes de incêndio na região.

Com as características do carro em mãos, os guardas acionaram o Centro de Controle Operacional (CCO), que prontamente iniciou buscas nas câmeras de segurança. O veículo foi localizado trafegando pela Avenida Miguel Petroni, em direção à Rodovia Washington Luís. Uma das viaturas, a VTR 681, que estava nas proximidades, identificou o carro e iniciou o acompanhamento pela rodovia.

No entanto, nas proximidades da cidade de Ibaté, o veículo desviou para uma estrada de terra e saiu do campo de visão dos guardas, tomando rumo ignorado. Com várias denúncias relacionadas ao veículo, os guardas municipais verificaram a placa e se dirigiram à Delegacia de Investigações Gerais (DIG), onde informaram o delegado responsável sobre o caso.

Mais tarde, o suspeito foi localizado nas imediações do Broa e foi encaminhado à delegacia local pela Polícia, onde está à disposição da Justiça.

BRASÍLIA/DF - O número de municípios que decretaram situação de emergência por incêndios florestais em agosto aumentou em 354% em comparação com o mesmo mês de 2023, de acordo com um levantamento divulgado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Esse dado reflete uma intensificação significativa das ocorrências de incêndios florestais no Brasil, o que pode ser atribuído a fatores como condições climáticas extremas, aumento das práticas de desmatamento e outros fatores ambientais que têm agravado a vulnerabilidade das áreas florestais a incêndios.

Somente neste mês, 118 gestores municipais registraram a condição no Sistema Integrado de Informações sobre Desastres, do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.

Este ano, até o dia 26 de agosto, 167 municípios declararam situação de emergência. No mesmo período de 2023 apenas 57 enfrentavam o problema.

De acordo com o levantamento, 4,4 milhões de pessoas já foram afetadas pelos incêndios florestais este ano, sendo que a maioria, 4 milhões, foram alcançados pelos efeitos como poluição do ar e perda da biodiversidade.

O maior número de decretos foi registrado em São Paulo, por 51 municípios, seguido por Mato Grosso do Sul, com 35 registros; Acre, com 22; Espírito Santo e Rondônia, dois municípios, e Amazonas, Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Santa Catarina, apenas um município cada.

Até o momento, o sistema aponta que já foram reconhecidos pelo governo federal a situação de emergência por incêndio florestal em 12 municípios em Mato Grosso do Sul. Os demais processos ainda estão em andamento para que os gestores possam ter acesso aos recursos públicos federais para medidas emergenciais.

A instituição estima um prejuízo de R$ 10 milhões em assistência médica emergencial para a saúde pública, que ainda pode crescer com impactos causados pela exposição da população à fumaça.

 

 

Por Fabíola Sinimbú - Repórter da Agência Brasil

SÃO CARLOS/SP - A Polícia Militar recebeu denúncias de que um médico estaria colocando fogo em um terreno baldio na rua Dr. Donato dos Santos, no Jardim Paulistano, em São Carlos. O incidente ocorreu no último sábado, dia 24.

De acordo com o boletim de ocorrência (BO), os vizinhos tentaram apagar as chamas sem sucesso e, em seguida, acionaram o Corpo de Bombeiros.

Quando questionado pelos moradores sobre sua ação, especialmente em meio aos inúmeros incêndios que têm ocorrido no interior de São Paulo, o médico negou ter iniciado o fogo. No entanto, imagens de uma câmera de monitoramento capturaram o momento em que o médico, estava colocando fogo em materiais no terreno.

O caso foi registrado na Central de Polícia Judiciária (CPJ) e será investigado.

BRASÍLIA/DF - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta quarta-feira (31) a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, que traz uma abordagem planejada e coordenada para usar o fogo de forma controlada, visando prevenir e combater incêndios florestais, conservar ecossistemas e respeitar práticas tradicionais. O texto impõe medidas para disciplinar o uso do fogo no meio rural, principalmente entre as comunidades tradicionais e indígenas, e prevê a sua substituição gradual por outras técnicas.

O ato ocorreu durante a visita de Lula a Corumbá, no Mato Grosso do Sul. De 1º de janeiro a 28 de julho, o município concentrou 67,3% dos 4.553 focos de calor no Pantanal, que enfrenta a seca mais grave em 70 anos, intensificada pela mudança do clima. O presidente sobrevoou áreas queimadas e conversou com brigadistas que atuam no combate às chamas.

Lula disse que a lei será um marco no combate a incêndios no Brasil e destacou a importância do trabalho conjunto entre governo federal, estaduais e municipais. Ele também falou sobre a importância do Pantanal para o Brasil. “Um país que tem um território como o Pantanal e a gente não cuida disso, esse país não merece o Pantanal. O Pantanal é um patrimônio da humanidade, pela diversidade de coisas que tem aqui”, disse.

