Os novos equipamentos vão ajudar no cuidado dos pacientes que tiveram COVID-19 e de quem recebe assistência em casa pelo SAD
SÃO CARLOS/SP - A Coordenadora do Setor de Captação de Recursos da Santa Casa, Ariellen Guimarães, e a Gerente de Práticas Assistenciais da Santa Casa, Vanisia Sulpino, receberam a doação dos concentradores.
A Santa Casa de São Carlos recebeu 31 concentradores de oxigênio. A doação foi feita pela Temasek, empresa de investimento com sede em Cingapura, através de sua fundação, Temasek Foundation. A empresa investiu mais de R$ 127 mil na compra dos equipamentos. Os novos concentradores, de última geração, são silenciosos, têm um design moderno, mais prático na hora de transportar e a manutenção é mais barata. Enquanto o modelo tradicional é composto por um cilindro, mais volumoso e precisa de manutenção diária.
De acordo com o responsável pela Temasek Brasil, Matheus Villares, essa iniciativa faz parte da missão que a empresa tem de ajudar e incentivar outras instituições para fortalecer as comunidades onde atuam. “Esperamos que este pequeno ato encoraje outras empresas e instituições a fazerem doações para o combate à COVID-19”, ressalta Villares.
Os concentradores de oxigênio são indicados para pacientes com problemas respiratórios que tiveram alguma sequela pulmonar e não conseguem mais respirar de forma adequada. O ar entra no aparelho e passa por um filtro que descarta partículas, bactérias e vírus. Depois dessa etapa, o ar filtrado é comprimido fornecendo, assim, o suplemento de oxigênio necessário ao paciente.
A Santa Casa de São Carlos foi contemplada com as doações, graças aos esforços da proprietária do Clara Resorts, Taiza Krueder. “A Temasek queria ajudar de alguma maneira. Em contato com um amigo da empresa, fiquei sabendo da doação e, imediatamente, indiquei a Santa Casa de São Carlos. Sempre que precisei dos serviços do hospital, recebi um ótimo atendimento. Acredito no trabalho da Santa Casa e dos profissionais, que neste momento, mais do que nunca, precisam do apoio de todos”, afirma a empresária.
A Gerente de Práticas Assistenciais da Santa Casa de São Carlos, Vanisia Sulpino, explica como essas doações são significativas para o hospital. “Temos 12 pacientes atendidos pelo SAD, Serviço de Atendimento Domiciliar da Santa Casa, que precisam desses equipamentos. Agora, com esses concentradores mais modernos, doados pela Temasek, vai ser possível oferecer um tratamento com mais qualidade e conforto para esses pacientes”, afirma a gerente.
As doações também vão ajudar a Instituição a manter o equilíbrio financeiro. Segundo a Coordenadora da Equipe Multiprofissional da Santa Casa, Doutora Luciana Ditomaso Luporini, o hospital tem um gasto muito alto com o aluguel desses aparelhos. “Além disso, esses equipamentos também são importantes para auxiliar os pacientes, que ficaram com alguma sequela pulmonar devido à COVID-19”, explica a Coordenadora.
Outras instituições filantrópicas também foram beneficiadas com a doação da Temasek. A Santa Casa de Porto Ferreira recebeu 3 unidades, a Santa Casa de Ribeirão Bonito, 2 unidades e a Santa Casa de Descalvado foi beneficiada com 2 unidades.
Em quesitos como recuperação de pacientes mais graves, que precisam de intubação, os índices são melhores que os dos hospitais particulares
SÃO CARLOS/SP - “Vontade de viver e muita esperança”. São com essas palavras que o motorista Luis Fernando Fidelix, de 37 anos, começa o seu relato de superação. Ele foi diagnosticado com COVID-19 e ficou internado por quase 3 semanas na Santa Casa, depois de ser intubado ficar inconscientes por vários dias. “A minha recuperação foi um verdadeiro milagre de Deus, nasci de novo”, comenta o motorista.
