TEL AVIV - Dezenas de milhares de israelenses se juntaram neste sábado a uma onda de protestos em todo o país, que agora entram na vigésima semana, contra os planos do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de aumentar o controle sobre a Suprema Corte de Israel.
A reforma, que dará ao governo o controle sobre a nomeação de juízes para a Suprema Corte e permitirá que o parlamento anule decisões, foi interrompida depois que a oposição organizou alguns dos maiores protestos de rua já vistos em Israel.
O governo acusa juízes ativistas de usurpar cada vez mais o papel do parlamento e defende que a reforma é necessária para restaurar o equilíbrio entre o judiciário e os políticos eleitos.
Já os críticos dizem que isso removerá os freios e contrapesos vitais que sustentam um estado democrático e entregará poder irrestrito ao governo.
Um mar de bandeiras israelenses azuis e brancas, que se tornaram um símbolo dos protestos, cobriu uma das vias centrais de Tel Aviv.
Os manifestantes gritavam: "Israel é quase uma ditadura", enquanto uma faixa com os dizeres "pare-os" era erguida pela multidão.