Vestido com roupas de brigadistas, Lula contou que ficou emocionado vendo os profissionais tentando apagar o fogo. “Muitas vezes, do nosso gabinete em Brasília, a gente não tem noção do que é um brigadista. E eu tive o prazer hoje de ver um brigadista de carne e osso, um cidadão igual a mim, que tem a missão nobre de apagar o fogo que a natureza trouxe ou que algum inimigo trouxe”, disse o presidente.

Até 29 de julho, foram registrados 82 incêndios no Pantanal; 45 foram extintos e 37 estão ativos, dos quais 20 controlados (quando o fogo está cercado por uma linha de controle). Em apoio às equipes locais, o governo federal tem 890 profissionais em campo, entre integrantes das Forças Armadas, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), da Força Nacional de Segurança Pública e da Polícia Federal. São 15 aeronaves em operação, entre aviões e helicópteros, e 33 embarcações.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, fez um apelo para que o fogo não seja provocado na região. “Se não parar de colocar fogo, não tem quantidade de pessoas e equipamento que vença. O que pode fazer a diferença é parar de atear fogo no Pantanal”, disse.

 

Usos do fogo

Aprovada pelo Congresso Nacional, a nova política nacional proíbe a prática de colocar fogo como método de supressão de vegetação nativa para uso alternativo do solo, exceto quando há queima controlada dos resíduos de vegetação. Para práticas agropecuárias, o uso do fogo será permitido apenas em situações específicas, de acordo com as peculiaridades das localidades.

Também será permitido utilizar o recurso nos seguintes casos: pesquisa científica aprovada por instituição reconhecida; prática de prevenção e combate a incêndios; cultura de subsistência de povos indígenas, comunidades quilombolas ou tradicionais e agricultores familiares; e capacitação de brigadistas florestais.

O texto define os tipos de queimada como controlada e prescrita. A primeira é a usada para fins agropecuários em áreas determinadas e deverá constar em plano de manejo integrado do fogo, com autorização prévia dos órgãos competentes. A autorização poderá ser dispensada para fins de capacitação em manejo integrado do fogo, desde que a área queimada não ultrapasse 10 hectares e esteja de acordo com as diretrizes do Comitê Nacional de Manejo, que ainda será criado.

Já a queimada prescrita ocorre com planejamento e controle do fogo para fins de conservação, pesquisa ou manejo dentro do plano integrado. É o que ocorre, por exemplo, no controle de espécies exóticas ou invasoras. Essa modalidade também exige autorização prévia.

No caso de práticas agropecuárias, o texto prevê ainda a possibilidade de que o órgão competente estabeleça critérios para concessão de autorização por adesão e compromisso, que também deverá seguir todos os requisitos ambientais e de segurança estabelecidos na política. Além disso, os proprietários de áreas contíguas poderão fazer manejo do fogo de forma solidária, em que ambos respondem pela operação, caso o local tenha até 500 hectares.

A autorização dessas queimas poderá ser suspensa ou cancelada pelo órgão competente em algumas situações, como no caso de risco de morte, danos ambientais ou condições meteorológicas desfavoráveis ou descumprimento da lei.

 

Áreas protegidas

Se a queimada for para agricultura de subsistência exercida por povos indígenas, povos quilombolas e comunidades tradicionais, conforme seus costumes e tradições, o projeto não exige autorização. Ainda assim, haverá exigências, como acordo prévio com a comunidade residente e comunicação aos brigadistas florestais responsáveis pela área, além de ocorrer apenas em épocas apropriadas.

A implementação da política de manejo integrado nas terras dessas populações deverá ser feita pelo Ibama, em parceria com a Funai, Fundação Cultural Palmares, Incra e Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União.

Quando o órgão ambiental autorizar a queima controlada em áreas limítrofes a terras indígenas ou territórios quilombolas e nas zonas de amortecimento de Unidades de Conservação (UCs), ele deverá informar aos órgãos gestores respectivos. Se houver sobreposição de Terras Indígenas, territórios quilombolas e UCs, o manejo integrado do fogo deverá ser planejado para compatibilizar os objetivos, a natureza e a finalidade de cada área protegida.

O texto também cria instâncias intergovernamentais para gerenciar respostas a incêndios nas vegetações. Brigadas voluntárias e particulares deverão se cadastrar junto ao Corpo de Bombeiros do estado em que atuarão. Caberá ao Ministério do Meio Ambiente a organização de um cadastro nacional de brigadas florestais.

Nas situações em que os bombeiros militares atuem em conjunto com brigadas florestais, a coordenação e a direção das ações caberão à corporação militar, exceto se as operações ocorrerem em terras indígenas, quilombolas e outras áreas sob gestão federal.

 

 

Por Sabrina Craide e Andreia Verdélio – Repórteres da Agência Brasil

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