Luis Fernando é um dos 287 pacientes com suspeita de COVID-19, que receberam tratamento na Santa Casa desde o início da pandemia até agora (17/3 a 30/6). E faz parte de uma estatística que mostra o empenho e a capacitação da equipe de profissionais do hospital: 49,1% dos pacientes mais graves, que precisaram ser intubados na UTI, foram curados e receberam alta. O índice é melhor que a média nacional dos hospitais brasileiros. Entre os particulares, 35,8% dos pacientes nestas mesmas condições receberam alta. Entre os públicos, esse número é ainda menor: 29,3%.
“Isso mostra o nível da Santa Casa de São Carlos e da equipe de profissionais do hospital, todos altamente capacitados e qualificados para o cuidado dos pacientes vítimas da pandemia da COVID-19. E prova que o atendimento que oferecemos aqui é tão bom quanto os outros grandes hospitais do país”, comenta o médico infectologista da Santa Casa, Roberto Muniz Junior.
“Contra números não há argumentos né? Estatísticas como essas só trazem para gente e para toda a equipe da Santa Casa mais uma injeção de ânimo. Todos nós aqui temos batalhado sem medir esforços para vencer guerra contra o Coronavírus”, afirma o provedor da Santa Casa, Antonio Valério Morillas Júnior.
Os dados são do Projeto UTIs Brasileiras – Registro Nacional de Terapia Intensiva, uma parceria da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) e a Epimed Solutions (empresa de desenvolvimento de sistemas para o atendimento hospitalar). 452 hospitais (129 públicos e 323 privados) de 157 cidades brasileiras participam desse programa, que tem como objetivo ajudar na orientação de políticas de saúde e estratégias para melhorar o cuidado dos pacientes críticos no país.
Confira os bons resultados da Santa Casa nos quesitos apontados pelo Registro Nacional de Terapia Intensiva:
MORTALIDADE DE PACIENTES EM UTI COM INTUBAÇÃO (SUSPEITOS E CONFIRMADOS)
SANTA CASA MÉDIA HOSPITAIS PÚBLICOS MÉDIA HOSPITAIS PRIVADOS
50,9% 70,7% 64,2%
(49,1% recuperados) (29,3% recuperados) (35,8% recuperados)
MORTALIDADE DE PACIENTES CONFIRMADOS EM UTI COM INTUBAÇÃO
SANTA CASA MÉDIA HOSPITAIS PÚBLICOS MÉDIA HOSPITAIS PRIVADOS
63,1% 70,5% 63,6%
(36,9% recuperados) (29,5% recuperados) (36,4% recuperados)
MORTALIDADE DE PACIENTES SUSPEITOS E CONFIRMADOS EM UTI
SANTA CASA MÉDIA HOSPITAIS PÚBLICOS MÉDIA HOSPITAIS PRIVADOS
34,9% 39,3% 18,7%
(65,1% recuperados) (60,7% recuperados) (81,3% recuperados)
MORTALIDADE DE PACIENTES SUSPEITOS E CONFIRMADOS
SANTA CASA MÉDIA HOSPITAIS PÚBLICOS MÉDIA HOSPITAIS PRIVADOS
24,1% 56,3% 28,7%
MORTALIDADE DE PACIENTES CONFIRMADOS
SANTA CASA MÉDIA HOSPITAIS PÚBLICOS MÉDIA HOSPITAIS PRIVADOS
37,1% 54,9% 28,2%
O motorista Luis Fernando Fidelix voltou a trabalhar nesta quinta-feira, 2 de julho. Ele conta que os primeiros sintomas, febre alta, ausência de apetite e dores no corpo, começaram depois de retornar de uma viagem a trabalho a Belo Horizonte, Minas Gerais. Na Santa Casa, além de todo o empenho da equipe de profissionais, ele contou com um gesto de solidariedade da técnica de enfermagem da UTI COVID, Tatiane Gabriela Vasconcelos. “Quando os exames do Fernando começaram a piorar, foi aí que senti que ele já não tinha mais forças para lutar pela vida. Pedi, então, para que uma enfermeira da família me trouxesse um vídeo da esposa e do filho dele, que estavam em isolamento domiciliar. Percebi a emoção dele e o quanto chorou ao ver a preocupação de sua família. E em todos os meus plantões fiz questão de estar perto dele e transmitir os vídeos com mensagens positivas de sua família. Hoje somos amigos. Não escolhi a Enfermagem, a Enfermagem me escolheu. Por isso, me sinto muito grata por ter conseguido ajudá-lo a se recuperar”, comenta Tatiane.
