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RÚSSIA - Uma menina russa que foi separada do pai por ter feito um desenho de apoio à Ucrânia na escola foi entregue pelas autoridades à mãe, com quem não convivia há vários anos.

No início de março, as autoridades russas separaram Maria (Masha) Moskaliova, de 13 anos, de seu pai, com quem ela morava sem a mãe, e a adolescente foi internada em um centro para menores.

O pai, Alexei Moskaliov, foi condenado a dois anos de prisão pela acusação de desacreditar o exército. Ele provocou grande comoção entre a opinião pública depois de fugir da prisão domiciliar.

Na semana passada, ele foi detido e nesta quinta-feira estava prevista uma audiência em um tribunal de Yefremov que decidirá sobre a retirada da custódia de sua filha.

As autoridades russas anunciaram na quarta-feira à noite que a mãe da jovem, Olga Sichikhina, que não mora com ela há anos, apareceu e assumiu a custódia da filha.

A comissária russa para os direitos das crianças, Maria Lvova-Belova, anunciou no Telegram que a menina está com a mãe.

"Como muitos de vocês sabem, ela não mora com a mãe há muitos anos e tinham pouco contato", escreveu Lvova-Belova.

"A princípio, Masha não queria ficar com ela", informou a comissária, antes de acrescentar que a menina mudou de opinião.

A história de Masha e seu pai chocou a opinião pública na Rússia e se tornou um caso emblemático da repressão contra aqueles que criticam a ofensiva militar do Kremlin na Ucrânia.

Uma petição que pede a devolução da menina ao pai recebeu mais de 145.000 assinaturas.

Alexei Moskaliov, 54 anos, foi acusado de "desacreditar" o exército por criticar nas redes sociais a operação militar na Ucrânia. Ele foi condenado no fim de março a dois anos de prisão.

A ONG russa OVD-Info publicou na quinta-feira uma breve carta de Moskaliov a sua filha, um documento transmitido aos ativistas pelo advogado do pai, Vladimir Bilienko.

"Mashenka (diminutivo carinhoso de Maria), é seu pai que te escreve. Por favor aguente. As pessoas estão procurando formas de te ajudar", afirma a nota escrita às pressas.

Na semana passada, uma carta da menina foi divulgada. No texto, ela expressava apoio ao pai.

"Eu te amo muito, você não é culpado de nada, sempre estarei ao seu lado", escreveu.

 

 

AFP

RÚSSIA - Masha Moskaleva, uma estudante russa de 13 anos, foi detida em um centro de reabilitação de menores após fazer um desenho em apoio à Ucrânia e ao fim da guerra. A imagem foi feita durante uma aula de artes na escola primária de Yefremov, em Tula, em abril de 2022.

No desenho, é possível ver uma mulher e uma criança no centro da imagem, cercadas pelas bandeiras russa e ucraniana, acompanhada de mísseis. Na bandeira da Rússia, a garota escreveu: ‘não à guerra’, enquanto na bandeira da Ucrânia: ‘glória à Ucrânia’.

De acordo com o pai da garota, Aleksey Moskalev, a professora levou o desenho à diretoria da escola, que, imediatamente, alertou as autoridades. Apesar disso, Masha conseguiu deixar o centro de ensino sem que fosse identificada como autora do desenho.

Aleksey, no entanto, decidiu visitar o local no dia seguinte para resolver o corrido, contudo, sua presença fez com que autoridades voltassem à escola.

O pai e a criança, então, foram encaminhados para delegacia para prestar esclarecimentos. Aleksey foi multada em 32 mil rublos (cerca de R$ 2 mil) e acusado de desacreditar das Forças Armadas da Rússia após comentários contrários aos militares russos em suas redes sociais.

Masha e Aleksey chegaram a ser procurados oito meses depois pelas autoridades. Na véspera do Ano Novo, cinco viaturas policias e um caminhão de bombeiros pararam na porta da casa da família. Os policiais fizeram apreensões de bens e levaram Aleksey, após interrogatório, no qual ele afirmou ter sofrido pressão psicológica.

“Eles me trancaram em um quarto por duas horas e meia e colocaram o hino nacional no volume máximo”, relatou.

Em fevereiro, a família abandonou a cidade.

As autoridades, no entanto, voltaram a procurá-los na última quarta-feira (1º). O encontro terminou com a detenção por dois dias de Aleksey, após julgamento e condenação à prisão domiciliar por seu posicionamento “anti-Rússia”.

Masha, por sua vez, foi levada para um centro de reabilitação de menores, onde continua detida até quarta-feira (8).

 

 

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