Jornalista/Radialista
SÃO CARLOS/SP - A reforma tributária, prevista para entrar em vigor em janeiro de 2026, representa uma reconfiguração profunda da estrutura fiscal brasileira. Em São Carlos, representantes de entidades contábeis e fiscais reuniram-se no auditório do Paço Municipal para debater os efeitos da nova legislação sobre a dinâmica empresarial, a atuação dos profissionais da área e o equilíbrio das finanças públicas. O encontro, denominado Conexão Paulista – Reforma Tributária, foi promovido pelo Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis (Sescon-SP) em parceria com a Prefeitura, reforçou a necessidade de adaptação diante das mudanças que se aproximam.
João Carlos Castilho Garcia, presidente do Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo, destacou a dimensão da transformação. Com mais de 150 mil contadores ativos no estado e 19 mil sociedades de contabilidade, o setor será diretamente responsável por traduzir as novas regras às empresas. “A convivência com dois sistemas até 2033 impõe uma sobrecarga operacional e exige reaprendizado. O profissional contábil terá de revisar desde a precificação até o fluxo de caixa dos clientes”, afirmou.
Márcio Shimomoto, presidente da Junta Comercial do Estado de São Paulo, reforçou a complexidade do período de transição. Segundo ele, o desafio será lidar com regimes tributários distintos e compreender como a nova estrutura, com a introdução do IBS e da CBS (Imposto e Contribuição Sobre Bens e Serviços), afetará os custos empresariais. “A forma de apuração muda, e isso exige tempo para adaptação. O controle da arrecadação também será descentralizado, o que impacta diretamente a contabilidade pública”, explicou.
Para Antônio Carlos dos Santos, presidente do Sescon-SP, o momento exige mais do que atualização técnica. “Estamos apagando o que existia e construindo um sistema novo. O contador é o elo entre o contribuinte e o fisco, e precisa estar preparado para orientar seus clientes com precisão. É um processo de desaprender para reaprender”, disse. Ele também ressaltou que a reforma trará ganhos em desburocratização e eficiência para o ambiente de negócios.
Rodrigo Spada, presidente da Federação Brasileira de Associações de Fiscais de Tributos Estaduais (Febrafite), apresentou projeções otimistas para o município. Com a mudança da base de arrecadação, que passará a considerar o consumo local em vez da produção, São Carlos poderá registrar um aumento de 5,04% na receita em dez anos. “A cidade consome mais do que produz, e isso será refletido positivamente na arrecadação. Mas é preciso atenção: empresas que não se adaptarem podem enfrentar problemas de compliance e precificação”, alertou.
Leonardo Orlando, secretário municipal de Fazenda da Prefeitura de São Carlos, pontuou que a reforma tributária representa uma mudança estrutural que exige preparo técnico e visão estratégica por parte dos municípios. “Em São Carlos, temos trabalhado com antecedência para compreender os impactos da nova legislação e garantir que a transição ocorra com segurança e responsabilidade. O evento promovido pelo Sescon-SP é uma oportunidade valiosa para alinhar conhecimento, esclarecer dúvidas e fortalecer a atuação conjunta entre setor público e profissionais da contabilidade”.
O prefeito Netto Donato reiterou o compromisso da administração municipal com a capacitação técnica. “São Carlos já vem se preparando para essa virada de chave. O evento amplia esse esforço e fortalece o diálogo entre poder público e setor contábil. Estaremos sempre abertos a iniciativas que promovam conhecimento e adaptação”, declarou.
SÃO PAULO/SP - A restrição do crédito imobiliário e a alta dos juros deixaram a classe média de fora das políticas habitacionais nos últimos anos. Em seu último ano de mandato, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer virar esse jogo. Após superar a meta de moradias do Minha Casa, Minha Vida, o Planalto prepara uma ofensiva para atender famílias com renda entre R$ 12 mil e R$ 20 mil mensais -um público que ficou desassistido, mas tem peso relevante nas urnas de 2026.
