EUA - A partir desta segunda-feira (30), o Google começou a remover os anúncios de casas de apostas, conhecidas como bets, que não se adequaram às novas exigências de regulamentação no Brasil. Segundo a empresa, apenas aquelas que estiverem devidamente cadastradas junto ao governo poderão continuar utilizando sua plataforma para promover serviços.
O Ministério da Fazenda encerrou em agosto o prazo para que as empresas de apostas esportivas regularizassem sua situação. Das mais de 2 mil bets e cassinos online que operam no Brasil, apenas 113 empresas cumpriram os requisitos estabelecidos, de acordo com dados da ONG Instituto Jogo Legal.
Para que as empresas possam veicular anúncios no Google, será necessária a obtenção de uma certificação emitida pela própria gigante tecnológica, processo que só será liberado para as empresas que se inscreveram previamente no cadastro oficial do Ministério. Essa mudança acompanha as novas diretrizes do governo para regulamentar o mercado de apostas no país.
O governo federal deverá divulgar a lista oficial de bets autorizadas a funcionar a partir desta terça-feira (1). O processo de legalização das apostas, além de exigir o cadastro, também inclui o pagamento de uma outorga de R$ 30 milhões por parte das empresas que desejam operar de forma legal no Brasil, com previsão de entrada em vigor em 2025.
A decisão do Google de proibir anúncios de empresas não certificadas reflete o compromisso da empresa em seguir as novas regras impostas pelo governo.
EUA - Na segunda-feira, 13, as empresas Apple e Google integraram em seus sistemas operacionais uma ferramenta que alerta os usuários de iPhone e Android caso alguém esteja os rastreando por meio de um localizador sem fio ou Bluetooth. Conforme comunicado da Apple, o recurso, chamado de "Detecção de Rastreador Indesejado", foi lançado a partir de segunda-feira, 13, no sistema iOS 17.5 da Apple e em dispositivos Android 6.0+.
A ferramenta detecta se um dispositivo Bluetooth desconhecido se move próximo ao usuário por um período de tempo e, em seguida, envia um alerta com a mensagem "[Elemento] encontrado se movendo com você".
No caso do iOS, o próprio iPhone pode identificar o ID do dispositivo que está rastreando, emitir um som para ajudar na localização e fornecer instruções para desativá-lo.
A Apple também destacou sua colaboração pioneira com a Google no setor, enfatizando que oferece "instruções e melhores práticas para fabricantes" que optem por incluir funções de alerta de rastreamento indesejado em seus produtos.
O novo recurso surge em resposta à controvérsia em torno dos sistemas de rastreamento sem fio de ambas as empresas, como o AirTag da Apple, que visa encontrar objetos perdidos ou roubados mostrando sua localização.
No entanto, esses sistemas às vezes têm sido utilizados por criminosos para rastrear outras pessoas.
A Apple assegurou que empresas como Motorola ou Pebblebee também se comprometeram a incorporar essa nova função em seus dispositivos.
EUA - A Google está a testar uma nova funcionalidade para o Chrome que permitirá aos utilizadores prestarem mais atenção à forma como o navegador usa a memória do computador.
Esta funcionalidade dará aos utilizadores a informação de quanta memória é usada por cada separador do Chrome. Para tal, bastará colocar o cursor do rato em cima de um separador, surgindo assim a memória que é usada pelo navegador para manter a informação aberta naquele site.
Esta solução não será certamente ideal para todos os utilizadores, sobretudo para os que procuram informações mais específicas. No entanto, será sim uma forma de os utilizadores saberem que separadores podem fechar em caso verifiquem um abrandamento do PC.
Notar que esta opção está a ser testada na versão Canary do Chrome, pelo que não se sabe ainda quando será disponibilizada na versão do navegador disponível para todos os utilizadores.
POR MIGUEL DIAS / NOTICIAS AO MINUTO
EUA - O Google comemora nesta quarta-feira (27) seus 25 anos. Tudo começou na Universidade de Stanford, na Califórnia, Estados Unidos, onde dois estudantes de doutorado criaram o que seria não somente o maior motor de buscas da internet, mas também a tecnologia que alavancaria um império da publicidade digital e da economia da atenção --a disputa pelo tempo escasso das pessoas.
