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SÃO PAULO/SP - Há muito tempo se houve falar que a carne de frango contém resíduos de hormônios. O rápido crescimento das aves seria o motivo dessa percepção do consumidor. Trata-se de um mito.

Houve, efetivamente, na história tecnológica da avicultura, a utilização de substâncias químicas com a finalidade de estimular o crescimento e a eficiência alimentar dos penosos. Eles se tornaram, entretanto, obsoletos. Acabaram substituídos. E, depois, foram proibidos. No Brasil, os “hormônios” estão fora da avicultura desde 2004. (Mapa/IN 17, 18/06/2004).

Pelo menos 4 razões garantem a qualidade da carne de frango hoje produzida no Brasil:

1- O governo monitora a qualidade das carnes através do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (MAPA/PNCRC – Animal/2019).

Seus dados mostram que, entre as 3.043 amostras de aves analisadas em 2019, apenas 4 deram inconformidade. Existe saudabilidade absoluta em 99,87% dos casos. Das 4 amostras detectadas com irregularidade, 3 delas apresentaram resíduos de nicarbazina em músculo e uma apresentou resíduos de arsênio em fígado de frangos. Tais substâncias não são hormônios. Delas, a mais preocupante é a primeira, um antiparasitário utilizado para combater protozoários do gênero Eimeria, causadores da doença da coccidiose em aves.

2- Hormônios são moléculas proteicas e, caso sejam ingeridas pelo animal, serão fatalmente degradadas no organismo. Por isso, como no ser humano, os hormônios não podem ser administrados via oral. Ou seja, se os avicultores quisessem utilizar hormônios em seus planteis, teriam que aplicar a substância por injeção, ave por ave. Repetidas vezes. Ora, como o Brasil aloja perto de 1,5 bilhão de aves em seus aviários, essa operação seria, obviamente, impossível de ser realizada.

3- Os hormônios exigem um tempo de latência, entre 60 a 90 dias, para sua atuação e resposta orgânica do animal que o recebeu. Acontece que os frangos de granja vivem metade desse tempo, pois são abatidos com 42-50 dias de idade. Ou seja, inexiste tempo hábil para que os “hormônios” tragam resultados em tão curto período de vida.

4- O Brasil se tornou o maior exportador mundial de carne de frango, com 4,2 milhões de toneladas vendidas ao exterior em 2019. O mercado global exige, no comércio de alimentos, cumprimento absoluto das normativas do Codex Alimentarius (FAO/ONU). Se o frango brasileiro não fosse sadio, criado respeitando as normas internacionais, as empresas importadoras, de dezena de países, não o comprariam. Simples assim.

O rápido crescimento dos frangos deve-se, basicamente, ao melhoramento genético das aves combinado com sistemas de nutrição animal, baseados na utilização de rações enriquecidas e balanceadas. Sua conversão alimentar é surpreendente. O avanço tecnológico influenciou até o frango caipira, que normalmente se abate entre 4-5 meses. Raças “caipira-chique” ficaram mais precoces e amaciaram sua carne.

Frango assado, chester ou peru: pode preparar seu Natal sem medo de ser feliz. O conhecimento técnico-científico prova ser um mito que a carne de frango tem hormônios.

 

 

*Por: XICO GRAZIANO / PODER360

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