Como gesto de gratidão, a família deu um bolo de presente para a equipe do hospital. Depois de superar a doença e sobreviver à COVID-19, o motorista passou a enxergar a vida com outros olhos. “Sofri muito com essa doença, foram dias angustiantes. Antes eu só pensava em reformar minha casa e trabalhava muito pra dar um conforto para minha família, mas dinheiro não é tudo. O que importa de verdade são os momentos que vivemos ao lado das pessoas que amamos, e isso não tem preço. Hoje, graças a Deus e aos profissionais, tive uma nova chance de viver”.
Programação inclui sessão com filme produzido e rodado em Ribeirão Preto, filmes de aventura, além de opção para esquentar a noite dos casais
RIBEIRÃO PRETO/SP - Depois do sucesso da primeira edição do Drive In do Bem que arrecadou cerca de 400 quilos de alimentos para o Fundo de Solidariedade de Ribeirão Preto e atendendo o pedido da população, os organizadores já marcaram a data da segunda edição, que acontece nos dias 3 e 4 de julho no estacionamento do Campus do Centro Universitário Moura Lacerda.
De acordo com Yvi Mishima, diretora da ETC Produções e produtora do projeto, os organizadores receberam vários pedidos do público para incluírem terror na programação e a escolha foi por um filme produzido e rodado em Ribeirão Preto, pela Kauzare Filmes. “Vamos exibir “Mal Nosso” que foi filmado nos estúdios Kaiser de Cinema e em outras locações aqui em Ribeirão. Mas também vai ter opção para esquentar a noite dos casais, além de aventura para a família toda”, revela.
A pedido da população e para que mais pessoas tenham a oportunidade de ter um pouco de diversão, essa edição terá o ingresso vendido a R$40,00 por veículo e também vai arrecadar 2 litros de leite que serão doados para a Casa das Mangueiras. A estrutura do drive in será montada no estacionamento do Campus do Moura Lacerda. “Nesse momento de isolamento que estamos vivendo, o drive in é uma maneira de se divertir com segurança, dentro do carro, com a família e sem aglomeração. Diminuimos o valor nessa edição para permitir que mais pessoas participem porque esse é um dos objetivos dessa ação, entreter a população e levar um pouco de diversão em meio a tantos problemas. Recebemos orientações diretas dos órgãos responsáveis da prefeitura para que tudo seja feito de acordo com as normas de distanciamento social. E além de se divertir, as pessoas também vão poder ajudar quem precisa”, afirma Yvi.
No dia 3 de julho (HOJE), os filmes exibidos serão Bumble Bee e Mal Nosso e no dia 4 de julho (SÁBADO) a programação conta com Como Treinar Seu Dragão e Cinquenta Tons de Cinza. O público pode esperar surpresas assustadoras, além de presentes e sorteios. “O diferencial do nosso projeto é que, temos o objetivo não só de entreter, mas também fazer o nosso papel ajudando a sociedade nesse momento tão difícil que estamos vivendo. Entreter, ajudar e engajar são as nossas premissas”, explica a empresária.
O projeto é uma realização da empresa ETC Produções e conta com o apoio do Centro Universitário Moura Lacerda, Sonet Marketing Estratégico, Vitta Residencial, Stilo 1 Entretenimento, 2 Irmãos Tapeçaria, Chec Inn, Nacional Inn, Instituto SEB, Weclix Internet de Verdade, Kauzare Filmes e Secretaria do Turismo de Ribeirão Preto. O projeto ainda está em busca de novos apoiadores e as empresas que quiserem participar podem entrar em contato pelo e-mail: contato@etcproducoesculturais.
Serviço
Drive in do Bem
Dias 03 e 04 de julho
Sessões às 20 e 23 horas
Filmes exibidos:
Sexta:
20:00: Bumble Bee
23:00: Mal Nosso
Sábado:
19:00: Como Treinar Seu Dragão
22:00: Cinquenta Tons de Cinza
Ingresso: R$ 40,00 (por veículo) + 2 litros de leite
Informações: contato@etcproducoesculturais.