A mesma plataforma entrega respostas a 8,5 bilhões de buscas diárias, serviço de publicidade a 89 milhões de sites e recebe dados de fontes diversas, como o navegador Google Chrome, o sistema operacional Android, o serviço de email Gmail e a nuvem Google Drive. Esse ecossistema de marketing digital, serviços e vigilância faz a Alphabet ser avaliada em US$ 1,66 trilhões (R$ 8,21 trilhões) nesta segunda-feira (25).
O buscador não esclarece por que escolheu 27 de setembro de 1998 como sua data de criação, já que foi em 4 de setembro daquele ano que a empresa Google foi registrada.
DAS BUSCAS À LIDERANÇA NA PUBLICIDADE
Os fundadores Larry Page e Sergey Brin iniciaram esse império da tecnologia ainda antes, com um investimento inicial de US$ 100 mil (R$ 487 mil) e a invenção, em 1995, do PageRank --um índice de relevância para cada página da web. A medida proposta era o número e a qualidade dos links que, em outros endereços da web, indicavam a página em questão.
A suposição dos criadores do Google, que à época se chamava BackRub --massagem nas costas em inglês-- foi a de que os sites mais importantes receberiam mais direcionamento dos outros endereços da web.
O nome Google é uma adaptação de googol, número equivalente a 10 elevado à centésima potência (dez duotrigintilhões), em referência exagerada ao número de páginas indexadas na plataforma.
O sistema de ranqueamento permitiu a criação de um buscador mais eficiente do que o da concorrência à época, representada sobretudo pelo Yahoo. Os mecanismos de pesquisa existentes consideravam quantas vezes o termo buscado aparecia em cada uma das páginas da internet para classificá-las. Uma busca a palavra "internet", por exemplo, retornava em primeiro lugar uma página escrita em ideogramas chineses em que o vocábulo era repetido várias vezes sem contexto.
O sistema também serviu para tornar a ferramenta Google AdWords (2000), que vende anúncios no próprio buscador, mais eficiente em atrair compradores do que a concorrência. Esse modelo de marketing digital ultrapassou fronteiras em 2003, com o lançamento do AdSense, que faz o meio campo entre anunciantes e sites usuários do serviço.
Em 2018, o AdWords passou por uma reformulação completa, passou a também vender anúncios para terceiros e, desde então, se chama Google Ads. No fim de 2022, o Google recebia 28,8% do total de receitas ligadas a marketing digital, de acordo com a consultoria Insider Intelligence.
O teórico de mídia Jeff Jarvis, autor do livro "O que a Google Faria" (2009), avalia que o buscador dominou a internet com um modelo de negócios antigo --o da mídia de massas. O executivo Eric Schmidt liderou o Google entre 2001 e 2011 nessa virada em direção à publicidade.
"O que o Google fez foi criar um novo mercado de anunciantes que não podia pagar os preços cobrados por jornais, revistas, rádios e televisão. Assim, esses empreendedores puderam fazer marketing de maneira eficiente na escala adequada", diz Jarvis.
Entre 2010 e 2011, o valor de mercado do Google já oscilava entre US$ 300 bilhões (R$ 1,5 trilhão) e US$ 400 bilhões (R$ 2 trilhões) em valores corrigidos pela inflação.
ECOSSISTEMA DE SERVIÇOS
A inovação técnica nesse serviço veio a reboque de análise de grandes quantidades de dados, modelos preditivos e inteligência artificial para entregar o anúncio adequado para o cliente mais provável, sem a necessidade de grandes departamentos de marketing.
O primeiro dado coletado foi o que os usuários buscavam, mas isso não bastava para abastecer a gigante com as informações necessárias. À medida que a máquina publicitária crescia, o Google montou um ecossistema de serviços de qualidade capaz de atrair milhões de usuários.
Na primeira leva, vieram produtos corporativos, como a pesquisa especializada para o ambiente empresarial, em 2002.
Dois anos depois, veio o Gmail, primeiramente para testadores e lançado para todos em 2007. No ano seguinte, nasceu o Chrome, um dos principais navegadores da internet. Os aplicativos de produtividade hoje imbuídos em todo o sistema Google, como a agenda digital, o editor de documentos, planilhas e apresentações, vieram em 2009.
Em 2006, a empresa comprou o YouTube, plataforma de compartilhamento de vídeos utilizada em todo o mundo e que hoje também funciona como serviço de streaming de músicas, filmes pagos e outros serviços de conteúdo audiovisual.
