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MUNDO - Uma associação global que representa 85 mil atletas pediu, na última terça (8), a expulsão do Irã de competições internacionais caso o país execute o campeão de luta greco-romana Navid Afkari, cujo caso provocou revolta internacional.

O lutador de 27 anos enfrenta duas penas de morte desde que foi condenado por matar um segurança a facadas e por outras acusações ligadas a protestos antigoverno em 2018, diz a mídia estatal.

“O ato horroroso de executar um atleta só pode ser considerado um repúdio aos valores humanitários que sustentam o esporte”, disse o diretor da Associação Mundial de Atletas (AMA), Brendan Schwab, em comunicado.

“Como resultado, o Irã deve perder o direito de ser parte da comunidade universal do esporte”, afirma o dirigente.

Afkari diz que foi torturado para fazer uma confissão falsa, afirmam familiares e ativistas. Além disso, o advogado do atleta diz não haver prova de sua culpa.

O Judiciário iraniano nega as alegações de tortura. “Com base em indícios claros, Afkari matou um homem inocente a facadas. Ele confessou ao tribunal. O tribunal emitiu a pena de morte com base em indícios fortes, e a Suprema Corte manteve a pena de morte”, disse a entidade em comunicado divulgado pela mídia iraniana na semana passada.

Grupos de direitos humanos e autoridades estrangeiras, inclusive o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, clamam por um indulto, e nas redes sociais circula uma campanha a favor do atleta com a hashtag #SaveNavidAfkari.

 

 

*Por Parisa Hafezi e Brian Homewood / REUTERS

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