JAPÃO - No início da madrugada desta quinta-feira (5), Pedro Barros faturou a prata no skate park da Olimpíada de Tóquio (Japão) com a nota de 86,14 na final disputada no Parque de Esportes Urbanos de Ariake. Essa foi a terceira medalha da delegação brasileira na modalidade que estreou no programa olímpico nos Jogos japoneses. Antes dele, Kelvin Hoefler e Rayssa Leal foram prata nas disputas do street.
“Para mim, a mensagem que o skate e a minha conquista trazem é o espírito do nosso esporte. Além da parte competitiva, conseguimos passar algo bonito, algo que tocou o coração das pessoas. Acho que mostramos que é possível ser olímpico e vibrar com a conquista do colega e trazer forças para aqueles que estão passando por dificuldades”, comentou o atleta durante entrevista coletiva promovida pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB).
Essa é a imagem que fica do ??? nos #JogosOlimpicos
— Time Brasil (@timebrasil) August 5, 2021
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“A competição foi intensa demais, muito quente, exigiu muito da parte emocional e do físico. O nível do pessoal foi muito alto. Depois de o Keegan Palmer [medalha de ouro da prova com 95,83] fazer aquela volta incrível logo na abertura da final, todo mundo sabia que o ouro seria dele. Mas a essência do skate é dar o seu melhor. Foi isso que procurei fazer”, afirmou.
O catarinense de Florianópolis revelou também ter recebido uma ligação do surfista Ítalo Ferreira, ouro na estreia da modalidade nos Jogos desse ano. “Ele é um baita cara, muito humilde. Independentemente do que se ganha, o que importa é o caráter. E ele sempre mostra isso. É um embaixador do surfe brasileiro e inspiração para tantas pessoas”, declarou Pedro.
Em relação ao ambiente na Vila Olímpica, o atleta considerou bem diferente daquilo que costuma viver durante o circuito tradicional da modalidade. “A nossa energia, o astral da equipe que veio, estava muito pela essência do skate. Isso não mudou. Mas encontrar o ambiente todo montado para os Jogos foi algo surreal. E podemos também andar de skate pela Vila. Enquanto os outros atletas caminham, ou até mesmo andavam de bicicleta, a gente andava de skate e podia até fazer algumas manobras”, concluiu.
Por Juliano Justo - Repórter da TV Brasil e da Rádio Nacional