No entanto, a maior aquisição do Google nesse período foi a empresa de publicidade digital DoubleClick, principal concorrente do AdSense. A União Europeia avaliou à época que a compra não prejudicaria o mercado de atuação das empresas.
O DoubleClick se tornou líder deste mercado no início deste milênio ao colecionar informações de usuários procedentes de diversos sites, por meio dos chamados cookies (biscoito em inglês) --arquivo padrão que armazena dados durante a visita a um endereço virtual. O DoubleClick usava isso para direcionar anúncios de acordo com o comportamento da pessoa-alvo.
Essa tecnologia possibilitou que o Google ampliasse seu modelo de coleta de dados e afinasse o direcionamento de conteúdo.
O último movimento certeiro na consolidação do império em 2008 foi a liderança no desenvolvimento do sistema operacional Android --presente em celulares de marcas como Samsung, Motorola e Xiaomi, é o principal concorrente do iOS, sistema dos iPhones, da Apple.
Em 2014, os dispositivos móveis ultrapassaram os computadores pessoais como principal meio de acesso à internet no mundo, de acordo com a consultoria ComScore. Hoje, o Android responde por 71% do mercado de sistemas operacionais de celulares.
Nos smartphones, o Google coleta, além de dados de identificação do usuário, informações sobre uso de cada aplicativo ou serviço usado no dispositivo. "Antes da coleta, o sistema operacional notifica e pede consentimento", diz a empresa. É possível consultar os dados que o Google coleta neste link.
Como resposta ao modelo de economia da atenção, governos e a sociedade passaram a reivindicar mais transparência e privacidade. Nesse movimento, os sites comeram a publicar se usam cookies e também políticas de privacidade. O próprio Google anunciou, em 2022, que deixaria de usar cookies de terceiros no próximo ano e testa, desde então, alternativas para seu sistema de publicidade.
"O Google, hoje, tem dados o suficiente para direcionar seus anúncios para sobreviver depois de legisladores acabarem com os cookies. A velha mídia é a que está menos preparada", diz o escritor Jeff Jarvis.
GOOGLE NA POLÍTICA
Esse domínio sobre o mercado da atenção e os dados na internet também direcionou a relação do Google com governos.
Em 2020, a gigante de buscas, com outras big techs como Apple, Microsoft, Twitter, Amazon e Facebook precisou comparecer a sessões do Congresso americano para esclarecer suspeitas de estratégias anticompetitivas e amplo poder de monopólio, afetando ainda a dimensão política do país.
O produto destas oitivas foi um relatório de 449 páginas criado pela Câmara dos Representantes, afirmando que todas as companhias abusaram de seu poder de mercado, e recomendando uma total reformulação do modelo de negócios destas empresas.
A plataforma de vídeos preocupou o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pela falta de transparência na moderação e pelos incentivos financeiros para produtores de conteúdo extremista --desinformação dá audiência.
Entram na conta ainda as ameaças da empresa à retirada de serviços por todo o mundo em resposta à regulamentação da divulgação de conteúdo online.
Na Austrália, por exemplo, a gigante de buscas ameaçou deixar o país caso o projeto de lei obrigando as plataformas a remunerarem os meios de comunicação pelo uso de conteúdo noticioso avançasse. No Canadá, a empresa removeu os links para notícias dos resultados de pesquisa e de outros produtos quando uma lei obrigando as big techs a pagarem por conteúdo jornalístico entrou em vigor. Também tentou burlar a lei de proteção de dados da União Europeia.
Nesses casos, o Google enviou alertas aos usuários de que as legislações colocavam em risco os "serviços gratuitos" oferecidos pela plataforma nesses países.
No Brasil, por sua vez, o Google lançou uma ofensiva contra o PL 2630, conhecido como PL das Fake News, mostraram emails, capturas de tela e relatos obtidos pela Folha de S.Paulo, e sugeriu um levantamento do NetLab.
Quem usava o buscador se deparava com um link bem embaixo da caixa de busca, com os dizeres: "O PL das Fake News pode piorar sua internet". O link direcionava para um post do blog do Google com inúmeras críticas ao projeto, que não foi votado após a campanha, e não possui data para retornar à pauta.
À época, o Google afirmou à Folha de S.Paulo que não privilegiava nenhum link na internet, o que incluiria os links da própria empresa. "Nossos sistemas de ranqueamento se aplicam de forma consistente para todas as páginas da web, incluindo aquelas administradas pelo Google."
