EUA - A X Corp., empresa de Elon Musk responsável pela rede social X, interveio no caso da compra do site InfoWars, do conspiracionista Alex Jones, pela publicação satírica The Onion. A transação, que incluiu o site e outros ativos relacionados, agora enfrenta resistência devido às contas do InfoWars na rede social X.
O The Onion venceu o leilão pela aquisição do InfoWars, mas a X Corp. argumenta que as contas da plataforma não pertencem a Alex Jones ou ao InfoWars, e, portanto, não podem ser vendidas. Nos documentos apresentados em tribunal nesta segunda-feira, a empresa afirmou: “A venda das Contas X, conforme solicitado, seria uma transferência indevida da licença para utilizar os Serviços da X Corp. Tal venda violaria claramente os Termos de Serviço da X Corp. e os seus direitos de propriedade”.
Os advogados da X sustentam que as contas na rede social são "propriedade exclusiva" da empresa, de acordo com seus Termos de Serviço, e não podem ser vendidas ou licenciadas sem consentimento prévio. “Estão tentando vender algo que não possuem ou sobre o qual não têm qualquer interesse legal”, acrescentaram.
A decisão marca mais um episódio controverso envolvendo Elon Musk e Alex Jones. Em 2023, pouco após Musk assumir o controle do então Twitter, as contas do InfoWars, que haviam sido banidas permanentemente em 2018 pela antiga administração, foram restauradas.
Segundo o site TechCrunch, este movimento reforça o apoio de Musk a Jones e ao InfoWars, mesmo em meio a diversas controvérsias envolvendo o teor conspiratório e polêmico do conteúdo do site.
POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL
BRASÍLIA/DF - O bilionário Elon Musk usou seu perfil no X (antigo Twitter), rede social da qual é dono e que está suspensa no Brasil por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para agradecer uma manifestação do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) sobre o bloqueio das contas bancárias da Starlink no Brasil, também por decisão de Moraes.
Musk repostou um vídeo neste domingo, 1º, em que Lira critica o bloqueio. "Se no escândalo das Americanas fôssemos bloquear a conta da Ambev não seria correto. Então, a briga jurídica envolvendo X nunca deveria ter sido extrapolada para bloqueio de contas da empresa Starlink", avaliou Lira em um evento promovido pela XP Investimentos neste sábado. Na publicação, o bilionário escreveu que "o apoio" de Lira é "apreciado". O vídeo compartilhado é do portal Metrópoles.
As contas da Starlink, empresa do bilionário que fornece internet via satélite, foram bloqueadas por Moraes com o intuito de garantir o pagamento das multas aplicadas pela Justiça brasileira contra o X após a plataforma não cumprir decisões judiciais de remoção de conteúdo e bloqueio de perfis.
Segundo juristas ouvidos pelo Estadão, o bloqueio de bens da Starlink como forma de quitar as dívidas do X é excepcional no mundo jurídico e seria cabível apenas se a existência de fraude fosse comprovada.
Além de bloquear as contas da empresa, Moraes também determinou a suspensão do X no Brasil depois que a rede social se recusou a apontar um representante legal no País.
Segundo apurou o Estadão, mesmo após a notificação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aos cerca de 20 mil provedores de internet que prestam serviços no País, a Starlink segue permitindo o acesso dos usuários à rede social.
POR ESTADAO CONTEUDO
EUA - Um grupo de acionistas da Tesla está protestando contra o pacote de pagamento de US$ 46 bilhões (aproximadamente R$ 236 bilhões) de Elon Musk, que o tornou o homem mais rico do mundo no começo de 2024, levantando preocupações sobre a governança corporativa da empresa. Em uma carta aberta, o grupo pede aos acionistas que votem contra o pacote de pagamentos a Musk e a reeleição de dois membros do conselho, considerados aliados ao bilionário: Kimbal Musk, irmão de Elon, e James Murdoch, ex-CEO da 21st Century Fox.
A carta destaca uma "falha de governança material" e acusa o conselho da empresa de ser "excessivamente dependente do CEO Musk". Os acionistas argumentam que os laços pessoais estreitos entre Musk e os diretores comprometem a independência necessária para uma governança eficaz.