*Consulte classificação dos filmes
Além do recurso financeiro, entidade repassou mil aventais descartáveis para procedimentos
SÃO CARLOS/SP - O presidente da ACISC (Associação Comercial e Industrial de São Carlos), José Fernando Domingues, ao lado de sua Diretoria, repassou na manhã desta quinta-feira, 02, recursos na ordem de R$ 95 mil e a quantia de mil aventais descartáveis para procedimentos, à Santa Casa de Misericórdia da cidade.
Zelão contou que os recursos são originários de uma campanha realizada pela entidade, junto aos seus associados. “Desde janeiro iniciamos essa campanha para ajudar a nossa Santa Casa e hoje estamos repassando esses R$ 95 mil que servirá para os investimentos que a provedoria achar necessário”, explicou.
Ele comentou também que a doação dos aventais tem como objetivo manter a segurança e proteção dos profissionais de saúde. “Acredito que essas doações vêm de encontro com as necessidades atuais, devido à pandemia que estamos vivendo. Esses aventais vão proteger os profissionais da Santa Casa, os quais tem tomado todos os cuidados para que o número de casos não aumentem”, contou o presidente da ACISC. “A Santa Casa atende uma região muito grande e sempre tem que ser amparada por todos nós da sociedade para que os serviços, cada vez mais, melhorem e estejamos mais protegidos”, lembrou.
As doações foram recebidas pelo provedor da Santa Casa de São Carlos, Antonio Valério Morillas Junior, que falou sobre a parceria entre as duas entidades. “A ACISC já é uma colaboradora há anos da nossa Santa Casa. No passado, investimos em toda a reformulação do sistema de leitos do SUS [Sistema Único de Saúde], com a doação dos comerciantes. A Santa Casa foi reformada, quase que 100%, pela ACISC”, contou.
Morillas ressaltou que o recurso recebido vai resultar em mais melhorias. “Esse valor vai impactar uma melhoria da infraestrutura interna para todos os pacientes da região, pois não atendemos só a cidade de São Carlos. Então, a ACISC investe na Santa Casa, via comerciantes, há alguns anos, nesse retorno social que traz benefício para a população, principalmente, a mais carente da nossa cidade”, finalizou.
O menino de 6 anos tem uma doença degenerativa rara e precisa de uma cama hospitalar infantil
SÃO CARLOS/SP - Os médicos Rafael Izar (cirurgião) e Roberto Muniz Junior (infectologista) vão fazer uma live, nesta 6ª feira, 3 de julho, às 19h, para ajudar o menino Anthony Alamino Braga, 6 anos. A live vai ser transmitida na página do Facebook do Move Sanca.
“Nós ficamos sensibilizados com as dificuldades do Anthony. E decidimos preparar essa live para ajudá-lo e ajudar a família a adquirir uma cama hospitalar adequada para o tamanho e a idade dele”, afirma o médico Roberto Muniz Junior.
O show virtual vai contar com a participação de artistas de São Carlos: do guitarrista Lukas Baltieri, da cantora Mayra Aveliz e do guitarrista Netto Rockfeller. "Decidi participar dessa ação, porque sei que, com a nossa música, podemos alcançar muita gente. Sabemos que neste momento de pandemia que enfrentamos, as lives têm entretido e trazido um pouco de alegria às pessoas. E poder fazer isso e, ao mesmo tempo, levar mais conforto para uma criança que enfrenta tantas dificuldades, é motivador para gente”, conta Netto Rockfeller.
Anthony, aos 6 meses, foi diagnosticado com Atrofia Muscular Espinhal, uma doença rara e degenerativa que interfere na produção de uma proteína que “alimenta” os neurônios motores. Sem essa proteína, esses neurônios, responsáveis pelos gestos
vitais do corpo (como respirar, engolir e se mover), deixam de funcionar.