Neste mês de setembro, a empresa passou a responder ao maior julgamento antitruste da história sobre acordos bilionários com operadoras de telefonia móvel e outros que ajudaram a tornar o Google o mecanismo de busca padrão da maioria dos celulares do mundo.
A professora de tecnologia, mídia e comunicações da Universidade de Columbia (em Nova York), Anya Schiffrin, afirma que a relação com o governo e a sociedade sempre foram pilar dos negócios do Google. "Tanto é que o primeiro chefe-executivo do Google, Eric Schmidt, é um lobista experiente".
Schmidt liderou o Google durante a escalada nos negócios entre 2001 e 2011. Depois, continuou na presidência do conselho da Alphabet, holding que controla o Google, até 2019. Ele deixou a empresa de forma definitiva em 2020 para se dedicar a projetos militares dos EUA envolvendo tecnologia.
Agora, comanda o Google Sundar Pichai, chefe-executivo da Alphabet desde 2015. Em 2017, a empresa redirecionou o foco dos smartphones para a inteligência artificial. Embora quase todos os produtos Google contem com IA, a principal esperança da gigante da tecnologia até agora é o Bard, um modelo similar ao ChatGPT. Os resultados dessa aposta, entretanto, ainda estão por vir.
por MATHEUS TUPINA E PEDRO S. TEIXEIRA / FOLHA de S.PAULO
EUA - O Google está testando uma ferramenta de inteligência artificial que pode escrever notícias, na mais recente evidência de que a tecnologia tem potencial para transformar profissões.
A ferramenta, conhecida como Genesis, usa a tecnologia IA para absorver informações como detalhes de eventos atuais e, em seguida, criar notícias.
O Google disse que estava nos estágios iniciais de exploração da ferramenta de inteligência artificial, que poderia ajudar os jornalistas com opções de manchetes ou diferentes estilos de redação. Ressaltou que a tecnologia não se destina a substituir os jornalistas.
“Essas ferramentas não pretendem substituir o papel que os jornalistas têm na reportagem, criação e verificação de fatos de seus artigos. Nosso objetivo é dar aos jornalistas a opção de usar essas tecnologias emergentes de uma forma que melhore seu trabalho e produtividade, assim como estamos disponibilizando ferramentas assistivas para as pessoas no Gmail e no Google Docs”, afirmou o Google.
Dois executivos do New York Times que viram o discurso disseram que “parecia não dar valor ao esforço necessário para produzir notícias precisas e engenhosas”.
O jornal citou uma pessoa familiarizada com o produto dizendo que a ferramenta serviria como um “assistente pessoal para jornalistas” para automatizar algumas tarefas, e que o Google viu isso como uma oportunidade para ajudar a “afastar a indústria editorial das armadilhas da IA generativa”.
A mudança ocorre depois que a OpenAI e a Associated Press fizeram um acordo para que o criador do ChatGPT use o arquivo de histórias da agência de notícias com o objetivo de treinar seus modelos de IA, que ingerem grandes quantidades de material para produzir respostas plausíveis.
Em um relatório do mês passado, o grupo de contabilidade KPMG estimou que 43% das tarefas realizadas por autores, escritores e tradutores poderiam ser realizadas por ferramentas de IA. A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico informou na semana passada que as principais economias estavam à beira de uma “revolução da IA” que poderia levar à perda de empregos em profissões qualificadas, como direito, medicina e finanças.
por diegof / ISTOÉ
EUA - O Google anunciou uma série de novidades para os assinantes do serviço Google One nesta quinta-feira (23). Em destaque, o recurso Magic Eraser foi disponibilizado dentro do app Google Fotos para dispositivos Android e iPhone (iOS).
Antes exclusiva dos celulares Google Pixel, a ferramenta de machine learning remove objetos de fotos com poucos toques. Com isso, é possível eliminar os famosos “photobombers” ou qualquer outra distração que esteja estragando um clique perfeito.
Os membros do Google One encontrarão o Magic Eraser ao acessar as opções de edição do app Google Fotos. Então, basta tocar em cima ou circular os elementos que devem ser apagados para obter uma nova versão da imagem.
Google Fotos testa busca por rosto das pessoas; veja como funciona
Um detalhe interessante é que a ferramenta pode ser usada para fotos mais antigas que foram salvas na nuvem e registradas por outros dispositivos. Assim, os assinantes poderão “brincar” com a novidade que começará a ser disponibilizada a partir de hoje (23).