Em janeiro de 2024, uma decisão judicial anulou o acordo de 2018 fechado entre a Tesla e o seu dono, Elon Musk, em que foi acertado o pagamento de US$ 55,8 bilhões (equivalente a R$ 287 bilhões) ao empresário. A juíza Kathaleen McCormick, de Delaware, considerou o plano injusto para os acionistas e destacou conflitos de interesse no conselho.
McCormick escreveu que o conselho da Tesla forneceu informações falsas e enganosas aos acionistas antes da votação de 2018 e que a maioria dos membros do conselho da empresa estava ligada a Musk ou tinha conflitos de interesse.
Musk e o resto do conselho da Tesla pediram posteriormente aos acionistas que aprovassem uma transferência da Tesla de Delaware para o Texas e que restabelecessem o pacote salarial de Musk. Os votos podem ser enviados antes da reunião anual da Tesla em 13 de junho.
O pacote acordo foi estimado anteriormente em US$ 56 bilhões, mas as opções de ações no plano foram avaliadas mais recentemente em US$ 46 bilhões.
Conflitos de interesse e uso de drogas
A carta dos acionistas aponta para o declínio de 62% no preço das ações da Tesla e sugere que as "distrações causadas pelos muitos projetos de Musk" contribuíram para o baixo desempenho da empresa. Eles citam especificamente a aquisição do Twitter, hoje X, como um complicador.
As controvérsias envolvendo Musk, incluindo brigas com reguladores e declarações polêmicas, são vistas como prejudiciais à reputação da Tesla. O grupo de acionistas expressa preocupação com o impacto dessas questões na imagem da empresa.
A carta acusa Musk de usar a Tesla para beneficiar seus outros empreendimentos comerciais. Eles mencionam o uso de engenheiros da Tesla em projetos do Twitter e a transferência de funcionários-chave para a nova empresa de Musk, a xAI.
Musk está pressionando o conselho da Tesla para conceder-lhe outro megapacote de pagamento, segundo a carta. Os acionistas vêem isso como uma ameaça e uma prova da influência excessiva de Musk sobre o conselho.
O grupo critica o conselho por permitir que Musk se dedique a muitos projetos fora da Tesla, o que, segundo eles, afeta sua capacidade de liderar a empresa de forma eficaz.
A carta menciona ainda uma reportagem do The Wall Street Journal sobre o uso de drogas por Musk e alega que isso é indicativo da "disfunção do conselho". Eles relatam que preocupações sobre o comportamento de Musk foram ignoradas pelo grupo.
Outra questão abordada pela carta são as condições de trabalho na Tesla, incluindo violações de segurança e alegações de discriminação racial na fábrica de Fremont, Califórnia.
Em contrapartida, a presidente do conselho da Tesla, Robyn Denholm, defendeu Musk, afirmando que os acionistas se beneficiaram sob sua liderança e que a Tesla atingiu todas as metas do pacote de remuneração de 2018.
A carta dos acionistas diz que a decisão do tribunal de Delaware "validou as preocupações dos investidores de que o conselho foi capturado e não é capaz ou não está disposto a fornecer supervisão eficaz da administração".
"Em vez de atender às críticas do tribunal, a Tesla se baseou em um Comitê Especial do Conselho composto por uma única pessoa, Kathleen Wilson-Thompson, para aprovar novamente o plano de remuneração, sem aconselhamento de um consultor ou qualquer nova análise, e está pedindo aos acionistas que restaurem o Pacote de Pagamento de 2018 na próxima reunião", diz a carta.
O grupo de acionistas também aponta para os laços estreitos com Musk dos dois únicos concorrentes à reeleição para CEO da empresa, Kimbal Musk, irmão de Elon, e James Murdoch, amigo pessoal de longa data do bilionário.
A presidente do conselho da Tesla, Robyn Denholm, disse aos acionistas em abril que a decisão do tribunal de Delaware era "injusta e inconsistente".