O menino respira com ajuda de aparelhos e precisa de uma cama hospitalar infantil para ter mais qualidade de vida. O preço da cama, dependendo do modelo, pode chegar a R$ 7 mil. “Nós ficamos muito gratos com a iniciativa dos médicos e dos artistas de São Carlos. Não temos condições de adquirir essa cama hospitalar. Concordando com essa ajuda, esperamos poder oferecer mais conforto ao nosso filho”, afirmam os pais do Anthony.
SERVIÇO:
“AJUDE O ANTHONY”
DATA: 3 DE JULHO
HORÁRIO: 19H
ONDE: FACEBOOK DO MOVE SANCA
COMO CONTRIBUIR: É SÓ USAR O QR CODE QUE VAI ESTAR DISPONÍVEL NA PÁGINA DO MOVE SANCA
Agora depende apenas da reformulação do fluxo de atendimentos da saúde no município para que a NOVA ALA COVID possa entrar em funcionamento
SÃO CARLOS/SP - A Santa Casa está reestruturando a Sala Verde do Pronto-Socorro do hospital para montar uma NOVA ALA COVID. No local, vai haver 10 novos leitos de UTI Adulto, com os respiradores cedidos pelo Governo do Estado. Os profissionais de saúde também estão em fase de contratação, com recursos do Governo Federal. O espaço foi escolhido por já possuir uma estrutura pronta para abrigar leitos de UTI, como rede de oxigênio e rede de ar, e assim, viabilizar os novos leitos o mais rapidamente possível.
Para colocar a nova ala em funcionamento, a Santa Casa também vai contar com a equipe de assistência multidisciplinar do hospital, com profissionais como fisioterapeutas e nutricionistas; uma equipe de hotelaria (para a troca de roupas de cama, por exemplo), equipe de limpeza e farmácia.
No entanto, para que essa NOVA ALA COVID possa ser usada, o fluxo de atendimento da saúde do município precisa ser referenciado, para que somente os casos mais graves, de alta complexidade, sejam direcionados para a Santa Casa. A partir desse referenciamento, os novos leitos podem ser entregues em 15 dias. “Essas mudanças são necessárias para não atender em um mesmo espaço, pacientes de baixa complexidade que poderiam ser atendidos em outras unidades (como as UPAs e Unidades Básicas de Saúde) e pacientes com suspeita de COVID, para não colocar em risco a saúde de quem procurou o hospital por outras doenças”, afirma o médico infectologista e diretor técnico da Santa Casa, Vitor Marim.
O referenciamento é uma política pública do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde. Quem teria que seguir essa política é o município. “Nós notificamos o município e comunicamos o Ministério Público sobre a inviabilidade de fazer funcionar a NOVA ALA COVID sem o devido referenciamento, considerando que nós não temos estrutura física montada e capaz de atender as duas demandas ao mesmo tempo, sem colocar em risco a saúde dos pacientes. Reforçamos que a Santa Casa, em momento nenhum, se negou a fazer nada. Ao contrário, sempre se colocou à disposição para as necessidades de quem depende do SUS. Se o município optar por não fazer o referenciamento, vamos continuar trabalhando para oferecer a melhor assistência em saúde para a região”, diz o provedor da Santa Casa, Antonio Valério Morillas Junior.
A outra opção, para que o hospital não fosse referenciado neste momento, seria montar a NOVA ALA COVID em outro espaço dentro da Instituição. Mas isso só seria possível com reformas, que levariam pelo menos 2 meses. “Se a Prefeitura tivesse feito essa opção lá em março, quando alertamos sobre as consequências da pandemia, essa nova estrutura já poderia estar pronta”, lembra o provedor.
NEGOCIAÇÕES COMEÇARAM EM MARÇO
A Santa Casa de São Carlos esclarece que é um hospital filantrópico e que presta serviços para o SUS. Quando a COVID-19 ainda era um surto e não uma pandemia, a equipe do hospital já havia alertado o governo municipal sobre a necessidade de se montar uma ala exclusiva para atendimento COVID. Foram feitas 11 reuniões de lá para cá.
A primeira reunião com a Secretaria Municipal de Saúde aconteceu no dia 4 de março. Mas não houve definições.
