ARGENTINA - Cerca de 260.000 aves de criação morreram nos últimos dias na Argentina durante um surto de gripe aviária, informou uma fonte do Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa) nesta quinta-feira (9).
Os animais, a maioria frangos, morreram por consequência da própria enfermidade ou sacrificados pelos proprietários das granjas, detalhou a fonte à AFP.
Do total, 220.000 mortes ocorreram em um estabelecimento na província de Río Negro (sul), 10.000 em outro em Neuquén (sudoeste) e 30.000 entre dois locais de criação na cidade de Mar del Plata, localizada na província de Buenos Aires e 400 km ao sul da capital argentina.
De acordo com o último relatório oficial do Senasa, publicado nesta quinta, das 200 notificações recebidas por casos suspeitos, 40 foram confirmadas como positivos.
Desde que a gripe aviária surgiu no mundo há 20 anos, esta é a primeira vez que a doença chega à Argentina e estima-se que a transmissão ocorreu por intermédio de aves migratórias, indicou a fonte.
Em uma reunião em Buenos Aires nesta quinta, os países do Cone Sul concordaram em criar uma comissão técnica sobre a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), que analisará uma resposta conjunta à presença do vírus e aspectos do comércio de produtos avícolas, indicou o Senasa em comunicado.
Do encontro, participaram profissionais veterinários de Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai.
Após detectar o primeiro caso em uma criação em 1º de março, a Argentina suspendeu a exportação de produtos avícolas, pois perdeu temporariamente o certificado de que está livre da doença, explicou o Senasa naquele momento.
Por outro lado, a produção para consumo interno segue com normalidade porque a doença não é transmissível aos humanos através do consumo de carne de frango e ovos, afirmou.
As vendas de produtos avícolas argentinos ao exterior representam cerca de 330 milhões de dólares (quase R$ 1,7 bilhão) por ano e têm a China como principal destino.