Mais novidades do Google One
Outra novidade exclusiva para assinantes do Google One é o efeito HDR no Google Fotos. Ao editar as imagens e vídeos, o recurso equilibra os planos escuros e fundos claros — ou vice-versa — e deixa cada detalhe da cena mais perceptível.
O Google Fotos também está recebendo melhorias para o editor de colagens. Segundo a empresa, a ferramenta ganhou novos visuais exclusivos para os membros do plano, permitindo criar inúmeras compilações personalizadas de imagens.
No Brasil, o Google One tem planos mensais a partir de R$ 6,99. Além dos novos recursos do Google Fotos, todos os formatos de assinatura incluem serviços de armazenamento na nuvem e backup de dispositivos.
por Lupa Charleaux
EUA - O Google anunciou, na terça-feira (14), o lançamento do Privacy Sandbox Beta no Android 13. O programa chega em uma versão de testes com APIs que não usam identificadores para rastrear a atividade dos usuários em apps e sites.
Com o objetivo de trazer mais privacidade, acabar com os cookies e oferecer publicidade personalizada, o Privacy Sandbox anonimiza a navegação na internet. Quem participar desta etapa poderá configurar o dispositivo para mostrar propagandas relevantes sobre cinema ou atividades ao ar livre, por exemplo, sem entregar dados mais pessoais.
A pessoa também pode bloquear temas que possivelmente são desinteressantes, como dança, notícias locais e investimentos.
De acordo com a gigante da tecnologia, quem for convidado para participar da iniciativa receberá um aviso. Mesmo que o usuário decida contribuir com o Privacy Sandbox Beta, ele poderá posteriormente desligar a configuração.
Nesta etapa, o Privacy Sandbox está disponível somente para uma pequena porcentagem de aparelhos que utilizam Android 13. A ideia é lançar o serviço para mais dispositivos ao longo do tempo.
Comprometimento com usuários e empresas
No anúncio em que fala sobre a disponibilidade do beta do Privacy Sandbox no Android 13, o vice-presidente de privacidade do Google, Anthony Chavez, defendeu que a iniciativa busca atender interesses difusos. No caso dos usuários, a ideia é proteger a privacidade, enquanto no caso das empresas, o objetivo é continuar viabilizando uma publicidade efetiva.
Neste sentido, ele defendeu que a gigante de Mountain View não quer utilizar “estratégias bruscas”. Esta foi uma crítica à Transparência de Rastreamento de Aplicativos (ATT), uma nova política de privacidade da Apple que gerou insatisfação e prejuízos financeiros para empreendimentos como a Meta.
“Estratégias bruscas, que não oferecem alternativas viáveis, são prejudiciais aos desenvolvedores, e tampouco aprimoram a privacidade. Tudo isso acaba levando a formas ainda menos privadas de rastrear usuários, como ‘impressões digitais’ de aparelhos”, citou Chavez.
Para marcar que o Google está agindo diferente na tentativa de trazer mais privacidade aos usuários sem destruir a publicidade online, o executivo argumentou que centenas de empresas já enviaram sugestões e críticas sobre o Privacy Sandbox.
“A evolução da publicidade digital rumo a uma privacidade aprimorada para usuários, afastando-se da dependência do rastreamento entre apps, é essencial para o futuro de um ecossistema móvel próspero. Continuaremos trabalhando em estreita parceria com desenvolvedores, profissionais de marketing e autoridades reguladoras”, afirmou o executivo.
por Carlos Palmeira / TecMundo
EUA - Uma vulnerabilidade no Google Chrome colocou em risco os dados de mais de 2,5 bilhões de usuários do navegador em todo o mundo. De acordo com a empresa de segurança cibernética Imperva, o erro permitia roubar informações confidenciais, credenciais de provedor na nuvem e até criptomoedas.
Em relatório divulgado na última quarta-feira (11), a companhia explicou que a falha surgiu devido à forma como o browser da gigante das buscas interagia com links simbólicos ao processar diretórios e arquivos. Esses links ajudam na criação de atalhos, redirecionamento de caminhos e na organização de arquivos.
No entanto, o software não verificava corretamente se os links simbólicos apontavam para um local inacessível, facilitando o roubo de arquivos confidenciais. Em um eventual cenário de ataque, cibercriminosos poderiam induzir um usuário de carteira criptográfica, por exemplo, a acessar um site falso e baixar um arquivo com link simbólico para uma pasta no dispositivo.
