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UCRÂNIA - O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, advertiu que milhões de pessoas podem morrer de fome por causa de um bloqueio russo aos portos ucranianos do mar Negro, que, segundo ele, deixou o mundo "à beira de uma terrível crise alimentar".

A Rússia conquistou grande parte da costa da Ucrânia e bloqueou as exportações agrícolas, o que elevou o custo dos grãos.

Zelenski afirmou que a Ucrânia agora não pode exportar grandes quantidades de trigo, milho, óleo vegetal e outros produtos que desempenhavam um "papel estabilizador no mercado global".

"Milhões de pessoas podem morrer de fome se o bloqueio russo ao mar Negro continuar", disse ele em uma declaração em vídeo ao TIME100 Gala 2022 em Nova York, divulgado pelas autoridades ucranianas nesta quinta-feira (9).

A Ucrânia e o Ocidente acusam Moscou de usar suprimentos de alimentos como arma de guerra. A Rússia diz que as minas explosivas colocadas pela Ucrânia no mar e as sanções internacionais contra Moscou são as culpadas.

Kiev costumava exportar a maioria de seus produtos por meio de portos marítimos, mas desde a invasão russa em 24 de fevereiro foi forçada a transportar grãos de trem pela fronteira ocidental da Ucrânia ou por pequenos portos do rio Danúbio.

Zelenski, que foi incluído na lista das 100 pessoas mais influentes de 2022 da revista Time, disse estar grato ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, por "unir o mundo livre quando a ameaça russa surgiu".

 

 

por Reuters

UCRÂNIA - "A situação em Mariupol é tão grave quanto pode ser. Simplesmente desumana", disse Zelenski em um vídeo, acusando a Rússia de "destruir deliberadamente qualquer um que esteja" nesta cidade no mar de Azov, no sudeste do país.

O presidente destacou que havia apenas "duas opções": o fornecimento dos países ocidentais de "todas as armas necessárias" para romper o longo cerco de Mariupol ou "o caminho da negociação" em que "o papel dos aliados deve ser igualmente decisivo.

Suas declarações coincidiram com uma declaração do Ministério da Defesa da Rússia pedindo aos últimos soldados ucranianos entrincheirados em um enorme complexo metalúrgico em Mariupol para desistir da luta no domingo às 06h00 em Moscou e deixar o local antes das 13h00 (horário de Kiev).

"Todos aqueles que abandonarem suas armas terão a garantia de salvar suas vidas (...) É sua única chance", disse o ministério no Telegram, assegurando que este complexo é o último foco de resistência na cidade.

UCRÂNIA - O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, disse na terça-feira (29) que a invasão russa "está chegando ao fim", mas que seu país não reduzirá "esforços de defesa", depois que a Rússia anunciou hoje que reduzirá as hostilidades em Kiev e Chernihiv.

"Sim, podemos qualificar os sinais que ouvimos da plataforma de negociação como positivos. Mas esses sinais não abafam os estragos dos projéteis russos", afirmou Zelenski em sua habitual mensagem postada na última hora do dia no site da Presidência ucraniana.

"Em seu 34º dia, a invasão em grande escala da Rússia, e nossa defesa em grande escala, está chegando ao fim", destacou Zelenski.

O Exército russo começou nesta terça-feira a retirada de algumas de suas tropas dos arredores de Kiev e da cidade sitiada de Chernihiv, no norte, para se concentrar na conquista do Donbass, o objetivo principal da atual campanha militar russa na Ucrânia.

"O inimigo russo está realizando a retirada de unidades individuais dos territórios das regiões de Kiev e Chernigov", informou o Comando-Geral das Forças Armadas da Ucrânia em seu último relatório militar.

No entanto, Zelenski ressaltou que "a vigilância não deve ser perdida. A situação não se tornou mais fácil. [...] Os militares russos ainda têm um potencial significativo para continuar os ataques contra nosso Estado".

Por isso, advertiu que "não reduziremos nossos esforços de defesa. Tanto no norte do nosso Estado quanto em todas as outras regiões da Ucrânia. [...] A defesa da Ucrânia é a tarefa número 1 agora".

Sobre as negociações em curso com a Rússia, disse que "não vemos razão para confiar nas palavras de certos representantes de um Estado que continua a lutar pela nossa destruição".

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, reconheceu hoje o "progresso" nas negociações com a Ucrânia, em conversa por telefone com seu homólogo francês, Emmanuel Macron, mas se mostrou inflexível em sua disposição de continuar a ofensiva no leste ucraniano, segundo afirmaram fontes da Presidência da França.

Por sua parte, Zelenski afirmou que a Ucrânia continuará o processo de negociação, reiterando que deve haver "segurança real" para seu país e sua soberania.

UCRÂNIA - O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, pediu nesta quarta-feira (23) em um discurso ao parlamento japonês por amplas reformas nas Nações Unidas, dizendo que seus esforços não impediram a invasão russa.

"Nem as Nações Unidas nem o Conselho de Segurança funcionaram. São necessárias reformas", criticou o líder ucraniano em um discurso por videoconferência para parlamentares japoneses.

"Precisamos de um instrumento para garantir preferencialmente a segurança global. As organizações internacionais existentes não trabalham nesse sentido. Devemos, portanto, desenvolver uma nova ferramenta que possa realmente impedir as invasões", disse.

Zelensky aproveitou o discurso para agradecer a Tóquio por sua posição, que abandonou sua habitual prudência e aderiu às fortes sanções decretadas pelos países ocidentais contra a Rússia.

"Peço que continuem impondo sanções", disse ele, parabenizando o Japão por ser "a primeira nação da Ásia a pressionar" Moscou.

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