Na quinta-feira (9), o ministro das Cidades, Jader Filho, afirmou que, enquanto o MCMV (Minha Casa Minha Vida) bate recordes -com a previsão de entregar 3 milhões de moradias até o final de 2026-, a classe média "está desatendida".
"Com a Selic a 15% ao ano, ficou impossível para a classe média financiar um imóvel no mercado privado. Queremos corrigir essa distorção e induzir o mercado a voltar a operar para esse público", disse o ministro no Incorpora 2025, evento da Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) para o setor imobiliário.
Jader Filho apontou que a principal dificuldade para a classe média é a ausência de funding (recursos), especialmente porque a poupança, fonte tradicional de financiamento para esse grupo, não está reagindo devido à altíssima taxa de juros no Brasil. Essa taxa de juros, que gira entre 19% e 22%, inviabiliza o financiamento para essa faixa de renda, disse o ministro.
O papel do governo, segundo Jader Filho, é buscar alternativas para atender a esse segmento significativo da sociedade. Ele fez um convite aos incorporadores para que lancem mais unidades para esse segmento
Para destravar o financiamento para esse público, o presidente Lula vai anunciar nesta sexta-feira (10), em São Paulo, o novo modelo de crédito habitacional, a "nova poupança". A medida vem como alternativa ao esgotamento da caderneta de poupança tradicional como fonte de crédito mais barato.
A previsão é liberar imediatamente 5% dos recursos da poupança que estão em depósitos compulsórios no Banco Central (BC). Essa liberação inicial deve injetar pelo menos R$ 20 bilhões em recursos para financiar a compra da casa própria.
O impacto imediato previsto, segundo Jader Filho, é de que somente a Caixa Econômica Federal -líder no crédito imobiliário- possa disponibilizar mais 80 mil novos financiamentos habitacionais apenas até o final de 2026.
A vice-presidente de habitação da Caixa, Inês da Silva Magalhães, afirmou que o banco está otimista com as mudanças.
Jader Filho também afirmou que a liberação do compulsório era uma demanda do governo desde o início deste mandato, mas só foi possível com a nova direção do Banco Central, sob comando de Gabriel Galípolo.
O pacote de medidas que será anunciado inclui também o aumento do valor máximo dos imóveis financiados por meio do SFH (Sistema Financeiro de Habitação). A correção abre espaço para incluir imóveis de padrão mais elevado no financiamento com condições mais vantajosas. O teto, que está fixado em R$ 1,5 milhão desde 2018, deve ser corrigido para um patamar próximo a R$ 2 milhões.
O ministro afirmou ainda que irá levar a voto no Conselho do FGTS o valor de R$ 147 bilhões de orçamento para a habitação em 2026. "Se alguém tem alguma dúvida de que vai faltar recursos, não vai faltar recursos", disse Jader Filho.
MINHA CASA MINHA VIDA TERÁ NOVOS TETOS PARA RENDA FAMILIAR
Embora o foco imediato seja a "nova poupança", o ministro indicou que a Faixa 4 do MCMV, que contempla famílias de R$ 9.600 até R$ 12 mil, está avançando e dentro do curso esperado pelo governo, considerando que o mercado precisou se ajustar ao lançamento da nova linha. Ele afirmou que havia uma carência de produto específico para essa faixa de renda, mas o mercado está reagindo e lançando empreendimentos, pois agora o recurso existe
Jader Filho também afirmou que está estudando, em conjunto com a Abrainc, o ajuste do teto da renda e o teto dos imóveis nas faixas mais baixas do MCMV (Faixas 1, 2 e 3) em determinados municípios. A mudança deve ser anunciada nos próximos dias.
"O MCMV segue forte, é um pilar econômico", afirmou. Segundo ele, o programa já contratou 1,8 milhão de moradias desde 2023, das quais 1,1 milhão estão em construção. A meta inicial de 2 milhões será superada: a projeção agora é de 3 milhões de moradias contratadas até 2026. Desde o início do mandato, mais de R$ 275 bilhões foram injetados na economia via MCMV.
