SÃO PAULO/SP - O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse nesta 6ª feira (23.jul.2021) que o Estado pode diminuir o intervalo de 90 dias da aplicação de doses das vacinas contra a covid-19 desenvolvidas pelas farmacêuticas Pfizer e AstraZeneca. Condicionou a mudança a um estoque suficiente dos imunizantes.
“Se tivermos mais vacina da Pfizer e da AstraZeneca será possível, especialmente no caso da Pfizer, antecipar esse prazo de 90 dias entre a 1ª e a 2ª dose para um prazo mais curto”, disse. “É possível e é recomendado.”
Doria lembrou que, nos Estados Unidos, o prazo entre as duas aplicações do imunizante da Pfizer é de apenas 1 mês. As declarações foram feitas em entrevista ao Jornal da CBN.
Segundo o governador, em 8 ocasiões o Ministério da Saúde prometeu antecipar as entregas das vacinas, no entanto, mas não cumpriu o combinado e repassou menos doses do que o volume anunciado. “Prometeu 8 vezes um número e entregou 8 vezes menos para o Programa Nacional de Imunização.”
Sobre o anúncio de que São Paulo terá um novo ciclo de vacinação contra covid-19 em 2022, Doria disse que, apesar de ainda não haver um consenso sobre a necessidade dessa medida, há reconhecimento. Segundo o governador, especialistas indicam que as pessoas precisarão ser vacinadas anualmente, o que ainda não se sabe é o período entre um ciclo vacinal e outro.
Em São Paulo, de acordo com Doria, profissionais da saúde serão o 1º grupo a receber o imunizante em 2022.
Diagnosticado com covid-19 pela 2ª vez, o político afirmou que se sente muito bem e que está “absolutamente assintomático”. Doria ressaltou que foram as duas doses da vacina CoronaVac que o mantiveram bem. “Essas doses é o que me salvam, me colocam em boa situação de saúde. Estou absolutamente assintomático, sem nenhuma reação”, disse.
O governador de São Paulo também confirmou que o Estado flexibilizará as medidas de restrição a partir de 1º de agosto. Nessa 5ª feira (22.jul.2021), o Estado bateu um novo recorde de vacinação, com 619 mil vacinas aplicadas em 24 horas, o que representa 1/3 de toda a vacinação do país.
Doria disse que São Paulo já registra redução de quase 50% dos óbitos, a menor média de internação do ano e a menor taxa de ocupação de leitos de UTI.
Sobre as supostas ameaças do ministro da Defesa, o general Walter Souza Braga Netto, de bloquear as eleições de 2022 caso o Congresso não aprove o voto impresso auditável em urnas eletrônicas, que foi negada pelo militar, Doria afirma que não há nenhum risco delas se concretizarem.
“A democracia brasileira é maior e mais forte do que golpistas ou do que os que flertam com o autoritarismo”, disse.
*Por: Poder360