"Os acionistas da Tesla se beneficiaram de um crescimento sem precedentes sob a liderança de Elon e a Tesla cumpriu todas as metas do pacote de remuneração do CEO de 2018?, escreveu Denholm.
A decisão da juíza McCormick também mencionava Denhorn, citando uma "abordagem despretensiosa de suas obrigações de supervisão" e que obteve "a maior parte de sua riqueza como diretora da Tesla."
POR ESTADAO CONTEUDO
EUA - Elon Musk, CEO e maior acionista individual da Tesla, ultrapassou Jeff Bezos, fundador da Amazon, na lista de bilionários da Forbes nesta segunda-feira, 29. Musk, que tem participação de 13% na Tesla, teve um aumento de US$ 11 bilhões em sua fortuna na manhã desta segunda, crescendo de US$ 191,1 bilhões para US$ 202 bilhões (R$ 1,03 trilhão), de acordo com os cálculos da publicação.
Segundo a lista em tempo real da Forbes, Musk já está com fortuna de US$ 206,2 bilhões, enquanto Bezos está com US$ 199,2, segundo dados coletados por volta das 15 horas (de Brasília) desta segunda-feira.
Musk e Bezos são a segunda e a terceira pessoa mais ricas do mundo, respectivamente, atrás apenas de Bernard Arnault, que comanda o conglomerado de artigos de luxo LVMH (Moët Hennessy Louis Vuitton), que reúne 75 marcas de moda e cosméticos, entre elas Louis Vuitton, Dior, Givenchy, Tiffany & Co. e Sephora.
O salto no patrimônio de Musk se deu após a alta das ações da Tesla, de onde vem a maior parte de sua fortuna.
Na segunda-feira, as ações dispararam "graças ao otimismo sobre suas perspectivas no importante mercado chinês, aumentando consideravelmente as participações do CEO da empresa", aponta a Forbes.
As ações da Tesla aumentavam 12%, para US$ 189 por ação logo após a abertura do mercado, o que somou US$ 65 bilhões (R$ 332,1 bilhões) em valor de mercado, atingindo assim o seu maior nível intradiário desde 4 de março.
Musk esteve na China durante o fim de semana e anunciou um acordo entre a sua companhia e a gigante chinesa Baidu para trazer a tecnologia de direção semiautônoma para o país asiático.
POR ESTADAO CONTEUDO
BRASÍLIA/DF - O presidente Lula (PT) disse na quarta-feira (10) que Elon Musk nunca produziu "um pé de capim no Brasil" e defendeu o STF (Supremo Tribunal Federal) dos ataques do dono do X, antigo Twitter.
"Temos uma coisa muito séria nesse país e no mundo, que é se a gente quer viver em um regime democrático ou não. Se a gente vai permitir que o mundo viva a xenofobia do extremismo. Que é o que está acontecendo", disse.
"O crescimento do extremismo de extrema direita que se dá ao luxo de permitir que o empresário americano, que nunca produziu um pé de capim desse país, ouse falar mal da corte brasileira, dos ministros brasileiros e do povo brasileiro. Não é possível", completou.
A fala de Lula é em referência a Elon Musk, que na última semana vem protagonizando embate com o ministro Alexandre de Moraes, do STF, nas redes sociais.
Musk vem recebendo apoio de bolsonaristas, desbloqueou contas de investigados por fake news, e agora também é investigado pela PF (Polícia Federal).
Na terça, Lula disse que bilionários do mundo precisam aprender a preservar a floresta, fazendo uma referência Musk.
"Hoje temos gente que não acredita que o desmatamento, as queimadas, prejudicam o planeta Terra, e muita gente não leva a sério o que significa manutenção das florestas, da vida no planeta e que não tem para onde fugir. Tem até bilionário tentando fazer foguete, viagem, para ver se encontra lugar lá fora", afirmou.
"Ele [bilionário] vai ter que aprender a viver aqui, utilizar o muito do dinheiro que ele tem para ajudar a preservar isso aqui, melhorar a vida das pessoas", completou, sem citar nominalmente Musk.