Nessa época, sabendo da necessidade de atendimento, a Santa Casa tomou a iniciativa e montou a ALA COVID, com 8 leitos de UTI e 24 de enfermaria, com o apoio do HU que emprestou os respiradores. A secretaria de saúde também bancou o custeio desses leitos por 3 meses (abril, maio e junho).
Em abril, a Secretaria de Saúde fez novo convite à Santa Casa para que fossem montados 10 leitos de UTI Adulto e 6 de UTI Pediátrica. A Santa Casa prontamente se colocou à disposição para que os novos leitos fossem viabilizados. Mas argumentou que, para isso, seriam necessários:
No dia 4 de junho, foi realizada uma nova reunião entre representantes do Departamento Regional de Saúde de Araraquara (do qual São Carlos faz parte), Prefeitura e diretoria da Santa Casa, com a presença do Secretário de Saúde, Marcos Palermo, representantes da UPAS e representantes do HU. A partir daí, os protocolos foram validados pelos participantes do processo de referenciamento: Santa Casa, HU, UPAs, SAMU e Secretaria Municipal de Saúde e Departamento Regional de Saúde.
Na semana seguinte a essa definição, a Santa Casa já iniciou a readequação da Sala Verde para montar os novos leitos de UTI. Mas até o presente momento, não houve definição por parte da Secretaria de Saúde para o referenciamento.
REFERENCIAMENTO É UMA EXIGÊNCIA ANTIGA
A Santa Casa de São Carlos é um hospital de alta complexidade e faz parte do Departamento Regional de Saúde de Araraquara, que inclui 24 municípios do Centro Paulista. Dentro dessa área, a Santa Casa de São Carlos é responsável pelos atendimentos de média e alta complexidade (oncologia, neurologia e neurocirurgia, cardiovascular, oftalmologia e nefrologia) de 6 municípios – São Carlos, Dourado, Ibaté, Ribeirão Bonito, Descalvado e Porto Ferreira -, num total de 400 mil habitantes. E é o único hospital, nessa região, a não ter o atendimento referenciado.
Importante ressaltar que a Santa Casa, ao se transformar em hospital referenciado, manteria todos esses atendimentos de alta complexidade, os atendimentos COVID e, no Pronto-Socorro do hospital, os casos de urgência e emergência. Apenas os casos mais leves, que hoje representam cerca de 70% dos atendimentos, seriam encaminhados para as UPAs e UBs para receber o primeiro atendimento. E, em caso de necessidade (uma cirurgia, um atendimento mais complexo, internação para tratamento), seriam direcionados para a Santa Casa.
OCUPAÇÃO DA SANTA CASA – ALA COVID X OUTRAS DOENÇAS
A média de ocupação dos leitos de UTI, exclusivos para casos suspeitos e confirmados de Coronavírus tem sido de 90%. E a dos leitos de enfermaria (24 leitos), têm girado em torno de 20 a 30%.
Mas os outros atendimentos continuam sendo realizados. Mesmo com a suspensão das cirurgias eletivas, a taxa de ocupação permanece alta.
TAXA DE OCUPAÇÃO – OUTRAS DOENÇAS
UTI ADULTO – 100%
UNIDADE CORONARIANA (UTI PARA COMPLICAÇÕES CARDIOVASCULARES) – 90%
UTI PEDIÁTRICA E NEONATAL – 120%
LEITOS DE ENFERMARIA – 85%
Os pacientes têm chegado à Santa Casa em condições mais graves, provavelmente por conta da dificuldade das UBS e UPAs, em função da pandemia. Em média, 18 a 20 pacientes têm aguardado leito para internação no Pronto-Socorro.
UTI PEDIÁTRICA
A estrutura da UTI Pediátrica COVID já foi montada com 6 novos leitos, ao lado da UTI Pediátrica. Para isso, estão sendo usados 6 respiradores cedidos pelo Governo do Estado. A Santa Casa agora está na fase de contratação dos profissionais de saúde.
SÃO CARLOS/SP - O vereador Elton Carvalho (Republicanos) protocolou na manhã desta segunda-feira (29) uma moção de apelo ao prefeito Airton Garcia (PSL) no qual pede ao chefe do Executivo para que a Santa Casa continue atendendo a população normalmente e não apenas atendimentos referenciados.