Ao executar o arquivo que se passava pelas chaves de recuperação do serviço, a vítima acabaria abrindo as portas para os invasores, liberando o acesso ao arquivo original com as suas credenciais verdadeiras. A empresa não informou se essa falha no Google Chrome chegou a ser explorada.
Edge e outros também foram afetados
Identificada tecnicamente como CVE-2022-3656, a vulnerabilidade no Chrome também afetava os demais navegadores baseados no Chromium. Ou seja, usuários do Microsoft Edge, Mozilla Firefox e Opera, entre outros programas, corriam o mesmo risco de ter dados confidenciais acessados por invasores.
Apelidado de SymStealer pelos pesquisadores, o bug foi notificado ao Google logo após a sua descoberta, no ano passado, que o classificou como de gravidade média. A boa notícia é que o problema teve uma rápida correção, por meio de atualizações no Chrome 107 e no Chrome 108, lançadas em outubro e novembro, respectivamente.
Para evitar quaisquer riscos, a recomendação é atualizar o Google Chrome imediatamente, caso esteja utilizando versões antigas. “É importante sempre manter seu software atualizado para se proteger contra as vulnerabilidades mais recentes e garantir que suas informações pessoais e financeiras permaneçam seguras”, alertou a empresa de cibersegurança.
por André Luiz Dias Gonçalves / TECMUNDO
INDONÉSIA - A Indonésia anunciou nesta quinta-feira (15) a abertura de uma investigação sobre as supostas práticas comerciais desleais do Google com relação às condições de pagamento que impõe aos desenvolvedores no Google Play, sua plataforma de download de aplicativos.
As autoridades indonésias suspeitam que o Google “abusa de sua posição dominante” para impor condições de venda a seu favor e “práticas discriminatórias na distribuição de aplicativos digitais na Indonésia”.
O Google Play é o principal serviço de download de apps móveis neste país de 270 milhões de habitantes.
Os desenvolvedores que oferecem seus aplicativos na plataforma precisam pagar comissões de 15% a 30% sobre suas vendas, muito acima dos 5% cobrados por outros sistemas, segundo uma investigação da autoridade local competente.
No entanto, “os desenvolvedores não podem se negar a cumprir essa obrigação, já que o Google pode impor sanções e eliminar seus aplicativos do Google Play, impedindo-os de realizar atualizações”, explicou.
O gigante americano da internet já é investigado em outros países e foi inclusive objeto de condenações.
A justiça europeia infringiu um duro revés ao Google esta semana ao confirmar uma multa recorde de mais de 4 bilhões de euros determinada em 2018 por Bruxelas por abuso de sua posição dominante com o sistema móvel Android.
BRUXELAS - A Amazon e o Google, da Alphabet, criticaram as mudanças na computação em nuvem realizadas pela Microsoft na terça-feira, dizendo que as alterações limitam a concorrência e desencorajam os clientes a mudar para rivais.
A Microsoft anunciou na segunda-feira alterações nos acordos de licenciamento e outras mudanças que entrarão em vigor em 1º de outubro, que, segundo a empresa, facilitarão a concorrência dos provedores de serviços em nuvem.
Amazon, Google, Alibaba e os serviços em nuvem detidos pela própria Microsoft serão excluídos dos acordos.
A decisão ocorreu depois que concorrentes menores da União Europeia reclamaram sobre as práticas de serviços em nuvem da Microsoft aos reguladores antitruste do bloco.
A Amazon, provedora líder de serviços em nuvem, seguida pela Microsoft e pelo Google, foi contundente em suas críticas.
"A Microsoft agora está elevando as mesmas práticas prejudiciais, implementando ainda mais restrições em uma tentativa injusta de limitar a concorrência que enfrenta - em vez de ouvir seus clientes e restaurar o justo licenciamento de software na nuvem para todos", disse um porta-voz da AWS, unidade da Amazon de serviço em nuvem, em um e-mail.
Marcus Jadotte, vice-presidente do Google para assuntos governamentais e de política do Google Cloud, foi igualmente crítico.
"A promessa da nuvem é uma computação flexível e elástica sem bloqueios contratuais", disse ele em um tuíte.
"Os clientes devem poder mover-se livremente entre plataformas e escolher a tecnologia que funciona melhor para eles, em vez do que funciona melhor para a Microsoft", disse Jadotte.
Por Foo Yun Chee / REUTERS
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