Além de dono do X e da fabricante de veículos elétricos Tesla, Musk também é fundador da Space X, que desenvolveu avanços tecnológicos como a capacidade do foguete Falcon 9 de retornar ao solo e planos de enviar os primeiros humanos a Marte.
Na segunda (8), Musk subiu o tom dos ataques e chamou Moraes de ditador. "Como @alexandre se tornou o ditador do Brasil? Ele tem Lula em uma coleira", escreveu o empresário, na rede social, junto com um emoji de risada.
Também disse que Moraes tirou "Lula da prisão" e influenciou na eleição, ecoando discurso de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e que por isso o atual mandatário não se opõe ao magistrado.
Ele foi incluído no domingo (7) como investigado no inquérito das milícias digitais por ordem de Moraes, após uma série de declarações relacionadas ao Brasil. O empresário chegou a dizer que estava derrubando restrições de sua rede impostas por decisões judiciais, além de defender que Moraes deveria renunciar ou sofrer impeachment.
MARIANNA HOLANDA / FOLHAPRESS
BRASÍLIA/DF - Após ameaças e ataques do bilionário Elon Musk, proprietário da plataforma X (antigo Twitter), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de um novo inquérito para investigar as condutas do empresário. Além disso, incluiu Musk entre os investigados no inquérito já em curso sobre as milícias digitais.
Moraes também ordenou que a plataforma X cumpra todas as ordens judiciais brasileiras e estabeleceu uma multa de R$ 100 mil para cada perfil reativado irregularmente por Musk.
O ministro alegou ter identificado indícios de obstrução de Justiça e incitação ao crime nas ações de Musk nos últimos dias.
Musk criticou publicamente as decisões de Moraes no sábado (6) e ameaçou reativar os perfis de usuários bloqueados pela Justiça. Moraes é relator de importantes inquéritos, incluindo os das milícias digitais e do 8 de janeiro, que investiga a tentativa de golpe no Brasil por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Após os ataques de Musk, Moraes emitiu uma decisão durante a noite de domingo, acusando o empresário de utilizar as redes sociais para espalhar desinformação e desestabilizar as instituições democráticas. Ele destacou que as redes sociais não estão acima da lei e devem seguir a Constituição brasileira, ressaltando que as plataformas que desrespeitarem as ordens judiciais serão responsabilizadas pelos seus atos.
Para Moraes, as ações de Musk e da plataforma X representam uma afronta à soberania do Brasil e reforçam a conexão com atividades criminosas.
EUA - O proprietário da Tesla, Elon Musk, vendeu quase 4 bilhões de dólares em ações da empresa de veículos elétricos, de acordo com documentos da Comissão de Valores Mobiliários (SEC) dos Estados Unidos divulgados na terça-feira, mais de uma semana depois de sua compra do Twitter por US$ 44 bilhões.
Os documentos da comissão mostram que Musk, que financiou grande parte da compra do Twitter com ações da Tesla, vendeu 19,5 milhões de ações por 3,95 bilhões de dólares.
Musk assumiu o controle do Twitter e demitiu executivos da plataforma após várias idas e vindas na negociação com a influente rede social.
O bilionário tentou desistir do acordo para comprar o Twitter pouco depois de sua oferta, não solicitada, ser aceita em abril. Ele afirmou em julho que pretendia cancelar o acordo, alegando que foi enganado sobre o número de contas falsas e "bots", o que o Twitter negou.
Depois que Musk tentou desistir do acordo, a empresa entrou com uma ação para forçar o bilionário a cumprir o que havia sido estabelecido, mas com a aproximação do julgamento Musk retomou o plano de compra original.
A decisão de Musk de tornar o Twitter uma empresa privada e retirá-la da Bolsa de Valores permitiu que ele fizesse grandes mudanças rapidamente, mas aumentou ainda mais o endividamento, uma opção arriscada para um negócio que gera prejuízo.
No início de novembro, o empresário anunciou que cobraria 8 dólares por mês para as contas verificadas, argumentando que seu plano poderia solucionar os problemas da plataforma com contas de bots e spam, ao mesmo tempo que criaria uma nova fonte de receita para a empresa.
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