Segundo o parlamentar, houve uma tentativa de implantação do atendimento referenciado na Santa Casa há mais de um ano atrás e, naquele momento, foi decidido não fechar por conta das UPAs e a atenção primária do município não apresentarem condições técnicas e operacionais para suportar um aumento considerável na demanda. Elton afirma que de lá para cá a situação não avançou muito e fazer apenas atendimentos referenciados pode prejudicar e muito a população.
“Temos problemas com equipamentos danificados, como raio X das UPAs, faltam profissionais nas unidades e até mesmo exames laboratoriais não é sempre que tem. Não sou contra atendimentos referenciados pela Santa Casa, desde que as UPAs estejam em condições de receber a população com qualidade, assim como a atenção básica. Quem é da área sabe a dura realidade que é enfrentada diariamente”, disse o vereador. “Acredito que uma tomada de decisão dessa envergadura, demanda protocolos muito bem consolidados, um estudo logístico e principalmente, investimento em pessoal, quadro clinico e técnico, equipamentos e infraestrutura”, complementou.
Na última sexta feira (26), houve uma reunião no Paço Municipal, onde diversas autoridades debateram sobre este assunto. Elton se posicionou de forma contundente contra a modalidade de atendimento referenciado neste momento.
“Acredito que o cenário não é o ideal, por conta da pandemia. Acho que o correto seria convocar uma consulta pública para ouvir a população, posteriormente uma audiência pública para ouvir especialistas e autoridades no assunto para depois sim, tomar a decisão mais correta considerando todos os fatores. Sou contra esta iniciativa neste momento”, finalizou.
LEME/SP - A Prefeitura do Município de Leme, através da Secretaria de Saúde, realizou nos últimos meses repasses de recursos financeiros para o término do prédio antigo que abriga a nova UTI Adulta e a UTI Neonatal na Santa Casa de Misericórdia de Leme, ampliando a quantidade de leitos de Unidade de Terapia Intensiva em Leme.
Através de diversos repasses realizados, foi possível finalizar as obras do antigo prédio do hospital, que abrigará os complexos de UTI – Unidade de Terapia Intensiva adulta e neonatal infantil. Ao todo, serão 20 novos leitos de UTI na Santa Casa de Leme.
“Desde o início do combate ao coronavírus, repassamos mais de R$ 1,7 milhão para obras de infraestrutura do Pronto Socorro e da nova UTI, além da aquisição dos móveis e equipamentos necessários ao bom funcionamento, tanto do Pronto Socorro quanto da UTI. Destaco que a nova UTI adulta já funcionará imediatamente e nos próximos meses também funcionará a tão sonhada UTI Neonatal. Os investimentos foram realizados, deixando a Santa Casa preparada para todos os desafios e com grande estrutura para atender a nossa população”, afirma o prefeito Wagner Ricardo Antunes Filho.
A nova UTI será inaugurada na próxima terça-feira, dia 30 de junho.
Informações adicionais podem ser adquiridas diretamente na Santa Casa de Misericórdia de Leme através do telefone 3573-6500.
*Por: PML
SÃO CARLOS/SP - O presidente da Câmara Municipal de São Carlos, vereador Lucão Fernandes (MDB), cobrou explicações do Poder Executivo na tarde desta terça-feira, 23, sobre a não liberação de recursos oriundos de emendas parlamentares para a Santa Casa da cidade.
Segundo contou, a Santa Casa conquistou recursos por meio de emendas de parlamentares do Congresso Nacional, totalizando R$ 850 mil. “Gostaria de saber o motivo que esses recursos não foram liberados, uma vez que, já estão nos cofres da Prefeitura”, relatou o parlamentar.
Lucão ressaltou que os recursos foram destinados pelos deputados federais Kátia Sastre (R$ 100 mil), Cezinha de Madureira (R$ 100 mil), Joice Hasselmann (R$ 200 mil), Paulo Teixeira (R$ 150 mil) e pela senadora Mara Gabrilli (R$ 300 mil).