Dentro do rol de políticas públicas do governo federal voltado à habitação, o secretário de política econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, afirmou que haverá também um programa de financiamento voltado para melhorias habitacionais.
"O déficit habitacional [cerca de 6 milhões de unidades, em 2025] não é formado apenas por famílias que não têm onde morar, mas também por famílias que moram em imóveis que não são adequados", disse Mello, que defendeu as novas medidas para ampliar o acesso do brasileiro à habitação.
por Folhapress
SÃO CARLOS/SP - A Ecovias Noroeste Paulista interditará, a partir desta TERÇA-FEIRA, dia 14 de outubro, o viaduto que liga o Jardim Santa Maria à Vila Jacobucci, em São Carlos (SP), acesso pela avenida Capitão Luiz Brandão (quilômetro 232+900m da Rodovia Washington Luís - SP-310).
A interdição total, nos dois sentidos, deve durar cerca de 90 dias e será necessária para a execução da obra de implantação das terceiras faixas sobre o viaduto na SP-310.
Durante as obras, redobre a atenção!
✅ Programe-se com antecedência.
✅ Considere rotas alternativas.
? Evite utilizar a rodovia para deslocamentos urbanos.
Acompanhe, diariamente, os canais oficiais da Ecovias Noroeste Paulista para atualizações sobre as obras:
? Instagram: @ecoviasnoroeste
? Site: www.ecoviasnoroestepaulista.com.br/todas-as-noticias
SÃO CARLOS/SP - A Santa Casa de São Carlos preparou uma programação especial para comemorar a Semana das Crianças na pediatria, trazendo momentos de diversão, acolhimento e carinho para os pequenos pacientes.
Durante a semana, as crianças participaram de sessões de filmes na brinquedoteca e receberam lanchinhos especiais preparados pela equipe de nutrição, acompanhados por nutricionistas, respeitando as restrições alimentares de cada paciente. Ao longo da semana, várias funcionárias da nutrição participaram da entrega dos lanchinhos, e hoje quem levou a diversão para os pequenos foi Ana Cláudia Barreto Lopes, caracterizada como Emília, do Sítio do Picapau Amarelo.
O grupo de voluntárias da maternidade Dona Francisca Cintra Silva também contribuiu enviando ursinhos como presentes, levando ainda mais alegria às crianças.
O voluntário Pedro Henrique (PH), que frequenta a instituição regularmente, esteve presente com Gabriela Rosa e Marcelo Siabe, trazendo músicas divertidas e distribuindo presentes. Também marcaram presença personagens fantasiados de super-heróis, o Pantera Negra, Branca de Neve, Homem-Aranha e Capitão América, representados por David Peratello de Lima, Bruna Martins, Nyasanu Fernando do Nascimento, Stephany Alonço Freitas de Oliveira e Wesley Camargo do Nascimento, que interagiram com os pequenos e entregaram presentes, tornando o momento ainda mais especial.
O Centro Integrado de Humanização (CIH) da Santa Casa, coordenado por Juliana Tedesco, intermediou as visitas e atividades, garantindo que todas as ações acontecessem com segurança e acolhimento."O papel do CIH é criar experiências que humanizem o atendimento e promovam cuidado integral. A mediação das visitas e das atividades lúdicas garante que as crianças se sintam cuidadas, seguras e felizes durante toda a semana", disse Juliana.
Para a coordenadora de enfermagem da pediatria, Michela da Silva, os voluntários desempenham papel fundamental na interação e motivação das crianças. "É muito gratificante ver nossos pacientes participando dessas atividades. Momentos como este ajudam a distrair, motivar e trazer alegria, contribuindo também para a recuperação e para o ambiente acolhedor da pediatria."
Segundo o provedor Antonio Valério Morillas Junior, a ação foi importante porque leva alegria, conforto e carinho aos pequenos pacientes. "A Semana das Crianças é uma oportunidade de levar alegria, conforto e carinho aos nossos pequenos pacientes. Ver o sorriso no rosto deles nos mostra que cada momento de atenção faz diferença na recuperação e no bem-estar das crianças."
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