Ele lembra que se existe algum fato que está evitando o repasse desses recursos, que o Executivo apresente ao Legislativo. “Não estou entendendo porque essas verbas não estão sendo repassadas. Isso já vem se arrastando há algum tempo”, contou.
O parlamentar lembrou que participou de duas reuniões que debateram sobre esses recursos. “Não gostaria de ficar falando isso aqui de novo. Gostaria que a prefeitura nos informasse o motivo de não estar liberando esses recursos, que foram conquistados pela própria Santa Casa”, indagou.
Lucão ressaltou que o secretário municipal de Saúde, Marcos Palermo, informou que a parte da sua pasta já foi cumprida para que o repasse ocorra. “Agora, acho que cabe a Prefeitura a liberação desses recursos”, finalizou.
Nicola Colloca é o paciente mais idoso atendido até agora e um dos mais graves. O aposentado é o primeiro a receber um Certificado de Alta
SÃO CARLOS/SP - O aposentado Nicola Colloca, que completa 90 anos em agosto, recebeu alta da Santa Casa. Ele foi internado no dia 15/5 e ficou mais de 1 mês na UTI COVID. O filho, Eduardo Colloca, técnico em eletrônica, conta que levou o pai para o hospital porque achava que ele estava com infecção urinária. “Pelo menos uma vez por ano, ele reclama de dor no braço e falta de apetite. Mas dessa vez, depois que fizeram uma tomografia, decidiram interná-lo para fazer outros exames. Em seguida, veio o diagnóstico de COVID-19. Ele ficou 17 dias em coma e isolado. Neste momento, ficamos com medo de ele não resistir, mas tivemos muita fé. E graças a Deus e ao tratamento que foi muito bom, com todo carinho e atenção por parte dos profissionais de saúde, ele conseguiu superar a doença. A gente só tem que agradecer”, comentou Eduardo.
O infectologista e coordenador da UTI COVID da Santa Casa, Roberto Muniz Junior, conta que o aposentado teve uma insuficiência respiratória muito séria, precisou ser intubado e passou por vários procedimentos devido à gravidade da situação. “Mas depois de pouco mais de um mês recebendo todos os cuidados necessários, seu Nicola é o são-carlense mais idoso que venceu a doença e está voltando para casa”, informa o médico.
Desde o início da pandemia, 39 pacientes diagnosticados com COVID-19 receberam tratamento na Santa Casa. Destes, 27 tiveram alta e 9 faleceram. Isso quer dizer que quase 70% dos pacientes atendidos pelo hospital foram curados.
“Isso mostra o nível da Santa Casa de São Carlos e da equipe de profissionais do hospital, todos altamente capacitados e qualificados para o cuidado dos pacientes vítimas da pandemia da COVID-19. E para nós, é uma alegria muito grande poder entregar esse certificado para o seu Nicola, o paciente mais idoso e um dos mais graves que nós atendemos. Isso traz uma injeção de ânimo a toda equipe da Santa Casa, que não mede esforços para vencer essa batalha contra o Coronavírus”, afirma o provedor da Santa Casa, Antonio Valério Morillas Júnior.
CERTIFICADO DE ALTA
Para valorizar histórias de superação como essa, a Santa Casa preparou várias ações. Uma delas é a entrega do Certificado de Alta. “A ideia é celebrar a vida de cada um desses pacientes que estão vencendo a COVID-19. E valorizar o esforço dos profissionais de saúde e de toda a equipe da Santa Casa que têm se desdobrado para salvar essas vidas”, explica a infectologista e coordenadora do Serviço de Controle de Infecção Relacionada à Assistência em Saúde (SCIRAS) da Santa Casa, Carolina Toniolo Zenatti.
Para o Eduardo, filho do seu Nicola, a homenagem é importante para comemorar a superação dos pacientes, mas também para lembrar que ainda estamos no meio de uma batalha contra a COVID-19. “Muita gente ainda não acredita na doença, nas mortes que ela pode provocar. Só vai se dar conta quando alguém da família passar por isso. Eu, que vivi as dores dessa doença de perto, peço para todo mundo se cuidar e cuidar do próximo. Porque não dá nem para explicar o tamanho da dor de ver alguém tão querido nessa situação”, conta Eduardo.
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